Fanfics Brasil - 36 A Donzela e o Monstro AyA (Finalizada)

Fanfic: A Donzela e o Monstro AyA (Finalizada) | Tema: AyA


Capítulo: 36

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 Anahí tremeu ao recordar a calidez do forte 
abraço de seu marido. Sentia-se a salvo em seus braços. Seu torso era forte e 
seus braços eram como um agradável parafuso que atara a seu corpo. Doeram-lhe 
os mamilos ao pressioná-los contra sua túnica, e o fogo da paixão se acendeu na 
boca do estômago. Não teria querido mover-se, pois sua inflexível força lhe 
agradava.




  
Agora que tinha saído da sala, não sabia o que fazer. Pela reação das 
testemunhas, tinha a sensação de ter feito algo mau com os lençóis mas não 
imaginava o que.




  
O que pode fazer? O rei não pode anular o matrimônio. Não posso me casar 
com um sapo miserável como Derrick; preferiria a mais horrível das mortes. 
Preferiria que me queimassem viva na fogueira, que me pendurassem na forca...




   
-Já basta! -repreendeu-se a si mesma por deixar-se levar pela 
imaginação. Levou a mão à ponta do nariz e sacudiu a cabeça - Não devo pensar 
em coisas tão espantosas.                  
.




  
Retirou a mão do nariz e, brincando com a corda da cintura, deu voltas 
ao redor da cama de seu dormitório. Era menor que o de seu marido; tinha-lhe 
parecido bonito, apesar dos poucos pertences, até que viu o luxo dos aposentos 
do duque, que também eram de decoração austera, embora sua cama era fresca e 
mais cômoda. Claro que a noite anterior tinha estado muito preocupada para 
apreciá-lo devidamente. Negou-se a voltar ao dormitório de Alfonso.                                  




  
De todas as formas, depois de seu comportamento, não estava segura de 
ser bem recebida ali. E era certo que, em muitos lares, os maridos não 
compartilhavam os aposentos com suas esposas.




 Mas esse não pode ser meu caso! Ainda não; 
pois se meu pai descobrisse que me distanciei tão rápido de meu marido depois 
de nossas bodas, teria mais provas a contribuir ao rei. Não haveria forma de 
que Pedro tolerasse nossa união; não se Derrick estivesse disposto a tomá-la 
mesmo assim. Devo seguir casada com o duque a qualquer preço. Mas como se convence 
a um rei? E, ainda mais misterioso, como se convence a um marido?




  
-Sim! -exclamou irritada para ouvir que chamavam brandamente à porta. Anahí 
conteve o fôlego esperando que fora Alfonso, embora sabia que não era.




  
Que razão poderia lhe dar ao rei para que permitisse que este matrimônio 
seguisse adiante?




  
Uma aliança política? É possível.




  
Dinheiro? O duque não tem.




  
-Herdeiros -exalou Anahí, sorrindo ante o brilhantismo de seu plano. O 
rei deveria permitir que seguisse casada se estivesse grávida, pois a seu pai 
não gostaria que um escândalo como esse ficasse ligado no nome de Puente Portilla; 
daria no mesmo quão zangado estivesse por sua eleição.




  
Haldana entrou pela porta balançando uma cesta de ferro junto ao 
quadril. Virou-se para fechar a porta que acabava de abrir com expressão dúbia. 
Anahí entrecerrou os olhos para ver o conteúdo da cesta e, com uma careta de 
dor, esfregou-se a ponte do nariz. Podia sentir o sangue na boca onde seu pai a 
tinha batido.




  
Tratou de não deixar-se levar pelas lágrimas ao recordar o rosto de seu 
marido enquanto observava como a tratava seu pai. Em defesa de Alfonso, devia 
admitir que tinha golpeado ao conde no queixo; mas, ainda assim, pensou que seu 
marido deveria havê-la protegido.




  
Desde quando se sentia tão segura com o duque? Desde quando se sentia 
tão injustamente segura? Sim, Alfonso tinha ido a sua ajuda, mais tarde. Para 
quando o fez, ela estava tombada no  
chão, sangrando pelo nariz e à vista de todos. Tratou de não sentir-se 
ressentida pela indiferença de Alfonso, mas não pôde evitá-lo. Aspirou com 
força, decidida a dirigir de outra forma o espantoso caráter de seu marido. Se 
o que queria era que o matrimônio chegasse a bom porto, teria que planejar 
muitas coisas.




  
-Como sabias que estava aqui? -perguntou Anahí.




  
Sorrindo a sua senhora, Haldana lhe piscou um olho.




  
-Pensei que se esconderia aqui.




  
Anahí sorriu de coração à anciã mulher, ao ver como se movia pela 
habitação. Deixou cair a mão com a qual sujeitava o nariz e se sentou na cama. 
Recostando-se no colchão, rodou para ficar de lado e observou a Haldana.




  
-O que tens aí?




  
-Ervas -respondeu Haldana com outra piscada. Sua voz era doce, como se 
não tivesse acontecido nada-. Para seu nariz.




  
-Ah -suspirou Anahí ao lembrar-se. Olhou ao seu redor com vergonha e 
chupou os lábios, tratando de não voltar a tocar a cara.




  
-Cura-lhe rápido, minha senhora, mas isto ajudará. -A criada seguiu com 
suas coisas, rebuscando entre o conteúdo da cesta para colocar frascos e jarras 
sobre a cama, junto a Anahí. Observou-a com interesse, consciente de que ela 
não tinha nem idéia das propriedades das ervas. Seu pai não acreditava em seu 
uso medicinal e pensava que o melhor era "sobreviver" sem ungüentos.




  
-Fostes muito valente, minha senhora -disse Haldana quando por fim tinha 
deixado a cesta sobre a cama, junto aos frascos. Agarrou uma terrina de madeira 
e a dispôs sobre a mesinha de noite. Havia um pouco de água no fundo da 
terrina, que Haldana utilizou para mesclar as ervas.




  
-Valente? -Anahí apoiou a mão no colchão para levantar um pouco seu 
cansado corpo, surpreendida-. Por que? Por me enfrentar a meu pai?




  
-Não, por se casar com o duque. -A mulher arranhou o grisalho cabelo, 
pensativa, antes de agarrar uma das ervas secas. Assentindo para ela mesma, 
introduziu-o na terrina.




  
-Mas, por que...?




  
-Por que digo tal coisa? -Haldana agarrou várias ervas de sua cesta para 
lhes tirar as sementes e as jogar na água, e acrescentou o conteúdo de vários 
frascos à mescla. Passados uns segundos, começou a remover a mescla com os 
dedos-. Porque pareces precisar ouvi-lo.




  
-Haldana -Anahí tratou de começar a dizer, mas a criada voltou a 
interrompê-la.




  
-Não, minha senhora, sei que sua senhoria não é um homem de trato fácil. 
Mas acredito que foi um milagre o que lhe trouxe até aqui... um verdadeiro 
milagre. -Haldana esfregou a granulosa massa na palma da mão e cobriu com isso 
o nariz de Anahí-. Lhe enviaram para domesticar à besta, para dizê-lo de alguma 
forma.




  
Anahí fez uma careta pelo ungüento de Haldana e franziu o cenho ao 
reconhecer o frasco que tinha descartado a criada. Era exatamente do mesmo tipo 
que o que continha seu "virginal" sangue.




  
-Haldana? Posso lhe perguntar uma coisa? Em confiança?




  
-Claro, minha senhora. -Haldana limpou as mãos no avental e voltou a 
colocar as ervas na cesta. Moveu o dedo ante sua senhora, com orgulho-. Não sou 
um desses periquitos sajonas que não sabem manter a boca fechada. Sempre andam 
fofocando, sim senhor. Ouvistes isto? Ouvistes aquilo? Não são mais que 
panaquices, se me permites dizê-lo.




  
-Disseste algo a meu marido, antes que se reunisse comigo ontem à noite? 
-mediu Anahí, ignorando de propósito o comentário da anciã sobre as mulheres 
sajonas-. Algum remédio de algum tipo?




  
Haldana se pôs-se a rir.




  
-Não, minha senhora, o que aconteceu foi natural, mas talvez seu marido 
seja o mais indicado para lhes explicar isso.




  
Anahí assentiu, sem compreendê-la completamente, mas simulando havê-lo 
feito.                                              




  
-Embora, quatorze vezes em uma só noite? Isso não é tão normal, ao menos 
para mim, e todo esse sangue... talvez sua senhoria levasse muito tempo sem 
fazê-lo. Talvez por isso lhe obrigou a suportar.




  
Haldana se ruborizou com gesto de culpabilidade e se calou. Anahí tragou 
saliva, envergonhada, e afastou os olhos.




   
Clareando-a garganta, a criada se entretera sem necessidade com sua 
cesta.




  
-Mas não deves se preocupar com isso, minha senhora. Não tenho nenhuma 
experiência na forma de fazer o dos nobres.




  
Anahí se obrigou a ruborizar-se ao ver como pestanejava a anciã mulher. 
Suspirou aliviada ao dar-se conta de que Haldana não tinha nem idéia de onde 
tinha saído o sangue. Logo, clareando a garganta, tratou de desculpar 
fracamente sua curiosidade dizendo:




  
-Só me perguntava isso. Nunca tinha visto nada igual.




  
Haldana baixou a voz e se inclinou para ela, com confidencialidade.




  
-Supõe-se que o membro de sua senhoria deve fazer isso, senhora.




  
Anahí se ruborizou de verdade e não pôde evitar perguntar.




  
-Fazer o que?




  
-Acredito que será melhor que o duque lhe explique o resto. Lhe peças 
que vá mais devagar. Às vezes os homens vão muito depressa com as mulheres 
-respondeu Haldana com um suspiro maternal. Deu palmadinhas com suavidade a Anahí 
na cabeça-. Mas são homens, e não podem evitá-lo.




  
-Não acredito que me explique nada -disse Anahí fazendo uma bico. 
Haldana terminou de colocar as ervas na cesta e, enquanto falavam, Anahí 
estendeu a mão para agarrar uma a uma e as examinar com cuidado.




  
Haldana riu, mas não disse nada.




  
-O que aconteceu ao duque? Não me quer dizer isso. Como se fez essas 
cicatrizes? -perguntou Anahí, com cuidado de não elevar a voz. Sabia que 
Haldana era fiel a seu marido-. Acredito que se soubesse poderia ser melhor 
esposa. Talvez  assim poderia lhe 
compreender.




  
Haldana sorriu e sacudiu a cabeça. Recolheu a erva que sujeitava a 
duquesa e voltou a colocá-la na cesta.




  
-Não me corresponde lhe contar isso minha senhora.




  
-Mas -tentou protestar Anahí. Deixou a boca aberta durante uns segundos, 
antes de render-se à interrupção da criada.




  
-Não, minha senhora -repetiu-. Agora, se não lhe importar, pedirei às 
garotas que movam seus pertences aos seus novos aposentos.




  
-Espere -se apressou Anahí, não querendo que a conversação acabasse. 
Recolheu uma parte de camomila da cesta-. Sabes muito de ervas?




  
-Sim -respondeu Haldana com receio. A criada temia que sua nova senhora 
continuasse lhe interrogando sobre o duque.




  
-Se, por alguma razão, decepcionasse ao duque e não pudesse gerar um 
herdeiro, poderia tomar algo para ajudar a concebê-lo? -Anahí voltou a deixar a 
camomila em seu lugar, tratando de parecer desinteressada-. Algum tipo de poção 
para ficar grávida, ou algo assim.




  
Haldana sorriu ante a ingenuidade de sua pergunta e deu uns tapinhas nas 
costas da jovem.




  
-Não se preocupem por isso; sóis jovem e saudável. Estou segura de que 
não teréis problemas. Além disso, não há pressa para essas coisas. Se preocupe 
em chegar a conhecer o duque e, chegado o momento, o outro acontecerá.




  
-Assim não há nada -concluiu Anahí.




  
-Há coisas, como colocar ratos mortos sob a cama nupcial; ou uma poção a 
base de bosta de ovelha e sangue de galinha. -Aldana sorriu ao ver a cara de 
asco de Anahí-. Mas minha senhora não terá que recorrer a essas coisas, tenhas 
paciência.




  
Anahí se estremeceu, perguntando-se o que se fazia exatamente com uma 
beberagem assim, porque estava segura de que não podia beber-se. Tampouco pôde 
perguntar a Haldana, pois esta saiu da habitação rapidamente e, ao girar-se 
praa lhe perguntar, viu que já não estava ali.




  
Meus novos aposentos? Onde vai pôr-me esta vez?


 link da nova fic http://fanfics.com.br/fanfic/27432/rede-de-mentiras espero vcs la


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Autor(a): JuHerrera

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

  As fogueiras do acampamento de Derrick ardiam brilhantemente na escuridão da noite, e sua luz refletia a quantidade de soldados que aguardavam aí fora. Seus corpos brilhavam como fantasmas alaranjados que flutuavam sem descanso sobre o campo que havia aos pés do muro do castelo. Centenas de soldados rondavam pela zona, senta ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 98



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  • ilusAovondy Postado em 10/12/2015 - 11:56:37

    Você gosta de fanfics vondy? De romance e com hots? Vou te indicar uma que eu amo e acho perfeita, e acho que você iria gostar. http://fanfics.com.br/fanfic/51129/por-voce-adaptada-vondy . Leia e se gostar fav.. Beijos.

  • daninha_ponny Postado em 31/01/2014 - 14:28:36

    É lindaaaaaaa ameiiiiiiiiiiiiii......ameiiiiii

  • franmarmentini Postado em 31/01/2014 - 08:41:04

    AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AME I...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI.. .AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AM EI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI. ..AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...A MEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI ...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI... AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AME I...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI.. .AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AM EI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...ESSA FIC FOI MARAVILHOSA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! MUITO LINDA MESMO!!!!!!!! vou ficar aguardando vc postar a outra fic* e já te add. no face e no TT bjus!!!

  • lyu Postado em 30/01/2014 - 00:08:02

    to ficando sem cabelo! de tanto puxa-los! ele não pode ter morrido. não pode

  • daninha_ponny Postado em 29/01/2014 - 23:59:32

    Pelo amor de Deus.....ele no pode ter morrido... To chorando ate agora....q aperto no coração.... Isso é maldade....

  • franmarmentini Postado em 29/01/2014 - 22:53:58

    ainda to chorrando...poxa não faz isso comigo pelo amor de deus!!!!!!!!!!!!ele não pode ter morrido por favor por favor!!!!!!!!!!! há na outra fic vc postou repetido to ansiosa pra ler lá também bjus

  • franmarmentini Postado em 29/01/2014 - 22:44:25

    poxa eu to chorrando muito!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • lyu Postado em 29/01/2014 - 16:03:44

    eu vou pirar se ele morrer!

  • daninha_ponny Postado em 29/01/2014 - 00:16:03

    Aiii ele no pode morrer......tendo infarto m 3.....2...1.....

  • iza2500 Postado em 28/01/2014 - 22:37:02

    Ai o Poncho não pode morrer, aff! esse rei. posta mais!


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