Fanfics Brasil - 70 A Donzela e o Monstro AyA (Finalizada)

Fanfic: A Donzela e o Monstro AyA (Finalizada) | Tema: AyA


Capítulo: 70

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A chuvosa manhã chegou muito rápido. Anahí e Alfonso não dormiram, mas 
sim fizeram amor toda a noite. Com a saída do sol, o coração de Anahí se 
encolheu ainda mais. Alfonso lhe apoiou a mão no ventre; Anahí era consciente 
de que lamentava que não chegaria a ver nunca a seu filho. O duque tinha feito 
as pazes com seu pai, mas tinha sido muito tarde.




  
O coração lhe deu um tombo ao ouvir os golpes na porta. Os homens do rei 
indicavam que a hora tinha chegado. Observando a seu marido através das 
lágrimas, beijou-lhe e abraçou com toda a alma.




  
-Não irei, não posso. -Anahí se tragou as lágrimas, sacudindo a cabeça 
sem poder acreditar seu destino-. Não posso o ver morrer.




  
-Deves fazê-lo -disse Alfonso-. Não poderei fazê-lo se não lhe vejo ali, 
junto a mim. Tenho que lhe ver, tenho que ver seus olhos.




  
-Mas - Anahí tratou em vão de protestar-. Eu também quero morrer. Não 
posso viver em nosso lar sem você. Não posso viver sem você.




  
-Então construirei um castelo no céu e lhe aguardarei nele. Procures nas 
nuvens e o encontraráis.




  
-Aguardes. -Anahí soluçava sem remédio-. Aguardes meu amor, pois a vida 
não será mais que um doloroso suspiro até que voltemos a nos encontrar.




  
-Necessito que sejas forte. -Seu rosto se converteu em uma máscara de 
pedra ao ver que a porta se abria. O jovem guarda se negava a lhe olhar aos 
olhos enquanto desatava as algemas-. Necessito que sejas forte pelas crianças. 
Prometas.




  
-Sim -assentiu Anahí. Tomou ar com força, mas não conseguia respirar. O 
cavalheiro levou a seu marido para a porta.




  
-Váis procurar a Ana Paula. -Alfonso lhe sorriu com valentia- Lhe verei 
abaixo,  minha querida esposa.




 




***




 




A chuva, que não tinha cessado em 
toda a noite, caía com força.  Os raios 
iluminavam o escuro  céu seguidos do 
ruído dos trovões e mais raios de luz. Em algum momento da noite se construiu 
uma improvisada forca às portas do castelo, que se tinha amarrado à cadeira de 
um corcel e pendurava do ramo de uma árvore. Anahí observou em silêncio a úmida 
corda que se balançava com o vento.




  
O solo estava cheio de atoleiros de barro que encheram de terra a borda 
do vestido avermelhado de Anahí e lhe impregnavam os finos sapatos, lhe 
empapando os pés. Não tinha mudado de roupa nem se recolheu o cabelo, que 
flutuava livre e grosseiramente sobre seus ombros como sabia que gostava a seu 
marido.




  
Tinha ido junto a Ana Paula, tal e como lhe tinha pedido seu marido. Já 
lhe havia dito durante a noite que não queria que a menina visse como morria. 
Haldana se tinha negado a sair, assim Anahí tinha deixado à menina ao seu 
cuidado.




  
-Anahí.




  
O conde pôs uma mão no cotovelo de sua filha, quem nem escutou sua voz. 
Negou-se a lhe olhar aos olhos. Em seu lugar, viu a Alfonso em pé, junto à soga 
e com o comprido cabelo sobre os ombros. O coração lhe pulsava enfurecido ao 
lhe ver ali, e seus olhos se cravaram no mais profundo de sua mente. Queria lhe 
recordar sempre como lhe via agora: tão orgulhoso e forte, e valente.




  
Anahí sabia que também tinha que sê-lo ela, pois seu marido também 
necessitava sua força. Ignorou a mão de seu pai pois, apesar de que lhe ter 
perdoado, não queria enfrentar-se a ele agora. Como ia fazê-lo? Enrico dizia 
que tinha tratado de convencer ao rei para que mudasse de opinião, mas tal e 
como pensavam, tinha sido em vão. A morte de Derrick tinha cobrado muita 
importância agora.




  
Abriu-se passo entre os homens ali reunidos, que guardavam silêncio e 
lhe abriram um corredor com gosto. Os homens de armas observavam seu valor com 
admiração. Em algum momento desde a chegada de Anahí, os homens tinham chegado 
a respeitar e confiar em seu senhor. Já não receavam dele, nem lhe chamavam 
monstro a suas costas. Era um homem. Um senhor. Seu líder. E lhes bastaria uma 
palavra para voltar-se e lutar por lhe liberar. Mas ele nunca lhes daria essa 
ordem.




  
Anahí chegou até seu marido e lhe rodeou o pescoço com os braços. Alfonso 
se inclinou para ela sem poder lhe devolver o abraço, pois o guarda lhe tinha 
amarrado os braços à costas. Empapou-se de Alfonso, tratando de recordar cada 
curva, cada detalhe. A lembrança que guardava dele ia ter que mantê-la viva 
durante o resto de seus dias, pois sabia que nunca mais amaria a ninguém.




  
Apertou os lábios contra os dele, negando-se a fechar os olhos. Queria 
lhe ver a cara, perder-se em seu encantador olhar. Viu o rei pela extremidade 
do olho, consciente de que não tinha nada mais que dizer a Pedro, mais que a 
silenciosa defesa de seu olhar. Mas o rei não pôde agüentar seu olhar e teve 
que dar a volta.




  
-Sóis meu coração -lhe sussurrou Alfonso ao ouvido-. Minha vida.




  
-Me esperes em seu castelo -respondeu Anahí brandamente. Tomou seu rosto 
entre as mãos e lhe sorriu com valentia-. Pois eu esperarei a você.




  
Alfonso grunhiu, com lágrimas nos olhos pela primeira vez desde que o 
rei pronunciara seu decreto. Os soldados trataram de afastar a Anahí, mas se 
negava a lhe soltar.




  
-Não! -gemeu com o coração feito migalhas-. Não!




  
Enrico a agarrou e a afastou, lhe obrigando a soltar a seu marido. Os 
débeis membros da jovem não puderam seguir lutando contra a insistência de seu 
pai e dos soldados.




  
Anahí sacudiu a cabeça e voltou a estender os braços para lhe agarrar, 
mas já era muito tarde. Os guardas levaram a duque para a forca, mas Alfonso se 
negava a afastar o olhar de sua mulher.




  
Anahí se obrigou a ser forte. Um cavalheiro ofereceu ao duque um capuz 
para cobrir a  cabeça, mas se negou a 
aceitá-lo. Elevou a cabeça no ar, orgulhosa de estar casada com um homem como 
aquele, e um ligeiro sorriso apareceu em seus lábios. Desafiante, liberou-se da 
mão de seu pai e se ergueu quão longa era.




  
-Vos amo -disse. Os homens passaram a soga pelo pescoço de seu marido.




  
Anahí só ouvia sua própria respiração. Não podia afastar os olhos de seu 
marido, incapaz de acreditar que de verdade estivesse acontecendo aquilo. Ouviu 
que o padre murmurava suas orações aos ali congregados; era o mesmo homem que 
tinha casado. Suas palavras não lhe confortavam absolutamente. Seu coração 
ainda guardava uma fresta de esperança de que salvassem a seu marido. E então, 
como um trovão que retumbasse nos céus, o carrasco deu uma chicotada no lombo 
do corcel.




  
O coração de Anahí se deteve o ver o corpo de Alfonso pendurando no ar. 
Livrou-se das mãos de seu pai, que escorregaram de seus ombros, e correu para 
situar-se debaixo de seu marido, elevando as mãos no céu chuvoso. O rubi de seu 
anel de bodas brilhava a distância como um farol. Era muito tarde, e estava 
muito acima para lhe tocar. A dor que a embargou foi muito pior do que tivesse 
podido sentir nunca. Ela também estava morta.




 




***




 




Alfonso fechou os olhos um momento 
quando lhe passaram a soga. Quando voltou a abri-los para olhar a Anahí, sua 
boca se torceu em um pequeno sorriso de tristeza. Todo mundo desapareceu de sua 
vista e se centrou nela. Seu rosto delicioso brilhava de amor, sua longa juba 
lhe caía pesadamente sobre as costas. Alfonso sentia pena por ela, pela dor que 
sua morte lhe causaria, mais que porque sua vida acabasse. Tinha vivido o 
suficiente para experimentar o amor. Morreria feliz por isso.




  
Fechou os olhos com força, a imagem de Anahí para sempre em suas 
retinas. Ouviu Anahí gritar quando a soga se ajustou ao pescoço. A corda lhe 
elevou no ar, espremendo a vida de seu corpo. Esperneou em vão tratando de 
voltar a tocar o pé. Uma escuridão pesada lhe embargou e o sangue deixou de 
fluir em sua cabeça. Naquele momento, soube que esse era o fim. Estava 
morrendo. E se deixou levar pela escuridão.




 




É, alguem emocionado ai também?




próximo capítulo, quero mais comentarios ok?




besos a todas.


E agora???




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Autor(a): JuHerrera

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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franmarmentini:  não chora miga :) vou postar agora os últimos 3 caps daninha_ponny:  não chore flor, postando :) lyu: não quero vc careca :(       Anahí ficou paralisada ao ver que o corpo do Alfonso deixava de lutar; suas pernas deixaram de mover-se e a cabeça caiu a um lado, ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 98



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  • ilusAovondy Postado em 10/12/2015 - 11:56:37

    Você gosta de fanfics vondy? De romance e com hots? Vou te indicar uma que eu amo e acho perfeita, e acho que você iria gostar. http://fanfics.com.br/fanfic/51129/por-voce-adaptada-vondy . Leia e se gostar fav.. Beijos.

  • daninha_ponny Postado em 31/01/2014 - 14:28:36

    É lindaaaaaaa ameiiiiiiiiiiiiii......ameiiiiii

  • franmarmentini Postado em 31/01/2014 - 08:41:04

    AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AME I...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI.. .AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AM EI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI. ..AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...A MEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI ...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI... AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AME I...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI.. .AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AM EI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...ESSA FIC FOI MARAVILHOSA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! MUITO LINDA MESMO!!!!!!!! vou ficar aguardando vc postar a outra fic* e já te add. no face e no TT bjus!!!

  • lyu Postado em 30/01/2014 - 00:08:02

    to ficando sem cabelo! de tanto puxa-los! ele não pode ter morrido. não pode

  • daninha_ponny Postado em 29/01/2014 - 23:59:32

    Pelo amor de Deus.....ele no pode ter morrido... To chorando ate agora....q aperto no coração.... Isso é maldade....

  • franmarmentini Postado em 29/01/2014 - 22:53:58

    ainda to chorrando...poxa não faz isso comigo pelo amor de deus!!!!!!!!!!!!ele não pode ter morrido por favor por favor!!!!!!!!!!! há na outra fic vc postou repetido to ansiosa pra ler lá também bjus

  • franmarmentini Postado em 29/01/2014 - 22:44:25

    poxa eu to chorrando muito!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • lyu Postado em 29/01/2014 - 16:03:44

    eu vou pirar se ele morrer!

  • daninha_ponny Postado em 29/01/2014 - 00:16:03

    Aiii ele no pode morrer......tendo infarto m 3.....2...1.....

  • iza2500 Postado em 28/01/2014 - 22:37:02

    Ai o Poncho não pode morrer, aff! esse rei. posta mais!


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