Fanfic: A arte da sedução (adaptado) | Tema: Vondy

Danny parecia um pouco melhor agora. As bochechas ainda estavam coradas, e a franja estava grudada na testa, mas ele se mostrava bem.

Olhando para Danny, confortável e seguro no assento do carro, ela, de repente, se perguntou por que Ucker tinha um acento de criança em sua limusine. A ideia de que ele pudesse ser casado e ter filhos fez seu estômago revirar. Certamente um homem de família querendo adotar seu sobrinho teria chances melhores do que um homem de negócios num tribunal.

— Você e sua mulher têm filhos? — perguntou Dulce, abruptamente.

— Por que pergunta? — disse Ucker, a expressão em seu rosto dizendo a Dulce que ele interpretara mal o interesse dela.

— Você tem uma cadeira de criança.

— Não sou casado e não tenho filhos — informou Ucker, calmo. — Entretanto, podemos continuar nossa discussão sobre meu estado civil mais tarde.

— Achei que a discussão estivesse terminada. — A última coisa que Dulce queria era que Christopher Uckermann tivesse idéias. Ou pior: que pensasse que ela estava tendo idéias! — Seu estado civil não é de meu interesse — completou, rapidamente.

— Sério? Achei que tivesse perguntado por uma razão diferente de porque eu tenho um acento de criança no carro.

— E que razão poderia ser? Só estava conversando.

Ucker sorriu. Um sorriso arrogante com um arquear de suas sobrancelhas escuras. Dulce se virou para olhar pela janela, para a ma chuvosa do lado de fora da limusine, e estava pensando desesperadamente em algo para colocá-lo em seu lugar quando de repente Ucker se moveu em direção a Danny, surpreendendo-a.

— O que está fazendo? Não tire o cinto dele, não é seguro! — sobressaltou-se ela.

— Como poderemos tirá-lo do carro? — Ucker soava surpreso. — Acho que meu motorista nos trouxe ao endereço correto.

Dulce percebeu com um susto que a limusine tinha parado de se mover. Olhou pela janela e viu que a casa que olhava era a sua! Eles estavam estacionados do lado de fora de sua casa.

— Obrigada pela carona — disse ela, tentando parecer tranqüila, embora de repente se sentisse tola. — Vou pegar Danny.

— Tudo bem — disse Ucker. — Carregarei suas coisas.

Uma rajada de vento gelado soprou para dentro do carro quando o motorista abriu a porta. Ela pegou Danny, escorregou pelo acento de couro, e saiu para a calçada molhada.

— Muito obrigada — agradeceu ao motorista.

— Precisamos levar Danny para dentro, onde está quente e seco — disse Ucker. — Então poderemos decidir sobre a melhor coisa a se fazer... Se ele deve ir ver um médico ou...

— Nós? — repetiu Dulce, contrapondo-se instantaneamente à arrogante suposição dele de que entraria com ela para decidir o melhor para Danny. Ela era a guardiã dele; Christopher Uckermann nem o conhecia. — Eu vou levá-lo para dentro — afirmou. — Não é preciso que você se preocupe mais. Obrigada por sua ajuda — completou, em uma voz que ela sabia que não soava agradecida.

Dulce estendeu a mão para pegar o carrinho de passeio de Ucker, mas ele tirou do alcance dela.

— Não vou a lugar algum até ter certeza de que meu sobrinho está bem — garantiu Ucker. — Agora pare de perder tempo e vamos levar Danny para dentro.