Fanfic: A arte da sedução (adaptado) | Tema: Vondy

— Se tiver uma ideia melhor, eu a escutarei antes de tomar uma decisão. — Ucker estreitou os olhos e curvou a cabeça de leve enquanto a estudava. — Mas não pense nem por um momento que a deixarei sozinha em um país estranho sem ninguém para vigiá-la.

Dulce engoliu em seco, e inconscientemente fechou a boca, como se lutasse para manter contato visual com ele. Seus dentes pressionaram de leve o lábio enquanto se concentrava, mas seu olhar desceu e ele achou que ela estava olhando para sua pele bronzeada na parte do pescoço.

Ela o olhava como se ele fosse irresistível, e isso o excitou como nunca. Ucker estava acostumado a mulheres se jogando aos seus pés, mas havia algo diferente nisso. Ela o queria, mas lutava contra. Foi à coisa mais afrodisíaca que ele experimentou.

Ucker arqueou um pouco as sobrancelhas enquanto continuava a olhar para ela.

— Tem outra ideia para sugerir?

— O quê? — Dulce piscou para clarear a mente. Olhou para ele, tentando aparentar o mais relaxada possível. — Perdão. Perdi o fio da meada. Estava longe daqui.

— Não tão longe — falou Ucker calmamente, deixando seu tom de voz cair para um tom sedutor. — Você estava aqui o tempo todo... Comigo. — Uma sensação de conquista correu através dele. Apesar da resistência, ela seria muito fácil de seduzir.

— Estou cansada. — Dulce colocou a franja para trás e tentou encará-lo, mesmo sentindo-se furiosa. Tinha de fingir. Não podia deixá-lo saber o quanto a afetava. — Foi um longo dia, mas ainda sou capaz de tomar minhas próprias decisões.

— O que sugere? — perguntou Ucker. Dulce pensou por um momento.

— Leve-nos para casa. Mas não imagine coisas. Estou fazendo o que é melhor para Danny.

— Imaginar coisas? — repetiu Ucker, com seu sotaque grego mais acentuado enquanto olhava o corpo dela. — Como poderia imaginar coisas ao levá-la para casa?

— Sabe o que quero dizer. Nada vai acontecer entre nós.

— Mesmo que você queira?

De repente, ele pareceu muito próximo. Ucker era uma presença física assustadora que enviava calafrios sobre a pele dela e numa onda de desejo inegável.

Ela nunca sentira uma atração tão forte por um homem antes, mas sabia que não deveria se deixar distrair por isso. Dulce estava cansada, não comera o dia inteiro e estava grata pela ajuda dele. Mas não devia nunca se esquecer da ameaça que Ucker representava para a felicidade dela e de Danny.

— Não quero que nada aconteça entre nós. — Dulce cruzou os braços sobre os seios.

Falar sobre isso de repente a encheu de excitação e fez um tremor subir pelo seu corpo. Quem ela estava enganando? Não conseguia negar o desejo arrebatador que sentia por ele, mas sabia que ele a tomava muito vulnerável.

Christopher Uckermann já exercia muito poder em sua vida. Ele já tinha muito para Dulce o deixar ter mais vantagens. Sua atração por ele a assustava.

Ela se recordava vividamente de como seu desejo incrível por Ucker quase a pôs sob o poder dele naquela noite no flat. E se ela perdesse o controle novamente?

— Eu vi a maneira como você me olha, Dulce. Quer que eu faça amor com você.

— Não, não quero! — Normalmente ela apreciava pessoas que diziam o que queriam, mas a objetividade de Ucker de repente a deixou sem fôlego e com as bochechas em chamas.

— Você está protegida? — continuou Ucker, como se ela não tivesse falado e não tivesse ficado ruborizada de vergonha. — O quê? — A mente de Dulce rodopiava.

Por que ele estava falando sobre proteção? Ela certamente precisava de algo para se proteger dele.

— Para quando fizermos amor... Você está protegida? — pressionou ele, de novo.

— Ah! — Dulce sentiu as bochechas ainda mais quentes quando se deu conta de que ele se referia à contracepção. Por um momento, ela não pôde acreditar que ele tivesse perguntado isso. Como as coisas foram parar tão longe? — Sim... Quero dizer, não! Olhe, não há necessidade de se preocupar com isso. — Nunca deixaria as coisas irem tão longe!

— Isso é bom — disse Ucker, suavemente, movendo-se ainda mais perto. — Eu ficaria honrado por fazer amor com você. Mas compreendo por que está na defensiva.

— Seu arrogante! — Sobressaltou-se Dulce, tentando colocar a franja para trás, sem sucesso, e desejando que suas faces esfriassem. — Imagino que esteja acostumado a mulheres escalando sua cama, mas algumas de nós somos imunes ao seu charme!

— Então admite que tenha charme? — Os olhos azuis se iluminaram com um sorriso.

— Não, não admito — disse Dulce, zangada.

— Sinto muito, mas você sabe que tudo ficará bem. Pois queremos a mesma coisa.

— Não, não estou sabendo disso! Mal nos conhecemos, então pare de agir como se me conhecesse ou soubesse o que quero!

— Está com medo de si mesma, Dulce. Não quer se render aos seus sentimentos por mim em caso de complicar as coisas.

— Não estou com medo! — rebateu Dulce, horrorizada pelo quão bem ele a entendeu. — E certamente não tenho sentimentos por você!

Acho que há mais entre nós do que mero sexo. — Ucker levantou a mão e a colocou, gentilmente, na bochecha dela.

— Não há... Não temos... — gaguejou Dulce, deitando, inconscientemente, seu rosto na maciez da palma da mão dele.

— A expressão física de seu desejo está queimando entre nós — disse Ucker, escorregando a mão para a parte de trás da cabeça dela e se aproximando de Dulce. — Podemos sentir o desejo ao nosso redor, nos pressionando, queimando como eletricidade.

— Não posso... — começou Dulce, então se esqueceu do que ia dizer quando Ucker se inclinou para frente, com os lábios a milímetros dos dela.

Por enquanto é só :) Quando tiver mais comentários eu posto mais. Beeijos