Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 23 Uma vez mais com ternura - AyA - Adaptada - FINALIZADA.

Fanfic: Uma vez mais com ternura - AyA - Adaptada - FINALIZADA. | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 23

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Ela sentou na cama para observá-lo mexer nos pedaços incandescentes de madeira e carvão. Maravilhada, ficou admirando aquele corpo que era tão bonito e bem proporcionado. O fogo deva-lhe uma tonalidade dourada e os músculos das pernas e dos ombros pareciam mais ressaltados. Quando ele voltou para ela, estudaram-se por alguns instantes, ambos sob o efeito do que acabara de acontecer. Foi então que Alfonso meneou a cabeça.
— Meu Deus, Anahi, eu quero você de novo.
Ela lhe estendeu os braços.


Um raio de sol pousava, insistente, sobre os olhos de Anahi, como uma névoa quente e vermelha. Abriu devagar os olhos, antes de voltar-se para Alfonso.
Ele dormia tranqüilamente. Anahi teve vontade de acariciar-lhe o rosto, mas temeu que aquilo pudesse acordá-lo. Pela primeira vez na vida ela despertava ao lado do seu amor e queria aproveitar para olhar para ele à vontade.
"Alfonso é muito bonito", pensou, lembrando-se do diálogo divertido que tinham tido na noite anterior. E ela o amava. Quase disse essas palavras em voz alta. Sempre o amara, desde o início e durante todos aqueles anos Mais ainda agora que estavam juntos. Fechou os olhos, temendo que toda aquela felicidade acabasse bruscamente, como há cinco anos.
Não, dessa vez não haveria exigências, nem pressões. Bastava que estivessem juntos; era tudo o que ela precisava.
Pousou os olhos sobre os lábios de Alfonso. Eles haviam sido ternos na noite anterior e, logo em seguida, vorazes, quase brutais. Ela não tinha idéia da fúria com que ele a desejava, até que as barreiras se romperam. Cinco anos... Cinco anos vazios... Afastou aquele pensamento. Não havia mais o passado, não havia o futuro; apenas o presente.
Repentinamente sorriu, ao lembrar-se do café da manhã super-reforçado que ele estava habituado a tomar. Normalmente, quando ela se levantava e chegava sonolenta até a cozinha para uma xícara de café, Alfonso já estava limpando os pratos. Cozinhar não estava entre os dotes de Anahi, mas seria divertido surpreendê-lo. Cuidadosamente levantou-se da cama e vestiu o robe. Sem fazer barulho, saiu do quarto e deixou-o dormindo.
Pouco depois, Alfonso espreguiçava-se e rolava para o lado, tateando de olhos fechados o lugar até há pouco ocupado por Anahi. Abriu os olhos para constatar que ela não estava na cama, tampouco no quarto. Levantou-se de um pulo e olhou, meio desorientado, à sua volta. O fogo, embora fraco, ainda ardia na lareira. As cortinas abertas enchiam o quarto de sol. No chão, ao lado da cama, a camisola de Anahi.
"Não foi um sonho", pensou, correndo os dedos pelos cabelos. Eles haviam estado juntos a noite anterior, amando-se até que a energia de ambos fosse totalmente sugada.
Tinham dormido abraçados, seus corpos aquecendo um ao outro durante o sono. Os olhos pousaram no travesseiro, que ainda trazia o formato da cabeça de Anahi. Diabos! Onde ela se metera? Com o coração apertado e uma sensação de pânico, vestiu a calça e saiu do quarto à procura dela.
Antes mesmo de descer o último degrau, ouviu-a cantar. A voz vinha da cozinha e para lá Alfonso se dirigiu.
Anahi preparava o café. O cabelo caía-lhe pelas costas e ela estava incrivelmente sexy naquele robe branco acetinado.
Alfonso a observava da porta, sem coragem de interrompê-la. Ela parecia muito feliz, entretida naquela tarefa doméstica, e estava tão linda que merecia ser admirada a distância, como se fosse uma deusa.
— Alfonso! — exclamou Anahi, ao virar-se para pôr a mesa. — Que susto! Eu não vi você chegar.
Ele não disse nada, nem tampouco se moveu. Permaneceu com os olhos fixos naquela figura delicada e feminina.
— Eu te amo, Anahi.
Ela quase deixou as xícaras caírem ao chão. Meu Deus, como esperava ouvir aquelas palavras! Não, não devia animar-se à toa. Talvez ele não estivesse dando à frase o sentido que ela julgava. No meio artístico aquelas palavras eram ditas a toda hora: era um tal de "eu te amo" para cá, "eu te amo" para lá... Simples prova de amizade e afeto. Procurou manter a voz firme e retrucou com aparente naturalidade, enquanto punha as xícaras sobre a mesa:
— Eu te amo também, Alfonso.
Ele franziu a testa ao vê-la dar-lhe as costas e voltar para a pia, pondo-se a lavar as colherinhas.
— Você fala como se fosse minha irmã. Eu já tenho duas, não preciso de outra.
— Não, Alfonso, você não entendeu. Eu não o vejo como irmão. — Sorriu do modo mais amigável que encontrou. — É difícil para mim descrever o que estou sentindo. Você me ajudou muito ontem à noite, foi paciente e carinhoso como eu precisava. Só posso lhe agradecer por isso.
— E agora está falando como uma psicóloga. Eu disse que te amo, Anahi! — Havia uma nota de cólera na voz dele.
Ela enfrentou aquele olhar de modo bastante significativo.
— Alfonso, não quero que se sinta obrigado a...
— Não me diga o que eu tenho que fazer! — gritou, interrompendo-a. Foi até ela e segurou-a pelos ombros. — Eu amo você! Não é uma obrigação, é um fato, uma realidade, um terror.
— Alfonso...
— Fique quieta e me ouça. Não venha dizer que me ama com essa voz calma e controlada. — Beijou-a com fúria e desespero. — Eu quero muito mais de você, preciso de muito mais do que uma declaração de amor tão fria quanto essa.
— Alfonso, meu querido. — Então era verdade! Meu Deus, ele estava falando sério!
Anahi julgou estar sonhando. Mas, não. Ele estava ali, abraçado a ela, dizendo-lhe coisas que ela esperara cinco anos para ouvir. — Alfonso, eu te amo. Eu te adoro! Você é a coisa mais importante da minha vida. Eu só estava com medo de confessar isso... Perdoe-me, fui uma idiota.
Os lábios se encontraram com uma urgência desesperada. Abraçaram-se forte, acariciaram-se com desejo. Sem poder esperar mais, ele a carregou para o sofá e começou a desatar-lhe o cinto do robe.
— Alfonso! — exclamou, lembrando-se de algo. — A Sra. Pengalley... ela vai chegar daqui a pouco...
— Isso certamente irá confirmar a idéia que ela faz dos artistas — disse ele, enquanto sua boca alcançava-lhe um dos seios.
— Não, Alfonso. Pare... não! — Ela ria e gemia e lutava.
— Não posso — disse ele, beijando-lhe o pescoço. — Estou tomado por uma luxúria selvagem — explicou e mordeu-lhe a orelha. — Uma sede incontrolável. Além do mais — acrescentou, antes de passar à outra orelha —, hoje é domingo. Folga da Sra. Pengalley.
— É mesmo? — A mente de Anahi estava absorvida em coisas importantes demais para que ela pudesse se lembrar de coisas banais como os dias da semana. — Luxúria selvagem? — repetiu, enquanto ele fazia o robe escorregar pelos ombros dela. — O que será isso?
— Quer que eu lhe mostre?
— Quero — murmurou e ofereceu-lhe os lábios entreabertos. — Estou louca para aprender mais.
Muito tempo depois, Alfonso e Anahi tomavam o café na sala, sentados sobre o tapete. Ela havia preparado ovos com presunto e cozinhara algumas salsichas. Havia ainda um pedaço de bolo que a Sra. Pengalley fizera no dia anterior e que caía muito bem acompanhado de café forte. Alfonso havia vestido um suéter sobre os jeans, mas Anahi ainda continuava com o robe.
Segurando a xícara com as duas mãos, ela bocejou e pensou que nunca em sua vida se sentira daquele modo: tranqüila, descontraída e, principalmente, feliz.
— Em que você está pensando? — perguntou ele, estendendo-lhe a xícara para ser servido de mais café.
— Em quanto eu me sinto feliz. — Devolveu-lhe a xícara com o bebida ainda fumegante e inclinou-se para beijá-lo. Tudo parecia tão simples, tão natural...
— Feliz? Quanto? — Sorriu para ela antes de levar a xícara aos lábios.
— Bem, é algo que fica entre o êxtase e o delírio, eu acho.
— Só isso? — Alfonso perguntou com um suspiro. — Bem, temos que dar um jeito. — Meneou a cabeça e beijou-lhe a mão em seguida. — Você sabe que quase me levou à loucura ontem, aqui nesta sala?
— Ontem? — Anahi jogou o cabelo para trás dos ombros num gesto bastante feminino. — Do que você está falando?
— Você nem desconfia o quanto a sua voz é excitante, não é? Talvez aí esteja o seu segredo: um toque de inocência nessa voz quente como o diabo.
— Que bom saber disso. — Anahi virou-se para trás e esticou o braço para colocar a xícara sobre a mesinha. O movimento afrouxou o cordão do robe e deixou entrever a curva dos seios. — Quer mais uma salsicha? Devem ter ficado horríveis, não?
Alfonso tirou os olhos do decote insinuante e balançou a cabeça, sorrindo.
— Estão ótimas.
— É incrível como um homem faminto pode se tornar lisonjeiro. — Tirou uma salsicha da travessa e colocou-a no prato que ele lhe estendera.
— Você não vai querer mais uma?
— Não.
— Mas você só tomou café.
— Eu uso a imaginação — explicou ela. — Sempre finjo que já comi o suficiente. Funciona, sabia?
— Minha imaginação não é tão boa quanto a sua. — Engoliu o último pedaço de salsicha. — Talvez ajude se você me disser o que já comi.
— Cinco ovos mexidos. Você devia tomar cuidado com o colesterol.
— Diga isso ao meu estômago.
— Mais café?
— Não, obrigado. Estou imaginando que já tomei o suficiente.
Ela riu e passou o braço em volta do pescoço dele.
— Quer dizer que eu o deixei louco? —: perguntou com ar malicioso. Era fantástico sentir o gosto do próprio poder.
— Completamente. — Beijou-me a ponta do nariz. — Naquele momento, eu começava a sentir que era impossível ficar junto de você, trabalhando nesta sala, querendo-a como eu te queria. Aí, você começou a cantar. Não é sempre que a música acalma os animais, agora eu sei. A coisa piorou quando vi aquelas amostras para a capa do seu disco. Se não estivesse tão furioso, eu a teria deitado sobre o tapete e te amado naquele mesmo instante.
— Suponho que, agora que você conseguiu o que queria, não ficará mais louco por minha causa.
— Agora que eu consegui o que queria — consertou ele —, mal posso esperar para fazer todas as loucuras que estão na minha cabeça. — Deu-lhe um beijo demorado e depois apertou-lhe o queixo. — Vamos trabalhar, menina? Já passa do meio-dia. Eu estou com idéias fantásticas.
— É mesmo? — Tirou o braço do pescoço dele. — Que idéias?
— Estou pensando numa música que contraste com as outras e que, possivelmente, possa ser transformada em um número de dança.
— Hum... Pode ser uma boa idéia. — Anahi escorregou as mãos sob o suéter dele e correu-as pelo tórax nu.
O movimento pegou Alfonso de surpresa. Ia abraçá-la quando ela se levantou e foi até o piano.
— Como isso, por exemplo? — Tocou algumas notas da melodia em que ambos já haviam estado trabalhando. Acelerou o ritmo e colocou um pouco mais de balanço.
— Isso mesmo. — Alfonso se esforçava para prestar atenção, mas o sangue corria forte nas suas veias. — É essa a idéia.
Anahi olhou por sobre os ombros e sorriu para ele.
— Nesse caso, fica faltando apenas colocar a letra. — Foi até ele. — É preciso que coloquemos um refrão bem fácil, daqueles que se pega logo e se começa a cantar instintivamente.
— Você já tem algo em mente?
— Algumas idéias. — Abraçou-o por trás e escorregou novamente as mãos para dentro do suéter. — Mas precisamos discuti-las antes. — Beijou-lhe a orelha e em seguida o pescoço.
— Anahi — murmurou ele, sorrindo. E, quando ela desceu as mãos em direção ao estômago, Alfonso sentiu que haviam roubado o ar à sua volta. — Anahi. — A voz era baixa e rouca. — Venha cá, deixe-me tocá-la, pelo amor de Deus.
Ela deixou cair o robe e abraçou-se a ele. Ajudou-o a se despir em seguida. Mal liberto das roupas, Alfonso pegou-a pelos quadris e puxou-a de encontro ao corpo.
— Anahi... Anahi — murmurava, cheio de desejo.
Ela deixou que ele a guiasse e então soltou um grito de prazer. Seus corpos se derretiam num ritmo voraz e alucinante, completamente afinados um com o outro, até que, em poucos segundos, alcançaram o ápice.
— Alfonso — murmurou ela, momentos depois, abraçada a ele. Suspirou, contente e saciada.
— Hum?
— É tão maravilhoso! Jamais pensei que pudesse ser assim.
— Nem eu.
Ela levantou a cabeça apenas o suficiente para ver o rosto dele.
— Mas você já teve tantas mulheres!
Alfonso apoiou-se nos cotovelos.
— Só que nunca estive apaixonado antes — confessou.
Ficaram em silêncio por alguns instantes. Anahi então sorriu.
— Que bom. Eu também te amo, Alfonso. O meu amor por você aumenta a cada instante.
Beijaram-se mais uma vez, um beijo cheio de promessas.
Ela então sentou e abraçou o próprio corpo. Riu.
— Instantes atrás, pensei que jamais sentiria frio novamente.
Alfonso sorriu e passou-lhe o robe.
— Duvido seriamente de que consigamos trabalhar, a menos que você se vista. Sugiro as roupas menos atraentes possíveis.
— Jamais pensei que pudesse atraí-lo tanto — exclamou Anahi, deliciada, enquanto passava o cordão em volta da cintura. — Agora que sei disso, pode apostar que vou provocá-lo o tempo todo — brincou, e deu-lhe um beijo.
— Por que não começa agora? — propôs ele.
— Não, no momento estou pensando nas roupas mais fechadas e largas que eu trouxe.
— Mais tarde — disse ele, puxando-a de volta, quando ela fez menção de se levantar.
Anahi deu risada, espantada com o que lia nos olhos dele.
— Alfonso!
— Mais tarde — insistiu, e pressionou-a gentilmente contra o tapete.



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Autor(a): ayaremember

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 34



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  • traumadarbd Postado em 23/09/2013 - 15:05:30

    que historia mais linda, uma das mais lindas que já li aki na fanfics, arrasou, adorei tudo, Los As mais do que perfeitos

  • isajuje Postado em 10/09/2013 - 17:13:16

    Eu errei ''/ não teve nada de casamento, só o casamento que o Alfonso iria propor antigamente e que revelação, hein? É tão bom ler histórias assim em que tem os seus baixos, acontecem umas tragédias (inevitável na vida, né), mas eles conseguem superar e viver um amor. Obrigada por compartilhar mais esta história conosco <3

  • lyu Postado em 10/09/2013 - 00:42:31

    AMEEEI

  • isajuje Postado em 09/09/2013 - 14:29:10

    CASAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAMENTO KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK' estou apostando nisso, nem falo mais nada U_U

  • steph_maria Postado em 08/09/2013 - 13:41:20

    Kddddddddddddd vc???? morrendo por saber kd o Alfonsoo genteee????

  • lyu Postado em 08/09/2013 - 01:07:09

    ain eu tambem quero saber aonde ele ta, acho q ele nao encontrou o bilhete dela. UI HOT a proxima web

  • isajuje Postado em 06/09/2013 - 11:52:31

    Não vou tirar conclusões precipitadas sobre o Alfonso, mas eu quero saber... Onde está esse bendito desse homem? Será que ele sofreu algum acidente quando saiu com aquele carro? KKKKKKKKKKKKKK é, acho que não porque a mídia já teria conhecimento disso. Eu acho. Se eu fosse a Anahí eu teria pego já um avião de volta para lá U_U

  • steph_maria Postado em 05/09/2013 - 19:49:03

    Pelo amor de Deus kd o Alfonsooo?? muita covardia dele deixar a Anahi sozinha uma hora dessas =/

  • lyu Postado em 05/09/2013 - 02:46:05

    ain meu coração

  • isajuje Postado em 04/09/2013 - 11:43:02

    Posta mais u.u (via celular haha)


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