Fanfics Brasil - 23 A Donzela e o Monstro AyA (Finalizada)

Fanfic: A Donzela e o Monstro AyA (Finalizada) | Tema: AyA


Capítulo: 23

336 visualizações Denunciar


 


-Meu senhor, confio em que a viagem 
foi boa -disse Ulric do terreno contigüo. Seu sorriso presunçoso delatava que 
tinha seguido a conversação entre a prisioneira e seu guardião com interesse. 
Não era o único; muitos dos cavalheiros e criados que havia pelo pátio tinham 
deixado de lado suas tarefas para lhes observar-. Váis treinar imediatamente?




  
-A viagem foi conforme o esperado -respondeu o duque sucintamente, 
detendo o passo um pouco para que o ancião lhe alcançasse-. E sim.




  
Alfonso tinha ido ver o rei Pedro. Como parte de seu acordo de refém, 
devia viajar até onde estivesse o rei, ou o embaixador que tivesse designado, e 
apresentar-se. Era a forma que tinha Pedro de lhe controlar. Também tinha 
percorrido as terras de seu pequeno ducado, com a esperança de que algum dos 
camponeses dissesse algo de Lady Anahí, mas não lhe disseram nada. A maioria 
deles tremiam ante sua presença, e ocultavam suas crianças ao lhe ver.




  
-Tens descoberto algo de minha senhora? -inquiriu Ulric, como se tivesse 
lido a mente de seu senhor.




  
Alfonso grunhiu em resposta e se arranhou a mandíbula, apertando o 
passo. Percorriam a paliçada inteira. Os caminhos estavam limpos e os matos, 
que normalmente brotavam a seu desejo nas esquinas do sujo pátio, tinham sido 
cortados. Também notou que os animais estavam em um curral, e não soltos por 
aí, como costumavam.




  
-Não me contou nada sobre ela; sigo sem saber como chegou até aqui 
-informou Ulric.




  
O duque lhe escutava com interesse, embora por fora seguisse impassível. 
Lhe tinha ordenado investigar.




  
-O hás dito ao rei Pedro, verdade? Estou seguro de que se uma mulher da 
nobreza tivesse desaparecido, ele saberia. Poderia localizar ao conde antes de 
nós -insistiu Ulric. O duque não disse nada-. Meu senhor, não podes mantê-la 
aqui como prisioneira! Arrisca-se muito. Se o rei Pedro se inteirasse de que 
retêm uma donzela... não, a uma donzela da nobreza, como prisioneira, pediria 
sua cabeça ao rei Victor, e lhe desterrariam de ambos os países. Sim, e talvez 
estalasse  de novo a guerra entre os 
dois.




  
Alfonso se deteve e se voltou para olhar a Ulric com frieza. Brindou-lhe 
o mais letal de seus sorrisos, um olhar que não guardava prazer algum, só 
cruéis intenções.




  
-Não lhe hei dito nada ao embaixador do rei, e já decidi qual vai ser 
minha vingança. Assim deixes de se preocupar, velho homem, dentro de pouco Lady 
Anahí de Puente Portilla não importará nada.




  
-Não, meu senhor, não podes querer matá-la -disse Ulric, horrorizado. 
Sacudiu a cabeça com violência, observando o rosto sem emoção de seu senhor, 
mas Alfonso não mostrava nenhuma expressão-. Rezei para que não se voltaste tão 
desumano. Lady Lurlina nunca valeu...




  
Ulric mordeu a língua ao ver o escuro olhar de seu senhor. A raiva 
invadia ao duque, que não podia evitar o ódio e a ira que brotavam de cada um 
dos poros de seu corpo. Lady Lurbina, sua difunta mulher, era um tema proibido. 
Tinha sido desde a noite em que morreu.




  
-Não deixarei que o faças -disse o criado, mas suas palavras careciam de 
convicção.




  
-Não sabes o que pretendo fazer -respondeu Alfonso com uma perversa 
careta-. E farias bem em não se intrometeres em meu caminho. Lady Anahí é 
minha. Se desejasse lhe cortar a cabeça, a cortaria. E não achas que não faria 
o mesmo com vós se se puserem em meu caminho. Dei-lhe a vida a essa mulher, e 
posso tirar-lhe com a mesma facilidade.




  
Ulric ofegou, empalidecendo de repente. Alfonso torceu o gesto em um 
sarcástico sorriso sedento de sede. Logo, voltando-se de repente, dirigiu-se 
para o campo de práticas, deixando ao senescal paralisado de medo a suas 
costas.




 




 




* * *




 




  
A sala cheirava a fresco e as paredes negras brilhavam com perfeição. 
Até as tapeçarias que penduravam das paredes tinham sido arrumadas e limpas. 
Apesar de que seguiam estando velhos, agora que não tinham pó pareciam muito 
mais bonitos. Tinham tirado todas as mesas e bancos móveis ao pátio para 
limpá-los, antes de voltar a pô-los na sala.




Anahí ouviu muitos dos cavalheiros 
murmurar satisfeitos pela mudança. Alguns deles inclusive sorriam com orgulho 
renovado.




  
Sentou-se sozinha na mesa principal, olhando aos soldados reunidos na 
sala principal. A casa transbordava de alegria; uma alegria que nem sequer a 
escura presença de Alfonso podia apagar por completo. O ar bulia de vida, como 
o dia prévio a um grande banquete de celebração. Em uma mesa próxima, um homem 
contava uma brincadeira corriqueira sobre uma jovem criada e sua saia ao vento. 
Ruborizou-se ao escutar ao cavalheiro contar o final da história sem rodeios e 
tratou de olhar para outro lado. Muito tarde, pois o cavalheiro viu que tinha 
estado observando e se calou de repente. Olhou a seus companheiros 
desculpando-se, que riam a gargalhadas sem vergonha, e se serviu um pouco do 
hidromel que havia nas mesas.




  
Anahí se sentia isolada na mesa principal. Punha-lhe nervosa estar tão 
por cima de todos eles, a mercê de seus olhares. Era a primeira vez que alguns 
dos homens a viam, e a estudavam com determinação e sem disfarces. Alguns deles 
até se mostravam compassivos. Haldana, seguindo ordens de Alfonso, tinha-lhe 
indicado que se sentasse no lugar de honra. Anahí se perguntou se seria aquela 
a "recompensa" que o duque lhe tinha mencionado. Significaria aquilo 
que lhe tinha satisfeito seu  trabalho? 
De verdade pensava que exibi-la assim era uma recompensa?




  
Anahí sabia quão afortunada era, pois sua prisão podia ter sido muito 
pior. Seu captor se mantinha afastado dela todo o dia e, ao parecer, Alfonso 
mantinha sua palavra de tratá-la como a uma dama. A verdade é que era mais do 
que teria podido esperar.




  
A jovem se estremeceu. Havia algo estranho na forma em que os criados a 
olhavam sem cessar. Ninguém se atrevia a aproximar-se dela; era como se todos 
tratassem de lhe dizer algo com os olhos, mas sem chegar a consegui-lo. Viu a Dulce 
e a sorriu, esperando que lhe devolvesse o sorriso, mas a criada sacudiu a 
cabeça e se retirou pela porta da cozinha. Talvez tudo isso se devesse à 
chegada de Alfonso; não estranhava que os criados esperassem ansiosos a que seu 
senhor aprovasse o trabalho realizado.




  
Respirou com nervosismo e olhou para sua direita. A cadeira estava 
vazia; Alfonso ainda não tinha aparecido. Divisou a Ulric ao fundo da sala e 
lhe sorriu vacilante. O ancião espremia as mãos e parecia nervoso. Sentiu uma 
premonição. Anahí se levantou, alarmada, em um intento para ver o que lhe 
passava, a Ulric e ao resto do castelo.   




  
-Onde achas que váis, minha senhora? Não lhe tinha ordenado que ficasses 
aí? -o tom de Alfonso, que entrava naquele momento na sala, era duro. 
Aproximou-se dela e entrecerrou os olhos para estudá-la.




  
Uma quebra de onda de prazer a percorreu ao escutar sua voz familiar, 
apesar de que seu  tom fora tosco. 
Girou-se devagar para ele, permitindo-se perder-se durante um minuto nas 
profundidades de seus olhos, antes de retirar de novo a vista e obrigar-se a 
olhar para baixo, com pose recatada.




  
-Algo acontece a Ulric; pensava em me aproximar para comprovar que 
estivera bem -respondeu mansamente, embora por dentro tremia como uma folha-. 
Acredito que trabalha muito para a idade que tem.




  
-Hmm -assentiu Alfonso, sentando-se junto a ela. Ao ver que não se 
movia, lhe ordenou que-: Sente-se.




  
Anahí lhe obedeceu imediatamente, e sentiu em seguida a calidez de seu 
corpo junto ao dela. Era como se se inclinasse de propósito muito perto dela. 
Era plenamente consciente do olhar atento dos criados ao observar a mesa 
principal. Um calafrio a percorreu e se alegrou de estar sentada em sua própria 
cadeira, em lugar de nos bancos que havia em muitas outras casas. Se o corpo do 
duque lhe roçasse, poderia chiar; embora ainda não sabia se de medo ou de outra 
coisa  completamente diferente.




  
-Tens frio? -perguntou Alfonso com cortesia ao ver que tremia. A sala 
era cálida, muito para ter frio.




  
-N-não -gaguejou com suavidade. Inclinou-se para frente e se distraiu 
tirando miolos imaginários da mesa limpa.




  
-Então, talvez encontres minha companhia repulsiva? -sondou com 
mordacidade. Recostou-se sobre seu assento e apoiou o cotovelo no braço de 
madeira da cadeira.




  
-Não, meu senhor. -Anahí apoiou a mão em seu regaço e apertou os lábios 
com força.




  
-Estás zangada comigo? -riu Alfonso. O som a tomou de surpresa; era uma 
mescla de prazer e diversão, não tinha nada a ver com a risada diabólica que 
tinha ouvido fazia tão pouco.




  
Estremeceu-se, porque mais que uma pergunta, tinha sido uma afirmação.




  
-Meu senhor, rogaria-lhe que se comportasse, não é próprio de você falar 
de uma forma tão...




  
-Honesta? -perguntou, inclinando a cabeça divertido.




  
-Não, ia dizer vulgar. -Anahí esfregou o dorso da mão no regaço, 
tratando de ocultar seu nervosismo-. A sinceridade está muito bem entre amigos, 
mas nós...




  
-Não preciso jogar aos formalismos. Se não se disser o que se pensa, não 
tem sentido falar. -Olhou-a com superioridade, desafiando-a a que dissesse o 
contrário.




  
Anahí manteve a boca fechada ante suas palavras. Fez o que pôde para 
ocultar sua irritação e passeou a vista com cuidado pelo resto dos homens. 
Estalaram risadas ao fundo; tratou de ver o que as tinha originado, mas não 
pôde ver o que acontecia, embora escutou alguém queixar-se pela falta de 
comida.




  
A jovem suspirou com força e se esqueceu de si mesma enquanto estudava 
ao duque. Lhe tinha secado a boca e não conseguia tragar. Cada vez que estava 
perto dele, seu corpo se acalorava e esfriava com tal facilidade que não podia 
pensar com claridade. Suas coxas se contraíam e o estômago lhe revolvia. Talvez 
fosse um demônio, e a tinha enfeitiçada.




  
-Meu senhor? -perguntou quando as risadas cessaram. Anahí era consciente 
de que seguiam lhes observando. Negava-se a lhe olhar de cara durante muito 
tempo, por medo de que voltasse a acusá-la de ficar olhando-o.




  
Sim, não conviria que voltasse a me repreender em público.




  
Alfonso apoiou a têmpora nos nódulos, recostando-se sobre os braços da 
cadeira e aguardando sua próxima reprimenda.




  
Anahí movia as unhas com nervosismo. A túnica marrom que levava posta 
era monótona em comparação com a cor de seu cabelo. Perguntou-se se lamentaria 
estar ali, pois seguramente estava acostumada a vestidos luxuosos e com 
adornos. Comportava-se como uma dama, e estava contente com as mudanças que 
tinha realizado na sala. Já se tinha dado conta das jarras de hidromel que 
havia em todas as mesas. Quando entrou na sala, os homens estavam mais animados 
que de costume, mas agora tinham baixado as vozes e apenas lhes ouvia.




  
-Meu  senhor? -repetiu, um pouco 
mais forte esta vez. Também gostava de sua valentia.




  
-Sim? -respondeu, ocupado observando sua delicada orelha. Seria tão 
fácil inclinar-se e lamber-lhe. Considerou a possibilidade de ordenar a todo 
mundo que saísse, para assim poder pô-la sobre seu regaço e tomá-la ali mesmo, 
na sala.




  
-Queres que chame os criados? -perguntou-. Todos os da sala esperam a 
que chegue o jantar.




  
-Lhe rogo -pediu Alfonso, surpreso ante sua observação, apesar de que 
lhe decepcionava um pouco sua moderação. Surpreso, viu como levantava a mão e 
fazia um único movimento. Assim que sua mão voltou para a posição original, a 
porta da cozinha se abriu de repente. Os criados levavam bandejas de comida e 
as colocaram sobre as mesas. As bandejas estavam cheias de carneiro assado e 
batatas temperadas, e rodelas de pão recém caseiro e ainda fumegante. Havia 
nabos cozidos, e inclusive vasilhas de barro com manteiga recém feita.




  
Também se tinha dado conta, não sem grande surpresa, quão limpo estava 
tudo. As teias de aranha, às que tinha começado a agarrar carinho, tinham 
desaparecido das vigas do teto. A palha do solo estava limpa e perfumada. 
Tinham esfregado as paredes de pedra e as tapeçarias. A Alfonso, todaa aquela 
limpeza lhe parecia desconjurada em sua casa; eliminava a atmosfera sombria que 
tinha tratado de estabelecer ao seu redor.




  
Seu pedreiro, Harold, atreveu-se a queixar-se da forma intimidatória em 
que Lady Anahí dava ordens. Isso foi até que Alfonso lhe disse ao bêbado que 
tinha dado permissão a Lady Anahí para que lhe ordenasse em sua ausência. O 
gordurento homem se encolheu e havia retornado imediatamente ao trabalho, dando 
ordens aos criados com más maneiras em sua indignação.




  
O duque observou a uma das criadas que passava junto a ele e viu que 
tinha o cabelo curto molhado, como se acabasse de banhar-se. Levava os cachos 
perfeitamente recolhidos, penteados para trás. Suas roupas também estavam 
limpas e remendadas. Girando-se de repente, a criada se encaminhou lentamente 
para a mesa principal e colocou a bandeja ante eles.




  
-Espero que a meu senhor não importe comer carneiro em lugar dos mingaus 
de pescado. Alguns dos animais estavam já mais que dispostos e a manada era já 
muito grande -comentou Anahí, assentindo a jovem criada. A jovem esteve a ponto 
de tropeçar quando saiu em disparada dali-. Além disso, pensei que seria uma 
boa forma de recompensar aos homens por seu duro trabalho que hão...




  
-Não me importa -lhe interrompeu.




  
-Meu senhor, queres que lhe sirva um pouco de bebida? -perguntou Anahí, limpando 
toda dúvida dos olhos ao ocultá-los sob suas largas pestanas. Seus lábios 
fizeram um bico sem querer.




  
Alfonso sentiu desaparecer uma parte de sua dura casca. Lhe removeram as 
vísceras com uma força desconhecida; não sabia se o que bulia em seu interior 
era piedade ou compaixão, a que vinha isso? Onde estava a intencionada mulher 
que não duvidava em lhe desafiar? Alfonso ocultou o sorriso para ouvir seu tom 
áspero. Sua obstinação lhe agradava. Ao ver que lhe tinha medo, quis apagar a 
dor, quis lhe dizer que não acontecia nada; mas não podia mostrar sua 
debilidade. Não cairia em suas armadilhas de mulher.




  
Alfonso assentiu com a cabeça e se recostou em seu assento para estudar 
a cinturinha da jovem. Gostava da redonda curva de seu traseiro. Ao olhá-lo, as 
idéias mais descabeladas se amontoaram em sua mente. Pensou em agarrá-la, lhe 
levantar a saia e sentá-la em seu regaço ali mesmo, na sala. Tragou com força e 
fechou brevemente os olhos. Suas fantasias se faziam cada vez mais freqüentes. 
Bastava-lhe um olhar para começar a calcular as diferentes formas em que 
poderia colocar a franga nela até o mais profundo de sua úmida boceta.




  
Moveu as mãos para apoiá-las brandamente sob o queixo, esfregando a 
cicatriz da mandíbula com o dorso dos dedos. A mãos de Anahí tremiam enquanto 
preenchia a taça do duque e voltava a deixar a jarra em cima da mesa. Elevou a 
taça e a deu.




  
Alfonso agarrou a taça de suas trementes mãos, roçando de propósito sua 
palma contra a dela. A jovem tragou visivelmente e evitou lhe olhar aos olhos 
enquanto ele a examinava. Logo, franzindo o cenho, agarrou-lhe pela mão 
bruscamente antes que pudesse retirá-la. Lhe estudando a palma, olhou a carne 
áspera que viu. Não eram como deviam ser as mãos de uma nobre. Anahí fechou os 
dedos e tratou de escapar. Alfonso a soltou, sem expressão no rosto.




  
-Meu senhor -suspirou  enquanto 
enchia sua própria taça. Deixou a jarra sobre a mesa e se mordeu o lábio, 
afastando as palmas da mão da vista-. Temo...




  
-Temem-me -concluiu ao ver que se detinha. Moveu a taça lentamente para 
tomar um gole, sem afastar os olhos de sua cara.




  
-Não. -Olhou-lhe com desprezo e sotaque sua taça sobre a mesa. Estava 
claro que não gostava muito que a interrompessem constantemente-. Ia a dizer 
que temo não saber exatamente que papel queres que desempenhe aqui; pois não 
sei atuar como uma prisioneira e não parece lhe agradar que atue como a dama 
que meu pai me ensinou a ser. Pensei que talvez pudesses me explicar como 
esperas que me comporte, a fim de não lhe decepcionar mais no futuro. Quero que 
minha vida aqui passe o mais desapercebida possível, de maneira que não tenhas 
que pensar em mim mais que o devido.




  
Alfonso franziu o cenho ante o que dizia. Até agora seus atos não lhe 
tinham desagradado em nada. Ulric lhe tinha informado, em um intento 
desesperado de explorar sua honra com a esperança de que mudasse de idéia, de 
que tinha brindado a jovem a facilidade de escapar, tal e como lhe tinha 
ordenado. O homem tinha chegado até o ponto de lhe oferecer que se fora dar uma 
volta a cavalo, sem escolta. Anahí tinha rechaçado a oferta alegando que não 
lhe permitia sair do recinto do castelo sem a companhia ou a permissão do 
duque.




  
Ao parecer, sua honra lhe retém de verdade aqui.




  
Ao duque não lhe agradou em excesso a idéia, pois significava que as 
idéias preconcebidas que tinha do sexo oposto não eram de todo corretas. Não 
era tão vaidoso para acreditar que Enrico a tivesse enviado a sua casa para lhe 
assassinar. Pensando-o friamente, duvidava muito que o conde pensasse nunca nele.




  
-Minha senhora, eu gostaria que jantasses. -Deixou a taça na mesa e 
passou a mão pela borda, onde seus lábios se posaram.




  
Alfonso observava seus movimentos com cuidado. Tinha a sensação de que 
não estava sendo de todo sincera, que escondia muito do que pensava e sentia. 
Lhe encolheu o estômago com um sentimento desconhecido que lhe comia por 
dentro, lhe enchendo de culpabilidade. O sentimento não lhe agradou 
absolutamente. Levava anos sonhando em vingar-se e, agora que estava perto de 
consegui-lo, sentia lástima.




  
O duque ignorou o que pensava e se concentrou em sua comida. Tratou de 
ignorar a surpreendente mulher que tinha ao seu lado e que revoava ao seu redor 
entretendo-se com a comida e simulando comer. Sacudiu a cabeça ao dar-se conta 
de que não era tão fácil ignorá-la.




  
A multidão ali congregada se foi animando cada vez mais, e as risadas 
dos homens e criados se ouviam fora da sala. Alfonso jantava em silêncio. 
Observava as mudanças ao seu redor com uma mescla de diversão. Apesar de que 
riam, viu que muitos dos cavalheiros jogavam fugazes olhadas a Lady Anahí. 
Conhecia bem esses olhares de avaliação. Anahí prestava pouca atenção aos 
homens, pois mantinha a cabeça encurvada e parecia concentrada em seu regaço. Alfonso 
percebeu a modéstia da mulher com sombria aprovação.




  
Minha querida senhora, sois um autêntico mistério.




  
Sacudindo a cabeça, voltou a concentrar-se na comida, e fez o que pôde 
para recordar de quem era filha.




 




 




* * *




 




  
Anahí era incapaz de comer o cordeiro salgado e as batatas cozidas que 
havia em seu prato; não tinha apetite. Entretanto, apesar disso tratou de 
simular fazê-lo para seu captor, embora o que fazia era reorganizar a comida 
que havia em sua parte do prato e empurrá-la para o lado do  duque quando  
este não olhava, para que a comesse ele.




  
Finalmente, quando o final da comida pareceu próximo, girou-se para Alfonso 
e lhe perguntou, sem preâmbulos:




  
-Posso ir já, meu senhor captor? Eu gostaria de me retirar, se não me 
necessitares mais.




  
Anahí não tinha tido intenção de que suas palavras soassem tão 
sarcásticas; embora tampouco se incomodou em pedir desculpas. Vladimir não 
tinha falado durante toda a comida e, certamente, não tinha respondido a sua 
pergunta sobre o lugar que se supunha que devia ocupar no castelo. De fato, não 
lhe havia dito nada de seu futuro, e Anahí começava a cansar-se da atuação.




  
"Talvez seja porque não me aguarda nenhum futuro aqui!". Olhou 
com pânico a Alfonso. "Está zangado comigo; talvez não me aguarde nenhum 
tipo de futuro!".




  
-Não, quero que fales comigo.




  
-Mas não tenho nada interessante que lhe contar, meu senhor. -Anahí 
falou com a mesma dureza com que o tinha feito ele um segundo antes. Vacilou um 
pouco ao voltar a lhe olhar, exasperada-. E se não se tiver nada do que falar, 
o melhor é não falar. Não é verdade, meu senhor?




  
Murmurando, de maneira que só Anahí ouvisse seu sussurro admitiu com 
inapetência:




  
-Mas há coisas que me dirás.




  
-Ah. -Anahí ficou surpreendida e lhe lançou um rápido olhar de lado 
enquanto lhe acendia o rosto. Odiava que conseguisse sempre fazê-la avermelhar.




  
-Há coisas que desejo saber.




  
-Aqui? Desejas falar aqui? -Estava cansada dos fofoqueiros olhos do 
serviço. Ali onde estava, tão acima, sentia-se como se a expusera; embora, por 
outro lado, temia ficar a sós com o duque e se alegrava em parte do escrutínio 
público pois, embora sabia que ninguém iria em sua ajuda chegado o caso, que 
lhes observasse da distância a reconfortava em certa maneira




  
-Não.




  
Os olhos de Anahí se dirigiram para o vão da escada e perguntou por que 
estava tão emocionada.




  
-Então? Queres que vamos ali?




  
Alfonso seguiu seu olhar; levava a seu dormitório. Retirou rapidamente o 
cenho franzido, mas Anahí o tinha visto.




  
-Demos um passeio. -Alfonso ficou em pé e esperou a que ela fizesse o 
mesmo. Não lhe ofereceu a mão, nem a ajudou a descer do pódio. Em lugar disso, 
caminhava na frente dela, esperando que lhe seguisse como uma criada.




  
Anahí franziu o cenho em silêncio a suas costas e lhe seguiu sem fazer 
ruído. Alguns dos cavalheiros se deram conta do desafiante olhar que lhe 
lançava, e sorriram para si. A sala inteira guardou silêncio e observou aos 
nobres com curiosidade. Anahí era perfeitamente consciente de seus olhares.




  
-Vai matá-la agora? -acreditou ouvir alguém suspirar.




  
-Não, ainda não lhe chegou a hora -percebeu que respondiam.




  
Anahí não podia assegurar onde acabava sua imaginação e começava a 
realidade.




  
Alfonso não se voltou nem uma vez para assegurar-se de que lhe tivesse 
obedecido e, de algum jeito, isso a zangou. Tratava-a como se fora um vira-lata 
bem educado. Jogou uma olhada à escada e se perguntou se teria o valor de 
correr e esconder-se dele. O teria merecido. Mas a idéia se foi tão rápido como 
veio; não se atrevia a lhe desobedecer tão abertamente, assim continuou lhe 
seguindo.




  
Quando saíam pela porta, o céu da tarde começava a cair. Graças a 
agradável brisa, o ar era algo mais fresco. O céu se tingia de tons laranjas, 
serpenteado aqui e lá por umas quantas nuvens brancas. O negro castelo se erguia 
como por arte de magia, tocando o céu. Anahí se alegrou de ter dado a ordem de 
que rastelassem a paliçada, pois antes cheirava a chão de cão e a terra úmida 
enquanto que agora, à medida que se aproximavam dos jardins, a fragrância a 
ervas aromáticas e flores se fazia cada vez mais forte. A salvia, a camomila e 
o hortelã inundavam seus sentidos. Anahí aspirou profundamente e sorriu a si 
mesma sentindo-se, por um par de segundos, livre.




  
-Há um banco -interrompeu de repente o duque seus pensamentos. Para lhe 
ouvir, apagou o sorriso dos lábios e a substituiu por uma careta. Indicava com 
a cabeça o grande banco de pedra que havia na sombra do gigantesco carvalho-. 
Sente-se.




  
-Não sou um cão -replicou Anahí, pois suas palavras lhe deixavam muito 
claro qual era sua posição. Ofegou e se cobriu a boca com a mão, esperando seu 
aborrecimento. Jamais tinha respondido dessa forma, o que lhe estava passando?




  
Voltou-se para ouvi-la e sorriu. O frio olhar de seus olhos se suavizou, 
mas o momento foi tão breve que acreditou havê-lo imaginado. Anahí estava 
surpreendida de que não a tivesse reprimido imediatamente. Seu pai teria 
ordenado que a açoitassem ante tal falta de respeito.




  
-Sente-se, por favor -disse, ajeitando sua ordem anterior. O céu que se 
via atrás de sua cabeça se voltou mais profundo com a iminente escuridão. Moveu 
os dedos com graça no ar, para lhe indicar o banco, o que lhe fez parecer muito 
mais cavalheiresco. Anahí se surpreendeu ao ver a praticada simplicidade de seu 
fluido movimento. Entretanto, a expressão de seu rosto deixava claro que seguia 
sendo uma ordem.




  
Anahí deu um vacilante passo para frente antes de deter-se, insegura. O 
vento fez que lhe olhasse o peito. O cabelo do duque flutuava delicadamente na 
brisa, e sua negra túnica se elevou o suficiente para revelar a faca que levava 
oculto na cintura.




 Anahí assentiu fracamente, mantendo-se de 
costas a ele de propósito, cuidando de não lhe zangar ainda mais. Ao ver a 
arma, lembrou-se de repente dos olhares e dos sussurros dos criados. O coração 
lhe encolheu ao compreender. De repente, sentiu um medo atroz e, se não tivesse 
visto que a grade estava baixada, teria tratado de escapar.




  
O duque fez um gesto para lhe indicar o banco e Anahí obedeceu sua 
silenciosa ordem de que se sentasse. Os braços lhe caíam pesadamente a ambos os 
lados e não lhe perdia de vista com os olhos. Chegou a borda e se sentou ao 
final da pedra, lhe deixando espaço se por acaso queria sentar-se junto a ela. 
Graças a Deus, não o fez.




  
Em lugar disso, Alfonso ficou diante dela. Seus negros cachos refletiam 
a cor púrpura do pôr-do-sol e formavam uma auréola sobre sua cabeça. Ao lhe 
olhar, não viu as cicatrizes, a não ser ao atrativo homem de rosto duro e 
impassível. Sua proximidade fez com que o estômago lhe desse um tombo, 
excitada. Afastou o olhar, tratando de não esquecer o medo que sentia, tratando 
de não esquecer o à mão que tinha a faca.




  
-Chegou a hora de que me contes como chegaste aqui- disse, e pareceu bem 
mais uma exigência.




  
Anahí se estremeceu ante suas toscas maneiras.




  
-Não, não é de sua incumbência.




  
-Conte-me-o. -Alfonso se inclinou sobre ela com a ordem. Ela se 
estremeceu e elevou o queixo ainda mais, desafiante-. Tudo o que acontece nesta 
casa é de minha incumbência.




  
-Se isso for certo -começou a dizer, com o mesmo cenho franzido-, me 
nomeies a todos os criados que trabalham em suas cozinhas. Me demonstres que 
lhe importa o castelo.




  
Alfonso ficou boquiaberto e seus olhos se estreitaram perigosamente.




  
-Estou cansado de seus joguinhos. Me respondas.




  
-Não -replicou com a mesma dureza. Ficou em pé, disposta a partir, mas o 
duque a agarrou pela mão e a obrigou a deter-se. Agarrava-a com força, 
advertindo-a.




  
-Não hei dito que pudias partir.




  
-Não penso responder a suas perguntas. Sou sua prisioneira, mas isso não 
lhe dá direito a pinçar em meus pensamentos. -Sabia muito bem o que diziam 
dele, viu suas mãos calosas e, ainda assim, quando lhe tinha perto não sentia 
medo-. Se persistires em me perguntar, darei-lhe as boa noite, meu senhor 
captor, e abandonarei esta morada de uma vez por todas.




  
-O que escondes? A quem proteges? -Empurrou-a para trás até que voltou a 
estar frente a ele, sem lhe soltar o braço. Ignorou sua ameaça; os dois sabiam 
que não valia a pena, pois não podia escapar dele nem de Lago Azul-. Por que 
não queres me responder?




  
-Porque não voltarei a me enviar com ele! -gritou antes de poder 
conter-se. Cobriu a boca rapidamente, surpreendida de sua própria admissão.




  
-Lhe enviar com quem? Com seu pai? -perguntou Alfonso com um grunhido. 
Ao ver que não respondia, sacudiu-a com força. Brocava-a com o olhar, lhe 
solicitando saber tudo.




  
-Não, a ninguém. -Anahí olhou a sua túnica, onde sabia que se escondia a 
faca. As lágrimas lhe amontoavam nos olhos. Queria lhe suplicar, mas sabia que 
não conseguiria nada com isso-. Por favor, me soltes. Deixes que vá ao convento, 
a fazer meus votos. Não direi a ninguém que trataras de me reter aqui. De fato, 
estarei-lhe eternamente agradecida por sua ajuda; recordarei-lhe todas as 
noites em minhas preces até que morra, se isso for o que desejas.




  
-Não pareces ter esse tipo de caráter. Não sei por que, mas não imagino 
se ajoelhando piamente cada dia de seu dia para rezar, minha senhora cativa 
-observou Alfonso com frieza-. Como é que queres acabar em um convento? De 
verdade seu pai cede a sua única filha ao Santíssimo tão gostosamente? Não 
acredito. Conheço seu pai, e não é tão generoso.




  
-Não lhe hei dito que vou ali -admitiu com olhar nervoso-. Não sabe onde 
estou.




  
-Ah, então tem outros planos para você, por isso estás aqui?




  
-Me prometas que me mataras antes de me enviar de volta. De todas 
formas, esse é seu plano, ou não? Ouvi os criados sussurrarem; por isso não 
querias que falasse com Ulric. Ia avisar-me, verdade? -Anahí tragou com força e 
passou a língua pelos lábios. Com um apagado som de desespero, tragou as lágrimas, 
sentindo-se derrotada-. Por favor, não me esfaqueies; não quero morrer assim. 
Me concedas isso ao menos. Me dê algum veneno que possa beber... o que seja, 
salvo a faca.




  
Tratava de parecer despreocupada, mas seus olhos foram diretos à faca 
que guardava na cintura.




  
-Não sei o que lhe terá feito meu pai para lhe ofender, mas se o que 
desejas é se vingar com minha morte, faças sem dor. Pois foi meu pai, e não eu, 
quem lhe ofendeu. -As lágrimas lhe caíam pela cara e os lábios lhe tremiam, 
suplicando uma morte indolor. Alfonso lhe encolhia o coração-. Por favor, meu 
senhor.




  
-Por que lhe importa tanto como morres? -Perguntou o duque com 
aspereza-. Depois de tudo, o final é o mesmo.




  
Anahí tragou o soluço, fazendo o possível para tratar de parecer valente.




  
-Por favor, se o final é o mesmo para vós, por que não me concedes o que 
lhe peço? Assim os criados terão menos que limpar depois.




  
-Por que não suplicas por sua vida? -Alfonso franziu o cenho e fez um 
gesto violento com a mão. Inclinou-se para ela e baixou a voz até fazê-la um 
áspero sussurro, mas não se intimidou ante seu aborrecimento. Então, observando 
a mão com a qual a agarrava, soltou-a de repente-. Por que se rende sem lutar? 
O que aconteceu com a insolente mulher que sempre me planta a cara?




  
-Sei muito bem que a vida de uma mulher vale pouco para vós. Vi como me 
olhas. Vós não gostais de mim. Não valho nada para você, mais que a vingança. 
-O sol se pôs por completo e agora o céu se voltava de um azul escuro. Anahí se 
girou para olhar as camomilas do jardim. Aspirou profundamente antes de 
continuar-: Para que íeis escutar-me? Afetaria a sua decisão, uma vez feita?




  
-Tens razão -concedeu-. Uma vez tomada minha decisão, seria difícil me 
convencer do contrário, pois contradiria as razão pelas quais o decidi ao 
princípio. Não se pode confiar em um homem que questiona suas próprias 
decisões.




  
-Assim tomastes sua decisão: vou morrer? -Anahí se estremeceu e voltou a 
olhar a camomila. Sua respiração se tranqüilizou e deixou de tremer. Uma 
lágrima rodou por suas brancas e suaves bochechas.




Compartilhe este capítulo:

Autor(a): JuHerrera

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

  proximos caps somente com bastante comentes !    Tomou o queixo com a mão para lhe obrigar a girar a cabeça e para que lhe olhasse, retirou brandamente as lágrimas de suas bochechas com o polegar, fazendo uma careta ao fazê-lo.   -Ainda não o decidi.   Anahí assentiu, deixand ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 98



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • ilusAovondy Postado em 10/12/2015 - 11:56:37

    Você gosta de fanfics vondy? De romance e com hots? Vou te indicar uma que eu amo e acho perfeita, e acho que você iria gostar. http://fanfics.com.br/fanfic/51129/por-voce-adaptada-vondy . Leia e se gostar fav.. Beijos.

  • daninha_ponny Postado em 31/01/2014 - 14:28:36

    É lindaaaaaaa ameiiiiiiiiiiiiii......ameiiiiii

  • franmarmentini Postado em 31/01/2014 - 08:41:04

    AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AME I...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI.. .AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AM EI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI. ..AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...A MEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI ...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI... AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AME I...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI.. .AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AM EI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...ESSA FIC FOI MARAVILHOSA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! MUITO LINDA MESMO!!!!!!!! vou ficar aguardando vc postar a outra fic* e já te add. no face e no TT bjus!!!

  • lyu Postado em 30/01/2014 - 00:08:02

    to ficando sem cabelo! de tanto puxa-los! ele não pode ter morrido. não pode

  • daninha_ponny Postado em 29/01/2014 - 23:59:32

    Pelo amor de Deus.....ele no pode ter morrido... To chorando ate agora....q aperto no coração.... Isso é maldade....

  • franmarmentini Postado em 29/01/2014 - 22:53:58

    ainda to chorrando...poxa não faz isso comigo pelo amor de deus!!!!!!!!!!!!ele não pode ter morrido por favor por favor!!!!!!!!!!! há na outra fic vc postou repetido to ansiosa pra ler lá também bjus

  • franmarmentini Postado em 29/01/2014 - 22:44:25

    poxa eu to chorrando muito!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • lyu Postado em 29/01/2014 - 16:03:44

    eu vou pirar se ele morrer!

  • daninha_ponny Postado em 29/01/2014 - 00:16:03

    Aiii ele no pode morrer......tendo infarto m 3.....2...1.....

  • iza2500 Postado em 28/01/2014 - 22:37:02

    Ai o Poncho não pode morrer, aff! esse rei. posta mais!


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais