Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 16 Uma vez mais com ternura - AyA - Adaptada - FINALIZADA.

Fanfic: Uma vez mais com ternura - AyA - Adaptada - FINALIZADA. | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 16

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Anahi apaixonou-se à primeira vista pela Cornualha. Aquele cenário primitivo do campo fazia a imaginação voar para muitos séculos atrás, para o tempo das espadas e das armaduras, do galope veloz dos cavalos, dos torneios e duelos.
A primavera começava a se tornar visível nas charnecas, que se tingiam de verde. Aqui e ali, o toque fantástico das flores selvagens. Casas, que na verdade eram chalés, possuíam pequenos jardins na frente, todos cheios de botões a ponto de florescer. Pelos gramados, de um verde aveludado, espalhavam-se o amarelo atrevido dos narcisos e o azul esmaecido dos jacintos. Alfonso dirigia para o sul, em direção à costa e aos rochedos do sudoeste da Inglaterra.
Haviam tomado um café da manhã típico das zonas rurais: ovos caipiras, bacon grosso e torta de aveia. Partiram, em seguida, no pequeno carro que Alfonso solicitara e que estava à espera deles no aeroporto.
— Como é a sua casa, Alfonso? Você nunca me falou nada sobre ela. — Anahi procurava na bolsa algo que pudesse prender-lhe os cabelos, que esvoaçavam e batiam-lhe no rosto.
Ele olhou para ela, vendo-a de cabeça inclinada.
— Vou deixar que você decida, assim que chegarmos. Não demoraremos muito.
Anahi encontrou duas presilhas que, embora não formassem um par, eram mais do que adequadas para segurar-lhe os cabelos durante a viagem.
— Você está querendo fazer mistério, ou esse é o seu modo de dizer que ela está caindo aos pedaços?
— Pode até ser — considerou ele. — Mas acho que não. Os Pengalley cuidam da casa por mim. São muito eficientes e prestativos.
— Pengalley? — Anahi escovava os cabelos antes de prender as fivelas.
— Os caseiros — contou-lhe. — Eles têm um chalé a mais ou menos um quilômetro e meio da minha casa. Ficam de olho no lugar. Ela cozinha para mim; ele faz os reparos.
— Pengalley — murmurou ela, enrolando o nome na língua.
— Pessoas do campo, leais e sinceras — Alfonso continuou distraidamente.
— Eu imagino como eles sejam. — Voltou-se sorrindo para ele. — Aposto que ela é baixa e forte, embora não seja gorda. O tipo robusto, se me entende. Ah, e tem cabelos pretos puxados para trás. Ele é mais magro e está ficando grisalho. Toma uns goles de vez em quando, sempre às escondidas.
Alfonso ergueu as sobrancelhas e olhou para ela admirado.
— Como foi que adivinhou? A senhorita é muito esperta, não?
— Não foi difícil — retrucou Anahi. — Aliás, nem podia ser de outro modo, para quem está habituada a ler esses romances que tratam de camponeses. Como você vê, até que se aprende um pouco com esse tipo de leitura. Nem tudo é ficção. Você tem vizinhos? — perguntou, cada vez mais interessada.
— Não. Essa foi uma das razões pelas quais adquiri a casa.
— Anti-social, hein? — provocou.
— Não se trata disso, mas de instinto de sobrevivência — consertou ele. — Algumas vezes eu preciso me isolar, sob pena de ficar louco. A solidão recarrega as minhas energias. Adoro o sossego e a paz deste lugar. — Voltou a olhar para ela, com ar de desculpa. — Eu lhe disse que não sou mais o revolucionário de antes.
— Mesmo assim você produz coisas incríveis. Suas músicas continuam ótimas.
— Sabe, é aqui que eu componho — explicou ele. — Ou então na minha casa na Irlanda. Na verdade, lá não consigo me concentrar muito, porque a família está sempre por perto. Na Cornualha não há visitas.
Anahi olhou para ele, intrigada.
— Eu pensei que você ainda morasse em Londres.
— Também, mas sempre que tenho um trabalho sério ou simplesmente vontade de ficar sozinho venho para a Cornualha. Uma outra parte da família mora em Londres, você sabe.
— Eu sei. Suponho que fazer parte de uma família grande tenha lá as suas desvantagens.
Alguma coisa no modo como Anahi pronunciou aquelas palavras fez com que Alfonso olhasse de relance para ela, que agora estava com o rosto voltado para a janela. Não fez qualquer comentário, sabendo de antemão que assunto de família era um verdadeiro tabu para ela. Ele já tentara falar nisso algumas vezes, mas Anahi sempre saía com evasivas. Tudo o que Alfonso sabia era que Anahi, filha única, havia saído de casa aos dezessete anos. Curioso para conhecer mais, fizera algumas perguntas a Maite, que sabia tudo a respeito da amiga, mas não contara nada a ele. Aquele mistério acerca da vida de Anahi deixava-o ao mesmo tempo frustrado e atraído.
— Bem, o que importa é que ninguém vai nos incomodar — retomou o assunto, decidido a quebrar aquele silêncio. — A Sra. Pengalley não gosta de artistas e por isso manterá distância de nós.
— Artistas? — Anahi repetiu e voltou-se para ele com um sorriso malicioso. — Não me diga que você continua com as suas orgias, Alfonso.
— Há três meses venho me comportando como um santo — garantiu, enquanto fazia o carro entrar por um atalho. — Eu lhe disse, não sou mais o mesmo. Acontece que a Sra. Pengalley lê as revistas que lhe chegam às mãos. Por elas, julga que conhece muito bem o nosso meio. E, em se tratando de músicos, especialmente ligados ao rock, bem... — Deixou o final no ar.
— Ela vai pensar o pior, imagino — deduziu Anahi.
— 0 pior?
— Que você e eu estamos tendo um caso.
— E isso é o pior? Eu diria que é uma maravilha.
Anahi abaixou os olhos.
— Você entendeu o que eu quis dizer.
Alfonso segurou-lhe uma das mãos, beijando-a de leve.
— Eu entendi, não se preocupe. — Aquele sorriso desfez o embaraço de Anahi. — Você não gosta que a julguem uma mulher fatal?
— 0 que posso,fazer? Há anos as pessoas me vêem assim. Você tem idéia de quantos romances as revistas me atribuem? Saiba que já namorei homens famosos que nem conheço pessoalmente.
Deram risada.
— O público exige que os astros tenham uma libido extremamente ativa — murmurou ele. — Faz parte do negócio.
O carro começou a subir um caminho de pedra britada. Anahi logo avistou a casa. Era uma construção de pedra com três andares, venezianas verdes e uma seqüência de chaminés no telhado. Ela conseguiu divisar pequenas nuvens de fumaça, que logo se desvaneciam ao ar livre.
— Oh, Alfonso! — exclamou, maravilhada. — Como você conseguiu achar um lugar como esse?
Saiu do carro antes que ele pudesse responder. Descobriu então que o fundo da casa dava para o mar.
— É fabulosa. Fabulosa!
Ergueu novamente o rosto para estudar a construção. Uma onda estourou contra as pedras, espirrando água para o alto.
— Você vai achar o interior fabuloso também — Alfonso arriscou, rindo quando ela se voltou para ele com o rosto molhado. — E seco.
— Ora, Alfonso, onde está o seu romantismo? Essa parece a casa de O Morro dos Ventos Uivantes!
Ele segurou-a pela mão.
— Romântico ou não, minha querida, eu estou louco por um banho quente e uma xícara de chá.
A Sra. Pengalley estava muito próxima da descrição que Anahi fizera em tom de brincadeira. Tinha de fato uma constituição forte e os cabelos escuros estavam presos à nuca. Os olhos castanhos, muito sérios, passaram por Anahi, numa avaliação rápida, e em seguida, sem mudarem a expressão, pousaram em Alfonso.
— Bom dia, Sr. Herrera. Espero que tenha feito boa viagem — falou com o sotaque típico dos habitantes daquele lugar.
— Olá, Sra. Pengalley. É bom vê-la de novo. Esta é a srta. Portilla, que ficará comigo por algumas semanas.
— O quarto dela está pronto. Bom dia, srta. Portilla.
— Bom dia, Sra. Pengalley — cumprimentou-a, um tanto intimidada. — Espero não estar dando trabalho à senhora.
— Não há muito o que fazer por aqui — retrucou secamente. E, dirigindo-se a Alfonso: — A despensa está abastecida, como o senhor pediu, e eu já preparei o jantar. Basta esquentá-lo. O Sr. Pengalley trouxe lenha, caso queira acender a lareira. Ele já foi buscar as malas no carro. Nós ouvimos quando vocês chegaram.
Tudo era dito no mesmo tom, sério e sem pausas.
— Obrigado. — Olhando para Anahi, notou que ela estava entretida em observar a sala. — Nós estamos precisando de um banho quente e daquele chá que só a senhora sabe preparar. Você quer alguma coisa em especial, Anahi?
— Como? — perguntou ela, distraída, ao ouvir o som do próprio nome.
Alfonso sorriu.
— Você quer que a Sra. Pengalley prepare alguma coisa para acompanhar o chá?
— Não, nada de especial. — Sorriu para a mulher. — 0 que a senhora trouxer estará bem para mim.
A caseira inclinou um pouco a cabeça.
— Então, com licença. Volto daqui a pouco com o chá.
Assim que se viram a sós, Anahi murmurou encantada:
— Você continua a me surpreender, Alfonso. — E voltou os olhos para a sala.
Ali eles haveriam de trabalhar por várias semanas. O piano, os tapetes, os dois enormes sofás de couro e algumas mesas em estilo rococó entrosavam-se harmonicamente na decoração daquela sala. Sobre a lareira, algumas fotos. Anahi aproximou-se para vê-las melhor.



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Autor(a): ayaremember

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 34



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  • traumadarbd Postado em 23/09/2013 - 15:05:30

    que historia mais linda, uma das mais lindas que já li aki na fanfics, arrasou, adorei tudo, Los As mais do que perfeitos

  • isajuje Postado em 10/09/2013 - 17:13:16

    Eu errei ''/ não teve nada de casamento, só o casamento que o Alfonso iria propor antigamente e que revelação, hein? É tão bom ler histórias assim em que tem os seus baixos, acontecem umas tragédias (inevitável na vida, né), mas eles conseguem superar e viver um amor. Obrigada por compartilhar mais esta história conosco <3

  • lyu Postado em 10/09/2013 - 00:42:31

    AMEEEI

  • isajuje Postado em 09/09/2013 - 14:29:10

    CASAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAMENTO KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK' estou apostando nisso, nem falo mais nada U_U

  • steph_maria Postado em 08/09/2013 - 13:41:20

    Kddddddddddddd vc???? morrendo por saber kd o Alfonsoo genteee????

  • lyu Postado em 08/09/2013 - 01:07:09

    ain eu tambem quero saber aonde ele ta, acho q ele nao encontrou o bilhete dela. UI HOT a proxima web

  • isajuje Postado em 06/09/2013 - 11:52:31

    Não vou tirar conclusões precipitadas sobre o Alfonso, mas eu quero saber... Onde está esse bendito desse homem? Será que ele sofreu algum acidente quando saiu com aquele carro? KKKKKKKKKKKKKK é, acho que não porque a mídia já teria conhecimento disso. Eu acho. Se eu fosse a Anahí eu teria pego já um avião de volta para lá U_U

  • steph_maria Postado em 05/09/2013 - 19:49:03

    Pelo amor de Deus kd o Alfonsooo?? muita covardia dele deixar a Anahi sozinha uma hora dessas =/

  • lyu Postado em 05/09/2013 - 02:46:05

    ain meu coração

  • isajuje Postado em 04/09/2013 - 11:43:02

    Posta mais u.u (via celular haha)


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