Fanfic: Par perfeito.

— Como você vê, eu e Dulce nos damos muito bem. Taylor riu.

— Christopher me contou que você estava morando aqui enquanto ele estava na Africa — disse Taylor para mudar de assunto. — E que você toma conta do apartamento para ele.

Esse comentário dela dava a entender que Christopher não sabia como explicar a presença dela naquela casa — pensou Dulce com amargura. Mas por que teria ele que explicar qualquer coisa a ela?

Era sua namorada? Não parecia. Estavam sentados um ao lado do outro, sem se tocar, mas muito à vontade juntos. Dulce podia ver que Kate ela  o tipo de mulher que Christopher apreciava. Era atraente, inteligente, preparada. Mas um pouco frívola e superficial. Não gosto de loiras. E Dulce, inexplicavelmente deprimida, afundou os olhos no copo.

— O que você faz, Dulce?

— Trabalho em um jornal.

— Ah, você é jornalista?

— Não, sou contato entre os correspondentes estrangeiros e o redator-chefe — ela explicou, dando-se ares de importância, omitindo que o que realmente fazia consistia em atender o tele­fone e em anotar os chamados.

— Deve ser um trabalho muito interessante — disse Taylor, e voltando-se para Christopher: — Chris, você já perguntou a Dulce se ela tem bons contatos? Estamos precisando desesperadamente de mais fundos — ela explicou a Dulce. — Estou tentando fazer propaganda para desenhar nosso perfil e obter ajuda  para nosso trabalho, mas não é fácil. E não tenho encontrado apoio na imprensa.

— É porque os jornais estão interessados em outros assuntos — disse Christopher. — Um jornal como o Examiner, por exemplo, gosta de histórias picantes de gente da alta sociedade, de escândalo e de catástrofes para vender muito e ganhar com publicidade.

— Mesmo assim, Dulce deve conhecer muitos jornalistas.

— Um, pelo menos, ela conhece muito bem, não é, Dulce? Dulce ignorou-o e dirigiu-se diretamente a Taylor:

— Conheço um que irá em breve para a África e que poderá se interessar pelo que você está fazendo. Ele continua vinculado ao Examiner, escreve alguns artigos para nós, mas agora seu trabalho principal é de correspondente estrangeiro para uma importante rede americana, de forma que ele pode cooperar com você, dando-lhe uma boa cobertura pelos canais de televisão.

Christopher a interrompeu irritado:

— Não precisamos de cobertura televisiva, precisamos é que as autoridades entendam que o que está envolvido em nosso projeto é uma mudança de atitude.