Fanfics Brasil - 30 A Donzela e o Monstro AyA (Finalizada)

Fanfic: A Donzela e o Monstro AyA (Finalizada) | Tema: AyA


Capítulo: 30

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-Meu senhor -vacilou Anahí, colocando uma mão a modo de viseira para 
afastar o sol da manhã enquanto via Alfonso descer da muralha. Recolheu-se o 
vestido de noiva e o llevava com as mãos, para que não se sujasse. Ainda era 
cedo. Deduziu que os homens de fora tinham sitiado durante a noite talvez enquanto 
eles celebravam suas bodas, e tinham acesas fogueiras ao amanhecer. Ouvia os 
soldados do outro lado do muro gritar com vozes fortes ordens ininteligíveis ao 
longe. Assustada, aproximou-se da parte do muro pela qual baixava seu marido.




  
Com um nó na garganta, viu como o duque saltava os escalones que ficavam 
da escada de madeira. Anahí não podia evitar pensar em quão formoso era e 
agora, depois de ter visto de primeira mão como era seu musculoso torso, 
encontrou-se desejando voltar a vê-lo. Sabia que suas feridas supunham sua 
pena, como sabia também que muitos se sentiriam igual se as tivessem. Mas, para 
ela, não era mais que um acréscimo de seu perigoso encanto, seu principal 
atrativo.




  
Anahí ansiava acabar o que tinham começado na noite anterior. Devia ter 
sido a noite em que consumassem seu matrimônio. Não estava muito segura do que acontecia 
exatamente durante a consumação, mas sabia que se se parecia com a sensação de 
seus lábios com os seus, gostaria. Enquanto lhe observava, desejou que não 
levasse o pescoço tão levantado. Muitos dos homens mostravam seu torso como 
ditava a moda, por que não seu marido?




  
"Pelas cicatrizes", concluiu Anahí com tristeza. "Mas não 
me importam suas cicatrizes!".




  
O duque seguia descalço, assim não se sentiu tão parva levando os 
sapatos contra o peito. Anahí viu como lhe marcavam os tendões na pele ao caminhar. 
Tinha a planta do pé cheia de barro, e uma ferida com sangre em um dos peitos 
do pé. Correu para ele, ofegando.




  
-Estáis ferido -disse com preocupação, estreitando os olhos para estudar 
a ferida.




  
Alfonso elevou uma sobrancelha para ouvir o que dizia, divertido. Seguiu 
seu olhar preocupado para baixo e girou o tornozelo para ver melhor o arranhão.




  
-Não, não é mais que um arranhão superficial. Tive feridas muito piores 
nas batalhas.




  
Anahí lambeu os lábios ressecados e lhe deu os sapatos.




  
-Esqueceste-os debaixo da cama. Pensei que os necessitarias e, pelo que 
vejo, estava certa.




  
Apoiou-se contra a parede, passou a mão pela planta dos pés para tirar o 
barro e, rapidamente, colocou os sapatos de couro. Depois, mais concentrado que 
o necessário, atou-se os cordões.




  
-Estamos sitiados, meu senhor?




  
-Isso parece. -Alfonso assentiu como se acontecesse todos os dias e não 
houvesse nada do que preocupar-se.




  
-O que tens feito? -Anahí se estremeceu de medo, voltando-se para lhe 
olhar à cara-. O país está tranqüilo, por que quereria alguém começar uma 
guerra?




  
-Isto apenas é uma guerra, minha senhora -riu Alfonso com sarcasmo. 
Retirou-se da parede e se aproximou dela. Seus olhos se obscureceram 
seductoramente ao baixar a mandíbula para continuar-: E o país nunca está 
tranqüilo, só nos breves períodos de descanso entre guerras.




  
-Tens uma opinião muito fria do mundo, pois isso implicaria que as 
guerras do passado não serviram de nada; que as vidas perdidas naquelas guerras 
foram em vão -replicou lhe olhando aos olhos-. Apenas deixáis espaço à 
esperança.




  
O duque a olhou com olhos entrecerrados, meditando sua resposta, mas não 
disse nada. Suas idéias pareciam lhe divertir. Ao lhe ver, Anahí ficou sem 
fôlego; se não fosse por seu olhar, pensaria que tinha esquecido seu beijo da 
noite anterior. Sabia que ela não o esqueceria nunca, pois seu corpo voltava a 
lhe palpitar só recordando-o. Ruborizou-se, sentindo-se insegura, e afastou o 
olhar de seus olhos escrutinadores. Foi um engano, pois seus olhos foram 
diretos à estranha e crescente protuberância que se via através da túnica. Já 
não sentia que tivesse que  afastar o 
olhar dele, embora seguia sem saber o que tinha feito para merecer sua ira.




  
Voltou a pensar no muro ao ouvir que alguém gritava uma ordem ao longe. 
Deu um pulo, assustada, para ouvir o áspero grito em resposta. Jamais tinha 
estado antes em um castelo assediado por um exército. Olhou por cima do ombro, 
dando um passo involuntário para o mal-humorado duque. Não via nada com o muro.




  
"Talvez não seja porque não sou uma amante perita. Talvez lhe tenha 
decepcionado", pensou Anahí franzindo o cenho com preocupação, pois não 
sabia o que fazer para melhorar. "Ou talvez meu marido seja um desses 
homens que nunca estão satisfeitos".




  
-Quem é? -perguntou, consciente do silêncio. Não podia afastar os olhos 
de sua ereção; perguntou-se se o monstro estava mudando de forma. Por um 
momento, sentiu pavor, até que descobriu que estava estranhamente excitada e 
nada assustada.




  
-O estandarte... -Alfonso fez uma pausa e franziu o cenho de repente, 
como se acabasse de recordar o que estava acontecendo- O estandarte é o de seu 
pai.




  
Elevou a cabeça de repente, surpreendida, e se estremeceu para ouvi-lo 
acreditando  compreender o que estava 
pensando. Inclinou-se para ele suplicante, para tratar de lhe fazer mudar de 
opinião.




  
-Não podes me mandar de volta com ele, dá igual o que penses. Recordes 
sua promessa; deu-me sua palavra de honra.




  
Alfonso apertou os dentes como única resposta, inclinou a cabeça e 
cruzou os braços ameaçadoramente sobre o peito.




  
-Por favor, não o faças! -Anahí olhou por cima do ombro do duque, como 
se pudesse ver o exército de seu pai através dos muros do castelo. Sabia que seu 
pai dirigia a muitos homens que eram leais ao conde porque lhe acreditavam um 
homem de grande poder e, em muitos sentidos, os soldados supunham bem. Sacudiu 
a cabeça, sem poder acreditá-lo-. Faça que vá embora, rogo-lhe isso. Se estáis 
instruído nas artes escuras, o assustes e faças que vá embora.




  
-Não posso lhe obrigar ir embora, deverá tomar a decisão ele sozinho. Só 
posso lhe oferecer um incentivo.




  
-Não estaráis pensando em me entregar a ele? -Ao final, incapaz de ficar 
nem um momento mais sem lhe tocar, inclinou-se para frennte para lhe agarrar 
pelo braço-. Prometeste me matar antes. Não me casarei com o Derrick! Não 
estiveras lá; não sabes do que é capaz.




  
-Tão cedo esqueces seus votos, minha querida esposa? -Perguntou com 
cinismo, liberando o braço sem paixão-.  
Acredito que não diz grande coisa de meu valor como marido.




  
-Não -duvidou Anahí ao ver seu olhar. Deu um passo para trás recuperando 
a compostura, elevou o queixo com orgulho-. Pensei que se referia a isso com o 
do incentivo; acreditei que pensavas me enviar de volta e anular o matrimônio, 
pois ainda não se consumou de verdade. Seria o caminho mais fácil para 
você,  posto que o exército de meu pai 
lhe supera em número.




  
-Podemos arrumar o da consumação imediatamente se tanto lhe preocupa. 
Talvez assim não esqueças quem é seu novo amo e senhor -lhe ofereceu com um 
sorriso cruel-. Lhe levanto a saia e vos tomo aqui mesmo, no pátio? Teríamos 
multidão de testemunhas que certificarão a autenticidade do matrimônio. -Viu 
sua cara de espanto e afogou uma gargalhada-. Além disso, esquecestes por que 
me casei com você? Não teria minha vingança se lhe enviasse de volta para casa, 
a não ser que fora morta, e não estou seguro de que isso seja o que queres.




  
Anahí conteve o fôlego ao ver seu olhar de ódio. Deu um passo mais para 
trás ao ver que se aproximava. Tremeram-lhe as mãos e deixou cair o vestido; 
recolheu-o rapidamente, mas já era muito tarde, a prega estava suja.




  
-Não se preocupem com a consumação -declarou, avançando ainda com o 
estranho sorriso. Seu olhar se posou na parte exposta de seus peitos-. Em 
seguida atenderemos a esse detalhe.




  
Anahí se estremeceu ante a promessa que encerravam suas palavras, embora 
a seu parecer não pareciam lhe contribuir muito prazer. Agarrou-a pelo braço 
com o qual sujeitava o vestido.




  
-O que? -perguntou presa do medo-. Pretendes a me fazer mal? Decidistes 
me mutilar como parte de sua vingança? Não ides consumar... aqui, verdade? 
Agora?




  
-Minha senhora -disse Alfonso com crueldade, e seus lábios se permutaram 
em um sorriso de malicioso prazer. Inclinou-se para ela para lhe sussurrar ao 
ouvido-: Ainda está por ver o que faço; acredito que depende inteiramente de 
você. Têm algo que me confessar?




  
-Disseram-me  que não lhe mentisse 
nunca, assim não, não tenho nada que confessar.




  
-Muito bem -disse sem soltá-la-. Convidamos a seu pai a entrar?




  
-A que estáis jogando? Não lhe entendo! -Anahí elevou uma mão tremente 
para lhe rogar, tratando em vão de liberar-se dele-. Não podes lhe faze
  -Minha senhora, sois vós quem jogam. 
Detenhas agora mesmo sua histeria de mulher, provoca-me dor de cabeça. -Alfonso 
se inclinou um pouco e agarrou a prega de seu vestido de noiva, puxando-lhe com 
força pela mão. Anahí se paralisou, convencida de que ia levar a cabo suas 
ameaças e a possui-la ali mesmo, no pátio, à vista de seus homens. Com três 
puxões, arrancou um bom trozó do rico vestido e se voltou para um cavalheiro 
que havia perto.




  
-Subas isto à paliçada -ordenou ao homem, lhe dando o tecido.




  
-Como se atreves a me despir aqui fora? -disse Anahí zangada, 
afastando-se dele e lhe olhando despectivamente. Estava furiosa por que lhe 
tivera rasgado o vestido.




  
-Posso lhe despir onde e quando queira. Poderia lhe levar por este pátio 
nua; sois minha mulher -respondeu com um sorriso sarcástico enquanto se dirigia 
para a porta principal. Anahí se sentiu aliviada ao ver que não a levava contra 
a parede. O duque elevou a mão e fez gestos a um dos soldados. O homem assentiu 
com a cabeça e Anahí lhe viu ondear seu vestido no ar, como um prêmio de 
guerra.




  
Alfonso se girou para ela com um brilho de júbilo em seus sombrios olhos 
e lhe disse:




  
-Subas para se trocar. Receberemos a seu pai e lhe daremos a boa nova de 
nossa união.




  
Anahí se estremeceu para ouvir sua fria gargalhada, que a perseguiu pelo 
pátio enquanto corria para trocar-se.




  
Não conheço meu marido. Talvez seja verdade que me casei com um monstro!


 


fortes emoções nos proximos caps , então já sabem COMENTEM MUITO !




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Autor(a): JuHerrera

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 98



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  • ilusAovondy Postado em 10/12/2015 - 11:56:37

    Você gosta de fanfics vondy? De romance e com hots? Vou te indicar uma que eu amo e acho perfeita, e acho que você iria gostar. http://fanfics.com.br/fanfic/51129/por-voce-adaptada-vondy . Leia e se gostar fav.. Beijos.

  • daninha_ponny Postado em 31/01/2014 - 14:28:36

    É lindaaaaaaa ameiiiiiiiiiiiiii......ameiiiiii

  • franmarmentini Postado em 31/01/2014 - 08:41:04

    AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AME I...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI.. .AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AM EI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI. ..AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...A MEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI ...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI... AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AME I...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI.. .AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AM EI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...ESSA FIC FOI MARAVILHOSA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! MUITO LINDA MESMO!!!!!!!! vou ficar aguardando vc postar a outra fic* e já te add. no face e no TT bjus!!!

  • lyu Postado em 30/01/2014 - 00:08:02

    to ficando sem cabelo! de tanto puxa-los! ele não pode ter morrido. não pode

  • daninha_ponny Postado em 29/01/2014 - 23:59:32

    Pelo amor de Deus.....ele no pode ter morrido... To chorando ate agora....q aperto no coração.... Isso é maldade....

  • franmarmentini Postado em 29/01/2014 - 22:53:58

    ainda to chorrando...poxa não faz isso comigo pelo amor de deus!!!!!!!!!!!!ele não pode ter morrido por favor por favor!!!!!!!!!!! há na outra fic vc postou repetido to ansiosa pra ler lá também bjus

  • franmarmentini Postado em 29/01/2014 - 22:44:25

    poxa eu to chorrando muito!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • lyu Postado em 29/01/2014 - 16:03:44

    eu vou pirar se ele morrer!

  • daninha_ponny Postado em 29/01/2014 - 00:16:03

    Aiii ele no pode morrer......tendo infarto m 3.....2...1.....

  • iza2500 Postado em 28/01/2014 - 22:37:02

    Ai o Poncho não pode morrer, aff! esse rei. posta mais!


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