Fanfic: A arte da sedução (adaptado) | Tema: Vondy

— Ah, obrigada Deus, você está aqui! — disse Dulce, levantando-se e se virando para olhá-lo.

Apesar do tom duro de sua voz, ela nunca ficara tão agradecida por ver alguém. Dulce sentiu lágrimas de alívio em seus olhos e falou muito pouco antes de começar a chorar:

— Danny está doente, e não me deixaram levá-lo no avião. Ele está queimando, e eu preciso tirá-lo deste estacionamento sufocante, mas perdi as chaves do carro.

— O que ele tem de errado? — perguntou Ucker, pegando a criança.

— Catapora. — E Dulce o deixou pegar Danny, sem objeção. Ela estava muito quente e suada, e sabia que isso fazia o bebê febril se sentir ainda pior. — A primeira coisa que temos de fazer é tirá-lo daqui e baixar sua temperatura.

— Vamos. — Ucker caminhou rápido em direção à saída. Ele disparou uma série de comentários em grego para seu assistente. — Deixe suas coisas. Spiro as trará.

Dulce se apressou ao lado de Ucker, mantendo-se perto o suficiente para que Danny a visse. Mas ele não estava olhando. Tinha parado de gritar, e sua cabeça estava encostada no ombro de Ucker. Ela não achou que isso fosse um bom sinal.

— Vamos para um hotel e ligaremos para um médico — disse Ucker. — Eu vi um hotel por aqui.

Dulce estava quase correndo para acompanhá-lo e pareceu como se apenas momentos tivessem se passado até que eles entraram no saguão do hotel. Dulce estava tão focada em Danny que nem prestou atenção à conversa rápida de Ucker com a recepcionista, mas eles foram logo levados até um grande quarto.

— O médico estará aqui em breve. — Ucker se virou para olhar

Dulce.

Ela estava olhando para Danny e mordendo o lábio de ansiedade.

— O que faremos agora, antes de ele chegar aqui? Ela o olhava com seus olhos verdes arregalados, e por um momento pareceu surpresa que ele lhe tivesse perguntado o que fazer. Então seu olhar foi direto para Danny.

— Tentaremos baixar a temperatura — disse ela, rapidamente. — Vamos dar um pouco de água a ele, e está na hora de mais uma dose de analgésico.

Ucker colocou Danny cuidadosamente na cama e sentou-se ao seu lado para tirar seu short e sua blusa. Ele o olhou em choque, horrorizado com a visão do corpinho coberto de pintas vermelhas.

Era inaceitável! Nenhum bebê Uckermann tinha de passar por isso. Nenhum sobrinho seu deveria precisar ser arrastado quente em público enquanto estivesse doente. Deus sabe o que Dulce teria feito se ele não tivesse chegado a tempo.

— Ah, não... Têm duas vezes mais pintinhas do que de manhã.

— Ele não parece tão quente quanto estava quando o toquei pela primeira vez. — Ucker levantou Danny e o colocou em seu joelho. — Tem ar-condicionado aqui. Talvez esteja ajudando.

— Tenho certeza de que sim — disse Dulce, ajoelhando-se perto deles e abrindo um sache de analgésico. Ela colocou o líquido em uma colher. — Está muito fresco aqui. Aquele estacionamento estava muito quente.

— Sim — disse Ucker, severamente.

— Aqui vamos nós. — Dulce colocou uma colher de remédio rosa na boca de Danny. — Isso vai fazer você se sentir melhor. Agora, alguns goles d`água para descer. Este é o meu bom garoto.

Dulce esticou os braços e o pegou cuidadosamente de Ucker.

— Ele parece um pouco melhor — disse ela. — Quero dizer, é claro que ainda está doente, mas sua temperatura não está mais perigosamente alta.

Ela o abraçou gentilmente, pressionando o rosto contra os cachos do bebê e olhou para Ucker, que ainda estava sentado na cama.

— Obrigada. Obrigada por nos ajudar assim.

— Não precisa me agradecer. — Ucker se levantou abruptamente. — Danny é meu sobrinho. Lógico que faria tudo que pudesse por ele.

Bem, ter aparecido na hora em que apareceu certamente tomou as coisas mais fáceis. — Dulce estava grata pela ajuda dele, mas naquele momento uma cautela desconfortável tomou conta de seus pensamentos.

Ele encontraria uma maneira de usar aquilo contra ela? Diria que isso provava que Dulce não servia para ser a guardiã do menino?

Claro que teríamos nos virado de algum jeito — adicionou-a. — Só precisava levar Danny para um lugar mais fresco.

— Onde está o médico? — perguntou ele, impaciente. Olhou para o relógio e caminhou pelo quarto. — Ele já deveria estar aqui.

— Ele vai chegar em breve — disse Dulce, para se tranqüilizar. Graças a Deus, naquele momento houve uma batida na porta, anunciando a chegada do médico.