Fanfic: Nascida do Submundo | Tema: Percy Jackson e os Olimpianos

Meu nome é Andrômeda Willians. Mas a maioria prefere me chamar apenas de Andy. Eu tenho 15 anos, e nasci no dia 19 de agosto. Isso é o básico que alguém pode saber de mim. O suficiente! Porém muitos não sabem que meu pai é o Deus do Mundo Inferior, da mitologia grega. Muitos não sabem que minha mãe sofre de uma depressão terrivel ou que sua gravidez foi tão ruim que ela teve que marcar o meu destino para que eu não morresse.

Sinceramente, eu prefeira ter morrido!

Moro num apartamento em Upper East Side, Nova York. Muito proxima ao que podemos chamar de pesadelo: O Monte Olimpo.

Quando nasci, prestes a sangrar até a morte, minha mãe jurou ao Rei dos Titãs - Cronos - que eu o serviria no futuro. Que eu seria sua serva quando a hora chegasse. Uma filha dos Três Grandes que tem o poder de mudar o rumo da guerra e destruir a Era dos Deuses.

Eu não quero nada disso, mas tive que jurar. Jurar pelo Rio Estige, e nada pode me salvar dessa maldição.

Levanto da minha cama, em meu pequeno quarto, no meu pequeno apartamento. Vou até o guarda-roupa e coloco uma silmpes blusa preta com uma calça jeans. Vasculho o guarda-roupa e quando encontro minha katana, prendo-a no cinto.

A familia da minha mãe descendia de samurais do Antigo Japão, por isso eu uso a katana em honra a eles. Não, eu não tenho olho puxado! O parentesco é distante demais para isso.

Saio do quarto e ja estou na cozinha. Minha mãe esta, como sempre, trancafiada em seu quarto. Afogando na sua tristeza e decepção. Eu nunca a perturbo. Abro aquela porta apenas para pôr comida em seu quarto, nada mais.

Faço algumas torradas e deixo em frente a porta de minha mãe, para o seu café da manhã. Depois volto para a cozinha comer a torrada que fiz para mim, e escuto o rangido leve da porta do quarto dela se abrir. E logo apos o baque surdo de sua porta a se fechar.

Enquanto como observo a pulseira de prata com o pingente de foice que me indentifica como Serva de Cronos, e sinto vontade de vomitar. Ou de queimar meu braço inteiro. Não apoio Cronos, pois a ultima coisa que quero é que meu pai seja destronado e morra.

- Você ainda vai se arrepender - diz uma voz atras de mim.

Viro-me, calma, e me deparo com meu meio-irmão, Nico Di Angelo, em pé num canto sombrio da conzinha. Esta usando sua jaqueta de aviador e em seu dedo esta o anel de caveira que eu lhe presenteei. Ele é o mais proximo de familia que eu posso chegar.

- O que você queria que eu fizesse? - pergunto mordendo novamente a torrada.

- Renegasse-os. Cronos vai matar nosso pai, você sabe disso.

- Se eu tenho poder de destruir o Olimpo, também tenho poder de deter Cronos. Eu posso impedi-lo.

Nico se aproxima.

- Não, não pode! Você pode não ser o meio-sangue da Profecia, ja pensou nisso?

Reviro os olhos.

- Quem mais seria? Você tem 14 anos, e eu o não deixarei que se arrisque, quem mais esta na lista?

- Percy Jackson.

O nome ecoa em meus ouvidos. Eu temo e odeio Percy Jackson mais que tudo. Temo que tome meu lugar na Profecia, o que resultaria na minha morte pelas mãos de Cronos. E odeio o fato de que me arrepio sempre que escuto seu nome. Eu o vi apenas uma vez e não consigo explicar nem para meu consciente o que senti.

- Percy Jackson evita a Profecia - eu digo, incerta.

- Evita? Ele quer proteger o Acampamento. Quer fazer de tudo para defender o Olimpo. Acho que ele não evitaria uma Profecia que diz que ele pode salva-lo.

Olho nos olhos negros de Nico. Negros como os meus, e como os de nosso pai. Não costumo fraquejar mas naquela hora meus olhos aguaram. Seguro as mãos palidas de meu irmão, também iguais as minhas. Ele franze o cenho ao me ver tão desesperada.

- Nico - digo - eu não posso falhar com Cronos. Ele vai me matar e depois te matar, isso não pode acontecer.

- Andy - ele toca minha bochecha, onde as sardas estão - eu confio em você. Mas o que faz esta errado!

- Eu sei. Mas é minha unica escolha.

Levanto da cadeira, ficando frente a frente ao meu irmão. Sou mais alta que ele, mas ele ja estava me alcançando. Crescera rapido desde o dia que eu o vi pela primeira vez, no Labirinto de Dédalo. Eu devia protege-lo, pois Luke iria querer por as mãos nele. Eu não podia arriscar a vida da minha unica conexão com a familia.

- Você vai para la agora? - pergunta ele.

- Para o navio? - sorrio ao pensar na embarcação que tem o meu mesmo nome - não. Eles vão explidi-lo. Os Cães Infernais me disseram.

- Então para onde vai?

- Para o Acampamento Meio-Sangue.