Fanfic: FatWilly, o segredo do amor | Tema: William Bonner e Fátima Bernardes

 William, novamente esta em pé ao lado de Fátima, que concentrada, trabalhava incansávelmente.

 - Fa, podemos conversar?

 - De novo, William? - disse Fátima, sem desgrudar os olhos do computador. - O que houve?

 - Não, eu só quero lhe falar que vou jantar com a Samara hoje.

 Fátima parou imediatamente com o que estava fazendo e encarou William.

 - Quer dizer, então, que a relação familiar de vocês dois incluiu jantarzinho depois da meia-noite?

 - Fa? Pra que tamanho ciúme?

 - Não venha com essa história de ciúmes de novo. Você sabe muito bem que não sou uma mulher ciumenta!

 - Então qual é o problema em jantar com uma prima?

 - Todos do mundo! Eu me sentiria mais segura se conhecesse ela direito. E também se estivesse com você, ainda que escondido.

 - Mas você não quis continuar comigo. E não confia na Samara?

 - Desculpa, Wil. Mas ela não me inspira confiança! Nunca me deu motivos pra desconfiar de nada, mas ainda assim, eu tenho medo.

 - Pois garanto à você, não acontecerá nada nesse jantar.

 - Tudo bem, eu acredito. E além disso, se rolar, fazer o quê?

 - Como assim?

 - Não estamos mais juntos. Você faz o que você quiser!

 - Não é bem assim. Eu estou esperando o seu tempo, esqueceu?

 - Não, é claro que não. Mas não se prenda por mim, eu irei aguentar.

 - Don`t worry, I`ll be here.

 - Thank you, my love! Thank you...

 William sorriu e Fátima também.

 - Então não terá nenhum problema?

 - Já disse que não. Vá sem medo!

 - Obrigada, Fa!

 William saiu dali e Fátima respirou aliviada. Márcia, que estava do lado da amiga e ouvira toda a conversa, não acreditou.

 - Você vai deixar? Vai aceitar ficar em casa, louca de ciúmes e de curiosidade, enquanto a Samara e o

 William se divertem em algum restaurante por aí?

 - Márcia, eu não posso exigir nada dele. Já terminamos tudo que tínhamos!

 - Deixe de ser boba, Fátima. Não está vendo que a Samara é uma fingida?

 - Só porque ela é diferente de você, isso não lhe dá o direito de a julgar precipitadamente. O nome disso é preconceito!

 - Não. O nome disso é "olho aberto". Eu conheço outras mulheres fingidas, e todas são sempre iguais.

 - A Samara é recatada, menina do interior. Apenas isso!

 - Não, ela não é. Ela deve ser apaixonada pelo William, mas sempre foi frustrada por ele não sentir o mesmo. E eu bem a vi conversando e indo até o camarim da Camila. Vai ver elas se dão bem e a Camila contou sobre o seu namoro com o William. Tome cuidado, se eu fosse você, perguntava pro William qual seria a comida.

 - Nem vem! Ele nunca vai fazer com ela, o que já fez comigo!

 - Nem se ela forçar demais?

 - Para, Márcia. Você quer que eu apareça na casa dele, de surpresa, só pra verificar? Ou prefere que eu ponha um chip identificador de local, mais uma escuta no corpo dele? Já sei, vai querer que eu ponha um rastreador no carro, não é?

 - Não, Fa. Eu quero que você não o deixe ir, ou então, quero que vá junto.

 - Eu não vou me meter na vida dele! Nós já não estamos mais juntos. - Fátima tentou ser bem clara. - Ele faz o que quiser da vida dele e eu também. E quanto a Samara, ela é livre pra fazer o que tiver com vontade. Mas também acho que não vá fazer nada, por ser noiva.

 - Noiva?

 - Você nunca viu a aliança que ela tem no dedo?

 - Engraçado... Você namorava escondido, não é?

 - Sim, mas o que é que isso tem a ver?

 - Tudo. Ela pode, muito bem, usar a aliança como um disfarce!

 - Márcia, chega. Você já está ultrapassando os limites.

 - Tudo bem, Fa. Mas depois não venha me pedir perdão, ou conselho. Já falei o que penso!

 - Obrigada Márcia, mas eu dispenso.

 As duas voltaram a trabalhar, em um clima meio pesado. Uma não gostava de brigar com a outra, mas ainda assim, não era em tudo que concordavam. Fátima também desconfiava de Samara, mas não podia cobrar nada de William.

 Samara estava em seu camarim e Camila estava com ela.

 - Você acha que vai dar certo?

 - É claro que vai. Sou eu, esqueceu?

 - Ainda assim, tome cuidado. Já pensou se o William não cai e a Fátima também não? Você vai ser descoberta e perderemos todas as chances de acabar com o romance dos dois.

 - Cale a boca! Não jogue contra. Vai dar tudo certo! Nós vamos conseguir.

 - Mas e se não der?

 - Já falei que vai dar. E agora fique quieta e não me dirija a palavra se for pra falar isso.

 - Tudo bem. Mas eu acho que vou sair, não quero que me vejam aqui.

 - Exato. A última coisa que precisamos é virar assunto na redação! Se o "casal vinte" descobre que estamos nos dando bem, adeus planos!

 - Então já vou indo. Boa sorte, Samara.

 - Obrigado, mas não é de sorte que eu preciso!

 Camila saiu do camarim de Samara e foi vista por Márcia. Tentou não ser percebida, mas foi inevitável.

 - Então já é amiga da novata?

 - O quê?

 - Isso mesmo. Tão amiga, que já frequenta o camarim! Muito bem... Eu daria tudo pra saber sobre o que estavam conversando.

 - Cale a boca, Márcia! Não fale besteira.

 - Cale a boca, você! Eu juro, se vocês tentarem alguma coisa contra a Fa, eu vou matar você. Vou bater tanto, que você vai morrer. Mas será diferente daquele dia, eu não vou apanhar, irei apenas bater! Escute o que estou lhe falando. Pense bem antes de tentar algo contra a Fa.

 - Você se acha a defensora dos fracos e oprimidos, não é mesmo? Acontece que você é fofoqueira, apenas uma jornalista. E não justiceira, uma advogada.

 - Eu sou defensora de amigos meus, apenas isso. Ao contrário de você, eu gosto de cuidar deles!

 - Se cuidasse mesmo da Fa, não a deixaria com o William.

 Márcia sorriu.

 - Tenho mais o que fazer! - e virou as costas. - E já sabe o que farei, caso atrapalhar a vida da Fa!

 Assim que terminou a frase, saiu daquele corredor. Márcia sentia uma enorme vontade de bater em Camila ali mesmo, sem ela ter feito nada. Mas ainda assim, sabia que não podia.

 Ergueu a cabeça e tornou a trabalhar. Nunca fora tão bom ocupar a cabeça!