Fanfic: A arte da sedução (adaptado) | Tema: Vondy

— Não era da sua conta. — Dulce se sentou e o encarou. Havia um olhar de desafio no rosto dela.

— Claro que era.

Uma imagem dela na festa de futebol, usando aquele vestido curto e salto alto, passou pela mente dele. Ninguém que parecia tão sexy daquela forma poderia ser virgem.

— Não, não era. — Dulce pulou da cama e abotoou a frente do vestido. — Não lhe perguntei quantas amantes você teve no passado.

— Isso não é a mesma coisa. E em todo caso, não a enganei sobre minha experiência.

Ele se lembrou de todas as vezes que a beijou. Sua resposta sempre foi à mesma. Nenhuma virgem poderia ter tido tamanho desejo por ele.

— Está agindo como se o tivesse privado de algo — disse Dulce, com olhos nervosos.

— Você mentiu para mim. — Ele se levantou e colocou a calça. — E isso não será aceitável no futuro.

— Nunca menti — disse Dulce. — Você supôs.

Ucker a olhou, com as mãos na cintura, encarando-o de volta. Saber que o sutiã dela não estava preso e que ela não usava calcinha fez seu corpo queimar.

Dulce estava madura e pronta, e ele fora o único homem a provar as delicias do corpo dela. Agora que se entregara a ele, nenhum outro homem a teria!

— Nós nos casaremos imediatamente.

— Não vou me casar com você! — respondeu Dulce. — Jamais concordei em me casar com você!

Ela mordeu o lábio enquanto o assistia vestir sua camisa. Ele não podia estar falando sério sobre se casar, podia?

— Pensei que tinha entendido a oferta que fiz — disse Ucker.

— Não foi uma oferta — replicou Dulce. — Foi chantagem.

— Chame do que quiser, os fatos continuam os mesmos. Case-se comigo e será parte da vida de Danny, ou saia e nunca mais o verá.

— Eu lutarei contra você. Contratarei um advogado.

— Vá em frente. — Ucker se virou em direção à porta. — Devo mandar Irene para ajudá-la a fazer as malas?

— Não! — Ela cruzou o quarto, e estava prestes a tocar o braço dele quando se lembrou do que aconteceu da última vez. Assim, contornou-o e ficou com suas costas contra a porta do banheiro.

— Não quer sair? Estou contente que finalmente recuperou os sentidos. Será o melhor para todos.

— Não... Não terminamos nossa conversa ainda. — Dulce o encarou, determinada a não se sentir maravilhada por ele.

Mas Ucker pareceu muito largo e poderoso em frente a ela. Ele estava muito próximo, embora Dulce soubesse que fora ela quem invadira o espaço dele.

— Sabe que suas opções são muito limitadas, Dulce. Não permitirei que Danny saia de minha propriedade, o que significa que se quiser procurar representação legal, terá de deixá-lo comigo. Não tenho problemas com isso, mas estou surpreso de que pretenda abandoná-lo.

— Nunca abandonaria Danny. — Dulce sabia que se fizesse isso talvez nunca mais o visse.

— Então terá de concordar em se casar comigo.

Como fora para tão longe com Christopher Uckermann? Ela não encontrava uma saída. Ele era tão rico e poderoso que ela não teria chance contra ele.

— Não entendo por que temos de nos casar — disse Dulce. Talvez se o fizesse confiar nela encontrasse uma maneira de tirar Danny de perto de Ucker. — Mal nos conhecemos. Não seria um casamento real.

— Será real. Faça com que seja um casamento de verdade em todos os sentidos e faça tudo que uma esposa de verdade faz.

— Mas por quê? — Dulce mordeu o lábio.

Ucker a olhou e viu as emoções em seu rosto. Ela não seria boa no pôquer. Tudo que sentia estava escrito em sua expressão.

— Porque é o melhor para meu sobrinho — disse ele, satisfeito por finalmente levá-la para onde queria.

— E meu emprego? — perguntou Dulce, desesperada.

— Não precisará de um, uma vez que será minha esposa. Tenho mais que o suficiente para manter você e Danny confortáveis.

— Não entendo o que você ganha com isso — disse ela, ainda determinada a mostrar-lhe que não aceitaria tudo que ele dissesse.

— Não é sobre mim, Dulce. Como disse, é sobre o que é melhor para Danny.

— Mas como pode ser bom para ele ser cuidado por duas pessoas que não se gostam?

— Não tenho aversão por você. — Ele se aproximou e passou a mão no cabelo dela.

— Não será um casamento de verdade. — Ela alongou seus ombros e o olhou, mas ele sabia que ela estava pensando sobre como seria dividir a cama com ele todas as noites. — As pessoas saberão.

— Ninguém saberá. Você nunca fará ou dirá nada que revele nosso acordo. O propósito de nossa união é proteger Danny. Então mostraremos ao mundo que estamos felizes.

— Casamentos de verdade não são sempre felizes — disse Dulce, com a voz trêmula.

— Não pretendo que meu casamento seja um campo de batalha. Não viverei dessa maneira. Aja direito ou eu desfaço minha oferta.

Um flash de desafio passou pelos olhos de Dulce, com as palavras provocantes dele, mas Ucker sabia que ela tinha aceitado a situação. Em breve, Dulce seria dele.