Fanfic: Recompensas de uma vida. | Tema: Twillight
Pov Jake
Desci do avião o qual trouxe a minha tropa e a tropa do Paul de volta para casa. Seria um dia feliz para mim, se eu não estivesse com o corpo do meu irmão dentro de um caixão, sendo carregado por mim e pelos os nossos amigos.
O acontecimento daquele dia horrível ainda rondava a minha cabeça 24h por dia, por mais que eu tentasse afasta-la, eu não conseguia, elas parecem que gostam de estar me maltratando, como se não fosse sofrimento suficiente já ter perdido o unico irmão. Não durmo há dois dias, exatamente o tempo que aconteceu tudo, toda vez que fecho os meus olhos eu enxergo o meu irmão agonizando em meus braços, e eu não podendo fazer nada.
Flashback On:
Era só mais um dia de patrulha no Iraque e estávamos felizes, pois em uma semana finalmente íamos voltar para casa. O presidente dos USA o Barack Obama tinha finalmente assinado a retirada das tropas americanas do Iraque.
E depois de quase oito meses sem ver família e amigos, finalmente voltaríamos para as nossas vidas.
Não que eu tivesse uma vida de verdade como o meu irmão que tinha esposa e filhos, mas era a minha vida e eu gostava dela, mesmo com todos as minha brigas com o meu pai, e uma namorada a cada semana quando eu estava em casa, mas era a vida que eu tinha e eu estava feliz por poder vive-la de vez agora, sem ter que me preocupar a voltar para o Iraque aonde a tensão é 24h por dia, você come apreensivo, dorme apreensivo (isso quando você dorme), fica com medo de pegar uma doença e morrer e sem dúvida você morre de medo de sair para um patrulha e nunca mais voltar, mas enfim foi o que eu escolhi para a minha vida, e mesmo tendo essas partes ruins eu amo o que eu faço.
Meu irmão Paul, que é o Primeiro Tenente e comandante de companhia e meu superior, parecia o mais feliz de todos, ele não parava de falar que finalmente poderia viver perto da esposa e dos filhos.
Paul casou muito novo, ele tinha 18 anos quando a Renesmee sua esposa engravidou o que nunca foi um problema para ele, pois ele amava demais a Renesmee e com ela não era diferente.
Então quando ambos tinham 19 anos eles já eram pais, e detalhe: de gêmeos. Nasceu assim o Josh e o Brad, que hoje estão com 11 anos e durante esse tempo todo o Paul esteve presente em três aniversários deles, sempre assistia por vídeo conferência e sempre fez questão que a Renesmee comemorasse os seus aniversários, só eu sabia como ele ficava despois que terminava a vídeo conferência, ele chorava até pegar no sono e eu sempre ao seu lado para conforta-lo, para dizer que no próximo aniversário ele estaria lá.
Desde que foi assinada a retirada que ele vinha falando que estaria em todos os aniversários dos filhos e que participaria finalmente de suas criações já que agora que eles estavam entrando na adolescência precisariam de uma presença masculina em suas vidas, e eu estava radiante por ele, eu sabia o quanto ele amava a sua vida, e o quanto eles eram importantes demais na vida ele.
__ Parabéns. Eu disse entrando no alojamento. Hoje era o aniversário dele. __ Já falou com a Renesmee e com os meninos?
__ Terminei de falar. Ele respondeu com aquele sorriso imenso, demonstrando mais uma vez o quanto ele amava e era feliz com a sua família.
__ Eles estão bem?
__ Estão. Só com muitas saudades.
__ Imagino.
__ Mais daqui a uma semana termina.
__ Sem dúvida Brother! Eu disse o abraçando. __ Quantos anos mesmo? 40?
__ Ah vai à merda!
__ Que isso! Tenente Paul falando palavrão! Eu disse fingindo espanto com o que ele havia dito.
__ Você é Tenente também e fala muita merda.
__ Mas eu sou louco, sempre fui, os caras já estão acostumados comigo, agora você que sempre foi certinho, falando isso chega a ser estanho.
__ Jake, eu sou humano também.
__ Será? Eu perguntei rindo.
__ Oficial Paul. O Comandante Aro chegou chamando.
__ Senhor. Eu e o Paul falamos batendo continência.
__ Parabéns. Ele disse vindo abraçar o Paul. __ O melhor presente o senhor ganha daqui a uma semana.
__ Nem me fala! Ele disse rindo.
__ Designei você e a sua tropa para a ronda que será daqui a quinze minutos. __Oficial Black. Ele disse me olhando. __ A sua também. Bati continência em confirmação.
Geralmente somos chamados pelo sobrenome, porém como eu e o Paul somos Black’s e ainda servimos no mesmo batalhão cada qual com suas tropas, ficou meio difícil de saber como seriamos chamados, então o Paul ficou conhecido como Oficial Paul e o Black ficou comigo.
__ Em cinco minutos estaremos prontos. Paul respondeu.
__ Se ficar em três te pago uma cerveja. Ele disse rindo.
__ Ele não bebe senhor. Eu disse rindo.
__ Eu estava falando com você Black, o Paul sempre está pronto em três minutos. Ele disse saindo rindo e fazendo o Paul rir.
__ Tomar no cú! Eu disse rindo e indo pegar o meu fuzil; coloquei o meu colete, meu capacete, peguei a minha mochila, enchi o meu cantil de água e fui até onde a minha tropa estava.
__ Ronda em cinco minutos. Eu disse entrando na espécie de sala de jogos improvisada. Eles estavam descansando então não gostaram muito da ideia.
__ Se fizerem em três eu pago cerveja. Eu disse saindo da sala.
Mas como a tropa reflete o seu comandante (que nesse caso sou eu), eles não estavam prontos em três minutos e sim em cinco como sempre ficam, nem preciso falar que Paul já estava há muito tempo com a sua tropa formada.
__ Instruções de sempre. Paul gritou andando na frente da sua tropa.
__ Escutem! Eu gritei para minha.
__ Você tem que dá as suas instruções. Paul disse sorrindo com deboche.
__ Você é o superior aqui! Eu rebati. Ele balançou a cabeça negativamente.
__ Andem em grupo de três soldados, nada de ficar conversando com as crianças, a situação está feia, pois eles sabem que estamos deixando o país, se avistarem algo estranho avisem os outros, de resto façam valer o que vocês já aprenderam, não vamos fazer nenhuma besteira, pois estamos indo embora daqui a uma semana, que Deus esteja com vocês.
__ AMÊM! As duas tropas gritaram. Paul sempre teve essa mania, quem trabalha com ele já sabe que tem que gritar isso assim que ele fala aquela frase.
__ Saímos vivos. Eu disse.
__ Voltaremos vivos! Ele disse com um sorriso.
Temos esse ritual entre a gente, ele fez isso, pois quando eu fui para o Iraque pela primeira vez eu era novo e estava com medo, então esse foi o jeito que ele arrumou para me acalmar, hoje depois de tantos anos mesmo não sentindo mais medo, o ritual permaneceu, acho que é de onde tiramos força para continuar nessa briga sem fim.
Entramos nos jipes e seguimos pelas ruas Bagdá, aquelas ruas destruídas que exalam cheiro de morte e apreensão. Descemos dos jipes.
[...]
A patrulha se passou tranquila, nem um movimento estranho se quer, e aquilo me deixou com a pulga atrás da orelha, porque sempre tinha algo, por menor que fosse sempre tinha algo e nesse dia não tinha nada. Estávamos seguindo para os jipes.
__ Fechamos com chave de ouro a patrulha. Pela primeira vez nada de estranho aconteceu. Seth um dos meus soldados e amigos disse.
Olhei para o Paul e ele compartilhava do mesmo pensamento que o meu só pela sua expressão.
Foi ai que tudo aconteceu muito rápido, eu estava indo para o jipe onde o Paul estava e quando eu reparei algo atingiu o jipe e a explosão me jogou com tudo para trás.
Eu estava com um zumbido no ouvido e senti algo escorrer pelo os mesmo, passei a mão e constatei ser sangue, eu estava tonto com a explosão e com aquela poeira que estava no ar.
__ JAKE! __ JAKE! Eu escutava alguém me chamar, mas não sabia quem era.
__ AQUI! Eu gritei meio sem força!
Mãos agarraram o meu braço e puxaram, então eu gritei, pois senti uma dor insuportável no mesmo. A pessoa me puxou para perto do jipe.
__ Jake, você está bem? Quil perguntou.
__ Depende. O quão grande foi o estrago? Eu perguntei. Ele olhou para o meu corpo.
__ Fratura exposta no braço e alguns arranhões no rosto. Ele disse. Eu sorri.
__ Menos mau! Ele sorriu também.
__ JAKE! Gritaram de novo. __ JAKE, O PAUL! O grito era desesperado e eu conheci que era o grito do Emmett, que era o braço direito do meu irmão.
Eu levantei o mais rápido que eu consegui e no meio da poeira que ainda estava baixando eu reparei que o Emmett e o Seth faziam pressão sobre o abdômen do Paul. Corri pelo meio dos destroços e cheguei a eles. Meus olhos caíram sobre o meu irmão e o meu mundo parou!
Paul estava com sangue pelo corpo todo, olhei para onde o Seth e o Emmett estavam tocando, e ele estava com o abdômen aberto e os seus órgão estavam para fora.
__ FAZ PRESÃO! Emmett gritava desesperado para o Seth.
__ EU ESTOU FAZENDO!
__ Vocês chamaram reforços? Eu por fim consegui falar.
__ Chamei! Embry disse.
__ J- Jake! Paul forçou falar o meu nome e uma lufada de sangue saiu de sua boca o fazendo engasgar.
__ Shh .. Não fala nada. Eu disse já com as lágrimas saindo de meus olhos. __ O reforço já está vindo.
Ele fez uma cara de dor e mais uma lufada de sangue saiu de sua boca.
__ Não se mexe Paul. Emmett disse. __ Quanto mais você se mexer mais sangue sai aqui. Ele disse desesperado.
__ J- Jake. Paul voltou a me chamar. __ Ee .. eu .. Pre .. Preciso .. Q .. Que .. Cui .. Cuide .. da Mi.. Mi .. Minha .. Fa ... Fa... Família. Ele conseguiu falar com muito custo.
__ Eu não vou precisar fazer isso, pois você vai voltar para casa meu irmão. Eu disse virando a cabeça dele para o lado para que ele não se engasgasse com o sangue que saia de sua boca.
__ Pro .. Promete .. Para .. Mi .. Mim .. que .. Vo .. você ... Vai ... Cui .. Cuidar deles?.
__ Paul!
__ PROMETE LOGO JAKE! ELE NÃO PODE FICAR FALANDO! Emmett gritou comigo.
__ Eu prometo. Eu disse olhando em seus olhos.
Ele sorriu para mim com a boca cheia de sangue e olhou dentro dos meus olhos.
__ Obrigado! Ele disse bem baixinho e com as últimas forças que ele tinha. Ele morreu olhando em meus olhos e com aquele sorriso que ele dava quando voltava para casa e via a esposa e os filhos, ele morreu pensando neles, disso eu não tive dúvidas.
__ NÃOOOOOOOOOO! Eu gritei me debruçando sobre o seu corpo! __ NÃOOOOO! Eu segurava o seu corpo sobre o meu. __ ACORDAAAAA! __ ACORDAAAAA! As lágrimas caiam em meus olhos.
__ Jake! Alguém disse e tocou em meu ombro. __ Ele se foi, precisamos cuidar do seu braço, seu osso está para fora no ombro.
Eu nem estava sentido nada, com a adrenalina do momento, mas quando ele disse que estava para fora uma dor tomou o meu ombro e tive que depositar o corpo do meu irmão no chão. Emmett foi e fechou os seus olhos, ele estava chorando, eles eram amigos desde o colegial.
[...]
Já no hospital improvisado que tínhamos na base eu fui submetido a uma cirurgia no ombro esquerdo. Como só eu e o Paul estávamos perto do Jipe atingido, ninguém mais se machucou. Fiquei sabendo que pegaram o cara que atingiu o jipe e que o Emmett fez questão de matar o filho da puta, eu queria ter tido esse prazer também.
__ Oficial Black. Aro entrou no quarto que eu estava. Não o respondi, eu tinha esse direito.
__ Meus sentimentos, foi uma grande perda para a corporação e..
__ Comandante, não leva a mau, mas eu preciso ficar sozinho.
__ Eu sei disso, desculpe, só vim para falar que antecipei a volta de vocês para casa. __ A enfermeira disse que você está habito para deixar a base amanhã, então você, a sua tropa e a tropa do seu irmão voltam amanhã para o USA. __ Mais uma vez, meus sentimentos. Ele disse saindo do quarto. Minhas lágrimas voltaram a cair, ele queria tanto ir para casa e agora voltaria em um caixão. Dessa vez o nosso ritual não funcionou, pois nós voltamos, mas um de nós não estava vivo. Infelizmente.
Flashback Off:
Respirei fundo, olhei para o meu lado esquerdo onde o Emmett segurava o caixão com os olhos cheios de água, atrás de mim o Seth também segurava e atrás do Emmett o Quil. Todos de farda azul que é a farda do luto.
Avistei os meus pais e a Renesmee abraçada aos meninos, e mais umas pessoas, parente dos soldados da tropa.
Coloquei a melhor lembrança que eu tinha do Paul na minha cabeça e coloquei o meu pé no primeiro degrau da escada.
Fixei o meu olhar na Renesmee e nos meninos e só conseguia lembrar o que ele havia me pedido “Preciso que você cuide da minha família, você promete?”.
[...]
__ Meu filho, como você está? Minha mãe chegou com as lágrimas caindo em seus olhos para me abraçar.
__ Estou bem. Eu respondi seco.
Meu pai me olhava do outro lado da sala. O Caixão com o corpo do Paul estava ao centro sobre um mármore. O Caixão estava fechado, só tinha um vidro que ficava sobre o seu rosto, devido à gravidade dos ferimentos.
Renesmee estava sentada em uma cadeira e aparentava estar calma, os meninos estavam inconsoláveis, Josh estava ao lado de Renesmee e Brad ao lado do meu pai. Ele me encarava e eu mantive o contato, tive que quebra-lo, pois a minha mãe estava me chamando.
__ Jake.
__ Oi mãe.
__ Como está o seu braço?
__ Doendo um pouco, mas nada que seja insuportável.
__ Você vai lá para a nossa casa né?
__ Não. Vou para o meu apartamento.
__ Você vai ficar sozinho?
__ Vou.
__ Mas.
__Mãe, não vamos conversar sobre isso agora está bem? Eu disse depositando um beijo em sua testa.
[...]
Após a cerimonia de tiros e discurso no velório do Paul (Eu não quis falar nada, o que causou um alvoroço danado), agora estávamos no cemitério e mais tiros foram proferidos enquanto o caixão negro com a bandeira do USA descia a sete palmos.
Quando o caixão tocou o solo e começaram a jogar a areia por cima, eu percebi que eu havia morrido junto com o meu irmão naquela emboscada e não sabia.
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Resposta Comentário: Elenilda: Você salvou essa fic e The price, pois eu estava parando de postar caso ninguém estivesse lendo. Obrigada por ler. --------------------------------------------------------------------------- Pov Jake. __ Já chega Jake. Jared meu primo e dono do bar falou assim que eu ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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kahsykesrayol Postado em 31/08/2013 - 00:13:35
Virei sua fã!!!!!! por favor continua...
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elenilda Postado em 17/08/2013 - 00:01:09
Deve ser dificil perder alguem da familia,e que bom que ele nao se matou seria um final de vida muito triste.Entao continua postando que eu vou ler e comentar sempre que puder.
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elenilda Postado em 09/08/2013 - 22:04:34
Continua.