Fanfic: A arte da sedução (adaptado) | Tema: Vondy

Naquele momento, ele começou a caminhar na direção de Dulce. O coração dela deu um salto, e ela apertou o celular na mão, encarando-o. Ela estava imóvel. O que ele ia fazer? Pegar o celular dela e dizer a Poncho o que tinha visto?

Os movimentos dele pareciam quase sem pressa, mas havia um brilho proposital em seus olhos azuis que fizeram Dulce se arrepiar. Então, de repente, Dulce se deu conta de que ele estava parado em frente a ela, cobrindo-a de qualquer um que entrasse pela porta.

Assustada por sua repentina proximidade, ela o encarou. Com 1,73m de altura, ela era alta, ainda mais com os dez centímetros de salto alto, e mesmo assim teve de mover a cabeça para cima.

A expressão no rosto dele fez seu coração bater erraticamente. Seus olhos azuis ficaram sombrios e ele a olhou tão profundamente que parecia que podia ver sua alma. Então ele curvou a cabeça para um lado, como se fosse beijá-la!

— Adorável — murmurou ele, colocando as mãos nos braços dela.

Dulce estava paralisada. Não conseguia desviar o olhar dele. Era muito lindo. Tudo em seu rosto parecia perfeito, dos olhos azuis aos longos cílios e à boca expressiva.

De repente, ela percebeu a mão dele deslizando sobre seu braço, roçando de leve sobre sua pele, fazendo-a se arrepiar. A mão dele se fechou sobre o celular, pegando-o dela, e seu outro braço se moveu em direção a ela, puxando-a contra seus músculos.

Dulce suspirou quando seu corpo deu de encontro ao dele, o vestido curto não fazendo nada para protegê-la da força masculina. Seu coração batia tão forte que bloqueava os outros sons, e seu estômago revirava. O que ele faria agora? Ele não poderia querer beijá-la, poderia? Ele nem a conhecia!

Em algum lugar profundo de sua mente, um pequeno pensamento racional disse a Dulce para afastá-lo, para sair de lá enquanto podia. Mas seu corpo ignorava o bom senso, anulando seu instinto de autopreservação.

Dulce olhou para ele, incapaz de falar ou se mover. Então, o momento de não retornar passou, e a boca dele veio de encontro à dela.

O movimento sensual dos lábios dele fez o corpo dela tremer e Dulce se agarrou a ele, perdida pelo momento.

As pernas se sentiram fracas, e os braços escorregaram até os ombros largos dele; ela sentiu seu corpo se derreter. Ele colocou a mão forte entre os ombros dela, para apoiá-la, e inclinando-se para frente, empurrando-a para trás, contra a mesa. Pouco depois, sua outra mão encontrou o quadril dela e a puxou em direção a ele.

Os quadris dela estavam pressionados contra os dele, e sua coluna, arqueada para trás, elevando seus seios. Era uma posição inegavelmente erótica, e uma excitação percorreu seu corpo, despertando o desejo dentro dela. Então, abruptamente, ele parou de beijá-la.

Dulce o encarava assustada, em silêncio. Tudo que podia escutar era o som de sua respiração e a batida rápida de seu coração. Tudo que ela podia ver era o rosto dele, com expressão intensa, mas ilegível. Ele ainda a segurava, mas não tão forte quanto antes.

— Dulce? Não sabia que você viria esta noite.

Poncho! Ela se esquecera dele. De repente, Dulce se lembrou de ter pegado o celular dele e depois percebeu que não estava mais em sua mão.

—  Anahi... Anahi me pediu para ficar para a festa — gaguejou ela, distraída, sem poder desviar o olhar do estranho e fitar Poncho.

— O que faz? Bem, posso ver o que está fazendo, mas por que em meu escritório?

— Eu precisava de um momento a sós com Dulce — o estranho, de repente, falou, virando a cabeça para Poncho.

Pela calma que aparentava e o ar de autoridade que exalava, qualquer um poderia pensar que era seu escritório, não de Poncho.

Os olhos de Dulce se arregalaram em choque. Como ele sabia o nome dela? Estava simplesmente repetindo o que Poncho dissera? E por que ele tinha dito que queria ficar sozinho com ela? Uma mistura desconfortável de emoções a percorreu enquanto ela o encarava. Ele simplesmente a seguira ao escritório?