Fanfics Brasil - Em busca da paixão {AyA} [finalizada]

Fanfic: Em busca da paixão {AyA} [finalizada]


Capítulo: 19? Capítulo

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CAPÍTULO SEIS


 


Ela devia mesmo ter herdado alguns dos genes dos Gianni, pensou com um sorriso irônico nos lábios. Anahí sempre pensara o contrário.


Não tinha o cabelo grosso, preto e liso deles, nem a estrutura óssea dos Gianni, que dava um grande impacto ao rosto de sua mãe. A boca de Anahí era larga demais, uma pele muito branca, mas aquele ponto final na amizade com Dulce só podia ter vindo do sangue dos Gianni.


Assim como a tendência de sempre se apaixonar pelo homem errado, como sua mãe. Como um raio que cai duas vezes no mesmo lugar, ou aquela coisa tenebrosa chamada destino. Será que estava tudo escrito desde o dia do seu nascimento: que ela se apai­xonaria pelo mercenário do Christopher e depois seria seduzida pelo rato vingativo do Alfonso?


Ela o viu naquele momento, e teve que parar no topo da escadaria enquanto tentava fazer seu coração voltar a bater normalmente, porque ele parecia querer saltar do seu peito.


Ele estava em pé lá embaixo, ao lado da escada, esperando por ela, lindo como sempre. Aquele perfil perfeito, a pele sedosa cor de oliva, aquela boca bem desenhada que fazia o corpo dela tremer só de pensar nos beijos que ela dava. O cabelo preto dele a fazia pensar nas asas de um corvo, com as luzes batendo sobre ele.


Na ânsia de acabar de uma vez com tudo aquilo, ela se questionou: você quer levar o tolinho logo em­bora para terminar o que já começou em nome da vingança?


Parecia até que ele a ouvira, porque voltou o rosto para ela. Ele deu um sorriso calmo e afetuoso e come­çou a andar na direção dela.


— Eu já estava indo buscar você — murmurou, com aquela voz intensa e sombria.


Anahí estava pensando em lhe dizer para aca­bar com aquele sorriso mentiroso quando percebeu que os convidados ainda estavam no hall. Ela não ia dizer o que pensava de Alfonso com aquela platéia toda.


Alfonso parou dois degraus abaixo do que ela estava e pegou a mala.


— Gostei da jaqueta — disse ele para quebrar o gelo. — Combina com o vestido.


— Podemos ir? — perguntou ela friamente.


Ele parou de sorrir, os olhos fecharam-se um pouco.


— Claro — respondeu ele sem nenhuma mudança aparente no tom de voz, mas os sentidos dela ficaram confusos ao detectar uma mudança. Ele estava habi­tuado a orquestrar o humor dos outros sem alterar o próprio.


Os dedos dele fecharam-se sobre os dela que segu­ravam a mala. Ele pegou a mala das mãos dela em silêncio. Ao andar para o lado, ele fez um gesto para que ela continuasse a descer a escada. Quando ela passou por ele, Alfonso teve o impulso de ficar ao seu lado, como que querendo protegê-la daqueles olhares curiosos que recebiam.


O que os convidados deviam estar pensando? Quantos deles sabiam sobre o que havia acontecido? Seria tida a pecadora na opinião deles por beijar Alfonso na noite de noivado, ou a merecedora de pena por ter se apaixonado pelo manipulador do Christopher?


Christopher, Christopher, repetiu ela de repente. E sentiu uma dor forte como se o amor dela por ele tivesse ido pelos ares exatamente ali, naquela escadaria de már­more. Como ele podia ter feito isso com ela? Como pode tratá-la daquela forma?


E como Dulce pôde fazer aquilo com ela?


Um choque tardio começou a abalá-la por causa das revelações daquela noite. Quando desceram a escada, ela estava tremendo tanto que achou que fosse cair e dar mais esse vexame. Alfonso deve ter sentido isso porque colocou a mão nas costas dela para lhe dar apoio. Ela se arrepiou ao se lembrar que ele não era nenhum benfeitor, longe disso. Ele era tão culpa­do quanto os outros, todos tentando usá-la de acordo com seus interesses.


— Não me toque — murmurou ela com um suspiro.


Ele fez o oposto. Pousou uma das mãos na cintura dela e puxou-a para perto dele.


Foi aí que ele virou o corpo dela para que ficasse de frente para o dele e abaixou o rosto em direção ao dela.


Seus lábios pousaram na orelha de Anahí, sua respiração parecia cortar a face pálida dela.


— Comporte-se até sairmos daqui, ou então vou beijá-la — alertou ele.


Nem por um momento ela pensou que ele estives­se blefando. Outro homem com uma missão.


Foi aí que ela viu a festa de despedida deles quan­do abriram a porta da frente. O senhor e a senhora Uckermann estavam parados como soldados. Será que eles sabiam o que o filho deles havia feito? Será que eram coniventes com aquilo tudo? "Seus negócios estão seguros, pai, e não se esqueça qual de nós está pagando por tudo isso."


É, eles deviam saber de tudo desde o começo, con­cluiu ela. Será que eles também sabiam por que ela estava sendo escoltada dali por Alfonso Herrera?


Claro que sabiam, respondeu à própria pergunta. Todo mundo sabia. Todo mundo sabia tudo, menos ela.


— Odeio você! — murmurou ela.


Ele ignorou esta frase, suas mãos fazendo-a passar pela porta.


— Alfonso, precisamos conversar... — disse Ales­sandro Uckermann assim que passaram por ele.


— Na próxima semana. — Alfonso interrompeu-o na mesma hora, passando por ele sem hesitar por um instante sequer. — E sem o seu filho — completou ele rudemente. — Se é que você ainda quer continuar tendo relações comerciais comigo...


— S-sim, claro — concordou o pai de Christopher.


Angelina Uckermann não disse absolutamente nada. Indo parecia um grande coup d`état do senhor Herrera. Ele não só havia tomado a mulher de Christopher, como também o apoio dos pais dele! Pelo menos era o que parecia.


A brisa noturna estava um tanto cortante. O carro de Alfonso estava estacionado perto dali. Ele a condu­ziu até ele e abriu a porta do passageiro para ela. Só então seus dedos soltaram a cintura dela, e quando Anahí olhou-o, sua expressão era a de um verdadeiro cavalheiro. Quando ela se sentou no estofado confortável de couro, a porta foi fechada de modo suave, ela observou-o colocar as coisas dela no porta-malas, e mordeu o lábio inferior num esforço para manter sua dignidade enquanto ele se sentava ao seu lado no carro.


Era mais fácil olhar pela janela do que tê-lo em seu campo visual, mesmo que fosse pela visão periférica. Pela janela, ela viu a porta da casa dos Uckermann ser fechada. Aquela seria a última vez que ela olhava para aquela porta, pensou em meio ao silêncio.


O motor do carro foi ligado, e a força da acelera­do a jogou contra o encosto.


Ela não fazia idéia para onde ele a estava levando, e naquele momento nem se importava. A vida dela estava em cacos. Se alguém aparecesse com uma faca e a cortasse em tirinhas, ela não se sentiria pior do que estava se sentindo agora.


Foi aí que ela descobriu que ainda podia se sentir muito pior.


— Muito bem — disse ele. — Diga-me o que sua amiga andou falando para transformar você neste gato arisco.


Gatos e lobos estavam fazendo um grande show esta noite, pensou ela.


— Por que você acha que estou assim? Por causa de Dulce? — perguntou ela.


— Porque ela era a única pessoa da qual eu não podia protegê-la — respondeu ele.


Proteger? Os olhos dela arregalaram-se. Então, ele chamava aquilo de proteção? Ela virou o rosto nova­mente, recusando-se a responder. Por um bom tempo ela continuou olhando fixamente pela janela, com os lábios cerrados.


— Anahí — chamou ele.


— Nicola Mauraux.


Silêncio. Ela ficou ali parada esperando algum tipo de resposta. Mas nada aconteceu. Ela não estava respirando, mas ele estava, e com uma calma que a surpreendeu. Os olhos dela começaram a formigar, estava com vontade de chorar feito um bebê, e não sabia por quanto tempo mais seria capaz de conter as lágrimas.


Quando ele finalmente se moveu, ela foi obrigada a olhar para ele, sem saber o que aconteceria em se­guida. Mas acabou que ele apenas se ajeitou no as­sento. Parecia até que ela nem havia mencionado o nome da irmã postiça dele.


Tudo bem, pensou ela. Vamos fingir que eu não disse nada. Até que o silêncio dele me é conveniente, porque significa que não vou precisar ouvi-lo falando sobre por que estou neste carro com ele. Ele começou a acelerar o carro, que corria na parte direita da pista, diminuindo um pouco a velocidade nas curvas, com os faróis cortando a escuridão à frente deles. Seus movimentos eram precisos, ele nunca errava as marchas. E os dois seguiam sob um silêncio absoluto que contribuiu para o encantamento que Anahí começou a sentir, embora não quisesse. Ele era um homem completo: era lindo, tinha um corpo lindo e muito estilo. Ele ainda era rico, poderoso e muito inteligente. Seu jeito apaixonado de persuadir, suas palavras que pareciam cassetetes que acabavam com seus oponentes. E ele dirigia o carro com uma segurança, uma autoridade que a faziam pensar nele como um predador do topo da cadeia alimentar. Nada nem ninguém poderia afetá-lo.


Eles passaram pelo palazzo do tio de Anahí. Assim que ela reconheceu o local, falou na mesma hora impulsivamente:


— Você pode...


— Cale-se — disse ele cometendo o primeiro erro ao passar as marchas, como se o som da voz dela fosse a causa do erro.


Anahí ajeitou-se no assento enquanto outro pensamento invadia sua mente: de que adiantaria pedir que ele a levasse para a casa do tio, se havia uma grande chance de o velho homem se recusar a abrir a porta.


Quando a desilusão ataca, ataca pra valer, perce­beu ela, acrescentando Bruno Gianni à sua lista ne­gra. Nunca mais vou procurá-lo, pensou consigo mesma. Ele não se importava a mínima com ela, nem ao menos fingia se importar.


O brotar quente das lágrimas que ameaçavam cair fez com que ela fechasse os olhos e se encolhesse no assento. Assim que esta viagem chegar ao fim, vou voltar para a Inglaterra, e nunca mais volto a pôr os pés na Itália, prometeu. Não é à toa que minha mãe nunca voltou para cá. E também não era à toa o jeito que ela ficava quando a Itália, ou Roma, era mencio­nada em uma conversa. Ela era esperta, sabia o que estava fazendo. Por que diabos não segui os conse­lhos de minha mãe, pensou Anahí. Podia ter pou­pado muitas tristezas.


O carro fez uma curva que a fez voltar a pensar em sua situação atual. Seus olhos piscaram. E agora, o que vai acontecer?


— E-Eu quero...


— Você não sabe o que você quer — interrompeu ele.


Ele apagou os faróis e parou o carro de um jeito que deixou claro que ele ainda estava irritado. Um pequeno barulho soou quando ele tirou o cinto de se­gurança. Em seguida, abriu a porta do carro e saiu para a escuridão.


Os olhos apreensivos de Anahí seguiam a si­lhueta dele. O coração dela começou a bater forte. Será que ele a expulsaria do carro e a deixaria ali, no meio do nada, agora que ele não precisava explicar-se?


“A porta dela foi aberta. Um vento frio deixou sua pele arrepiada. Ele se inclinou para tirar o cinto de segurança dela e ao aproximar seu rosto Anahí notou a determinação de Alfonso estampada na linha plana da boca dele.


— Não vou sair do carro — anunciou ela de jeito teimoso.


— E você acha que tem escolha? — perguntou ele, agarrando-a pela mão e puxando-a para fora do carro.


Ela ficou ao lado dele em um estado de pânico entorpecido, visões e sons tocaram seus sentidos ao mesmo tempo que o corpo dele. Ele pousou o braço em volta da cintura dela. Nesse momento, ela ouviu a porta do carro bater e ouviu um outro barulho, que ao olhar para trás percebeu ser um portão de ferro enor­me e grosso balançando fechado sob uma pedra que ela nem havia notado.


Tonta e desorientada, ela se deu conta das pedrinhas do chão, desniveladas sob seus sapatos, e virou a cabeça novamente tentando mais uma vez descobrir em meio a toda aquela escuridão para onde ele a havia levado. A boca de Anahí tocou o lábio dele, quando ela se moveu e o som sussurrado que ele emitiu em resposta fez o rosto dela parar em frente ao dele. Ela não via nada no rosto de Alfonso, a não ser a chama ardente do desejo brincando naqueles olhos negros. Ela sentiu o próprio corpo contrair-se, e ficou chocada ao perceber o que aquilo queria dizer. Anahí baixou o olhar, que recaiu sobre a boca dele, aquela boca firme, bravia, que já anunciava o que estava prestes a acontecer.


— Não... — Ela conseguiu dizer esta única palavra em protesto, antes de ele estabelecer um contato total.


Depois daquilo, ela não foi capaz de fazer ou dizer mais nada, pois a boca de Alfonso encobriu a dela, invadida por sua língua. Foi como ser eletrocutada. Ela sentia o calor e o prazer envolverem seu corpo, e che­garem às suas coxas.



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Autor(a): theangelanni

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Ela gemeu e agarrou-se aos ombros dele, tão cho­cada com sua própria reação, que tentou afastar-se dele, o que era um esforço vão, pois ele só precisava usar a palma da mão estendida sobre a base da espi­nha dela para grudá-la no corpo dele, e fazê-la sentir os joelhos bambos. Ele sentiu todo o cor ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • bellarbd Postado em 19/04/2009 - 15:28:48

    NOVA LEITORA
    GAMEI
    MTO BOA SUA WEB
    POSTA MAIS? POR FAVOR

  • bellarbd Postado em 19/04/2009 - 15:28:48

    NOVA LEITORA
    GAMEI
    MTO BOA SUA WEB
    POSTA MAIS? POR FAVOR

  • bellarbd Postado em 19/04/2009 - 15:28:46

    NOVA LEITORA
    GAMEI
    MTO BOA SUA WEB
    POSTA MAIS? POR FAVOR

  • jasmine Postado em 12/04/2009 - 00:13:35

    Ameeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeei!!
    Coitada da Anyy!!
    Tá linda posta+++++++++++++++++++++++++++++++++!!!

  • rbdteamo Postado em 10/04/2009 - 20:56:19

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  • rbdteamo Postado em 10/04/2009 - 20:56:14

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  • jasmine Postado em 10/04/2009 - 16:12:58

    Ameeei!!
    Posta+++++++++++++++++++++!

  • narynha Postado em 09/04/2009 - 14:48:07

    Linda a web!!!
    bjus

  • jasmine Postado em 09/04/2009 - 11:00:27

    Lindaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!

    +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++!!!

  • jasmine Postado em 08/04/2009 - 19:49:09

    Tá perfeitaa a sua web Angel!(posso te chamar assim?)
    Tá D++++++++++++!!

    Postaaaaaaaaaaaaaa!!

    Beijoos


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