Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 12 Uma vez mais com ternura - AyA - Adaptada - FINALIZADA.

Fanfic: Uma vez mais com ternura - AyA - Adaptada - FINALIZADA. | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 12

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Anahi procurou manter-se imóvel enquanto terminavam seu penteado. O camarim estava repleto de flores, que continuavam chegando nos mais diversos arranjos. Além das flores, havia muitas pessoas à volta dela. Um homenzinho de olhos castanhos e gestos afetados retocava-lhe a maquiagem. Atrás dela, murmurando ocasionalmente algumas palavras em francês, a mulher que cuidava dos seus cabelos. Wayne estava lá também, discutindo com a costureira. Maiteabriu a porta, trazendo mais uma corbeille.
— Será que não me esqueci de colocar nada nas malas? Bem que eu podia ter pedido a Alfonso que me desse mais um dia em Nova York. Há tantas coisas que eu gostaria de comprar... — Anahi virou-se para a amiga e ouviu a cabeleireira resmungar qualquer coisa em francês. — Desculpe, Marie, mas isso é importante. Já, já você continua, está bem? Maite, você se lembra se eu coloquei um casaco na mala? Você sabe, posso precisar de um. — Tirou o cartão da cesta de flores. Era de um bem-sucedido produtor de shows para a televisão, com quem ela trabalhara no último especial. — Vejam só. É de Max. Quanta gentileza. Ele está me convidando para uma festa esta noite. Por que você não vai? — Estendeu o cartão para Maitee voltou-se para o maquiador, que esperava para aplicar-lhe o batom.
— Você guardou o casaco de camurça, lembra-se? E vários suéteres também — Maitea crescentou meio distraída, checando a lista. — Pode ser que eu vá a essa festa.
— Eu mal posso acreditar que este seja o último show. Foi uma ótima tournée, não foi? — E endireitou-se em frente ao espelho para que a cabeleireira continuasse o trabalho.
— Foi um sucesso, mas...
— Mas ainda bem que terminou — Anahi completou por ela.
— Acho que vou dormir por uma semana. — Maite procurou um espaço vazio para colocar as flores e então continuou a checar algumas coisas no caderno de anotações.
— Nem todo mundo tem o seu pique, minha cara.
— Eu adoro cantar em Nova York — disse ela no auge da animação, mexendo a cabeça, para desespero da francesa.
— Fique quieta, pelo amor de Deus!
— Marie, se eu ficar imóvel por muito mais tempo, serei capaz de explodir. — Sorriu para o maquiador. — Você sempre sabe o que faz. Está perfeito! Sinto-me linda.
Reconhecendo o sinal, Maitecomeçou a pedir às pessoas para que deixassem o camarim. Pouco a pouco, todos saíram, só restando as duas e Wayne. O silêncio foi muito bem-vindo. Anahi suspirou, aliviada.
— Que bom ter o meu rosto e o meu cabelo de volta para mim. — E reclinou-se na cadeira. — Vocês deveriam ter visto o que ele me obrigou a passar no rosto hoje de manhã.
— O que foi? — Wayne perguntou distraidamente enquanto alisava a bainha de um dos vestidos.
— Uma máscara verde! — Caiu na risada.
Ele riu também e olhou para Maite.
— O que você pretende fazer quando tudo isso acabar?
— Um cruzeiro pelas ilhas gregas para me recuperar da estafa. Já marquei a passagem. Essas viagens são muito concorridas.
— Vocês não acham que ele carregou muito na maquiagem? — Anahi interrompeu-os, examinando-se no espelho.
— Não, você está ótima, como sempre. Venha pôr o vestido. — Wayne tirou o vestido vermelho do cabide e segurou-o para ela.
Anahi tirou o robe e vestiu-se, ajudada pelo amigo.
— Sabe, Wayne — começou a dizer enquanto ele subia o zíper às suas costas — eu nunca sei se eles estão me aplaudindo pela apresentação ou pelas roupas maravilhosas que você desenha para mim.
— O que é que você acha? — retrucou ele com ar de gozação.
Anahi olhou por sobre os ombros e sorriu.
— Você vai sentir saudades minhas, Wayne?
— Vou morrer de saudades. — E deu-lhe um beijo na orelha.
Uma batida rápida na porta e um aviso:
— Dez minutos, srta. Portilla.
Ela soltou um suspiro.
— Você vai ficar no auditório?
— Não, vou acompanhar dos bastidores com Maite.
— Tome, Anahi, não se esqueça de colocar os brincos. — Maite recomendou, estendendo-lhe o par.
— Bom, vamos enfrentar as feras. — Anahi esforçava-se por manter a calma. — O público de Nova York é tão exigente que me deixa morta de medo.
— Eu pensei que você adorasse cantar para os nova-iorquinos. — Wayne tirou um cigarro do maço e ofereceu um a Maite.
— E é verdade, ainda mais quando se trata de uma apresentação que vai encerrar a tournée. Isso me obriga a ficar afiada até o último instante. Afinal, trata-se de uma platéia das mais exigentes. Como estou? — perguntou, ansiosa.
— 0 vestido está maravilhoso — opinou Wayne.
— Obrigada pelas palavras animadoras — ironizou ela.
— Vamos logo, Anahi — Maiteapressou-a. — Você vai acabar perdendo a sua deixa.
— Não se preocupe, estou em tempo.
"Alfonso disse que viria", pensou, desapontada. Por que não havia chegado? Talvez estivesse preso no trânsito ou, quem sabe, esquecera completamente o prometido.
— Cinco minutos, srta. Portilla — a mesma voz avisou do lado de fora da porta.
— Anahi. — O tom de Maite era de advertência.
— Certo, já estou indo. — Virou-se para eles antes de sair e cruzou os dedos. — Digam-me que eu fui maravilhosa, quando o show acabar. Quero terminar esta tournée com a sensação de que tudo foi perfeito.
Então, saiu apressada pela porta e atravessou o corredor, que tremia diante do som que o conjunto produzia lá no palco.
— Anahi! Anahi!
Rompendo a concentração, ela se voltou para o diretor de cena. Ele lhe estendeu uma rosa branca.
— Mandaram entregar para você.
Anahi pegou o botão e ergueu-o até as narinas. Não precisava de cartão para saber quem havia lhe enviado aquela flor perfumada. Claro que fora Alfonso, e aquela certeza deixou-a fora de sintonia por um segundo.
— Anahi! — O diretor chamou, nervoso. — É a sua deixa.
Ela entrou no palco com a rosa entre os dedos e tomou o seu lugar diante do microfone.
Aplausos ensurdecedores. "Vamos, faça bonito", repetia para si mesma. "Não deixe a platéia esfriar." O conjunto tocava a introdução em meio a palmas e gritos entusiasmados. "Pronto, Anahi, respire fundo e vá em frente. Um, dois, três."
O primeiro número foi quente e rápido, programado para deixar o público aceso e na expectativa. Anahi brilhava naquele palco como uma estrela de primeira grandeza, rodeada pelas luzes coloridas e estroboscópicas. Ela sabia como lidar com a energia daquelas pessoas, entregando-se às interpretações com força renovada. Cada show era um espetáculo único, embora há quatro semanas Anahi viesse cantando o mesmo repertório. O entusiasmo era o mesmo, as emoções eram colocadas para fora com um entusiasmo crescente, que fazia a platéia delirar. Estava muito quente sob a luz dos refletores, mas Anahi nem notava isso, transportada para dentro da música.
Depois de quarenta minutos de interpretações ininterruptas, ela deixou o palco para trocar de roupa. O conjunto continuou animando o público com repertório instrumental, para não deixar o clima esfriar. Poucos minutos depois ela voltava num conjunto branco, cujo top decotado e coberto de lantejoulas fazia um par perfeito e deslumbrante com a calça que se afunilava na canela. Uma faixa vermelha envolvia-lhe a cintura, as pontas quase tocando os joelhos. As sandálias brancas, altíssimas, completavam o traje, que ganhava do anterior em charme e sensualidade.
O ritmo diminuiu um pouco para que a platéia pudesse recuperar o fôlego. Agora ela interpretava baladas doces e românticas, mais adequadas à sua personalidade e à sua voz macia. As luzes cessaram de piscar, dando um clima mais íntimo ao palco.
Foi num intervalo entre as canções, enquanto ela dialogava com a platéia, que alguém identificou Alfonso, sentado anonimamente entre os fãs de Anahi. Houve um pequeno tumulto ao redor dele e ela temeu que aquilo viesse a perturbar o andamento do show. As pessoas gritavam e pediam que ele subisse ao palco.
Anahi logo percebeu que, se não convidasse Alfonso a subir, fatalmente perderia o controle da audiência. Não havia outra escolha.
— Alfonso. — A voz dela soou no microfone, ecoando por todo o teatro. Embora não conseguisse ver os olhos dele, sabia que estavam nela. — Se você vier até aqui e cantar para nós — começou bem-humorada —, o dinheiro da entrada lhe será devolvido. — Risos gerais. Ela sabia que Alfonso devia estar rindo também. Aplausos e gritos histéricos acompanharam a subida dele.
Estava todo de negro: calças bem cortadas e uma camisa esporte de malha, sem gola. O contraste era marcante, quando ele se colocou ao lado dela. Até parecia coisa planejada. Sorrindo, ele falou em voz baixa, longe do microfone:
— Sinto muito, Anahi. Eu deveria ter ficado nos bastidores, mas senti vontade de acompanhar de frente a sua apresentação.
Ela balançou a cabeça, sorrindo também. Descobriu o quanto era maravilhoso estar com ele naquele palco, muito mais do que poderia supor.
— Não faz mal. Só que agora você vai ser obrigado a trabalhar. O que pretende apresentar a eles?
Antes que Alfonso pudesse responder, a idéia surgiu em coro da platéia. Todos gritavam o nome da música com entusiasmo, marcando o ritmo das palavras com palmas. O sorriso de Anahi desapareceu e somente a maquiagem escondeu a palidez súbita do seu rosto.
— Estão pedindo Clouds and Rain. — Ele repetia o óbvio. Segurou-lhe a mão e perguntou gentilmente: — Você se recorda da letra?
Era um desafio. Enquanto isso, trouxeram um microfone para Alfonso.


— O meu conjunto não sabe tocá-la.
— Eu sei — interrompeu Marc, que acompanhava o diálogo. A multidão continuava a gritar, quando ele deu a introdução da música. — Comecem a cantar, e nós acompanharemos.
Alfonso continuou a segurar a mão de Anahi e tirou o microfone do suporte.



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Autor(a): ayaremember

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Ela sabia como a música deveria ser interpretada: os dois bem juntos, olhos nos olhos. Era uma composição feita para pessoas apaixonadas. Silêncio na platéia. A harmonia entre ambos era perfeita. Anahi uma vez pensara que era como fazer amor. Suas vozes se fundiam, se completavam. E ela se esqueceu do público, esqueceu-se de que estav ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 34



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  • traumadarbd Postado em 23/09/2013 - 15:05:30

    que historia mais linda, uma das mais lindas que já li aki na fanfics, arrasou, adorei tudo, Los As mais do que perfeitos

  • isajuje Postado em 10/09/2013 - 17:13:16

    Eu errei ''/ não teve nada de casamento, só o casamento que o Alfonso iria propor antigamente e que revelação, hein? É tão bom ler histórias assim em que tem os seus baixos, acontecem umas tragédias (inevitável na vida, né), mas eles conseguem superar e viver um amor. Obrigada por compartilhar mais esta história conosco <3

  • lyu Postado em 10/09/2013 - 00:42:31

    AMEEEI

  • isajuje Postado em 09/09/2013 - 14:29:10

    CASAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAMENTO KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK' estou apostando nisso, nem falo mais nada U_U

  • steph_maria Postado em 08/09/2013 - 13:41:20

    Kddddddddddddd vc???? morrendo por saber kd o Alfonsoo genteee????

  • lyu Postado em 08/09/2013 - 01:07:09

    ain eu tambem quero saber aonde ele ta, acho q ele nao encontrou o bilhete dela. UI HOT a proxima web

  • isajuje Postado em 06/09/2013 - 11:52:31

    Não vou tirar conclusões precipitadas sobre o Alfonso, mas eu quero saber... Onde está esse bendito desse homem? Será que ele sofreu algum acidente quando saiu com aquele carro? KKKKKKKKKKKKKK é, acho que não porque a mídia já teria conhecimento disso. Eu acho. Se eu fosse a Anahí eu teria pego já um avião de volta para lá U_U

  • steph_maria Postado em 05/09/2013 - 19:49:03

    Pelo amor de Deus kd o Alfonsooo?? muita covardia dele deixar a Anahi sozinha uma hora dessas =/

  • lyu Postado em 05/09/2013 - 02:46:05

    ain meu coração

  • isajuje Postado em 04/09/2013 - 11:43:02

    Posta mais u.u (via celular haha)


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