Fanfic: Coincidência ou uma jogada do destino | Tema: A Usurpadora

- Fernando me desculpe, mas não vou poder atender mais sua esposa, pois o meu plantão acaba daqui a pouco, um medico de extrema confiança minha atenderá ela, tenho uma ultima paciente agora, mas em todo caso ficarei aqui.

- esta bem, você já fez demais por nos, merece descanso também, ligarei para a família dela avisando. – disse ele enxugando as lagrimas.

- provavelmente eu vá, mas sabe como são os plantões mudam repentinamente, agora mesmo estou aqui para atender uma paciente que não é minha, mas como sou clinico geral é meu dever, uma médica amiga minha não pode vir, estou cumprindo seu plantão.

- então nos vemos, ate mais – disse Fernando o cumprimentando com um aperto de mão e saindo.

- melhoras para sua esposa estarei pendente dela.

- obrigado.

Os dois saíram juntos da sala em direções diferentes, Fernando como havia dito foi ligar para a família Spanic avisando o estado de Gaby, o médico foi em direção a sala de biópsia, no percurso até a sala, uma das enfermeiras veio ao seu encontro.

- Doutor! Aqui está a fixa da paciente, que esta na sala de biópsia.

- Obrigado Celeste, como se chama a paciente.

- deixe-me ver. Uhm, esqueci a fixa com o nome dela lá, se quiser posso ir buscar.

- não, não é necessário, eu sabendo o que a paciente veio fazer é mais que suficiente. Bom se ela esta na sala de biópsia só pode ser, suspeita de câncer de mama.

- isso mesmo doutor. Espero que ela não tenha nada.

- eu também Celeste. Bom qualquer coisa chamo para me ajudar, mas creio que não será necessário.

- esta bem doutor.

Depois daquela breve troca de informações com a enfermeira, o médico entrou na sala.

- Você! – exclamou o médico ao ver Dani sentada vendo revistas.

- o que faz aqui?

- vim pela paciente, que me esperava aqui, creio que você esta na sala errada.

- não, não, é exatamente nessa sala que devo estar.

- bom acho que eu entrei na sala errada então, me desculpe. – o médico foi dando passos largos para trás até sair. Logo a porta se abre novamente com mais força.

- não me enganei, é nessa sala que devo estar também – ele respirou fundo com a voz suave e preocupada perguntou – Daniela, tem certeza que você tem que estar na sala biopsia? Você esta com Sus...

- sim –disse ela deixando algumas lagrimas caírem – acho que estou com câncer de mama, sempre adiava a consulta, mas de uns tempos para cá tenho tido enjoos, e desmaios repentinos, sempre me negava a aceitar que pudesse ser isso.

- ah quanto tempo tem essa suspeita?

- não exatamente, acho que a duas, três semanas.

- deveria ter vindo antes bem antes, espero que não seja câncer.

Ela passou a mão em seu rosto enxugou suas lagrimas e questionou – bom e cadê o médico que irá me atender?

- eu sou o médico, a médica que ia te atender pegou quatro semanas de atestado médico. E ela me pediu para que cuidasse de seus pacientes.

- não, não, você não pode me atender.

- por que não? Eu sou médico e é meu dever.

- simplesmente porque eu não quero que você me atenda, não, não, não.

- Daniela, estou aqui como médico, não como amigo de Fernando e Gaby, não estou aqui como homem, apenas como médico, bom agora se você quiser que essa doença percorra seu seios, depois pulmões etc.. é só esperar a doutora Vanessa voltar, quem sabe essa doença de uma pausa, espere ela voltou para depois continuar te matando aos poucos.

Dani, sabia que ele tinha razão, ela não podia esperar mais, mas seu orgulho estava falando mais alto, ela olhava de um lado para o outro, com o braços cruzados e passando a mão de leve sobre a face que estava repleta de lagrimas.

O médico estava ciente de que suas palavras foram fortes, a pegou de surpresa, ela não estava preparada para aquele pequeno sermão necessário. Ele viu o quão a batida ela ficou mas não hesitou e foi em sua direção, aconchegou a cabeça dela, em seu ombro e abraçou fortemente passando segurança e confiança.

- confia em mim, sou um médico profissional e sei que minhas palavras te pegou de surpresa, mais foi necessário para que você entenda que com saúde não se brinca, e muito menos escolhemos o que o destino já nos tem reservado.

Ela ficou pensativa, se afastou de seus braços e disse – está bem, irei fazer a biopsia.

- não irá se arrepender, quanto antes descobrirmos a gravidade, melhor.

.........

- alô, dona Norma?

- Fernando?

- sim sou eu.

- me diga, como esta minha filha?

- ela esta estável, teve uma hemorragia, e o médico não crê que haja muitas esperanças. – falou entre lagrimas.

- não, não.

- calma dona Norma, os médicos deram 39% de chances para que o corpo dela comece a reagir aos medicamentos, do contrario a imunidade dela, pode baixar, e isso pode ter complicações gravíssimas. Eu te peço por favor, que cuide bem de minhas filhas e do Gabriel, ele não pode saber o que esta acontecendo sofreria muito com isso. Consegui manter sigilo ?

- claro que sim, concordo em que ele não pode saber de nada; não agora pelo menos, estarei orando para que saia tudo bem.

- obrigado, se o Gabo pergunta, fala que tivemos que fazer uma viagem de ultima hora a trabalho, sei que ficará triste mais não posso permitir que ele sofra, agora pelo menos não é o momento de falar a verdade.

- tem toda a razão, tchau Fernando, se cuida, qualquer coisa me liga.

- esta bem, tchau.

..........

- bom coloque isso aqui. - o médico entregou a Dani, um jaleco.

- Esta bem. – Dani pegou, entrou em um pequeno banheiro que ali havia depois de cinco minutos voltou.

- esta pronta?

- sim.

- bom vamos começar pelo procedimento básico, você vai massagear seu seio até encontrar a “bolinha”. Ok?

- ahn.

- deite aqui – a levou ate a maca.- igual seio é?

- esquerdo.

- abaixe o jaleco do lado esquerdo por favor, depois leve sua mão até a cabeça, e deixe assim, com essa mão – pegou na Mao direita dela – você ira massagear, até sentir a “bolinha” não é complicado, basta apenas você se concentrar.

- esta bem.

- pode começar quando quiser.

Dani começou lentamente a massagear o seio esquerdo, massageava insegura deixando o nervosismo tomar conta de si, lagrimas teimosas começara a sair de seus olhos, olhou para o médico deixando toda sua vergonha de lado.

 – não consigo, não consigo. Estou nervosa, não consigo me concentrar. – após esse breve desabafo lagrimas grossas e dolorosas começaram a tomar contar de seu belo rosto.

- Se acalme Daniela, sei que isso não é fácil para nenhuma mulher, mas se descoberto à tempo, é reversível. Se você permitir posso ajudá-la.

- esta bem, confiarei em ti.

-esta pronta?

Dani respirou fundo – sim.

O médico fez o mesmo procedimento que Daniela, com suavidade e delicadeza massageou seu seio após poucos minutos assim parou.

- pode levantar.

- e então achou ? achou alguma coisa?

- senti algo, mas não cheguei a memorizar onde esta, acho que teremos que fazer a biopsia.

- estou disposta a fazer agora mesmo se puder.

...........

O estado de Gaby ainda era o mesmo, estava estável não reacionava a nenhum dos medicamentos, Gabo estava a todo instante perguntando por seus pais Dona Norma como havia prometido não disse nada a ele, a notícia do estado de Gaby logo estava nos jornais e revistas de fofocas, Fernando por nenhum momento se separou dela.

...........

Após alguns longos minutos e a biopsia feita Daniela aguardava o resultado do exame, estava inquieta e ao mesmo tempo angustiada.

- Aqui estão – disse o médico entrando a sala.

- e qual foi o resultado, por favor não me esconda nada.

- tenho duas noticias, uma boa e outra nem tanto. Qual quer primeira?

- comece pela boa – disse nervosa.

- a boa é que descobrimos a tempo seu câncer de mama, ele esta muito pequeno ainda, não chega a 3 ml pelo que pude ver, por isso não conseguíamos encontrá-lo.

- e a ruim?

- é que o tratamento correto para sua situação não tem aqui no México...

Como? – interrompeu -  como assim? E aonde tem? Qual minha “situação”? –  questionou rápido ele sem dar chances dele falar.

-  calma, sente-se aqui – puxou ela pelo braço com delicadeza.- Sua “situação” como você diz é menos complicada, por isso aqui não tem, aqui são quimioterapias intensivas, sendo mais sinceros essas quimioterapias são mais agressivas, e no seu caso, você não precisa passar por essa situação. Essas quimioterapias intensivas deixa a pessoa com enjoos, tonturas, náuseas, queda de cabelo.

- queda de cabelo? Não, não quero perder meu cabelo – resmungou ela espantada. 

..........

Fernando estava velando o sono da amada, dizia o quanto a amava, e o quanto necessitava de sua companhia, necessitava dela para cuidar de seus filhos, e que se ela não estivesse presente ali com ele, nada seria igual.

Suas lagrimas escorriam sobre sua face molhando seu pescoço seguida a blusa.

- Fer-naan-d-o? – chamou a voz rouca quase inexecutável de Gaby.

- Gaby? Meu amor? – exclamava Fernando a chamando, e secando suas lágrimas.

- amor meu, prometa-me que se algo me passar, irá cuidar de nossos filhos, e dará a eles uma mãe que esteja disposta a amar meus filhos como se fossem dela. – disse ela pausadamente cada letra.

- meu amor não diga isso, nada irá te acontecer você é forte, saudável e nada, escute-me bem, nada vai te acontecer.

- não me encha de ilusões meu amor, eu sei que isso não é verdade, pois minha saúde já era bem complicada, devido ao envenenamento, agora esta muito pior. – essas palavras foram as mais difíceis que ela havia dito em muito tempo, lagrimas grossas saiam de suas Iris verde.

- meu amor, não diga mais nada, não se esforce você vai sair dessa, tenha fé. Eu te amo tanto.

- eu também te amo, vida minha.

Gaby apertou forte a mão do amado, e a mesma soltou lentamente ... o seus batimentos cardíacos pararam aos poucos, quando o som do quirófano ecoava na sala, Fernando se deu conta de que sua amada, estava partindo, lagrima pós lagrimas saiam de seu belos olhos castanhos, em desespero saiu correndo da sala em busca de um médico que pudesse atender sua esposa que estava a beira da morte.

Médicos e enfermeiras vieram rapidamente e não permitiram a entrada de Fernando, segundos, minutos, horas se passaram, Fernando estava em desespero saiam e entrava da sala, e nenhuma notícia era dada.

- Senhor Fernando?

- sim – virou-se Fernando rapidamente. – Doutor como está minha esposa? Como saiu tudo? Como ela está, diga-me por favor!

DEPENDE DE VCS SALVA-LA COMENTÁRIOS, QUERO MUITOS COMENTÁRIOS #SpaniColungasSalvaVidasDeGaby