Fanfics Brasil - 21 A Donzela e o Monstro AyA (Finalizada)

Fanfic: A Donzela e o Monstro AyA (Finalizada) | Tema: AyA


Capítulo: 21

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a todos meus leitores, obrigado por estarem me acompanhando nessa web.




sei que é uma longa historias, mas é umas das mais lindas que ja li, por isso não vão se arrepender!!!




Até agora, o castelo de Lago Azul não tinha impressionado a Anahí muito. 
Embora parecia ter muito potencial, não se tinha aproveitado bem. Os criados o 
tinham descuidado muito, embora agora já sabia que em parte se devia a que o 
duque não se havia encarregado de lhes encomendar os trabalhos a fazer.




  
Não sabia muito sobre o castelo e as propriedades ao redor; o pouco que 
sabia era o que tinha ouvido dizer durante as conversações políticas que 
mantinha com seu pai à mesa.




Lago Azul era um dos ducados mais 
pequenos e mais recentes de Wessex, pois tinha sido renomado ducado no ano 
anterior. O castelo era pequeno, especialmente para um duque. A casa de seu 
pai, que não era mais que um conde, era muito maior e tinha mais terras ao seu 
redor. Recordava ter ouvido dizer a seu pai que era um escândalo que ficasse um 
monstro estrangeiro em uma posição de tanto poder, quando os homens leais como 
ele não obtinham títulos maiores.




  
-Me diz, Dulce. -Anahí se deteve e fez gestos à criada para que fizesse 
o mesmo. E, quando Ucker esteve fora do alcance, continuou-: Por que sabéis que 
meu senhor é um prisioneiro?




  
-Porque é, minha senhora. -Dulce a olhou surpreendida, sacudindo a 
fuligem das mãos no avental e deixando uma mancha negra sobre a lã cinza. 
Dirigiu a Ucker um último olhar ofegante antes de centrar toda sua atenção em Anahí.




  
-Mas, por que? Possui tudo isto. Como vai ser isto uma prisão? 
-perguntou Anahí surpreendida-. É certo que se trata de uma morada suja, mas 
ainda assim lhe deram terras. Em minhas viagens vi coisas muito piores que 
estas. Ao menos a casa é feita de pedra, e não de madeira, que prende. Assim, 
me digam, como pode um duque com tais privilégios ser um prisioneiro?




  -É um 
prisioneiro do rei Pedro, minha senhora. Em realidade, Lago Azul pertence ao 
rei; ao menos isso é o que pensamos a maioria. Assim que os vikings comecem uma 
nova guerra, o rei desterrará ao duque. -Os enérgicos olhos verdes de Dulce 
aumentaram, intimidados. Parecia surpreendida de que Lady Anahí não conhecesse 
a história. As mulheres empreenderam devagar  
o caminho para o poço-. O rei de Danelaw lhe concedeu o título de duque 
depois de que viesse a Wessex como prisioneiro. Seu rei, Victor, enviou-lhe 
para assegurar a paz entre os vikings e nós. Diz-se que o rei Victor fez um 
pacto com o Diabo e, em troca, deram-lhe ao duque. Depois, o rei enviou ao 
demoníaco lorde aqui para que esperasse para que chegasse o momento de acabar 
com Wessex.




  
-Tolices. -Anahí elevou uma sobrancelha, cética, mas não ordenou à 
criada que deixasse de lhe contar a história. Envergonhou-lhe recordar que ela 
também tinha acreditado isso do duque. Tinha ouvido seu pai falar a respeito de 
um tratado entre Wessex e os vikings, mas em seu momento não parou para 
pensá-lo muito, pois os homens passavam a vida fazendo e desfazendo tratados-. 
Um demônio?




  
-Sim, minha senhora -disse Dulce com suavidade. A criada pôs uma mão no 
braço de Anahí para que se detivera. Observou ao seu redor antes de lhe dizer 
em um sussurro apressado-: Não viram suas espantosas cicatrizes? São as marca 
do inferno. Eu as vi, de perto, e dão verdadeiro medo.




  
-Sim, uma vez -respondeu Anahí distraídamente. Só lhe tinha visto uma 
vez, aquela vez no escuro corredor, e a maioria do que tinha visto não tinha 
sido com os olhos, e sim através do tato. Tocou-se os lábios e avermelhou. Alfonso 
tinha partido na manhã seguinte a seu beijo; Haldana não tinha querido lhe 
dizer aonde, e agora se perguntava se os criados saberiam onde estava o duque.




  
Na manhã posterior ao beijo, Anahí tinha mudado de aposentos, tal e como 
lhe tinha prometido. Sua nova habitação era maravilhosa, em comparação com sua 
primeira prisão. A cama era larga e estava coberta de peles novas. Estava 
contente com a mudança, embora sua primeira ordem tivesse sido mandar limpar os 
aposentos.




  
-Então sabem que é certo: leva a marca do inferno -assentiu Dulce-. Lhe 
vi nu, minha senhora, e a visão é espantosa.




  
Anahí tremeu ante sua confissão e tratou de não parecer decepcionada. 
Era plenamente consciente de que era muito normal que os nobres se deitassem 
com muitas de suas criadas. Seu próprio pai tinha conquistado a questionável 
virtude de todas as de seu castelo. Por que não ia fazer o mesmo o duque?




  
Anahí recordou suas desagradáveis palavras ao ver as cicatrizes da mão 
do duque. Não lhe havia dito algo parecido? Mas ao ver que um relâmpago de dor 
atravessava seus encantadores olhos, arrependeu-se de havê-lo dito. Durante 
aquele curto período de tempo, viu um homem que não se parecia em nada a um 
monstro. Aquela simples lembrança podia lhe fazer esquecer todas as ameaças que 
tinha pronunciado contra ela.




  
-Leva a marca do fogo, não do inferno -corrigiu-lhe Anahí, apertando o 
passo-. Não é o mesmo.




  
-Não, é o fogo do inferno -insistiu Dulce, tratando de segui-la.




  -Fez 
mal a alguém daqui? -Anahí limpou os dedos no avental, simulando examinar a 
malha. Tremiam-lhe as mãos.




  
-Não, ainda não, mas só leva aqui um ano. -Dulce sorriu a Ucker, quem 
assentiu de longe. Tinha deixado o caldeirão junto ao poço e agora voltava 
lentamente para o campo de práticas. Dulce se ruborizou ao ver que o cavalheiro 
lhe piscava um olho-. Já lhe hei isso dito, aguardas a que chegue o momento.




  
-Como se fez as feridas? Alguém daqui sabe a verdade? - Anahí se 
recordou que não devia parecer muito suscetível quanto à reputação de Alfonso. 
Os criados acreditariam o que quisessem dele, pouco importava que se 
interpusera.




  
E por que ia eu a me interpor?




  
-Não, ninguém; talvez Ulric. Ele e Haldana vieram aqui com sua senhoria. 
Também chegaram alguns mais, mas Ulric e Haldana são os únicos aos quais tem 
completamente enfeitiçados. -Dulce se inclinou sobre o poço e recolheu o 
balde-. Nos repreendem se nos ouvem falar dele.                                                




  
Trabalharam em silencio durante um momento, vertendo água no caldeirão. 
Clarearam-no várias vezes, jogando seu conteúdo ao chão. Vários dos cães do 
castelo se aproximaram para lamber os restos de comida que caíam; Anahí afastou 
com cuidado a um dos vira-latas que se pôs junto a seu pé.




  
-Talvez meu senhor não nos tenha ferido a nenhum, mas não há dúvida de 
que é um demônio... um demônio que aguarda para que chegue sua hora. -Dulce 
assentiu com a cabeça, para confirmar seu decreto. Seus olhos pareciam gritar: 
"prestem atenção ao que lhes digo!"




  
-O que ouvistes? Me diga o que sabe e verei ver se for razoável.




  
-Sua voz -começou a dizer Dulce.




  
-Não, viajei e ouvi muitas formas diferentes de falar. Seu acento não é 
estranho.




  
Bom, nem tudo é mentira.




  
-Suas cicatrizes -continuou Dulce, assentindo dubitativamente-. Dizem 
que sustentou  a sua mulher enquanto a 
queimava. Também tratou de queimar a seu bebê, e a teria matado se não tivesse 
sido por sua  mulher, que não o permitiu. 
Lançou ao bebê fora das chamas e recebeu todo o fogo ela para salvar ao bebê. 
Depois da morte de sua mulher, viu a menina e permitiu que vivesse, mas agora a 
menina também leva a marca do demônio.




  
Anahí franziu o cenho.




  
-Oculta à menina em algum lugar e se diz que a estão instruindo nas 
artes escuras. -Dulce se estremeceu e se benzeu-. Ele a espera, e o dia que se 
reunam, arrasarão Wessex. A terra ficará coberta por rios de sangue, o...




  
-Já basta -interrompeu Anahí, voltando para o trabalho com gesto 
depreciativo. Recordou seus sonhos: o céu que chovia sangue. Talvez houvesse 
algo de certo naquela história. Elevou o caldeirão que tinham clareado para 
voltar a colocá-lo na cozinha.




  
-Mas... -protestou Dulce, ajudando-a a levar o caldeirão. Agora que não 
ficavam restos  de comida nele, pesava 
muito menos-... estava a ponto de chegar a melhor parte da história.




  
-O que me dizes de Sir Ucker e você? -perguntou Anahí, fazendo caso 
omisso da persistência da jovem. Morria por mudar de tema, pois não queria  seguir ouvindo os desvarios da jovem. O homem 
que Dulce lhe descrevia não podia ser o mesmo que lhe tinha beijado com tanta 
paixão.




  
Dulce começou a chorar; seus dilaceradores soluços sacudiam seus magros 
ombros.




  
-Queremos nos casar, mas o duque se nega a falar disso com o Ucker. Não 
podemos nos casar sem seu consentimento, pois Ucker é um de seus homens e eu 
sou sua criada.




  
Anahí deixou o caldeirão e lhe deu uns tapinhas no ombro da dramática e 
emotiva jovem. Não sabia o que lhe dizer; por própria experiência, não podia 
pensar nada bom dos matrimônios. Embora desconhecia as razões do duque para não 
escutar o que o cavalheiro tinha a lhe dizer.




  
-Esperávamos que pudesses falar você com ele; possivelmente pudesses lhe 
convencer de que aceite. -Dulce sorriu a Anahí com os olhos brilhantes de 
esperança.




  
-Não me corresponde interferir. -Anahí deixou cair a mão-. Sou tão 
prisioneira aqui como  meu senhor... 
talvez mais, pois não posso abandonar Lago Azul.




  
-Não, vós sois da nobreza; sois de sua mesma classe. Se quisera escutar 
a alguém, escutaria-lhe a você -insistiu Dulce. Negava-se a abandonar as 
esperanças-. Se lhe pediu que cuidasse de seu lar...




  
Anahí escutou o que o olhar esperançado de Dulce lhe dizia sem palavras.




  
-Se o tema sai à tona, farei o que posso. Mas duvido muito que minhas 
palavras influam de maneira nenhuma em suas decisões.




  
-Oh, minha senhora, obrigada! -exclamou emocionada a criada, e passou as 
mãos ao redor do pescoço de sua senhora-.  
Sabia que lhe convenceriam!




  
Anahí ignorou sua reação e deixou que a jovem a abraçasse brevemente 
antes de afastar-se. As amostras de afeto lhe incomodavam um pouco. Endireitou 
os ombros e se girou para voltar a levantar o caldeirão.




  
-Vamos para dentro, ou a sua volta o duque não estará de humor para 
ouvir nada que não seja sua própria cólera.




  
Dulce assentiu. Um suave sorriso de aprumo apareceu em seu bonito rosto, 
como se soubesse que Lady Anahí faria realidade seu sonho de compartilhar a 
vida com Ucker. Anahí desejou estar igualmente segura. 




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Autor(a): JuHerrera

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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    Anahí estava satisfeita de como tinha melhorado o castelo desde sua chegada. Assim que encomendou as tarefas correspondentes aos criados, estes começaram a trabalhar com mais afinco. Lago Azul necessitava alguma pequena reparação, embora tampouco se podia fazer muito com a cor negra das pedras com que esta ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 98



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  • ilusAovondy Postado em 10/12/2015 - 11:56:37

    Você gosta de fanfics vondy? De romance e com hots? Vou te indicar uma que eu amo e acho perfeita, e acho que você iria gostar. http://fanfics.com.br/fanfic/51129/por-voce-adaptada-vondy . Leia e se gostar fav.. Beijos.

  • daninha_ponny Postado em 31/01/2014 - 14:28:36

    É lindaaaaaaa ameiiiiiiiiiiiiii......ameiiiiii

  • franmarmentini Postado em 31/01/2014 - 08:41:04

    AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AME I...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI.. .AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AM EI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI. ..AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...A MEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI ...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI... AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AME I...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI.. .AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AM EI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...ESSA FIC FOI MARAVILHOSA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! MUITO LINDA MESMO!!!!!!!! vou ficar aguardando vc postar a outra fic* e já te add. no face e no TT bjus!!!

  • lyu Postado em 30/01/2014 - 00:08:02

    to ficando sem cabelo! de tanto puxa-los! ele não pode ter morrido. não pode

  • daninha_ponny Postado em 29/01/2014 - 23:59:32

    Pelo amor de Deus.....ele no pode ter morrido... To chorando ate agora....q aperto no coração.... Isso é maldade....

  • franmarmentini Postado em 29/01/2014 - 22:53:58

    ainda to chorrando...poxa não faz isso comigo pelo amor de deus!!!!!!!!!!!!ele não pode ter morrido por favor por favor!!!!!!!!!!! há na outra fic vc postou repetido to ansiosa pra ler lá também bjus

  • franmarmentini Postado em 29/01/2014 - 22:44:25

    poxa eu to chorrando muito!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • lyu Postado em 29/01/2014 - 16:03:44

    eu vou pirar se ele morrer!

  • daninha_ponny Postado em 29/01/2014 - 00:16:03

    Aiii ele no pode morrer......tendo infarto m 3.....2...1.....

  • iza2500 Postado em 28/01/2014 - 22:37:02

    Ai o Poncho não pode morrer, aff! esse rei. posta mais!


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