Fanfic: A arte da sedução (adaptado) | Tema: Vondy

— O que você disse? — perguntou ela, com a garganta seca.

— Nós nos casaremos — afirmou Ucker.

— Você está louco? — Dulce suspirou, com espanto.

— Nem um pouco. Casamento é a única solução se você deseja ter algum contato com Danny.

— Não vou me casar com você — disse Dulce, finalmente se dando conta do que ele dissera. — Nunca escutei nada tão ridículo na minha vida. Nem mesmo gosto de você!

— Um casamento por conveniência é o único compromisso que estou preparado para lhe oferecer — disse Ucker, frio. — E note que é uma oferta única. Deve concordar com isso agora ou perderá Danny para sempre.

— Como pode chamar isso de compromisso? Como posso comprometer todos os meus valores e todas as minhas crenças me casando com alguém que desprezo?!

— Eu estou fazendo isso. — A voz de Ucker cortou como ferro no ar. — Case-se comigo e ainda será parte da vida de Danny. Se decidir recusar a oferta, eu a escoltarei para fora de minha propriedade hoje e nunca o verá de novo.

— Não pode fazer isso! — choramingou Dulce.

— Posso fazer o que quiser. — Havia algo de perigoso em sua voz. — Agora, qual é a sua resposta?

— Nunca desistirei de Danny! — Dulce piscou para não mostrar fraqueza diante de Ucker.

Ele era detestável, vindo a ela e fazendo tamanha exigência inacreditável.

— Entendo isso como um sim. — Ucker se virou. — Vou começar os arranjos para nosso casamento.

— Não! — Dulce voou pelo quarto e agarrou o braço dele.

Ela era forte, graças a anos de exercícios, mas quando o agarrou, sentiu que era duro como rocha. Ela segurou um pouco acima do cotovelo dele, percebendo que Ucker parou e se virou porque quis, não por causa da pressão que ela fazia em seu braço.

— Não pode se casar comigo sem meu consentimento. — Ela o encarava e falava com os dentes cerrados.

— Eu terei seu consentimento.

— Não, não terá!

— Terei qualquer coisa que quiser. — Ele deixou seus olhos passarem sobre ela de uma maneira que acenderam as luzes vermelhas de alerta de Dulce.

Ele moveu seus braços de leve, e Dulce se deu conta de que ainda o segurava.

— Isso é sobre sexo? — Dulce deixou a mão escorregar do braço dele e deu um passo atrás, para longe do alcance de Ucker.

Você propôs só para irmos para a cama?

— Não seja tão ingênua. Por que eu iria tão longe? Você sempre foi presa fácil... Você me quer desde o primeiro momento em que nos conhecemos, no escritório de Poncho.

— Não... Não... Isso não é verdade — gaguejou Dulce, dando outro passo atrás. Seu coração estava disparado, e seu estômago, revirado.

— Não é nada para se envergonhar. — Ucker, de repente, fechou espaço entre eles e ergueu a mão para acariciar a nuca de Dulce. — Dá certo para os dois lados. Eu também a quero desde o início.

— Eu não o quero! — protestou Dulce, levantando os dois braços para tirar a mão dele de sua cabeça.

— Por que lutar? — Ucker pegou os pulsos dela, um em cada mão, e os segurou acima da cabeça de Dulce.

Ela estava presa naquela posição, com os braços para o alto e os seios em direção a ele.

—Porque você é um miserável! — Dulce tentou baixar as mãos, mas, de repente, ficou ciente de como seu corpo estava super exposto, com os braços acima da cabeça. Uma excitação a percorreu e os seios começaram a palpitar. — Você mentiu para mim, me seqüestrou, e agora está me ameaçando!