Fanfic: A arte da sedução (adaptado) | Tema: Vondy

Dulce olhou para fora da janela da limusine quando esta virou para entrar na cidade de Corfu. Era tarde da noite, mas ainda havia muitas pessoas.

Ela nunca esteve antes em Corfu, mas sabia que era um lugar turístico, famoso entre os britânicos. Se pudesse apenas tirar Danny de perto de Christopher Uckermann, certamente que haveria ninguém a quem pudesse pedir ajuda.

Olhou para Ucker. Ele estava inclinado, olhando intensamente o bebê dormir.

— Preciso parar aqui na cidade — disse Dulce. — Pode pedir para seu motorista estacionar?

— O que precisar lhe será dado em casa. — Ucker pegou o interfone para se comunicar com o motorista. — Não há necessidade de parar.

Dulce olhou para o motorista através do vidro. Ela esperava que ele tivesse aberto a janela que os separava. Mas sabia que sem o apoio de Ucker ela não teria muita chance de convencer o motorista a parar por sua causa.

— Preciso comprar umas coisas para Danny e para mim. Não esperava ficar tanto tempo longe de casa — tentou Dulce, novamente.

— Nem pense em fazer algo estúpido. — Ucker se virou para olhá-la. — Tenho o passaporte de Danny e uma cópia de sua certidão de nascimento. Ele é meu sobrinho, e minha família é bem conhecida aqui. Ninguém a ajudará a levar a criança de Corfu sem a minha permissão.

Dulce mordeu o lábio e olhou pela janela. Eles estavam viajando pelo interior agora. Ela tentava memorizar o caminho, para o caso de vir a ter uma oportunidade. Mas tudo que em podia pensar era no quão tola tinha sido.

Ela estava nas mãos de Ucker. Teria sido muito difícil para ele tirar Danny da Inglaterra sem seu consentimento, mas ela lhe fizera este favor.

— Minha casa é do outro lado da montanha — disse Ucker. — É meio isolada, então, por favor, não tente tropeçar lá fora. Não quero que caia em uma rocha.

— Jura? Se eu quebrar o pescoço despencando de uma montanha, isso na certa resolverá todos os seus problemas, não é?

— Não se você morrer em minha propriedade. Devo avisá-la também de que tenho um dos sistemas de segurança mais modernos. Não conseguirá sair com Danny.

— Quer dizer que sou sua prisioneira. — Dulce olhou para ele. — De maneira alguma. É livre para sair à hora que quiser. Mas não sairá com Danny.

— Ninguém tentará me deter? — perguntou Dulce.

— Meus empregados terão ordens de levá-la aonde você quiser ir, mas não sairá com Danny.

Dulce colocou seus cabelos para trás e olhou pela janela Deveria prestar atenção aos arredores.

Fitou Ucker, mas ele parecia ignorar o fato de a limusine andar precariamente entre as montanhas. Em vez disso, ele olhava para Danny.

— Ele está dormindo já faz um bom tempo. Isso é normal? Dulce piscou, surpresa pela pergunta de Ucker.

— Acho que sim — disse ela. — Afinal, é o horário dele de dormir.

— Mas dormiu muito de tarde, e não comeu nem bebeu nada. — Ucker se inclinou e passou a mão na sobrancelha da criança.

— Ele compensará mais tarde.

Ucker estava agindo como um pai preocupado, Dulce pensou com ansiedade. Era bom que ele estivesse preocupado com Danny, mas ela começava a se sentir apreensiva.

— Deveríamos acordá-lo? — Ucker se virou para olhá-la.

O instinto dizia a Dulce que seria bom acordar Danny, mas agora Ucker e suas perguntas faziam-na se sentir preocupada.

— Quanto tempo até chegarmos a sua casa? — perguntou ela. — Alguns minutos.

— Vamos ver se ele acorda naturalmente quando o movermos. Se isso não acontecer, nós o acordamos e damos algo para ele beber; e vemos se está com fome.

— Vou ligar e pedir para prepararem alguma comida. — Ucker pegou seu celular. — O que ele come?

— Não se preocupe, tenho uma bolsa de comida comigo — disse Dulce.

— Uma bolsa? — Ucker repetiu incrédulo, com tom de desaprovação. — Obviamente temos padrões diferentes, mas não pense em nenhum momento que vai dar comida industrializada para meu sobrinho em minha casa.

— É uma boa marca — disse Dulce, na defensiva.

Ela cozinhava comida fresca para Danny nos finais de semana em que podia, mas se sentia culpada por dar comida industrializada para ele algumas vezes.

— É orgânico e, mais importante, agora que ele se sente doente, é o que está acostumado a comer, e sei que ele gosta.

Naquele momento, Danny choramingou. Ambos olharam instintivamente o bebê, que enfim despertava.

Ucker olhou para Danny alarmado. Era possível, para um bebê, gemer tão alto?

Felizmente, foi uma questão de minutos para que eles chegassem a casa. Ucker foi em direção à suíte preparada para eles.

— Devo chamar a governanta para ajudá-la? — perguntou ele. O inglês dela não é bom, mas ela tem muitos netos, então saberá o que fazer. Algo mais de que precise?

— Estou acostumada a lidar com as coisas sozinha. — Dulce se sentou em uma cadeira e ofereceu água a Danny. — Mas talvez alguém possa esquentar um pouco de leite.

— Claro. — Ucker deu um passo atrás e saiu do quarto para dar ordens a seu assistente.

Ele se sentou no quarto adjunto e abriu o laptop. Usaria o tempo para trabalhar um pouco e ficar de olho no quarto ao lado.