Fanfic: Inocência Roubada. | Tema: Laliter

Capitulo 12

Era bom respirar um ar diferente e não ser perseguida o tempo todo. Ela sabia que Peter a levaria de volta após o jantar, mas estava sendo ótimo poder jantar em uma mesa ao lado de fora do pequeno restaurante italiano.
— Uma porção de conchiglione recheado com frango e... — Peter parou quando notou que Mariana estava completamente perdida olhando para o cardápio. — E uma porção de talharim com almôndegas para ela.

O garçom anotou os pedidos e entrou no restaurante. Um homem cantarolava canções italianas em um microfone ali perto, e a temperatura de Los Angeles estava ótima. Nem muito quente e nem muito frio.
— O que é isso? — Mariana sussurrou meio acanhada.

Estava especialmente linda naquela noite. Vestia uma blusa branca com mangas compridas de um tecido fino com um colete preto por cima, e uma saia também preta que ia até a altura dos joelhos, escondendo as marcas. Era estranho vê-la de sapatilhas e não com os costumeiros saltos altos. Peter relembrou da menina que pegara há oito anos atrás quando reparou no rosto de Mariana naquela noite. Não estava carregado de maquiagem... E lhe parecia tão tranquilo... Tão inocente.

— Um tipo de massa. Você vai gostar. — ele respondeu ainda sorrindo. — Quer me contar o que aconteceu depois que eu saí hoje de manhã?
Mariana relaxou na cadeira e soltou uma risada baixinha deixando-o confuso, mas fazendo-o rir também.
— O mesmo de sempre. Ela entrou, gritou, reclamou, me bateu e depois saiu do quarto. — ela disse sorrindo.
— E posso saber onde está a graça nisso tudo?
— Ela pensa que isso ainda me afeta. E além do mais... Ela continua sem o dinheiro dela. — riu mais uma vez meneando a cabeça e exalou um suspiro — Eu não ligo mais. No fundo ela faz isso porque se sente inferior a mim e ás garotas... A velhice pode enlouquecer algumas mulheres.

— Me pergunto se algum dia aquela mulher já foi realmente jovem. — Peter disse apoiando os cotovelos em cima da mesa e cruzando os braços ali. — Trabalho com ela há anos e ela sempre foi feia como o diabo.

Mariana riu mais uma vez, mordendo o lábio inferior quando o garçom apareceu com a comida. Seu estomago estava inquieto desde que saíram.

— Bon appetit. — Peter falou antes de dar uma garfada em sua massa.

Todas as vezes que Gastón ia embora Mariana afundava em uma depressão sem fim. Já fazia oito meses em que ele lhe cuidava e lhe fazia companhia, mas ás vezes ele precisava sair mais cedo. Então ela se encolhia na cama e rezava para que ninguém aparecesse ali ou para que ele voltasse.
Em uma das noites em que Gastón saíra antes do dia amanhecer alguém entrou em seu quarto. Não esperava ver Peter. Raramente o via, e quando acontecia apenas encaravam-se de longe. Por mais que devesse odiá-lo, Mariana sempre tivera uma curiosidade sobre ele, sobre o mistério de seus olhos, seu semblante sempre fechado... Ela não sentia medo... Por mais que devesse.

“Eu não vou machucar você...” ele dissera ao notá-la se encolhendo cada vez mais na cama, abraçada aos joelhos.

Mas aquilo já havia se tornado um movimento automático a cada vez que alguém que não fosse Gastón entrasse ali. Peter fechara a porta do quarto devagar e permaneceu um pouco distante.
Aquela noite era uma das poucas lembranças que a faziam sonhar de vez em quando, ao invés de ter pesadelos e acordar aos gritos. Nem ela soubera como realmente havia acontecido, em uma hora estavam apenas se olhando e em outra, Peter estava sentado em sua cama acariciando seu rosto. Fora tudo tão silencioso, ele não falara nada e ela muito menos. O coração martelara em seus ouvidos quando os lábios dele tocaram os seus... Já havia beijado um ou outro garoto na escola, mas Peter não era um garoto e definitivamente não beijava como um.

Ela nunca soube o porquê daquilo, as razões por ele ter entrado em seu quarto depois de tanto tempo para beijá-la e tocá-la daquela maneira, fazendo-a sentir como se estivesse queimando.

. Mariana recuara, uma, duas vezes... A única vez que havia estado com alguém fora a força. Doera por dentro e por fora e a assustava. Mas a maneira como ele acariciava seus cabelos, como beijava seu pescoço e sua boca a deixavam calma... Porque era bom. E no momento em que seus corpos tocaram-se e uniram-se ela soube que não tinha o porquê de sentir-se assustada na presença dele. Ele não a machucaria. Não à ela.

Se terminar meu trabalho posto maaais :)

maresposito: Postadooo *-*

dannyk: Beeeeeem Viiinda *---* Que bom que ta gostando da web ;3

aniinhaesposito: Ela foi um verdadeiro anjo pra Lali, pena que morreu :// Eu prefiro ler livros assim mesmo, quase nunca chego ao fim com romances kkkkkk

Beeeijos s2