Fanfic: Inocência Roubada. | Tema: Laliter

Capitulo 14

— Foi realmente ótimo. — Mariana disse quando Peter já entrava com o carro no Desireé.
Ele apenas assentiu e estacionou. Saíram e caminharam de encontrou ao lob. Antes de chegarem já puderam escutar que alguma coisa havia acontecido, pois as vozes estavam altas, mas não como de costume... Estavam sérias, e aquilo nunca era bom.

— AÍ ESTÁ ELA. — Julia gritou fazendo Peter revirar os olhos. — E você... Novamente. — ao notar a expressão de poucos amigos de Peter, a mulher parou voltando a atenção para a discussão que estava ali.
Mariana não podia ver direito o que estava acontecendo, praticamente todas as garotas estavam ali. E de repente notou que estava tudo vazio. Nenhum homem, nenhuma música...
— O que aconteceu? — ela perguntou aproximando-se de Mery.
— Lorena tentou fugir com um cliente. — Mery sussurrou fazendo Mariana estremecer diante da palavra “tentou”. — E Bartolomeu trouxe algumas garotas... Julia está furiosa porque ele trouxe uma de catorze anos, e se a polícia descobre que ela está tratando com menores de idade... Bom, você conhece essa história, se lembra quando tiveram que te esconder quando a policia apareceu, não? — Mariana apenas assentiu e então se voltou para Peter que permanecia sério.
— Catorze anos?! — perguntou com indignação. — Peter isso... Ela é uma criança, pelo amor de Deus.
— Você bem sabe que nem sempre essas meninas de catorze anos aparentam ter esta idade, Mariana. E eu não tenho nada a ver com isso. — falou levando as mãos aos bolsos.

Antes que ela pudesse responder algo, Julia a chamou, desviando sua atenção.
— Vá cuidar da garota. Ela não quer sair do carro e só falta morder quem chega perto.
Mariana hesitou e a mulher percebeu.
— Vá garota! Use a inocência que ainda lhe resta e mostre a menina que ela pode confiar em alguém para sair da porcaria do carro.

Mariana não permitiu que mais ninguém fosse com ela, mas ainda assim Julia, Barto e Peter permaneceram observando tudo de longe. 
Peter a observava caminhar devagar até o carro onde a menina se encontrava, e percebia a tensão em seus ombros. Sabia que talvez fosse como reviver seu próprio pesadelo ajudando aquela criança.

Ela finalmente chegou até o carro com os vidros escuros. Barto apertou o botão para destravar as portas e Mariana a abriu sem hesitar. A garota tentou encolher-se ainda mais no banco, como se fosse possível. Os olhos estavam vermelhos e inchados, o rosto banhado pelas lágrimas e o corpo todo tremia.
Não aparentava ter catorze anos? Ela se perguntou observando os traços infantis da menina. Porque, sim, era apenas uma menina. Os cabelos eram compridos, ondulados e negros como a noite. Os olhos estavam pequeninos pelas horas de choro, mas ela podia ver claramente como eram verdes.
— Está tudo bem... — Mariana murmurou.

Suspirou quando viu que ela não sairia dali e entrou no carro. Sentou-se no banco ao seu lado e fechou a porta.
— Onde eu estou? — a menina sussurrou com a voz trêmula. Mariana resistiu ao ímpeto de responder “No inferno”.
— O que disseram quando a trouxeram para cá? — ela perguntou.
— Nada. — ela sussurrou novamente. — Aquele homem só me... Colocou dentro do carro. E então aquela velha esquisita veio até aqui e começou a gritar comigo, dizer que se eu não trabalhasse ela ia acabar comigo...
Mariana mexeu nos cabelos e estendeu a mão para a garota.

— Você vem comigo e nada acontece a você. O que acha? — ela perguntou sorrindo.
A menina hesitou.
— Como eu posso ter certeza? — perguntou com a voz chorosa.

— Você não pode. Este é um lugar em que você precisa saber olhar nos olhos de uma pessoa e saber se ela é confiável ou não. — ela respondeu sorrindo um pouco. Podia entender os sentimentos daquela criança e realmente queria protegê-la e esperava ter a ajuda de Peter para isso.

— Quem é você? — a menina perguntou fungando. Mariana recolheu a mão colocando-a em cima do colo e recostando-se no banco.
— Meu nome é Mariana. Tinha dezessete anos quando vim parar aqui... Eu também estava assustada. — a menina pareceu captar a sinceridade de Mariana e ajeitou-se no banco do carro.
— Como você veio parar aqui? — perguntou limpando os olhos.
— Alguém ofereceu à minha mãe um bom dinheiro por mim. — ela respondeu com um sorriso triste. — Ela me disse que estavam me trazendo para uma escola... Mas, bem, eu nunca acreditei realmente naquilo. — ela suspirou e olhou para a menina que a olhava também. 
— Minha mãe morreu. — ela disse com os lábios tremendo, dando inicio ao choro. — Meu padrasto precisava se livrar de mim. Ele disse isso. Tudo bem, não era como se fosse bom morar com ele. — ela disse olhando para fora da janela.
— Como você se chama? — Mariana perguntou.
— Gabriela. — ela disse.

Permaneceram em silencio durante um bom tempo enquanto a menina ponderava em aceitar a oferta de Mariana para sair do carro ou não. Até que finalmente ela estendeu a própria mão. Mariana sorriu e a pegou apertando-a levemente.
— Você vai ficar bem. — Mariana disse abrindo a porta do carro.
— Você promete?
Ela sabia que não deveria fazer promessas das quais não tinha certeza de que poderia cumprir.
— Vou fazer o impossível para isso. — ela disse finalmente.

A felicidade é o que o velho homem me contou: Você olha pra ela, mas jamais a encontrará completamente.

Depois posto mais se tiver comentarios :))

maresposito: Pooostado :))

aniinhaesposito: *--* Ahaaam

tais_grande: Ele sempre vai estar ao lado dela s2

Beeeijos s2