Fanfics Brasil - 27 A Donzela e o Monstro AyA (Finalizada)

Fanfic: A Donzela e o Monstro AyA (Finalizada) | Tema: AyA


Capítulo: 27

30 visualizações Denunciar


queridas leitoras fantasmas pesço que comentem ! lyu eu não quero que você pire .


 


 


  
-Sim, minha senhora. Se não consumar este matrimônio, seu pai poderia 
anulá-lo; poderia lhe a se casar com o Derrick e tudo isto teria sido em vão.




  
Não respondeu, mas lhe tremiam os ombros.




  
-Preferirias passar muitas noites com Derrick e seus homens antes que 
uma comigo?




  
-Não, meu senhor.




  
-Não, o que?




  
-Não, prefiro me deitar com você antes que com ele... eles. - Voltou a 
fazer girar o caule da camomila entre os dedos.




  
Assentiu de novo e voltou a virar-se para dirigir-se a seus aposentos. 
De caminho para ali, tirou uma tocha acesa da parede e, ao nada mais entrar na 
habitação, atirou-a à chaminé para acendê-la. As chamas prenderam e 
crepitaram,  fazendo a atmosfera um pouco 
mais agradável.




  
Anahí entrou atrás dele no quarto. A doçura tinha desaparecido por 
completo de seus rasgos  e, de repente, 
não estava segura do que esperava dela. Zangou-se consigo mesma por ter 
aceitado casar-se com ele desde o começo: proteção. Não eram feitos um para o 
outro, nem nunca o seriam.




  
Estremeceu-se ante o poder que emanava dele; até as pedras do castelo 
pareciam lhe obedecer. Se assim o ordenasse, seguro que as pedras se afastariam 
a seu passo. Outra coisa não, mas aquele homem podia protegê-la.




  
-Sua forma de falar -começou Anahí, tratando de pensar em algo do que 
falar. Tinham entrado no quarto e estava em pé, junto à porta, desesperada por 
pensar em algo que não fora a tarefa que lhe aguardava. Não sabia o que esperar 
daquela noite, mas a idéia de descobri-lo fazia que uma estranha e erótica 
sensação percorresse seu inocente corpo. Se tão só a olhasse afetuosamente, 
qualquer tipo de sentimento valia, a verdade. Queria-a como a uma mulher? 
Sentia-se atraído por ela? Queria deitar-se com ela? Ou só estava ali, ante 
ela, por vingança? Observou seu inexpressivo rosto e temeu ver a resposta nele. 
****va; o sentimento era quase tão ruim como o que sentia nas vísceras e que 
fazia com que suas coxas se umedecessem e lhe ardessem os mamilos.




  
-O que acontece com ela? -Alfonso se encaminhou para a porta e a fechou 
com um golpe seco, fazendo que se sobressaltasse. Voltou para a chaminé e se 
virou, mantendo as distâncias.




  
-Nunca o tinha ouvido antes. -Anahí lhe observou através das pestanas. A 
luz da luz proporcionava uma auréola de horripilante brilho alaranjado a seu 
cabelo negro. Parecia estar em contínua mudança. Retirou-se o véu do cabelo, 
sentindo-se de repente muito oprimida por suas roupas-. Onde nasceste?




  
-Northumbria -respondeu sem mais. Seu acento era duro, como o resto de 
seu ser. Apoiou a mão sobre a chaminé de pedra com gesto preguiçoso. Os olhos 
dela seguiam todos e cada um de seus movimentos. O simples feito de lhe olhar 
fazia com que lhe fraquejassem os joelhos e que um formigamento de desejo lhe 
percorresse os quadris.




  
Por que não se limitava a voltar a beijá-la? Por que não lhe sorria, ou 
a tocava, ou pressionava seu corpo contra o dela?




  
-Northumbria? -ofegou, tratando de cobrir o estranho silêncio enquanto 
se recreava em seus amalucados pensamentos-. O acento dali não é como o seu. 
Meu pai foi embaixador do defunto rei Aethelred, e me levou com ele em suas 
viagens pelo norte da Northumbria. De fato, levou-me com ele em suas viagens 
por muitos lugares, embora não permitia que me mesclasse com a gente que vivia 
nos lugares aos que viajávamos. Talvez lhe criassem em outro lugar?




  
Calou de repente ao ver que elevava uma sobrancelha, divertido. 
Arqueava-se belamente sobre seu rosto proibido. Ao dar-se conta de que 
tagarelava como uma criada estúpida, fez uma careta de humilhação. Aquele homem 
tinha algo que a desarmava e fazia que desaparecesse de sua cabeça qualquer 
rastro de inteligência. Franziu o cenho e se dedicou a estudar a pedra do negro 
chão.




  
-Minha mãe e seu povo eram os parentes escuros dos vikings. Formavam 
parte de uma tribo procedente do oriente. Meu pai a seqüestrou e escravizou a 
muitos com ela. Contam que minha mãe capturou o coração de meu pai com sua 
beleza pagã; estava acostumada a dançar nua sob as estrelas para ele, e se 
converteu em sua amante. Ao cabo de um tempo, casaram-se. Entretanto, meu pai 
morreu antes que eu nascesse. Minha mãe libertou os escravos de meu pai e me 
criaram a sua morte. Aprendi o acento deles. Não soube que era diferente até 
que me fiz mais velho, e então já era muito tarde. -Seus lábios se curvaram em 
um sorriso de desconfiança.




  
-E sua mãe? Oporá-se a estas bodas? -perguntou Anahí, fascinada. As 
facções de sua cara se suavizaram um pouco ao falar da mulher que lhe deu a 
vida, e a verdade era que sua nova sogra parecia uma mulher fascinante. Com 
esperança na voz, perguntou-: Onde ela está? Conhecerei-a algum  dia?




  
-Morreu -declarou sem mais, e sua expressão voltou a endurecer-se.




  
-E o resto? O que lhe aconteceu?




  
-Também morreram. Não tenho família, além de minha filha, a quem 
conhecerá em umas semanas, pois já mandei procurá-la.




  
-Lamento ouvir isso de sua mãe. -Anahí lhe olhou com compaixão, mas não 
pareceu lhe afetar-. Eu nunca conheci a minha.




  
Alfonso assentiu, mas não perguntou mais. Sentou-se sobre a cama, tirou 
os sapatos e os deixou no chão. Anahí observou com fascinação os movimentos 
preguiçosos de suas mãos direitas. Olhou-a, e umas mechas de cabelo escuro 
caíram sobre seus olhos ao fazê-lo. Tinha os cotovelos  apoiados sobre os joelhos, e inclinava as 
costas para frente, como uma besta à espreita.




  
Anahí aspirou com força e se concentrou em manter-se alerta. Resistia a 
deixar-se levar pelo desejo de aproximar-se dele. Queria que aproximasse a 
cabeça a seu peito e a puxar-lhe o cabelo enquanto a agarrava, queria sentir 
suas mãos nos quadris, envolvendo-a com sua força.




  
Estou segura de que não agradeceria minhas atenções.




  
-Como se chama sua filha? Que idade tem? -perguntou Anahí em voz alta, 
desesperada por que seguiram falando. Sentia que voltava a afastar-se dela.




  
-Ana Paula. E tem uns seis anos. -Sua voz se suavizou ao pronunciar o 
nome da menina. Seus olhos se nublaram e, por uns instantes, perdeu-se nas 
lembranças de sua filha-. Faz um ano que não a vejo. Não podia trazê-la aqui 
comigo, pois a viagem era muito insegura para uma menina. Mas agora, com nossas 
bodas, podes se encarregar dela.




  
Alfonso  franziu o cenho e a 
estudou atentamente.




  
-O que? -O silêncio repentino punha a Anahí nervosa. Viu seu olhar 
penetrante pela extremidade do olho, e se estremeceu.




  
-Gostáis de crianças? -afastou-se o cabelo da cara para vê-la melhor.




  
-Sim, meu senhor -respondeu surpreendida. Brincava com o véu que tinha 
nas mãos, girando-o nervosamente. Cravou seu olhar mais sincero nele e 
suspirou-. Estou ansiosa por conhecer a Ana Paula. Estou segura de que é uma 
linda...




  
O olhar furioso de Alfonso fez que se detivera; estudou-a atentamente, 
com os olhos entrecerrados.




  
-Espero que dela cuides como se fora sua filha; que não duvide nem por 
um momento de qual é seu lugar nesta casa.




  
-Não ousaria fazer tal coisa. -Anahí se perguntou por que haveria dor em 
sua voz. Seriam certos os rumores? Levaria também a marca do fogo? De repente, 
compreendeu a que se referia. Temia que rechaçasse à menina por sua 
desfiguração. Quão graves podiam ser as queimaduras da menina?




  
-Meu senhor, -Anahí se deteve para passar a língua pelos lábios 
ressecados-, me perdoes minha ousadia.




  
Assentiu. Voltando para o que estava fazendo, puxou as médias de lã para 
as deixar também no chão. Seus pés tocaram a pedra e flexionou os dedos. Anahí 
observou com gesto ausente seus fortes pés.




  
-Acredito que amaria à menina, se me deixasse. Eu gostaria que me 
considerasse como sua mãe, se isso lhe parecer bem. -Anahí se ruborizou ao ver 
que elevava a cabeça para estudá-la. Mordeu-se o lábio. De alguma forma, o 
estar perto dele a fazia dizer a verdade sem lhe importar as conseqüências-. 
Embora não pretendo substituir a sua mãe, nem pretendo saber muito sobre 
crianças, mas estou disposta a aprender.




  
-Anahí -disse arrastando as palavras, mas sem levantar a vista-; um nome 
muito pouco comum.




  
-Provém das antigas terras do sul. -lambeu os lábios com nervosismo-. 
Meu pai me contou que conheceu uma menina que se chamava Anahí um mês antes de 
que eu nascesse. Disse-me que isso dava sorte.




  
Alfonso dobrou uma perna e se arranhou a impigem com cuidado. Uma vez 
mais, o cabelo lhe caiu pela cara, ocultando suas facções à vista. Para ouvir 
sua voz, aquela sensação estranha e desconhecida para ela aumentou em suas 
vísceras. Nunca antes lhe tinha parecido tão agradável seu nome, como quando o 
pronunciou ele.




  
De repente, Alfonso ficou em pé e caminhou para ela, e não se deteve até 
estar a escassos centímetros de Anahí. Tomou a mão que levava a camomila e a 
levantou. Observou a palma de sua mão com uma intensidade que rara vez tinha 
visto e, com a unha do dedo mindinho, percorreu a tirante pele de sua munheca. Anahí 
se estremeceu. A pele seguia estando avermelhada de ter esfregado os chãos.




  
Alfonso suspirou.




  
-Não quero que esfregues os chãos. De agora em diante, que os criados se 
encarreguem de fazê-lo.




  
Anahí ofegou ao ver sua suave carícia passava à palma da mão, para 
percorrer brandamente todos e cada um dos dedos. Tinha a palma ardida, mas 
parecia pior do que era. Suas peles tomavam um tom alaranjado à luz da luz, 
embora a sua era de um tom mais claro. Soltou um pouco o véu, que caiu ao solo 
fazendo ondas.




  
Elevou a vista para lhe olhar aos olhos, mas não lhe olhava diretamente 
à cara. Esta vez, não pôde afastar os olhos dele. Suas carícias faziam que lhe 
tremessem os dedos. Estava tão perto... Viu como lhe subia e baixava o peito 
sob a sobrecapa de linho e podia cheirar a forte fragrância de sua 
masculinidade; o aroma embriagador a intoxicava como um veneno, convertendo-a 
em sua escrava.




  
Disseste-me que não seria sua escrava, mas o sou. Disseste que não seria 
sua prisioneira, mas sigo sendo-o. Sou mais prisioneira sua agora que antes, 
pois não me atrevo a pensar sequer em lhe desafiar, e sou sua escrava, pois 
minha vontade lhe pertence.




  
Seus próprios pensamentos a assustaram; ela não estava acostumada a ser 
assim. Era como se os tivessem posto na cabeça. Nunca havia sentido tanto por 
um homem; nunca tinha sonhado lhe cedendo o controle a nenhum homem. Olhou-lhe 
fixamente aos olhos, encantada, assustada ante a profundidade de seus 
sentimentos não compartilhados.




  
Anahí viu que pressionava algo contra a palma de sua mão. Baixou a vista 
para ver o que era quando a soltou. Era um frasco, do tipo que usam os 
alquimistas. Rodou por sua mão e se deteve junto à  flor morta. Olhando-o fixamente, ficou 
quieta, sem atrever-se a mover os dedos.




  
-O que é?  -perguntou-se em voz 
alta. Tremia-lhe o corpo inteiro, ia matá-la?-. Veneno?




  
-Sangue -a corrigiu com seu tom de voz grave. Retrocedeu um passo mais, 
afastando-se de propósito dela; baixou o queixo para vê-la através dos olhos 
entrecerrados.




  
-Sangue? -Sacudiu a mão e esteve a ponto de atirar o frasco ao chão.




  
Sangue! Que tipo de...?




  
-Me digas -disse, interrompendo seus pensamentos-, sabes o que acontece 
entre um homem e uma mulher?




  
Anahí tragou saliva, mas não se moveu. Sua pergunta requeria resposta 
que não sabia como explicar. Sabia que seu corpo ansiava estar junto ao dele, 
sabia que quando lhe beijava não podia pensar em nada mais, e que depois só 
podia pensar em lhe rogar que voltasse a fazê-lo. Examinava-a inclinando a 
cabeça de forma encantadora.




  
O duque pestanejou lentamente. Ao ver que não se movia, sorriu e 
suavizou a expressão.




  
-Sabes o que é a consumação?




  
-Mais ou menos. -passou a língua pelos lábios ressecados- Algumas das 
criadas de meu pai estavam acostumadas a falar disso quando acreditavam que eu 
não escutava.




  
-E o que lhe contaram?




  
-Sei que o homem entra na mulher e que logo a mulher perde sua 
virgindade, e que depois o ventre lhe dói muito -lhe respondeu Anahí com 
verdadeira inocência; não lhe passava pela cabeça tratar de lhe enganar. 
Afinal, estavam casados e logo consumariam o matrimônio. Doía-lhe o corpo e se 
sentia vazia.




  
-Quando uma mulher perde sua virgindade, freqüentemente sangra. Por isso 
lhe dou isso, pois se não fores virgem, não há necessidade de que ninguém se 
inteire; não teráis que explicar nada a ninguém. -Estendeu a mão para tocar um 
de seus cachos, e sorriu ligeiramente.




  
As lágrimas lhe amontoaram nos olhos ao pensar em seu atento gesto. Alfonso 
se separou dela.




  
-Eu -começou a dizer Anahí, enquanto pela extremidade do olho via como 
se retirava apressadamente-. Obrigada.




  
Alfonso assentiu e se deteve. Seu olhar brocava o ar com a concentração 
com que uma ave de rapina voa em círculos sobre sua próxima vítima, seu rosto 
era sério e inexpressivo. Anahí não podia ler os pensamentos que nadavam em 
seus olhos como em um maremoto.




   
-Não és capaz de me olhar; achas que sou um monstro. -Era uma afirmação 
simples,  embora não tinha tido intenção 
de dizê-lo em voz alta.




  
-Não -negou instantaneamente. Olhou-lhe, assombrada.




  
-Não passa nada -disse, franzindo o cenho-. Lembre-se disto, porque não 
voltarei a repeti-lo: jamais me enganaráis nem me mentiráis pois são as duas 
maiores ofensas que pode cometer uma mulher contra seu marido.




  
Cometeu sua primeira mulher essa ofensa? O que lhe aconteceu? De verdade 
a matara? O que lhe aconteceu no rosto? Como lhe fizeram essas cicatrizes? Por 
que não me sorria? Por que não me beija? Um beijo de verdade...




  
Anahí se ruborizou mas não podia lhe responder, assim assentiu para 
mostrar seu acordo. Tinha um montão de perguntas sobre ele. Tudo nele era 
contraditório, e não podia compreendê-lo. Às vezes parecia que gostava dela... 
um pouco ao menos; outras vezes, era como se nem pudesse suportá-la.




  
Sua amabilidade ao lhe dar o frasco lhe tinha chegado à alma. Ao pensar 
nisso, as lágrimas voltaram para seus olhos; queria lhe libertar de ter que 
engolir que os criados descobrissem sua vergonha, pois seria ela quem se envergonharia, 
não seu marido.




  
-Dou-lhe medo -comentou Alfonso com segurança. Olhava-a, desafiando-a a 
que o negasse.




  
Anahí se estremeceu, sentindo-se como se lhe rodeasse por todos lados, 
enfrentando-se a ela e lhe consumindo a alma com sua proximidade.




  
-Sim, assusta-me, e me assusta o que possas fazer comigo.




  
-Crês que sou um monstro -continuou, dando um só passo para frente. Seus 
olhos a cativavam.




  
-Meu senhor, não sei o que és. A verdade é que não lhe conheço. 
-deteve-se,  perguntando-se qual seria a 
melhor forma de lhe explicar como se sentia-. Não posso julgar aquilo que não 
compreendo, mas não sinto que sejas um monstro. Talvez tenhas feito coisas no 
passado das quais não estéis orgulhoso; talvez a maioria considere esses atos 
monstruosos, mas isso é passado, e nossos futuros estão unidos. De momento, não 
tenho razões para pensar que sejas um monstro; só posso esperar que me trates 
com amabilidade e, talvez, que chegues a se preocupar comigo.




  
-Talvez "monstro" não fora a palavra adequada. Não me olhas, 
assim, minha aparência lhe repele. Minhas cicatrizes lhe dão medo.




  
Anahí se estremeceu, sem saber muito bem o que responder.




  
-Não passa nada -disse ao ver que guardava silêncio-. Mas eu gostaria 
que me dissesses a verdade.




   
Como podes pensar que me repelem? Nem posso afastar os olhos de vós 
quando estáis perto e, quando não o estáis, não posso deixar de pensar em ti.




  
Não disse nada.




  
-Dou-lhe asco? -Suas palavras eram mais uma confirmação que uma 
pergunta.




  
-Não, meu senhor -ofegou Anahí ao fim.




  
-Hei dito que não me mintas nunca! -soltou Alfonso, furioso e elevando a 
voz com cada palavra que pronunciava. Voou junto a ela e a agarrou pelo 
pescoço-. Não tolerarei a falta de honestidade!




  
Anahí levou um susto surpreendida ante a força com que se moveu. O fazia 
tremer de excitação, fazia que desejasse lhe tocar e que a tocasse. Agarrou-lhe 
com força pela mão; não lhe apertava muito, mas ainda assim sentiu a força de 
seu abraço e, durante uns instantes, levantou os talões do chão para recuperar 
o equilíbrio.




  
-Voltaremos a tentá-lo e, esta vez, cuidado com o que dizes minha 
senhora, pois se me mentes o verei em seus  
olhos. -A voz de Alfonso ressonou em advertência, embora seus olhos 
ardiam com um fogo eterno. Voltou a dizer lenta e claramente-: Lhe dou asco.




  
Anahí olhou aos olhos e respirou profundamente.




  
-Me soltes. Não há necessidade de que me retenhas, pois não me 
escaparei. Dei-lhe minha palavra a respeito; embora ainda possas me relegar de 
minha promessa. Estou atada a estas paredes.




  
-Respondas -lhe ordenou com um grunhido-. Dizes que não lhe repilo, 
assim me digas como se sentes com respeito a mim.




  
-Não sei o que sentir, meu senhor! Sim, dão-me medo; isso já o admiti. 
Sim, em seu dia  pensei que podias ser um 
monstro, mas tenhas em conta que estava doente e febril devido à surra de Lorde 
Derrick. -Anahí deixou de puxar-lhe pela mão; de qualquer forma, não tinha 
força suficiente.




  
Viu em seus olhos o que acreditava, mas estava equivocado. Não lhe 
desprezava. A mão com a qual lhe agarrava era forte e elétrica. Excitava-lhe, 
igual ao resto de seu ser. Queria que a tocasse. Seu corpo estava tão quente, 
tão úmido, tão vivo com as chamas de sua  
proximidade...  Os olhos  de Alfonso a perfuravam; aquele homem fazia 
que seus sentimentos se sentissem confusos e a punham a cem.  Cerrou os olhos e rogou para que acreditasse.




  
-Não -disse de uma só vez.




  
-O que?  -Alfonso apertou um pouco 
a mão, mas não o suficiente para danificar seu precioso pescoço.




  
-Hei dito que não, meu senhor. Não vos desprezo. -Anahí abriu os olhos e 
se inundou nas profundidades dos dele. Não sabia como comportar-se quando 
estava junto a ele. Apoiou-se contra sua mão possessiva, jogando a cabeça para 
trás-. Me confundes e confundes minhas emoções. Não sei como me sentir quando 
estou contigo, mas nunca me destes asco. Estáis equivocado se pensáis que suas 
cicatrizes vos enfeiam; ao contrário, elas o fazem mais belo. Nem sequer as 
vejo quando vos olho, pois só vejo seus olhos, que me têm enfeitiçada, meu 
senhor. Acredito que me enfeitiçastes.




Compartilhe este capítulo:

Autor(a): JuHerrera

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

   Belo!?   O duque tratou de ocultar o tremendo prazer que lhe causavam suas modestas palavras,  embora não podia mais que perguntar-se o que podia motivá-lo. Alfonso sabia que Anahí não se preocupava com ele, que só se casou com ele para fugir de um destino pior.   Não podi ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 98



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • ilusAovondy Postado em 10/12/2015 - 11:56:37

    Você gosta de fanfics vondy? De romance e com hots? Vou te indicar uma que eu amo e acho perfeita, e acho que você iria gostar. http://fanfics.com.br/fanfic/51129/por-voce-adaptada-vondy . Leia e se gostar fav.. Beijos.

  • daninha_ponny Postado em 31/01/2014 - 14:28:36

    É lindaaaaaaa ameiiiiiiiiiiiiii......ameiiiiii

  • franmarmentini Postado em 31/01/2014 - 08:41:04

    AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AME I...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI.. .AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AM EI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI. ..AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...A MEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI ...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI... AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AME I...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI.. .AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AM EI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...ESSA FIC FOI MARAVILHOSA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! MUITO LINDA MESMO!!!!!!!! vou ficar aguardando vc postar a outra fic* e já te add. no face e no TT bjus!!!

  • lyu Postado em 30/01/2014 - 00:08:02

    to ficando sem cabelo! de tanto puxa-los! ele não pode ter morrido. não pode

  • daninha_ponny Postado em 29/01/2014 - 23:59:32

    Pelo amor de Deus.....ele no pode ter morrido... To chorando ate agora....q aperto no coração.... Isso é maldade....

  • franmarmentini Postado em 29/01/2014 - 22:53:58

    ainda to chorrando...poxa não faz isso comigo pelo amor de deus!!!!!!!!!!!!ele não pode ter morrido por favor por favor!!!!!!!!!!! há na outra fic vc postou repetido to ansiosa pra ler lá também bjus

  • franmarmentini Postado em 29/01/2014 - 22:44:25

    poxa eu to chorrando muito!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • lyu Postado em 29/01/2014 - 16:03:44

    eu vou pirar se ele morrer!

  • daninha_ponny Postado em 29/01/2014 - 00:16:03

    Aiii ele no pode morrer......tendo infarto m 3.....2...1.....

  • iza2500 Postado em 28/01/2014 - 22:37:02

    Ai o Poncho não pode morrer, aff! esse rei. posta mais!


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais