Fanfics Brasil - 38 Mamãe Sem Querer {AyA - Adaptada}

Fanfic: Mamãe Sem Querer {AyA - Adaptada} | Tema: AyA | Ponny


Capítulo: 38

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Anahí percebeu o que ia dizer e interrompeu-se abruptamente, mas Alfonso ouvira e lançou-se à frase incompleta como um gato atacando a presa.


 


- A perda da? Por que não me disse que era virgem?


 


- Você faz parecer como se fosse o crime do século. Há uma ou duas de nós por aí, sabia? Ou melhor, havia. Sei que é antiquado, mas nem todos têm as suas oportunidades.


 


Ela estava despejando toda a amargura, a dor e o des­consolo com que vivera por quase seis semanas. Poderia perdoar Alfonso por quase tudo, exceto por algo que a ator­mentava desde aquela noite, corroendo-a como ácido.


 


Aparentemente, Nora Brennan estava certa. Durante todos aqueles anos, brigara com a mãe, defendendo a honra de Alfonso, insistindo que ela estava errada. Agora, porém, tinha que encarar a possibilidade de ele ter estadomesmo interessado em uma coisa só. A cada dia que ele se mantinha afastado, a suspeita crescia, a ponto de ela não saber mais se o amava ou odiava.


 


- Você envia flores a todas as suas conquistas?


 


- Não penso nelas como conquistas! E as flores foram para agradecer a bebida... por você estar aqui... por me ouvir. Pretendia algo muito mais valioso para...


 


- Pelo presente que foi o meu corpo!


 


O tom foi de sarcasmo, para ocultar a angústia que ela sentia no coração. Agora, ele queria pagarpela noite que tinham passado juntos. Se a intenção era fazê-la sentir-se barata e suja, ele não poderia ter en­contrado melhor forma.


 


- Oh, por favor, não se preocupe com isso. Afinal, como disse, ser virgem na minha idade é bastante ina­creditável, não é?


 


Se ela falasse abertamente no assunto, talvez ele não visse o que ela tentava esconder.


 


- Quero dizer... tinha que acontecer algum dia, não é? — A tentativa de risada dela não causou reação no semblante impassível. — Não ia querer ir para o tú­mulo como uma solteirona.


 


Ela assustou-se com a mudança de expressão. Ele não se pronunciara desde que ela partira para o ata­que, mas o olhar que bem poderia ter sido esculpido em granito era muito mais perturbador do que se ele tivesse se levantado e gritado com ela.


 


- Tinha que acontecer um dia, Alfonso — repetiu, insegura.


 


- E é para isso que servem os amigos... — O cinismo dele era insuportável, tanto que ela sentiu vontade de se abraçar para não se despedaçar na frente dele. — E agora que aconteceu?


 


- Não podemos simplesmente esquecer?


 


Anahí não tinha muita esperança de que ele con­cordasse e não ficou surpresa quando ele balançou a cabeça, impiedoso.


 


Alfonso insistiu no assunto:


 


- Agora que aconteceu, e você ficou grávida, não há como esquecer. A questão óbvia é... o que vou fazer a respeito?


 


- Você não tem que fazer nada!


 


Ela temera, desde o começo, que Alfonso se sentisse obrigado a fazer alguma coisa.


 


- Tenho o dever...


 


Dever! Anahí ficou desesperada de dor.


 


- Como sabe que é seu?


 


Seguiu-se um silêncio aterrador, havia ameaça no ar e ela estremeceu involuntariamente. Mas Alfonso varreu suas palavras tolas com a tolerância de quem lida com um mosquito.


 


- Após a sua colocação anterior, eu seria idiota em imaginar outra coisa. E, sendo esse o caso, só vejo uma solução possível. Teremos que nos casar...


 


- Esta não é uma possibilidade!


 


Anahí achava impossível que a expressão dele fi­casse mais sombria, mas o olhar frio pareceu virar um raio paralisante bem à sua frente.


 


- Você não estava pensando em...


 


- Não... Oh, não. — Nem para desafiá-lo, Anahí ja­mais pensou em aborto. — Mas não posso me casar com você. — Não assim, com ele sentindo-se forçado a isso.


 


- Por que não?


 


- Bem, por que deveria?


 


- Você não precisa parecer entusiasmada com a ideia!


 


O tom monótono de Alfonso não poderia nem remo­tamente ser classificado como entusiástico, e a pro­posta de casamento estava a anos-luz daquela que ela sonhara. Mas, claro, os sonhos eram apenas isso... fan­tasias tolas que nunca se tornariam realidade.


Sentindo-se desamparada, reconheceu a ironia da situação. Durante todos aqueles anos, sonhara com o dia em que Alfonso a pediria em casamento, e agora ele estava fazendo exatamente isso, mas as circuns­tâncias deixavam claro que ele não queria se casar, de modo que o sonho virara pesadelo.


 


- Você não quer se casar comigo! — acusou, raivosa.


 


Alfonso encolheu os ombros, tomando o protesto como irrelevante.


 


- Por que não? Estava planejando me casar, de qualquer forma... tenho trinta e três anos e me parece uma boa idade para me estabelecer. Como já disse, sempre quis ter filhos. E não há mais ninguém com­petindo pelo posto.


 


A indiferença casual magoava mais do se ele a tivesse rejeitado violentamente, deixando-a à própria sorte.


 


- Você faz parecer uma espécie de emprego: precisa-se de uma esposa, com idade entre vinte e vinte e cinco anos, capaz de engravidar, horário de trabalho...


 


Ela deteve-se ao ver a expressão ameaçadora dele.


 


- Se você vê a coisa assim — conformou-se Alfonso. — Antes de prosseguirmos, acho melhor deixarmos um assunto claro... você não está apaixonada por mim?


 


- Apaixonada...


 


Se algo garantiria que ela nunca iria lhe dizer o que sentia era a pergunta fria, a total falta de emoção na voz, a expressão distante e enigmática de Alfonso. Apaixonada! Naquele momento, bem poderia tentar entregar o coração a uma estátua de mármore, pois talvez não fosse tão fria e pouco receptiva.


 


- Apaixonada por você? — repetiu e ficou agradecida por ter conseguido dizer pelo menos issoembora a de­claração soasse rígida e frágil, como que caísse e se es­facelasse sobre o carpete. — O que o faz pensar tal coisa?


 


Se ele encolhesse os ombros daquele jeito novamen­te, ela iria gritar.


 


- Pensei que assim tudo ficaria mais fácil.


 


Mais fácil para quem? Para Alfonso, naturalmente, pois, se ela fosse tola o suficiente, sob o ponto de vista dele, para estar apaixonada, então, ela seria muito mais maleável e seria mais fácil convencê-la a fazer o que ele queria.


 


- Você me disse uma vez que me amava.


 



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Autor(a): anninha_camillo_ponny

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Por um segundo, Anahí fechou os olhos para apla­car o desânimo. Por que ele tinha que se lembrar de um momento de fraqueza seu, quando ela não estava em condições de lidar com a questão?   - Quando eu tinha dezoito anos? — Forçou-se a abrir os olhos, sorrindo sarcástica. Até conseguiu dar uma risa ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • franmarmentini Postado em 20/07/2014 - 23:32:20

    :( pelo jeito vc desistiu da fic* se voltar a postar me avisa por msg ;)

  • franmarmentini Postado em 29/01/2014 - 17:26:41

    continua postando...................... vou ter um treco....

  • franmarmentini Postado em 23/12/2013 - 15:52:24

    Quero deixar um recadinho!!! AMANHÃ NÃO VOU PODER COMENTAR EM NENHUMA FIC* POIS É MEU NIVER!!!...KKKKKKK E VOU ESTAR NA CORRERIA POR CAUSA DA MINHA VIAJEM... VOU PRA MACEIÓ :) PRAIAAAAAAAAAAAA IUPÍ...ENTÃO VOU FICAR +- ATÉ DIA 10/01/14 SEM COMENTAR...MAS NÃO IREI ABANDONAR A FIC* :) BJUS E FELIZ NATAL E ANO NOVO PRA VC E PRA TODOS DA FIC* E QUE VENHA 2014!!!!!! ;)

  • franmarmentini Postado em 19/12/2013 - 10:29:05

    posta posta posta...

  • franmarmentini Postado em 08/12/2013 - 15:36:40

    continuaaaaaa

  • franmarmentini Postado em 05/12/2013 - 15:08:12

    ;)

  • franmarmentini Postado em 05/12/2013 - 15:07:57

    posta posta posta!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini Postado em 05/12/2013 - 15:07:41

    eu acho que ele já ta apaixonado por ela!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini Postado em 05/12/2013 - 15:07:23

    continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • franmarmentini Postado em 04/12/2013 - 22:32:43

    olá vou começar a ler!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


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