Fanfic: Inocência Roubada. | Tema: Laliter

 Capitulo 2 

Desireé — 8 anos mais tarde.

( Escutem essa musica) http://www.youtube.com/watch?v=PKKzjo8PiH0

A saia preta curta e colada subia à medida que ela descia as escadas, não que aquilo a incomodasse, sabia que o quanto mais curta estivesse melhor seria o salário no final do mês. Ao chegar ao último degrau mordeu o lábio e levou as mãos a cintura coberta por um corpete vermelho sangue. O lugar estava cheio como em qualquer sexta-feira à noite. 

— Seu melhor cliente já chegou. — uma das garotas murmurou parando ao lado de Mariana. — Fazia tempo que ele não aparecia.
— Ocupado demais com o próprio trabalho. Deve estar exausto, coitadinho. — ela respondeu tirando a franja dos olhos. — Bom, vou trabalhar. 

Sorriu e afastou-se indo em direção ao bar onde o homem de que Mery havia falado se encontrava. Gastón Dalmo era um dos melhores clientes daquele lugar, todas morriam para tê-lo com exclusividade pela quantia absurda a qual ele pagava, no entanto ele queria apenas uma.
— Veja só quem finalmente apareceu... — Mariana falou com a voz preguiçosa enquanto colocava-se entre as pernas dele que estava sentado num dos bancos do bar.
Gastón esboçou um sorriso torto largando o copo de bebida em cima do balcão. Enlaçou os braços ao redor da cintura de Mariana e beijou-a preguiçosamente enquanto ela acariciava seus cabelos. Gastón era um homem rico, dono de uma grande empresa de software, frequentador assíduo de “Desireé”, o bordel que carregava o nome de sua primeira dona. A maioria dos homens que o frequentavam eram poderosos, mas diferentemente de Gastón dormiam com qualquer uma das belas garotas, enquanto que para ele apenas uma satisfazia seus desejos.

— Trabalho, você sabe, o de sempre. — ele disse segurando o queixo dela para poder vê-la melhor.
— Então “o de sempre” deve incluir sua esposa.

Mariana sorriu de forma maliciosa tentando esconder o tom magoado em sua voz. Gastón a tratava com todo o carinho, ás vezes era mais como se ele fosse seu namorado ao invés de seu cliente, mas sabia que o coração dele batia por outra mulher, e que não a amava o suficiente para tirá-la de lá. Não que ela o amasse, não que ele fosse exatamente seu cliente preferido – apesar do dinheiro e das coisas que lhe dava. Mas carregava um carinho enorme por ele. Na verdade, tinha quase uma divida com ele desde que chegara àquele lugar e por aquele motivo achava que um dia ele pudesse pegá-la pela mão e a tirar de lá...
Mas aquilo não aconteceria e ela sabia.

— Se importa de não falarmos sobre isso? Não venho te ver exatamente para falar sobre meu casamento fracassado.
Ela sorriu levando suas mãos de encontro aos cabelos enrolados de Gastón, prestes a beijá-lo quando alguém lhes interrompeu.
— Mariana... — Euge, outra das garotas a chamou aproximando-se. — Peter chegou. Quer ver você.

Mariana sentiu seu coração bater freneticamente. Suas mãos gelaram e suaram. Patético. Chutou-se mentalmente como fazia todas as vezes que diziam a ela que ele estava de volta e a queria ver. Uma mistura de ódio, paixão e desejo aconteciam em seu corpo, e ela se odiava por isso.
— Ahn... Ok... Diga que... Diga que eu já vou. — murmurou passando as mãos pelos cabelos levemente cacheados. Estava nervosa, confusa... Era sempre assim.
Euge assentiu lançando um olhar furtivo para Gastón e afastou-se um pouco.
— Escute, preciso ir. — Mariana disse ao virar-se para ele. — Beba alguma coisa, tente relaxar, mas... Bem, não me espere. Euge é legal. — disse de uma vez sem nem ao menos olhar em seu rosto e afastou-se em passos largos em direção ao seu quarto.

Após subir as escadas praticamente correndo, agradeceu a Deus pelo corredor ser tão longo até seu quarto. Em passos absurdamente lentos ela ia caminhando enquanto torcia as mãos e sentia as gotas de suor escorrerem por sua nuca. Ela deveria odiá-lo. Apenas odiá-lo da maneira mais tenebrosa possível! Ela não deveria se sentir tão necessitada de seu toque, ou das palavras soltas ao pé de seu ouvido...

Porque por culpa dele, por culpa de Juan Pedro Lanzani, ela ainda acordava gritando durante a noite, com o corpo encharcado de suor... Por culpa dele... Tentou afastar os pensamentos, ergueu a cabeça e apressou os passos.
Parou em frente à porta de seu próprio quarto e respirou profundamente antes de abrir a porta para deparar-se com a figura viril de Peter ali, habitando o mesmo espaço que ela. E então finalmente a abriu vagarosamente. O quarto estava vazio e com a luz acesa. Logo escutou o barulho do chuveiro ligado e constatou que ele estava no banho. Fechou a porta atrás e passou os olhos pelo enorme e luxuoso quarto. Em cima de sua cama estava a prova de que ele estava ali realmente, as roupas espalhadas pelo lençol egípcio.

Estava massageando as próprias têmporas quando se sentiu sendo observada. Respirou uma vez mais e se levantou virando-se de frente para a porta do banheiro.
— Que mágica aquela velha faz com você? — ele perguntou com a voz naturalmente rouca, fazendo os joelhos de Mariana fraquejarem.
Peter estava parado a porta enquanto a observava apenas com uma toalha envolvendo a cintura. Seu torso ainda estava úmido, fazendo com que as gotas reluzissem embaixo da luz do quarto. Mariana estremeceu.

— Você demorou dessa vez. — ela resmungou, odiando-se por dizer aquilo em voz alta.

Se der posto mais hoje, maaais tem que ter comentarios ;)

amandalais, maresposito, ceehsilva e tais_grande: Sejam Bem Vindaaas s2

Beeeijos s2