Fanfic: A arte da sedução (adaptado) | Tema: Vondy

— O que está fazendo aqui? — perguntou ela. — Não tem o direito de estar perto de Danny!

— A Sra. Plewman foi educada o suficiente para me mostrar a creche — replicou ele, calmo, dando um sorriso charmoso à gerente.

— Não quero este homem perto de Danny — ela falou diretamente com a Sra. Plewman. — Não confio nele; quer levar Danny para a Grécia com ele.

— Tenho o direito de ver onde meu sobrinho está sendo cuidado — afirmou Ucker.

— Mas não é por isso que está aqui — disse Dulce, abraçando Danny de forma protetora e olhando para Ucker.

— Seu sobrinho? — Os modos da Sra. Plewman indicavam que estava impressionada com Ucker, mas agora a reação de Dulce a fez pensar.

— Sim, Danny é meu sobrinho — confirmou Ucker, mas seus olhos estavam fixos em Dulce. — Que outra razão eu teria para vir até aqui?

— Pegar Danny — acusou Dulce. — Colocar suas mãos nele quando eu não estiver por perto.

— Está exagerando — disse Ucker, furioso. — Como a Sra. Plewman lhe dirá pessoas não autorizadas não podem pegar as crianças. E se essa fosse minha intenção, por que escolheria vir na mesma hora em que você sempre chega?

— Para que os empregados nos vissem juntos? Para fazer você parecer familiar? Para lhe dar credibilidade? — Dulce disse as primeiras coisas que veio a sua mente.

— Ser visto com você me daria credibilidade? — repetiu Ucker. Seus olhos dispararam em direção a ela, e sua expressão de desdém esclareceu o que pensava daquela ideia.

— Vou levar Danny para casa agora — disse Dulce, com dureza. — E, só para ter certeza de que você entendeu, não venha aqui de novo. Na verdade, não o quero nos importunando de forma alguma.

Dulce não esperou pela resposta. Sabia que devia falar com a Sra. Plewman apropriadamente, para tomar claro que ninguém, além dela, deveria pegar Danny. Mas naquele momento, sua prioridade era sair de lá.

Deixou a porta bater após atravessá-la e inclinou-se para pegar o carrinho do armário. De repente, Ucker estava ao seu lado, pegando-o de sua mão.

— Deixe-me ajudar. É perigoso carregar tanta coisa nas escadas.

— Eu já peguei, obrigada! — vociferou Dulce.

— Estou aqui e posso ajudá-la — disse Ucker, firme. — Qual a razão de arriscar seu pescoço? E, mais importante, o pescoço do meu sobrinho, sendo que não precisa.

— Não estou arriscando o pescoço de ninguém. — Mas Dulce se virou e olhou para as escadas. Quanto mais rápido chegasse lá embaixo, mais rápido poderia pegar o ônibus e partir.

— Eu lhe dou uma carona para casa — ofereceu Ucker, quando eles chegaram a ma.

— Está louco?! — sobressaltou-se Dulce, pegando o carrinho da mão dele e abrindo-o com um gesto que revelou toda sua raiva. — Não vou a lugar algum com você!