Fanfic: A Donzela e o Monstro AyA (Finalizada) | Tema: AyA

  O poderoso corpo de Alfonso a empurrava a um 
destino desconhecido. Os batimentos de seu coração palpitavam contra as paredes 
de seu peito, ressonando nas cavernas de seus ouvidos. Sabia que devia estar 
assustada, mas não pensava na possibilidade de lhe pedir que se detivera. O corpo 
lhe doía e o sangue lhe subiu à cabeça.

  
Introduziu um dedo pela abertura do ânus, acariciando-a intimamente. 
Moveu os quadris de forma atrevida contra ele. Alfonso continuou montando-a, 
empurrando-a mais e mais até que pensou que a agonia de seu frustrante desejo 
lhe faria explodir.

  
De repente, Alfonso grunhiu e o sexo de Anahí se contraiu sobre sua 
túrgida carne. Ficou tenso e lhe deu um último e forte tranco. Anahí tremeu e o 
grito que deu ressonou nas paredes da habitação. Lhe nublou a vista, pestanejou 
preguiçosamente e a gratificação que experimentou seu corpo a cegou 
momentaneamente. Na silenciosa habitação não se ouvia mais que a combinação de 
suas respirações entrecortadas e, por um momento, ficaram quietos como duas 
estátuas congeladas.

  
Assim que remeteram os espasmos, Anahí se fixou no frio e sujo que era 
aquele quarto. Estava cheio de pó, que lhe colocava pelo nariz e o fazia 
tossir. Seu corpo voltou a estremecer-se, só que desta vez de frio. Assim que Alfonso 
lhe soltou o cabelo, baixou a cabeça. Depois, retirou-se pouco a pouco dela e 
sentiu a forte espetada que sua forma de fazer o amor lhe tinha deixado no 
estômago.

  
O duque apoiou a cabeça sobre suas frágeis costas e, brandamente, 
massageou sua suave pele antes de ficar em pé. Soltou-a por completo e Anahí se 
deixou cair sobre a colcha, sem atrever-se a lhe olhar aos olhos. Ao ver que 
não se movia, virou a cabeça lentamente para encontrar-lhe sob a curva de seu 
braço. Estudou-lhe pela extremidade do olho; entrecerrava seus penetrantes olhos. 
Atou-se a tanga e subiu a roupa de baixo, que ficou pendurando ampliamente pela 
cintura.

  
Anahí esperou durante um momento para ver se lhe dizia algo, mas ao ver 
que guardava silêncio, elevou a cabeça para lhe olhar. Fez o possível  por girar-se sem exibir sua nudez muito.

  
Ele também se deu conta do sujo e frio que era o quarto, e a olhou. Anahí 
sorria com acanhamento; estendeu a mão e a apoiou na túnica de rico tecido que 
cobria o peito do duque. Afundou a cabeça em seu flanco, aconchegando-se junto 
a ele. Apesar do frio que fazia no quarto, seu corpo ardia.

  
-Meu senhor?

  
-Sim, minha senhora? - replicou com voz rouca; mas não esperava 
resposta, pois ficou em pé.

  
Anahí fez um gesto em vão, pois não sabia o que dizer em um momento como 
aquele. Sentou-se, elevando os joelhos para cobrir sua nudez, e lambeu a 
comissura dos lábios. Sem dizer uma palavra mais, saiu da habitação.

  
Ao ver que partia, a Anahí lhe caiu a alma aos pés. Uma dor intensa lhe 
rasgava as vísceras; não fez nada para ocultar as lágrimas que lhe empanavam os 
olhos. Tremendo, ficou em pé e ficou de pedra ao ver que voltava a entrar com 
seu esmigalhado vestido nas mãos.

  
-Está tudo bem? -perguntou Anahí, recolhendo o vestido que lhe entregava 
e reunindo o valor que necessitava para lhe olhar através das pestanas. Afastou 
o olhar rapidamente ao ver que a examinava e se cobriu como pôde com o tecido 
feito migalhas para proteger-se de seus inexpressivos olhos. Vestiu-se como 
pôde e, quando acabou, Alfonso lhe estendia a mão. Anahí não se atrevia a lhe 
tocar.

  
-Sou uma desonra, por isso...

  
Alfonso a olhou com aspereza, interrompendo suas palavras.

  
-Não, sois... eras virgem.

  
-Então? -Anahí se estremeceu, aliviada pelo que acaba de lhe dizer. 
Agarrou o vestido destroçado para que não lhe caísse e soluçou. Seus olhos lhe 
suplicavam que a consolasse, mas Alfonso franziu o cenho ainda mais. 
Devagarzinho, Anahí tomou a mão que lhe oferecia. -Minha senhora merece uma 
cama muito melhor que esta. -Observou a mão tremente que tomava entre a sua e 
lhe acariciou brandamente a munheca com os dedos. Seguia tendo as mãos um pouco 
avermelhadas de ter estado esfregando os chãos; voltou a franzir o cenho e lhe 
soltou a mão. Anahí pestanejou com força para que seus sentimentos não 
transparecessem, mas Alfonso não a olhou à cara.

  
Sem dizer nada mais, o duque se virou para sair da imunda habitação 
diante dela. Anahí lhe seguiu em silêncio, deixando que a guiasse através do 
escuro corredor. Caminharam em silêncio até que por fim se detiveram diante dos 
aposentos que compartilhavam; Anahí esperou enquanto o duque lhe abria 
silenciosamente a porta.

  
Anahí entrou na estadia mas, ao virar-se, o duque já não estava. Tinha 
deixado-a sozinha na habitação. Colocou a cabeça antes de fechar a porta, sem 
poder evitar perguntar-se o que teria feito desta vez.