Fanfic: FatWilly, o segredo do amor | Tema: William Bonner e Fátima Bernardes

[galerinda, a fic tá começando a ficar triste. preparem o core e alguns lenços, sim é o fim. :`( bjj ]

 William chegou no apartamento da namorada, pouco antes do Sol se pôr. Fátima não estava muito bem.
Abriu a porta e viu o namorado, o beijou em seguida.

 - Que bom que você chegou!

 - Aconteceu alguma coisa?

 - Sim. Entra, primeiro!

 William entrou e não viu nada de errado com a casa. Preocupou-se ao ver a namorada, ainda nervosa.

 - O que aconteceu?

 - A Camila esteve aqui.

 - Ela nos descobriu?

 - Eu não sei. No primeiro momento, eu achei que sim. Mas depois ela desconversou, falou que estava passando por uma crise no casamento.

 - Crise no casamento? Acredito, porque só amando muito pra conviver com ela! A não ser que o marido dela seja do mesmo jeito!

 - O Maurício é legal, é pscicólogo. Sempre me considerei mais amigo dele, do que da própria Camila. Ele sempre foi muito legal comigo!

 - Então talvez os dois estejam passando por uma crise no casamento, mesmo!

 - William, e se ela já descobriu tudo?

 - O que podemos fazer, Fa? Azar! E outra, se ela soubesse mesmo, já teria falado.

 - Eu não sei! Conheço a Camila o suficiente pra afirmar que ela é indecifrável!

 - Deixa de bobagem, Fátima. Você tá se preocupando com bobagens!

 - Bobagem? O nosso relacionamento é bobagem?

 - Claro que não!

 - Então, William! Se a Camila descobrir tudo, talvez tenhamos que nos separar. Já imaginou?

 - Eu não me sinto obrigado a me separar de você somente porque a Camila descobriu nosso namoro! Não tem nada a ver uma coisa com a outra.

 - Pra você não, mas eu não quero que nos julguem o tempo inteiro.

 - Sinceramente, você ainda tá disposta a se esconder pra ficar comigo?

 - Estou, mas não sei até quando.

 - Ótimo! Quando você decidir, me avisa.

 William saiu da casa de Fátima, sem ao menos se despedir. Não deu direito de resposta, simplesmente foi embora. Ele estava começando a se perguntar se valia mesmo a pena, apesar de todo o seu amor.

 Fátima ficou boquiaberta. Não esperava tamanha reação! Ficou vendo William sair de seu apartamento, sem falar, ou pensar nada.

 Quando ele fechou a porta, foi até ele.

 - William! Hey, por favor.

 Mas já era tarde, ele já havia descido as escadas.

 Ela voltou, sentou e refletiu.

 - O que foi que eu fiz? - pensava ela.

 Talvez as palavras dela o feriram de alguma forma, mas em nenhum momento ela disse que iria desistir. Apenas não queria ser julgada de maneira incorreta e precipitada. "Será que ele nunca vai entender isso?", pensava ela. De fato, talvez ela tenha sido rígida, mas estava com medo.

 Respirou fundo, lembrou da conversa e telefonou para William.

 - William?

 - O que é?

 - O que foi que eu fiz?

 - Talvez não tenha feito nada, e isso é um problema!

 - Eu não pretendo me separar de você! Ainda te amo.

 - Engraçado... Eu tentei, me arrisquei e consegui conquistar você. Mas agora, não sei se vale a pena.

 - William! - e Fátima deixou duas lágrimas rolarem pelo rosto.

 - É sério, Fátima. Nunca quis me esconder, ainda mais tendo você ao meu lado! Você acha que eu gosto?

 - Como se pra mim fosse legal essa situação!

 - Por isso mesmo. Essa nossa relação não está fazendo bem a nenhum dos dois. É mehor pensarmos bem, antes de continuar.

 - Eu não acredito que estou ouvindo isso! Estava tudo tão bem...

 - Estava tudo tão bem, até você mostrar a falta de interesse.

 - Que falta de interesse? Eu amo você! - a essas alturas, Fátima já chorava depressivamente.

 - Eu também amo você, mas será que isso é suficiente?

 Fátima, que já não aguentava mais ouvir aquelas palavras que a feriam, desligou o telefone, correu para o quarto e deitada na cama, desatou a chorar. Nada mais a machucaria tanto, como as últimas palavras de William.

 Fátima levantou decidida. Sabia que tinha alguma coisa errada, mas não sabia direito o quê. Pegou sua bolsa, foi até seu carro e dirigiu até o apartamento de William.

 Quando chegou, esperou 5 minutos até entrar. Três para decidir se era mesmo necessário e mais dois pra ser atendida, de fato.

 William estava com a porta do apartamento aberta, com a mão na maçaneta e encarava Fátima sem parar.

 - Posso entrar, William?

 - Só se isso for, realmente, muito importante!

 - Eu acho que precisamos conversar pessoalmente, não é mesmo?

 - Não é por nada, mas você quer mesmo conversar?

 - Quero. Mas agora, posso entrar?

 - Fica a vontade!

 William deu espaço e Fátima entrou. Levou a última frase dele a sério, pois, como se fosse de casa, jogou a bolsa no sofá e virou-se para ele. Os dois estavam bastante afastados, o que não era comum.

 - Então paramos por aqui?

 - Eu acho que... - mas não pode continuar, pois Fátima o interrompeu.

 - Então é aqui que tudo termina? Na volta das férias mais incríveis que tivemos, das noites incríveis que passamos juntos, das juras de amor maravilhosas que fizemos? É aqui que tudo acaba? Justo quando precisamos mais um do outro! É aqui que você me deixa pra voltar a viver sua vida de mulherengo e ficar com várias numa mesma semana? É aqui que eu volto à deriva e espero alguém me encontrar? Tem certeza disso?

 - Não. É aqui que a gente desiste da vida de prisioneiro! É aqui que paramos de nos esconder, como se estivéssemos fazendo algo proibido. É aqui que liberamos os nossos corações!

 - Então tá bem. É o fim?

 - Eu não quero que seja, mas não vejo outra saída.

 - Realmente, ficar comigo não é uma boa ideia! Sou muito complicada, não é? - e Fátima começou a chorar. - Pra ficar comigo, só se escondendo, então não vale a pena! Você já me beijou, já foi pra cama comigo, já conheceu minhas qualidades e meus defeitos, já me disse coisas bonitas, já conheceu minha casa... Precisa mais do quê, não é verdade?

 - Fátima...

 - Cale a boca! Não fale mais o meu nome. Eu não preciso ouvir isso da sua voz! Aliás, que voz! Talvez tenha sido com ela que você conquistou tantas mulheres, não é verdade? Inclusive eu.

 - Eu amo você!

 - Eu também amo você, mas isso não é o suficiente. O mesmo amor que você deu pra mim, você pode, muito bem, dar à outra. Me sinto muito honrada, sei que você é um homem maravilhoso, mas o seu amor eu não quero mais. Não se pra tê-lo é preciso me esconder.

 - Eu juro, eu amo você!

 - Eu também juro que amo você! Como nunca amei ninguém...

 - Eu não quero - mas novamente Fátima o interrompeu.

 - Eu também não quero mais! Chega, não é? É a partir daqui que ficamos livres, um do outro, um para o outro. - e Fátima enxugou as lágrimas. - Bem-vindo de volta à vida! Seja feliz, Bonner.

 - Fátima, não!

 - Ah! E a partir de agora, nossa relação se torna profissional. Por favor, não force situações! E quanto ao seu amor que você ainda sente, guarde! Não sabemos o dia de amanhã... - Fátima foi até ele, deu um último beijo e apertou suas mãos. - Eu ainda amo você! - e saiu dali.

 William ficou desolado. Sentou no sofá da sala e começou a chorar. Não podia acreditar que deixou-a ir embora. Ele, de fato, a amava muito. Estava cada vez mais difícil se esconder, mas não queria a separação. Ele, que nunca havia chorado por mulher nenhuma, agora chorava feito uma criança que acabara de ficar órfã. O amor que sentia por ela não podia ser comparado ao de um filho por sua mãe, mas a dor era tão grande, quanto a dor da perda. Até porque, ele sabia que ela estaria ao seu lado, mas também sabia que não poderia abraçá-la ao final do dia.