Fanfic: The Price. | Tema: Twillight

Capítulo 01

Os olhos claros mirravam a figura pequena e frágil com os brinquedos no chão da sala. Ela era tão bonita, ao mesmo tempo em que estava sofrendo tudo aquilo, sendo vítima de algo tão esmagador naquela idade.

Rebecca ostentava os seus cinco anos de idade e estava sendo vitima de uma doença maldita chamada câncer. Foi descoberto quando ela tinha quatro anos e meio de idade, e aproximadamente há seis meses ela vinha, juntamente com a sua família, lutando para curar aquela doença.

– Conseguiu? – Edward apareceu olhando para as duas filhas. Rebecca era a sua princesinha, por quem ele era apaixonado, somente pela a força de vontade da filha em querer manter-se viva. E Renesmee, era a sua filha mais velha, sempre disposta a ajudar nas situações mais criticas.

– Conseguir. – Renesmee sorriu tentando mostrar que estava animada, mas não era bem assim.

Já estava cansada de tentar juntar dinheiro para poder continuar pagando o tratamento da irmã. Trabalhava mais de oito horas por dia chegando a passar de quarenta horas por semana de trabalho e nem assim, ela conseguia manter os remédios de Rebecca em dia.

– Acha que dessa vez conseguimos manter mais o tratamento dela? – Isabella, mãe das meninas apareceu perguntando.

– Acho que sim, a boate paga bem, a única coisa ruim é que tenho que trabalhar até tarde e depois ir estudar, mas eu vou consegui. Pela a Becca, eu vou conseguir. – Renesmee deixou o corpo ir ao chão. Sentando ao lado da irmã para começar a brincar. O bolo estava em sua garganta, ela não choraria na frente dela, nunca chorava, tinha que se forte.

***

A lua brilhava forte no céu, deixando a noite até com um ar bonito. Os ventos não eram presentes naquela noite de verão. Renesmee estava parada em frente à boate. Os olhos assustados e as mãos apertando o corpo de uma forma forte. Ela teria que tomar coragem para fazer aquilo, sua irmã dependia daquilo. Rebecca era muito nova para tornar-se vítima do câncer.

Com um pouco mais de confiança Renesmee atravessou a rua em direção da casa noturna. O neon com a palavra Heaven piscava em um tom de vermelho. Não era uma simples boate, era A boate. Era simplesmente a melhor da cidade aonde somente os homens mais ricos e poderosos podiam ir, passar um momento de diversão, claro que muitos estavam ali para trair suas esposas, noivas ou namoradas.

Renesmee fez a volta pela a entrada que era dos funcionários. Seria sua primeira noite naquele local, não sabia o que esperar. O máximo que tinha pedido era que queria dançar e mais nada.

Renesmee com seus 23 anos de idade. Filha de Isabella e Edward Cullen era a mais velha das filhas do casal. Sempre muito responsável, tomou para si a responsabilidade de pagar o tratamento da irmã. Nunca foi segredos que os Cullens não eram dotados de riquezas, o que eles tinham, foi com muito sacrifício de trabalho e dedicação. E quando a doença da pequena e alegre Rebecca caiu sobre as suas cabeças foi uma loucura. Edward passou a trabalhar em dois empregos, trabalhando na parte da manhã e de noite e Renesmee resolveu trabalhar, mas como estudava de manhã, optou por trabalhar à noite. Fez bico em vários lugares, desde padarias a Lan houses, mas nada estava rendendo o dinheiro suficiente para que Rebecca tivesse sempre os remédios e acompanhamentos com o médico. Por conta disso Renesmee foi à procura de trabalho na Heaven. Uma boate que pagava meninas para dançar e outras para se prostituírem. Ela optou por dançar, não dormiria com ninguém. Pelo o menos sua pureza ela fazia questão de segurar para si e entregar somente ao homem por quem ela estivesse apaixonada e queria que ele fosse o pai dos seus filhos

Sentada sobre a cadeira, esperando o dono do local Renesmee ainda tremia. Seu pai não podia nem sonhar que ela estava ali. De certa morreria do coração com isso.

– Boa noite. – Aro o dono do local entrou sorrindo. Ele era conhecido por ser um bom patrão e tratar todas as meninas de sua “casa” super bem. – Você é a menina que falou com a minha secretária hoje cedo não foi? – ele indagou estendendo a mão para a Renesmee.

Ainda tremendo respondeu ao gesto estendo a mão. – Sou. – a voz saiu fraca e tremendo. Aro sorriu. Estava na cara que a menina estava nervosa.

– É o seguinte. – ele sentou na frente de Renesmee. – Ela deve ter lhe explicado direito como funcionam as coisas aqui não foi? – Renesmee confirmou com um aceno de cabeça. – Você tem que assinar um termo de responsabilidade, discrição e até mesmo ser consultada com o nosso médico. Não pode ter vícios tais como bebida, drogas ou até mesmo cigarros. Os homens que recebo aqui são uns dos homens mais influentes de todo Texas, e eu não irei simplesmente deixar mulheres loucas ao lado deles. Eu criei o meu império desse jeito e não mudo por nada no mundo.

– Eu entendo, mas eu só quero dançar. – ela respondeu forçando a rouquidão da voz para longe.

– Não precisará fazer a consulta com o médico então, mas as outras coisas ainda são válidas para você. Está de acordo? – o mais velho perguntou.

– Sim. – Renesmee respondeu.

– Perfeito. – Aro abriu a gaveta retirando de lá alguns papéis. – São bastantes termos para serem lidos, por isso quero que você leia-os com calma. Pode ter o tempo que for necessário, quando terminar assina se for do seu querer.

– Tudo bem. – Renesmee pegou o a caneta e mesmo sem ler começou a assinar. Aro olhou assustado. A menina deveria mesmo estar precisando de dinheiro.

– Sobre o dinheiro. – Aro ignorou Renesmee assinando e o susto que ele tinha levado com aquilo. – Tudo que você ganha fica para você e lhe dou mais 100 dólares pela a noite. Como você optou por dançar, você apresentará o seu show. Você é responsável por ele. Temos o camarim, aonde tem varias fantasias. Fique a vontade para fazer a sua dança da forma que desejar, só tem que ser sexy. – ele sorriu. Renesmee até tentou, mas não conseguiu sorrir. – Você começa hoje, na casa, bom a casa está lotada. – ele ficou de pé. Renesmee fez o mesmo e o seguiu.

Eles entraram em um quarto que tinha varias araras de fantasias. Tinha de todo o tipo. Acessórios espalhados por todo o local e mais sandálias.

– Aquela é a Kim. – ele apontou para uma mulher que estava no canto terminando de fazer maquiagem. – Kim, essa é a Renesmee a nossa mais nova aquisição. Ajude-a com o que ela precisar, estou sentido que ela precisa muito. – Kim sorriu.

– Oi. – estendeu a mão apertando a da Renesmee. – Nossa! Você está gelada.

– Desculpe. - Renesmee desculpou-se ficando com a pele rubra.

– Ela é fofa, Aro. – Kim sorriu. – Vai deixar os homens loucos.

– Assim esperamos. – Aro disse antes de sair.

– Então Renesmee, o que a trás aqui? – Kim perguntou indo em direção das araras de roupa atrás da fantasia que ela sabia que ficaria perfeita para a cara de adolescente da Renesmee.

– Uma pessoa precisa de mim. – Renesmee respondeu deixando claro que não falaria mais do que aquilo.

– Entendi. – Kim respondeu. – Aqui! – os olhos da mulher brilharam quando ela elevou no ar uma fantasia de colegial para a Renesmee. – Ficará perfeita em você. – a morena andou em direção da Renesmee tirando a bolsa que ela carregada das mãos e depositando ao chão. Em questão de minutos Renesmee já estava sem roupa, colocando a fantasia de colegial. A saia de prega, com a blusa branca de botões. Meias três quarto e sandálias de salto quinze para dar um toque fatal em tudo. Kim passou somente um lápis de olho em Renesmee e um brilho nos lábios rosados, para aquela fantasia quanto menos tivesse mais ela ficaria sexy. Os cabelos foram divididos em dois e presos, deixando-a com chuquinhas. Era uma verdadeira colegial. – Eu tenho certeza que você ganhará uma boa quantidade de dinheiro somente em aparecer lá, imagina se dançar direito. – Renesmee olhou-se no espelho e engoliu em seco. As pernas dela estavam quase toda de fora, a saia não tapava nada. – Sabe dançar? – Kim andou até o espelho para terminar a maquiagem.

– Um pouco. – a mais velha sorriu.

– Só rebole e mostre as pernas de uma forma sexy que eles irão gostar com o tempo você ganha pratica. – ela respondeu passando delineador de lábios.

– Sua vez. – Aro entrou na porta olhando para a Renesmee. – Como quer ser chamada? – ele perguntou. Renesmee deu de ombros.

– Ela parece um anjo. – Kim respondeu. – Com essa cara de venha que eu o levo as alturas com a minha inocência. – Aro e Kim começaram a rir.

– Angel. – Aro olhou para a Renesmee. – Você irá ser chamada de Angel. – ele ditou puxando Renesmee pele a mão. – Fique calma, e dance como se estivesse sozinha, apesar de não estar. – Tem seguranças por todos os lados, caso você precise, você não está sozinha. – Renesmee respirou profundamente. – Pela a forma que você assinou o contrato você está realmente precisando do dinheiro, então faça por essa pessoa. – parece que Aro tinha usado o incentivo certo para Renesmee. Ela tirou forçar e coragem do fundo do peito e caminhou com passos firmes em direção do palco.

As luzes foram apagadas. A voz de Aro soou pelo o autofalante fazendo um suspense e uma graça. – Senhores e algumas senhoras. – as risadas puderam ser ouvidas. – É com imenso prazer que eu vós apresento essa noite e mais nova atração da casa. Não se enganem com o nome ou até mesmo com o jeito dela, pois o que ela tem de anjo ela tem mais de diaba. Com vocês para levá-los literalmente para o céu, Angel. – ele gritou. As luzes permaneceram apagadas e a música - Sexy and I Know it – começou a tocar. Renesmee focou-se em Rebecca e entrou no palco, quando as luzes acenderam a aprovação foi unânime. E aos poucos ela foi soltando-se.

Ela estava dançando, recebendo notas de dinheiro em sua roupa, mas o bolo em sua garganta era enorme para chorar. Ela nunca tinha sido tocada por outro homem. E agora vários desconhecidos faziam isso com ela. Ela focou-se em Becca e continuou dançando.

***

Ela estava gemendo feito louca. De uma forma que ela nunca tinha feito com ele. Ele que sempre se dedicou para dar tudo a ela, não somente prazer, mas acima de tudo amor. E mesmo assim isso não foi o suficiente, o dinheiro e o poder falaram mais alto.

Ele assistiu toda a cena, simplesmente calado em um canto. Quando o homem que estava por cima dela. - Que tinha a idade para ser o pai dela ou até mesmo avô - desabou com o corpo sobre o outro. Ele ligou a luz, fazendo os dois assustarem-se com sua presença.

– Por quê? – foi somente o que ele perguntou quando os olhos dela encontraram-se com o dele.

– Eu... Eu disse que um dia eu cansaria. – ela disse sem pudor. Abraçando o corpo que estava sobre o seu. – O que eu quero você não pode me dar. – ela ditou. – Você não tem ambição, não parece querer crescer na vida. Suas origens indígenas são suas maiores riquezas e você acha que isso é o bastante. Eu sou mulher de muito mais. – ela gritou. – Por isso acabou. – ele nada respondeu. Simplesmente virou as costas e deixou a apartamento que era dela. Ele guardou a caixinha com o anel. Ele estava indo a pedir em casamento.

Ele poderia ser sim, somente um índio, mas ele tinha muito orgulho daquilo. E isso não significava que ele não era ninguém, ele só não era como os outros homens do mundo. Amor era mais importante para ele do que riquezas e coisas materiais. Tinha algo de errado em ser assim?

Os dentes brancos abriram-se em um sorriso nada amigável ou até mesmo feliz. A mão de tez morena passou pelo os cabelos negros, os bagunçando e puxando em algumas partes.

O copo na outra mão ostentando o drink Black Russian. Enquanto os olhos estavam cravados sobre o layout da sua empresa, situada em um dos prédios mais altos do estado do Texas. Pensar que sua ex-namorada tinha dito que ele era um simples índio. Se ela o visse agora não iria acreditar no homem que ele tinha se tornando. Ou melhor, ela o viu, mas ele a dispensou antes mesmo dele virar quase o dono do estado.

Depois da pequena cena que Jacob Black presenciou ele resolveu mudar de vida. Ele era novo, tinha ainda os seus 20 anos naquela época e sabia que se esforçar-se ele conseguiria ser alguém na vida para mostrar para a Vanessa que ele podia ser melhor do que a múmia que ela tinha resolvido ficar.

Jacob deixou a cidade indo morar em Nova Iorque. Fez faculdade conheceu pessoas influentes e resolveu voltar às origens para fincar residência e mostrar a todos que o menino que foi traído não era mais somente um menino. Como ele previu Vanessa quando soube da sua volta foi procurá-lo. Assumiu ter errado e disse que o ainda o amava. Mas ela não sabia que no dia em que ele a pegou com outro, não foi somente a força de vontade de ter algo e mostrar ser bom na vida que cresceu, mas algo morreu dentro daquele homem. Ele não acreditava mais em amor. Mulher para ele era somente algo para uma noite e nada mais.

Como por vingança ele dormiu com a ex e quando ela achou que estava tudo resolvido entre eles, Jacob a colocou para fora de casa e a humilhou perante o esposo. Contando que ela o tinha traído. Ele ficou com fama na cidade, mas ele não se importou com nada disso. O menino bobo tinha morrido e um novo homem nasceu naquela noite.

Levou o copo á boca provando daquela bebida que ele achava o máximo. O gosto do rum de café era a melhor coisa. Braços rodearam a cintura perfeitamente definida de Jacob. Ele permaneceu tomando o seu drink quando os lábios femininos tocaram a pele das costas dele o deixando arrepiado.

– Você é o tipo que não dorme? – a menina perguntou. Ela estava com uma camisa de Jacob que ia até a metade do joelho, deixando a pele á mostrar. – Ou é só hoje? - ela acrescentou.

– Eu sou do tipo que não durmo quando tem uma pessoa estranha na minha cama. – respondeu sem se importar. A menina estava um pouco embriagada, por isso somente sorriu.

– Eu não sou estranha, eu sou sua secretária. – ela respondeu mordendo a carne.

– Não deixa de ser uma pessoa estranha. Saber o tipo de café que eu tomo e até mesmo qual é o jornal que eu gosto de ler no meu escritório não faz de você uma pessoa conhecida. E sim, uma pessoa que trabalhava para mim. – ele respondeu sorvendo o líquido do copo.

– Trabalhava? – o corpo da jovem ficou rígido. – Eu trabalho para você. – ela afastou-se do corpo do homem. Jacob sorriu e virou em direção dela.

– Correção minha linda. – ele passou o dedo pelo o queixo da menina. – Você trabalhava na minha empresa. Porque eu não irei simplesmente deixar uma menina que na primeira semana de trabalho em uma empresa transa com o dono do local. Não sou doido de ter mulheres como você no meu ambiente de trabalho. Hoje sou eu, amanhã será quem? Meu advogado? – a menina queria chorar.

– Você deu em cima de mim. – ela gritou limpando os olhos. As lágrimas caindo sem pudor.

– Dei mesmo. – ele sorriu. – Mas não significa que era para você aceitar. Ninguém lhe disse que eu sou homem? – ele perguntou passando a mão pelo o cabelo. – Eu sou homem, adoro uma mulher gostosa e você é uma dessas. Acontece. – ele encheu o copo com vodka dessa vez. – Que você não deveria ter caído e nem aceitado a minha proposta. Você foi baixa em dizer sim, e como eu lhe disse, sou homem. E não perderia de ter uma noite com você. Foi ótima por sinal. – ele virou as costas para contemplar a vista de novo, da sua empresa e a menina correu na direção dele dando socos pela a costa larga.

– Você é um filho da puta! - ela continuou socando enquanto gritava. – Eu odeio você e eu vou denunciá-lo. – Jacob gargalhou.

– E vai me acusar de quer? De ter lhe fodido feito um louco? Ter lhe feito gemer feito uma cadela ou ter lhe dado o melhor orgasmo que você já teve nessa sua vida medíocre? – ele gritou perdendo o humor da situação. – Vocês mulheres foram feitas para serem tratadas assim. – ele gritou olhando com ódio em direção dela. - Usadas para “me” proporcionarem prazer. – ele enfatizou o “me”. – E depois serem jogadas fora como putas que são. – a menina estava horrorizada com o Jacob Black que estava em sua frente. – Agora pega a merda da sua roupa e vai embora daqui. – ele gritou apontando para a porta. – E nem pense em aparecer na minha empresa segunda. Resolva a sua demissão na recepção mesmo. – a menina saiu correndo em direção do quarto. Pegou as roupas e foi o mais rápido que conseguiu embora.

Quando a porta bateu Jacob lançou o copo que estava em sua mão longe. Fazendo-o bater na parede e além de molhar tudo espalhar cacos de vidros para todos os lados. No que Vanessa tinha o transformado.

***

– Cullen. – Renesmee deu um pulo quando ouviu o professor em sua frente. Estalando os dedos. – O que aconteceu com você? – o homem perguntou. Renesmee estava sempre prestando atenção nas aulas e agora já fazia quase meia hora que estava dormindo.

– Desculpe. – a menina passou a mão pelo o rosto. Olhou em direção da amiga que lhe olhava com curiosidade no olhar.

– Voltando. – o professor voltou com as às explicações.

– O que foi isso? – Rose perguntou olhando a forma que Renesmee estava com cara de sono.

– Eu trabalhei até tarde ontem. – Renesmee respondeu anotando o que ela tinha perdido de anotar.

– Na boate? – Rose perguntou.

– Sim.

– E como foi? – Rose continuou com as perguntas.

– O importante é que dará para pagar o tratamento da minha irmã.

– E quando os seus pais souberem o que você está fazendo, com certeza a terceira guerra mundial explode aqui. – Renesmee sorriu.

– Eles não irão descobrir. Eu vou conseguir juntar um bom dinheiro com isso e quando eu consegui enfim um bom emprego eu paro. Mas eu tenho que fazer isso por Becca.

– Tudo que você faz é por ela. – Rose sorriu. – Ela tem que ter muito orgulho de você, amiga. – ela sorriu e apertou a mão de Renesmee.

As aulas passaram rápidas e logo Renesmee estava em casa com a mãe e a irmã. – Aqui. – ela entregou todo o dinheiro que tinha ganhado na noite passado.

– Wow! – Bella exclamou. – No que você está trabalhado mesmo?

– Eu sirvo drinks, e ganho pela quantidade de drinks servidos. Na real é uma porcentagem e tem sempre gorjeta. – ela respondeu rápida e tranquilamente. Tinha memorizado a resposta caso os pais perguntassem. – Acho que de começo está bom não é?

– Você ficou com alguma coisa? – Bella perguntou.

– Não mãe, está tudo aí. – ela respondeu.

– Pegue um pouco para você minha filha. Não tem o porquê você matar-se de trabalhar e não receber nada em troca por isso. – Bella tirou uma quantidade do dinheiro e depositou sobre a mão da filha. – Vamos conseguir dar um jeito. – ela sorriu quando a filha pensou em protestar. Renesmee sabia que ainda não era o suficiente. Com as contas para pagarem e todo o resto estaria feliz que o dinheiro desse para uma semana de medicamentos e consultas da irmã.

Duas semanas tinha se passado. Renesmee estava cada vez mais desenvolta no trabalho e fazendo cada vez mais sucesso. Na faculdade as coisas não eram a mesma coisa. Ela estava dormindo quase todas as aulas e os professores já tinham percebido isso.

Se ainda não fosse para piorar a situação a quantidade de remédios da irmã tinha aumentado. Rebecca havia tido uma crise e agora estava internada no hospital e as contas, bom, elas tinham triplicado o valor.

Renesmee estava fazendo mais de quatro shows por noite ainda trabalhava no bar quando não estava dançando pela a parte da tarde. Contudo, nada disso estava surtindo efeito.

– O que foi? – Kim perguntou enquanto Renesmee colocava a sandália.

– Eu preciso de dinheiro. – Renesmee respondeu. – Minha irmã tem câncer. – ela falou pela a primeira vez no assunto. – E faz uma semana que foi internada e a conta do hospital, bom, é uma fortuna. Meu pai tem dois empregos e eu trabalho aqui, mas nem isso é o suficiente.

– Você sabe que as meninas aqui fazem programas também não sabe? – Renesmee olhou com horror na direção de Kim. – Só estava lhe dando uma dica, sei lá. – deu de ombros. – E sinto pela a sua irmã. Quantos anos ela tem?

Renesmee sorriu. – Cinco anos de idade.

– Nossa! Tão nova. – Kim sentiu-se sensibilizada pela a irmã de Renesmee. Era duro saber que uma criança tão nova já passava por situações daquele jeito.

– Angel. – Aro entrou pela a porta. – Cinco minutos. – ele avisou. – E antes que eu me esqueça, hoje tem gente grande na casa. Então, dance direito. – sorriu.

Renesmee fez o mesmo e o seguiu. A sua apresentação foi feita e a música. Tonight – I’m Fucking You do Enrique Iglesias começou a tocar.

***

Jacob estava sentado próximo ao palco. Era um dos clientes mais assíduos do local. Sempre tirava um dia na semana para ir ver Kim dançar. Adorava a forma que a morena com traços indígenas dançava. Ela não fazia programa. Até encontrar-se com ele como público. As guardas dela foram literalmente ao chão e o empresário não precisou pedir muito. Kim cedeu em minutos. Pena que a morena nunca mais quis nada com ele, mas mesmo assim ele ainda ia vê-la dançar e aproveitar para ficar com alguma mulher. Aro sempre tinha as melhores e mais discretas meninas da cidade.

Os olhos negros cravaram no palco e uma confusão fez-se presente na face do moreno quando ele escutou o nome Angel ser pronunciado. Ele nunca tinha visto aquela, deveria ser nova.

Sorriu com a música que tocava, era bem sugestiva por sinal. Ele levou o copo à boca e os olhos queimaram de luxúria quando o verdadeiro anjo apareceu no palco. Mas ela estava vestida de diaba. A forma que o tecido vermelho marcava a pela branca e as curvas perfeitas deixaram o empresário doido. Jacob cerrou os olhos e engoliu em seco quando percebeu que aquela mulher o deixaria excitado.

Renesmee agora mais desenvolta e desinibida entrou no palco vestida de diaba. A fantasia não tapava quase nada, mas ela não estava ligando. Não ligava mais na verdade. Ela foi até a beira do palco e rebolou até o chão mantendo contato com o homem que estava perto do palco. Ele tinha os olhos negros e ela nunca o tinha visto por ali. Prendeu a atenção nele e parecia fazer um show particular. As mãos passavam pelo o corpo. Ela mordeu o lábio e fechou os olhos quando apertou o seios.

Jacob era o homem para quem Renesmee fazia o show particular. Kim nunca o excitou daquele jeito, não no palco. As mãos másculas do homem foram em direção do bolo de dinheiro que ele tinha guardado no bolso. Ele ficou de pé e andou até o palco, ignorando e empurrando os homens que tentavam tocar nela. Ele depositou o dinheiro no decote dela, aproveitando para deixar os dedos tocaram aquela pele branquinha. Não ajudou em nada a forma que ela sorriu para ele. Mordendo os lábios. Ele estava hipnotizado. Ele chegou a ir para frente para beijá-la, mas ela saiu engatinhando pelo o palco indo em direção de outro cliente e não olhou mais para ele.

Jacob voltou para a cadeira e terminou de ver a apresentação dela. Ele tinha uma bela e grande ereção sob as roupas, mas ele precisava saber mais dela. Depois arrumaria qualquer outra mulher para fazer aquilo baixar, até mesmo a dor passar.

Renesmee fez mais três apresentações e dessa vez ela não olhou para o Jacob. Agradecia mentalmente mesmo sem saber quem ele era pela a grande quantidade de dinheiro que ele tinha lhe dado. Daria para pagar um pouco das contas do hospital da irmã. Mas tinha uma regra, sem conversas ou romances com o cliente, isso ela leu na copia do contrato que ela tinha em casa. Ela não poderia nem ter o deixado tocar nela como ele fez.

Quando Renesmee deixou o palco Jacob seguiu em direção do local aonde ele sabia que podia encontrar o Aro.

– Se não é o meu melhor cliente aqui. – Aro ditou abrindo os braços para o Jacob.

– Quem é a garota nova? – ele perguntou sem rodeios. Aro gargalhou.

– Eu sabia que você iria querer saber dela. A forma que você a olhou a noite toda deixou bem claro que ela lhe excitou. – Aro conhecia o outro muito bem.

– Quem é? – ele perguntou ignorando a brincadeira do outro.

– Não é para o seu bico, amigo. – Aro bateu no ombro do Jacob o puxando para o escritório. – Ela é uma Kim da vida, não faz programa, só dança.

Jacob sentou e deu risada. – Então ela tem um preço. – ele respondeu.

– Como? – Aro perguntou.

– Kim, não fazia programa também, mas eu descobrir que ela tinha preço. Ela queria dinheiro por causa do filho e foi só oferecer uma boa grana que ela fez programa. – Aro parecia abismado com aquilo.

– Eu pensei...

– Foi uma vez só. – Jacob falou. – Pena. – lamentou em seguida. – Ela é uma loucura entre quatro paredes e tendo um show particular dela foi o melhor. Mas eu tenho certeza que essa menina tem um preço. Converse com ela e diga que eu lhe ofereço o triplo do que eu lhe dei hoje á noite. Ela saberá que é muito dinheiro e tenho certeza que ela ficará comigo.

– Eu posso tentar. – Aro falou coçando a parte de trás da cabeça. – Mas acho que ela não irá aceitar. – ele ditou.

– Eu a quero. – Jacob foi taxativo. – Se ela aceitar eu lhe dou a quantia que eu dei a ela hoje como agradecimento. – Aro não sabia quanto era, mas julgando pela a forma que Jacob era rico, sabia que não era pouco. – Mas eu a quero. – ele ficou de pé e seguiu para o salão. Esquadrinhou mais um pouco e pegou a primeira que se ofereceu a ele. Não queria ela, queria a mulher vestida de diaba que tinha um pouco do céu e do inferno no sorriso. Mas pela noite aquela bastaria.

Jacob passou a semana toda esperando a ligação de Aro e ela não veio. Quando chegou à quinta ligou para o homem e escutou com raiva que ela disse que não. Não faria programa com ele. Ele estava disposto a voltar lá e falar pessoalmente com ela. Veria se ela teria coragem de falar não quando ele esfregasse o dinheiro na cara dela.

No sábado de noite ele arrumou-se o mais sexy possível. Tentaria seduzi-la um pouco. Pegou o talão de cheque disposto a dar a quantidade que ela quisesse, mas ele teria uma noite com aquela mulher.

***

Aquele dia em especial Renesmee chegou mais cedo na boate. Precisava conversar com o Aro. Estava precisando mais de dinheiro, mas não iria simplesmente aceitar a proposta do homem do outro dia. Ela era boa, mas ela precisava de mais. Era absurdo pensar naquilo, mas ela precisava de muito mais. O pai tinha adquirido quantias com alguns agiotas perto de casa e agora os juros estavam enormes.

– Aro. – Renesmee entrou desesperado no escritório do homem. – Eu preciso de sua ajuda.

– Em que?

– Dinheiro, eu preciso de dinheiro.

– Sabe que um cliente ofereceu rios de dinheiro por você. Sua resposta foi não.

– Porque eu não estava precisando, agora eu estou e é muito mais do que ele ofereceu.

– No que você se meteu? – Aro perguntou assustado.

– Meu pai fez umas dividas e eu preciso quitá-las, por isso preciso de dinheiro.

– O cliente sumiu, mas eu posso falar com ele e...

– Eu sou virgem. – ela quase gritou aquilo.

– Acho que será ainda melhor para ele. – Aro falou constrangido.

– Não é isso. – Renesmee passou a mão pelo o rosto. – Eu quero lhe propor algo.

– O quê? – o homem perguntou desconfiado.

– Eu quero leiloar a minha virgindade. – Aro arregalou os olhos.

– Você ficou maluca? – perguntou quase gritando. – É mais fácil ir com o homem que lhe queria.

– Ele não irá pagar o que eu preciso. – Renesmee passou a mão pelo o rosto. – Por favor. – ela pediu quase chorando.

– O que você tem em mente? – Aro respirou fundo rendido ao choro da menina.

– Eu lhe dou uma porcentagem do dinheiro que eu ganhar, mas eu preciso que seja acima e 500 mil dólares. – Aro quase caiu da cadeira com aquilo.

– No que a sua família está metida menina. – ele passou a mão pelo o rosto.

– Você topa? – ela perguntou torcendo que ele falasse sim.

Aro pareceu pensar, mas viu o quanto os olhos Renesmee pediam que ele falasse sim.

– Topo. – ele aceitou e ela riu aliviada. - Podemos agendar para a próxima semana. Assim eu posso divulgar. – ele acrescentou. Renesmee concordou.

– Tenho mais um pedido.

– Mais um! – ele exclamou assustado.

– Eu posso tirar o dia de folga hoje? – Aro não pensou duas vezes, simplesmente deixou a menina ir embora.

***

Jacob passou a semana frustrado. Não tinha conseguido falar com a menina. Entrou pela a porta da boate vendo o quanto ela estava lotada. Sabia que teria um leilão de uma das meninas.

Sentou-se à mesa mais escondida do local e estava esperando a apresentação da jovem que tinha chamado a sua atenção.

Aro logo subiu ao palco falando sobre o leilão. Uma coisa que chamou a atenção de Jacob foi escutar que a menina era virgem. Ele sorriu com aquilo, já fazia tempo que ele não encontrava uma daquela. Nem sabia que elas existiam ainda.

Ele quase cuspiu a bebida fora quando Angel subiu ao palco, vestida com um vestido sexy e curto. Sandálias de salto altos e uma maquiagem que a deixava ainda mais linda.

Ele assistiu com horror os lances serem dadas enquanto ela tentava não sorrir. Ele a queria e já tinha dito que não mediria esforços para isso.

Saiu do canto em que ele estava escondido e andou em direção da luz. Elevou a plaquinha com o número 43 que ele tinha pegado na entrada. – 700 mil dólares. – ele gritou. Os olhos foram na direção dele.

– Alguém da mais. – Aro gritou.

Jacob estava olhando em direção da Renesmee e ela mantinha contato.

– Dou um, dois, três. Vendido para o cavalheiro da placa de número 43. – Aro gritou. Sabia que era impossível alguém cobrir aquele lance. – Ela é sua. – Aro apontou para Renesmee.

– Eu disse que todas tinham um preço! – Jacob falou rindo com um sorriso safado.

Ele só não sabia que não seria nada fácil deixar aquela ir pela manhã.

Continua...