Fanfics Brasil - 14 Uma vez mais com ternura - AyA - Adaptada - FINALIZADA.

Fanfic: Uma vez mais com ternura - AyA - Adaptada - FINALIZADA. | Tema: AyA


Capítulo: 14

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Já era tarde quando chegaram ao aeroporto. Anahi, animada com a receptividade que o show tivera em Nova York, falava sem parar. Deu uma última olhada para o céu estrelado antes de embarcar no jato particular de Alfonso. Estudando o interior do avião, teve a certeza de que fariam uma viagem estupenda. Era todo carpetado, com poltronas de couro e um grande sofá de veludo. Havia um bar em um dos cantos e uma porta que levava à cozinha.
— Desde quando você está acostumado a todo esse luxo? — comentou, maravilhada, ao colocar a cabeça dentro de outro compartimento para descobrir um banheiro de tamanho razoável.
— Eu o comprei há três anos. — Alfonso sentou-se no sofá e ficou observando as explorações que ela fazia pelo interior do avião. Livre da maquiagem, Anahi parecia outra mulher. E ele a preferia assim, ao natural, de jeans e tênis, feito uma adolescente. O suéter largo escondia-lhe o corpo e dava a Alfonso desejos de correr as mãos por dentro do tecido folgado, para descobrir aquela plástica de fazer inveja a qualquer mulher e levar à loucura qualquer homem. — Você ainda tem medo de viajar de avião?
Anahi sorriu como quem pede desculpas.
— Continuo morrendo de medo. Você pensou que, depois de todos esses anos, eu havia superado isso? — Continuava a andar pela cabina, incapaz de se sentar. Sentia-se tão acesa que poderia dar mais duas horas de show. Tinha energias de sobra.
— É melhor apertar os cintos — sugeriu ele, sorrindo, condescendente, diante de toda aquela agitação. Os gestos rápidos e nervosos eram uma característica adorável daquela mulher. — Daqui a pouco vamos decolar e então você vai acabar esquecendo que estamos voando.
— Você não calcula quantas vezes já ouvi isso. — Mas obedeceu assim mesmo e sentou-se, enquanto Alfonso dizia ao piloto que estavam prontos para partir. Em poucos minutos, ela poderia se desvencilhar novamente do cinto e continuar a explorar o avião.
— Eu sei como você se sente — comentou ele ao observá-la. Ela fez um ar de interrogação. — É a sensação de quem ainda tem um restinho de energia para gastar. Foi assim que eu me senti depois do show em Vegas, quando acabei acordando você no meio da madrugada com o meu telefonema.
Anahi segurou os cabelos no alto da cabeça e soltou-os em seguida.
— É como se eu ainda tivesse disposição para correr muitos quilômetros — explicou. — Não sei o que fazer para relaxar.
— Que tal um chá quente?
— Ótima idéia.
Ele andou até o pequeno compartimento que fazia as vezes de cozinha, enquanto Anahi permanecia sentada.
— Você deve ter um milhão de idéias sobre a trilha sonora — prosseguiu ela. — Vamos conversar bastante sobre isso durante a viagem.
— Não são tantas assim — ouviu-o dizer. — Podemos fazer outras coisas também. — Ela não comentou a última observação e Alfonso continuou: — Aposto que você tem muitas idéias, como eu.
— Não são tantas assim — repetiu, imitando o tom de voz dele, e ficou deliciada com a risada que vinha da cozinha, em meio ao barulho de xícaras e colheres. — Quanto tempo você calcula que conseguiremos trabalhar antes que as brigas comecem?
— Uns dois minutos, talvez. Mas vamos fazer uma trégua, pelo menos enquanto nos instalamos na casa, tudo bem? Agora me diga uma coisa: Maitevai voltar para Los Angeles para cuidar dos seus compromissos, ou você já resolveu tudo por lá?
Uma sombra atravessou o semblante de Anahi. Pensou então na única visita que fizera em Chicago. Conseguira um tempo livre e, entre um show e outro, voara para a horrível entrevista com o Dr. Karter. Emocionada e aliviada, presenciara a lenta recuperação da mãe, vendo as cores voltarem àquelas faces antes tão pálidas e amareladas. Entre lágrimas, ouvira as promessas de sempre, as desculpas, o arrependimento. "Tudo como antes", pensara sem ilusões. Mas lá estava ela acreditando que, desta vez, as coisas iriam mudar. Tudo como antes.
— Eu acho que nunca conseguiria resolver todos os meus problemas — queixou-se.
— Você não vai me contar o que está errado?
Ela meneou a cabeça. Não queria tristezas agora.
— Um outro dia. — Ouviu a chaleira apitar. — É a sua deixa. — Brincou, tentando levantar o moral.
Alfonso fitou-a por alguns segundos, antes de perguntar:
— Com açúcar?
— Com bastante açúcar.
Ali naquele sofá, Anahi sentia que o cansaço começava a derrubá-la. Fechou os olhos e Alfonso reconheceu aquele sinal. Estendeu-lhe a xícara, depois de murmurar o nome dela. Silêncio por alguns instantes. Tanto o corpo quanto a mente de Anahi pareciam estar entrando num estado letárgico.
— Em que você está pensando? — murmurou ela, ao dar com os olhos dele fixos no seu rosto.
— Em nós dois. Estava lembrando...
As pálpebras de Anahi cerraram-se e ela pediu com voz cansada:
— Por favor, não diga nada.
Ele bebeu um gole do chá, sem desviar os olhos dela.
— Posso não dizer nada, mas é impossível evitar as recordações. Elas estão povoando a minha cabeça.
"Ela ainda não confia em mim", pensou, angustiado. Isto é, se é que confiara algum dia. Ali estava a raiz de todos os problemas. Continuou a observá-la enquanto acabava de tomar o chá. Anahi tinha as maçãs rosadas e um ar saudável, apesar da agitação dos últimos dias. Sentava-se, como de hábito, com as pernas cruzadas sob o corpo e trazia as mãos sobre os joelhos. Em contraste com aquela posição descontraída, os dedos moviam-se incansavelmente.
— Eu ainda te quero, Anahi. Você sabe disso, não sabe?
Mais uma vez, ela deixou a pergunta sem resposta, mas Alfonso percebeu que a veia do pescoço começava a latejar. Quando ela afinal abriu a boca, o tom parecia calmo e seguro.
— Nós vamos trabalhar juntos, Alfonso. Por favor, não misture as coisas. Isso só complicaria as nossas vidas.
Ele riu, não em tom de zombaria, mas sinceramente divertido. Anahi percebeu os olhos azuis perderem a vivacidade.
— Você é engraçada — observou ele, ainda entre risos. — Certo, não vamos complicar nada. Tudo entre nós está tão simples, não é verdade? — Deu o último gole e sentou-se perto dela. Viu-a enrijecer o corpo instintivamente.
— Relaxe — aconselhou-a, contrariado com aquele medo estúpido que ela demonstrava. — Pelo amor de Deus, eu não vou fazer nada. Sei o quanto está cansada. Quando é que vai confiar em mim, Anahi? Dê-me um pouco de crédito, pelo menos.
Ela ergueu a cabeça e encarou-o. O olhar que lançou a Alfonso foi longo e eloqüente. Só então, soltando um suspiro e, vencendo todas as barreiras, aninhou a cabeça nos ombros dele e adormeceu como uma criança, quase que instantaneamente. Durante alguns minutos ele ficou onde estava, Anahi aninhada entre os seus braços. Depois, com muito cuidado, deitou-a sobre o sofá e acariciou-lhe o rosto bem de leve, temendo acordá-la. Mas ela nem se moveu. Dormia profundamente.
Alfonso então levantou-se e apagou a luz. No escuro, acomodou-se em uma das poltronas e acendeu um cigarro. O tempo passou, enquanto ele permanecia sentado, apreciando as estrelas que conseguia ver dali e ouvindo a respiração macia e compassada de Anahi. Incapaz de resistir, levantou-se para deitar-se em seguida ao lado dela. Anahi se moveu no sono, afastando mecanicamente uma mecha de cabelos do rosto, e então aninhou-se junto a ele. Murmurou qualquer coisa, que chegou aos ouvidos de Alfonso como um suspiro de satisfação. Passando os braços em volta dela, ele adormeceu quase que em seguida.


Foi Alfonso quem acordou primeiro. Como de hábito, bastava abrir os olhos para que sua mente despertasse e ele se recordasse do último pensamento consciente. Que gostoso estar junto dela. Que maravilha acordar abraçado a Anahi. Permaneceu imóvel até que os olhos se acostumassem à escuridão. Ela ainda dormia, serena e tranqüila.
Ele traçou-lhe o perfil do rosto com os dedos, sentindo a maciez daquela pele jovem. Mexeu nos cabelos dela quase com veneração e aproximou o rosto para sentir o aroma que deles se desprendia. A perna de Anahi, dobrada entre as dele, era quente, e aquele calor o perturbava, como tudo o que dissesse respeito a ela. Bastava estarem próximos para que o corpo de Alfonso desse sinais de vida. Quanto mais agora, sentindo-a colada junto a ele.
Alfonso sabia que poderia acariciá-la, deixá-la excitada enquanto ela não estivesse de posse de todos os seus sentidos. Sonolenta e desorientada, Anahi se submeteria, Alfonso tinha experiência o bastante para adivinhar isso.
A cinza nevoenta da aurora chegou até a janela. Agora conseguia distinguir claramente cada detalhe daquele rosto, desde os cílios longos e muito castanhos até o imperceptível sinal de nascença próximo à orelha. Ela estava bem ali, frágil e indefesa.
Mas não, ele não poderia fazer isso. Claro que a queria; não desse modo, porém. Não quando aquela seria a primeira vez. Dormindo, ela suspirou e moveu-se contra o corpo de Alfonso, que começou a latejar de desejo. Ele teve uma vontade louca de despi-la naquele instante e possuí-la à força, do modo mais irracional e selvagem. Ao invés disso, fazendo um esforço supremo, tirou cuidadosamente o braço que estava à volta dela, separou-se daquele corpo quente e pôs-se de pé.
Foi até a cozinha com a intenção de fazer um café. Uma rápida olhada para o mostrador do relógio e uma pequena conta aritmética certificaram-no de que logo, logo estariam aterrissando. Pensou com entusiasmo no desjejum. A viagem do aeroporto para a casa na Cornualha seria relativamente longa. Alfonso acabava de se lembrar de uma estalagem no meio do caminho, que servia uma refeição caseira excelente, muito melhor do que ele poderia preparar na pequena cozinha do avião.
Ouvindo Anahi mover-se no sofá, Alfonso apareceu à porta para vê-la despertar. Ela gemeu, rolou para o lado e tentou em vão cobrir-se com o lençol imaginário. A mão procurou o travesseiro que não estava lá, e então, com um suspiro contrariado, ela abriu os olhos. Alfonso apreciava, divertido, o atordoamento com que ela percorria o olhar à sua volta. Primeiro, o desinteresse; depois, a confusão. Alguns segundos se passaram antes que Anahi se desse conta de onde estava. Consciente, voltou a fechar os olhos, sonolenta.
— Bom dia — aventurou-se ele, e ela tornou a abrir os olhos rapidamente só para vê-lo sorrir. Não se moveu de onde estava, mas aquela saudação tinha uma nota carinhosa, que os seus sentidos mal despertados captaram no mesmo instante. Ela adorava ser acordada com carinho.
— Que tal café? — conseguiu dizer antes de tornar a fechar os olhos.
— Já, já, senhorita. — A chaleira avisava que a água havia acabado de ferver. — Dormiu bem?
Passando a mão pelo cabelo e depois esfregando os olhos, Anahi fez uma primeira tentativa para sentar. Ainda não havia clareado totalmente. — Não sei — murmurou depois de um bocejo. — Pergunte-me mais tarde.
Alfonso voltou para a cozinha e ela dobrou os joelhos até o peito, enterrando o rosto neles. Podia ouvi-lo falar alegremente e fazer comentários sobre coisas que ela não entendia, pois não se sentia ainda muito receptiva. A mente ainda não clareara o suficiente.
— Aqui está. — Quando Anahi levantou a cabeça, ele lhe estendeu uma xícara. — Tome um gole, você se sentirá melhor. — Ela murmurou um agradecimento, enquanto Alfonso sentava-se ao seu lado. — Eu tenho um irmão que acorda com raiva do mundo — contou, com a intenção de estabelecer uma comparação. — Deve ser coisa do metabolismo de cada um, suponho.
Anahi fez que sim e levou a xícara até os lábios. O café estava quente e forte. Ficaram alguns instantes em silêncio. À medida que o líquido descia pela garganta, ela ia se sentindo mais disposta. Quando terminou, conseguiu dar um sorriso.
— Desculpe, Alfonso. Eu acordo de péssimo humor, especialmente quando não durmo o bastante. — Esticou a cabeça para olhar para o relógio suíço que ele trazia no pulso. Fez algumas contas mentalmente, mas logo desistiu. — Que importa saber as horas, afinal de contas? — comentou antes de voltar à xícara. — Não vou conseguir me ajustar aos fusos horários antes de alguns dias.
— Uma boa refeição vai deixá-la em forma — observou ele, bebendo o café mecanicamente. — Eu li em algum lugar que correr cura a "ressaca" causada pelas longas horas de vôo, mas aposto mais num café da manhã completo.
— Correr? — Sacudiu a cabeça e sorriu. — Pois eu acho que dormir é uma cura muito mais fácil e lógica. Para mim, é tiro e queda. — O dia estava clareando, quando ela voltou a olhar para a janela. — Imagino que logo estaremos aterrissando, certo?
— Acho que em menos de uma hora.
— Ótimo. Quanto menos tempo eu passo acordada num avião, menos tempo tenho para ter medo. Puxa, dormi como uma pedra. — Com um outro suspiro, Anahi esticou a coluna, deixando os ombros se erguerem momentaneamente para caírem logo em seguida. — Que bela companhia eu fui para você. — A cabeça dela começava a funcionar, ainda que em rotação lenta.
— Você estava cansada. — Sobre a borda da xícara, ele notou os movimentos sutis do corpo de Anahi sob o suéter largo.
— Eu apaguei realmente — admitiu. — Isso acontece freqüentemente depois de um show. — Espreguiçou-se. — De qualquer modo, é bom que nós dois tiremos o dia de hoje para descansar. Por falar nisso, onde foi que você dormiu?
— Com você.
Anahi interrompeu o bocejo, engoliu em seco e olhou espantada para ele.
— O quê?
— Eu disse que dormi com você, aí mesmo — repetiu Alfonso, apontando para o sofá. — Você até que gostou, pelo modo como se enroscou em mim.
Ela pôde perceber que Alfonso estava apreciando a sua expressão chocada. Os olhos verdes tinham um brilho divertido, quando ele levantou a xícara novamente.
— Você não tinha esse direito — começou a dizer, mas foi logo interrompida.
— Eu sempre tive fantasias quanto a ser o primeiro homem a dormir com você.
O rosto de Anahi ficou vermelho de raiva e vergonha. Os olhos tornaram-se escuros e opacos. Levantou-se bruscamente, mas Alfonso conseguiu tirar-lhe a xícara das mãos, antes que o líquido entornasse. Ela ficou imóvel, respiração acelerada, enquanto ele a brindava com um olhar dos mais calmos, medindo-a de alto a baixo.
— Mas quanta petulância! — conseguiu dizer afinal, numa explosão de raiva. — Você não sabe com quantos homens eu dormi ou deixei de dormir.
Alfonso colocou as duas xícaras sobre a mesa, sempre com gestos tranqüilos, e só então tornou a fitá-la.
— Você continua tão inocente como no dia em que nasceu, Anahi. Posso dizer com convicção que você mal foi tocada por um homem em toda a sua vida, muito menos já fez amor alguma vez.
— Meu Deus, será que estou ouvindo direito? Quem você pensa que é, afinal, para julgar que me conhece tanto? Pois saiba que muita coisa pode mudar em cinco anos, Alfonso Herrera. — Lutava por manter o autocontrole e fazer a sua voz soar tão calma quanto a dele. — E, além do mais, o número de homens com quem já passei a noite é um assunto que não lhe interessa. Isso não é da sua conta! — gritou, sem conseguir segurar-se por mais tempo.
Ele ergueu uma das sobrancelhas. Tinha o ar de quem assistia a uma comédia.
— A inocência não é uma coisa que cause vergonha ou mal-estar entre as pessoas, Anahi. Por que não admite isso?
— Mas, quer parar? Eu não vou admitir... Eu não sou... — Bateu com os punhos cerrados nas pernas. — Droga! Você não tinha o direito de... — engoliu as palavras e sacudiu a cabeça, enquanto sentia a fúria e o embaraço tomarem conta de sua mente — ...enquanto eu estava dormindo! — concluiu.
— Não tinha o direito de fazer o quê enquanto você estava dormindo? — insistiu ele, reclinando-se no sofá. — Violentado você? — Aquilo fez com que ela se sentisse mais ridícula. — Tenha dó, Anahi, nem que você tivesse tomado sonífero.
— Não caçoe de mim, Alfonso. — A voz dela tremia.
— Então não faça papel de boba. — Procurou por um cigarro, mas deu apenas uma tragada e amassou-o no cinzeiro. Os olhos estavam fixos nela e o toque divertido havia desaparecido. — Eu poderia tê-la tomado à força, quanto a isso não há a menor dúvida. Mas não quis.
— A sua cara-de-pau me assusta. Por favor, lembre-se de que não é dono da minha vida sexual. Não me quis? Tem muita graça... Eu é que não quis você, porque quero ter o prazer de escolher o meu parceiro de cama. Esse privilégio ninguém me tira.
Ela não entendeu como Alfonso conseguiu se mover tão rápido. A indolência que demonstrara até então, sentado no sofá, desapareceu repentinamente. Alcançou-a numa fração de segundo e agarrou-lhe o pulso, enquanto a outra mão, já nas costas de Anahi, puxava-a violentamente de encontro a ele.
Nunca em sua vida ela o vira tão zangado. Sentiu medo. Sua garganta não conseguia produzir o mais leve som. Apenas pôde balançar a cabeça, aterrorizada demais para lutar, atônita demais para se mover. Jamais suspeitara que ele possuísse inclinação para a violência, nem que aqueles olhos claros pudessem escurecer-se pela fúria. Isso era muito diferente da raiva controlada, da ironia cortante que ela presenciara há pouco e com as quais sentia-se capaz de lidar. Os dedos dele enterraram-se no seu pulso, enquanto a outra mão circundava-lhe a garganta.
— Até onde você acha que eu posso ir, se quiser? — perguntou ele, quase com ódio. A voz dura tornava um pouco mais acentuado o sotaque irlandês. Respiração entrecortada, Anahi engoliu em seco. Não conseguia dizer nada. — Não desfile os seus amantes imaginários na minha frente, ou, por Deus, você terá um agora mesmo, quer queira, quer não. — Os dedos apertaram-lhe a garganta. — Quando chegar a hora, eu não precisarei embebedá-la com champanhe, nem esperar que adormeça para fazer amor com você. Eu poderia obrigá-la, neste instante, e garanto que, após cinco minutos de luta, você acabaria cedendo e implorando para que eu prosseguisse. — Abaixou a voz, ainda trêmulo de raiva. — Eu sei lidar com você, Anahi. Não se esqueça disso.
O rosto estava muito próximo ao dela. Suas respirações se confundiam, tensas e aceleradas. O único som que se ouvia era o dos motores. O medo nos olhos de Anahi acabou fazendo com que Alfonso a soltasse. Entreolharam-se por alguns momentos, e então ele lhe deu as costas, saindo em direção à cabina do piloto.
Anahi ficou onde estava, paralisada. Levou a mão até a garganta e começou a massageá-la. Nem meio minuto depois, Alfonso reaparecia, mais calmo e passando a mão pelos cabelos.
— Eu dormi ao seu lado a noite passada — prosseguiu ele —, porque queria estar perto de você. — Respirou fundo, procurando relaxar os nervos. — Nada mais do que isso. Não toquei em você. Foi um modo inocente de passar a noite. — Parecia arrependido do que fizera. Não pretendia assustá-la ou ameaçá-la. — Nunca me ocorreu que você ficasse ofendida por isso. Peço desculpas.
Anahi cobriu o rosto com as mãos, enquanto as lágrimas começavam a rolar. Engoliu os soluços, não querendo fazer cenas. Culpa e vergonha saíam, misturadas ao choro silencioso.


 


 


steph_maria:: awn Obrigada amr <3  


isajuje: Espero que esteja melhor, independente do que seja entregue nas mãos de Deus. Não se preocupe quando puder comente <3  


 


 



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Autor(a): ayaremember

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 34



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  • traumadarbd Postado em 23/09/2013 - 15:05:30

    que historia mais linda, uma das mais lindas que já li aki na fanfics, arrasou, adorei tudo, Los As mais do que perfeitos

  • isajuje Postado em 10/09/2013 - 17:13:16

    Eu errei ''/ não teve nada de casamento, só o casamento que o Alfonso iria propor antigamente e que revelação, hein? É tão bom ler histórias assim em que tem os seus baixos, acontecem umas tragédias (inevitável na vida, né), mas eles conseguem superar e viver um amor. Obrigada por compartilhar mais esta história conosco <3

  • lyu Postado em 10/09/2013 - 00:42:31

    AMEEEI

  • isajuje Postado em 09/09/2013 - 14:29:10

    CASAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAMENTO KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK' estou apostando nisso, nem falo mais nada U_U

  • steph_maria Postado em 08/09/2013 - 13:41:20

    Kddddddddddddd vc???? morrendo por saber kd o Alfonsoo genteee????

  • lyu Postado em 08/09/2013 - 01:07:09

    ain eu tambem quero saber aonde ele ta, acho q ele nao encontrou o bilhete dela. UI HOT a proxima web

  • isajuje Postado em 06/09/2013 - 11:52:31

    Não vou tirar conclusões precipitadas sobre o Alfonso, mas eu quero saber... Onde está esse bendito desse homem? Será que ele sofreu algum acidente quando saiu com aquele carro? KKKKKKKKKKKKKK é, acho que não porque a mídia já teria conhecimento disso. Eu acho. Se eu fosse a Anahí eu teria pego já um avião de volta para lá U_U

  • steph_maria Postado em 05/09/2013 - 19:49:03

    Pelo amor de Deus kd o Alfonsooo?? muita covardia dele deixar a Anahi sozinha uma hora dessas =/

  • lyu Postado em 05/09/2013 - 02:46:05

    ain meu coração

  • isajuje Postado em 04/09/2013 - 11:43:02

    Posta mais u.u (via celular haha)


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