Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 24 Uma vez mais com ternura - AyA - Adaptada - FINALIZADA.

Fanfic: Uma vez mais com ternura - AyA - Adaptada - FINALIZADA. | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 24

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O verão chegou à Cornualha em estágios. Às manhãs frias sucediam-se tardes quentes. As flores selvagens perfumavam o ar, tingindo os jardins de cores alegres.
Conforme as semanas passavam, Anahi se esquecia das responsabilidades e exigências da carreira, para tornar-se cada vez mais afinada com o fato de ser mulher. Ela sempre se conhecera; desde cedo aprendera a agarrar-se à própria identidade. Mas, pela primeira vez na vida, agora se preocupava em desenvolver a feminilidade, explorando-a, descobrindo-a, apreciando-a.
Alfonso era possessivo como amante, não apenas em termos físicos, mas emocionais também. Ele a queria sem reservas: o corpo, o coração, os pensamentos. Essa era a única sombra naqueles dias tão felizes. Anahi achava impossível revelar-se por inteiro. Estava habituada a preservar algumas coisas que eram só dela. Não gostava de dividir certos pensamentos ou de abrir-se inteiramente com as pessoas. Nem mesmo com alguém como Alfonso, a quem amava tanto. Já se machucara muito durante a vida e sabia o que significava a dor de se entregar sem reservas às pessoas. Sua mãe partira-lhe o coração inúmeras vezes, com promessas de uma felicidade que jamais fora alcançada. O próprio Alfonso a magoara muito, rompendo intempestivamente com um sentimento que era a coisa mais pura que Anahi trazia dentro de si. Ela o amara muito, de um modo ingênuo talvez, mas intenso. Quando ele se foi, Anahi julgou que jamais seria capaz de juntar os fragmentos em que sua vida se transformara. Durante cinco anos, isolara-se do mundo e dos homens. Estes, ela os aceitava, quando muito, como amigos. Amar de novo não estava entre os seus planos, nem nos mais remotos. A ferida se fechara, mas a cicatriz era uma lembrança constante, uma advertência para que tomasse cuidado e não caísse em outra novamente. Anahi prometera a si mesma não deixar que nenhum homem a machucasse tanto quanto Alfonso Herrera. E agora descobria que a promessa continuava válida. Ele era o único homem com poder de dilacerar o seu coração, ainda que tudo parecesse estar correndo tão bem entre os dois. Esse medo era um alerta constante.
Não havia dúvida de que Alfonso a fizera florescer, fisicamente falando. Todos os tabus em relação a sexo desvaneceram-se desde aquela noite em que se amaram pela primeira vez. Nesse aspecto, Anahi sabia se entregar sem reservas. A forte atração que exercia sobre ele aumentara a sua confiança enquanto mulher. Aprendera também que as suas paixões eram tão fortes e sensíveis quanto as dele. E que ambos tinham um pelo outro um apetite incomensurável. Se Alfonso podia excitá-la com um olhar apenas, ela conseguia o mesmo em relação a ele.
A cada dia, Alfonso vinha com uma surpresa. Uma manhã, Anahi acordava com rosas sobre a cama; ao sair do banho à noite via-o à sua espera com uma taça de champanhe. Alfonso estava sempre inventando algo diferente e por isso os dias nunca eram monótonos. Na cama, ele podia ser brutalmente apaixonado como cheio de ternura. As vezes parecia extremamente feliz; outras, tornava-se sério e reflexivo.
Anahi o amava, mas não conseguia confiar nele totalmente. Ambos sabiam disso muito bem, mas evitavam tocar no assunto.
Sentada ao piano junto a Alfonso, Anahi tentava conseguir a nota exata.
— Não, não está bom — interrompeu ele com o cigarro na boca. — Suas mãos são muito bonitas, sabia?
— Alfonso! — repreendeu-o, sem conseguir controlar o riso. — Desse jeito, não vamos acabar nunca.
— O que posso fazer se estou loucamente apaixonado pelas suas mãos? Aliás, não existe nada em você pelo qual eu não me apaixone. — Apagou o cigarro e tomou-lhe uma das mãos. — Ah, esse perfume também me deixa louco. — Afastou-lhe os cabelos da testa. Os lábios procuravam os dela, enquanto os dedos se detinham nos mamilos, fazendo com que se destacassem, eretos, sob o.tecido da blusa.
Anahi abriu os lábios, entregando-se à doce exploração. Apertou-se contra ele, convidando-o a prosseguir. Correntes de prazer atravessavam o seu corpo ao receber as carícias carregadas de sensualidade.
— Eu posso sentir os seus ossos se derreterem — murmurou ele. A boca tornou-se mais ávida; a mão, mais insistente. — Não sei mais viver sem fazer amor com você, Anahi. — Começava a desabotoar-lhe a blusa quando o telefone tocou, no outro lado da sala. Ele praguejou e Anahi caiu na risada.
— Não se incomode, amor. Eu vou atender e depois continuaremos do ponto em que fomos interrompidos. — Desvencilhou-se dos braços dele e atravessou a sala. — Alô?
— Alô, eu gostaria de falar com Alfonso Herrera, por favor — pediu uma voz feminina, uma fã com toda a certeza. Como é que ela conseguira o número do telefone?
— Sinto muito — respondeu ela. — O sr. Herrera está ocupado no momento. — Sorriu de modo significativo para ele, que havia se aproximado e a distraía, beijando-lhe o pescoço.
— Você poderia lhe pedir para ligar para a mãe dele assim que estiver livre?
— Como? — Com um gesto, pediu para que Alfonso ficasse quieto um minuto.
— Para a mãe dele, minha querida — a voz repetiu. — Assim que ele tiver um minuto. Você me faz esse favor?
— Oh, Sra. Herrera, espere! Sinto muito. — Constrangida, ergueu os olhos para ele. — Alfonso está aqui. Sua mãe — disse num murmúrio atemorizado, enquanto lhe passava o fone. Ele parecia estar se divertindo muito com a situação. Segurando-a bem firme de encontro ao corpo, cumprimentou a mãe.
— Oi, mamãe. Sim, eu estava muito ocupado. Como? Beijando uma mulher linda por quem estou apaixonado. — Anahi corou e ele deu risada ao notar aquilo. — Não, não faz mal. Assim que desligar, recomeço do ponto onde estava. Como vai você, mamãe? E o pessoal?
Anahi soltou-se dos braços dele.
— Vou fazer chá — avisou em voz baixa e fugiu para a cozinha.
Poucos minutos depois, voltava com uma bandeja. Alfonso ainda estava ao telefone, quando ela entrou na sala. Com um sorriso, acenou para que ela se aproximasse. Anahi obedeceu e descansou a bandeja na mesinha ao lado dele.
— Certo, mamãe, vamos ver. Talvez no mês que vem. Dê lembranças ao pessoal. — Fez uma pausa e sorriu novamente. — Ela é linda, tem os olhos grandes e cinzentos. Pode deixar, direi a ela. Tchau, mãe. Também te amo.
Desligou e voltou o olhar para a bandeja.
— Você se manteve ocupada, hein?
Anahi começou a servir o chá.
— Descobri que estava morta de fome.
— Minha mãe pediu para lhe dizer que você tem uma voz linda ao telefone. — Pegou uma torrada.
— Você não precisava ter contado a ela que estava me beijando — queixou-se, ainda embaraçada.
Alfonso achou graça.
— Ela sabe que eu tenho o hábito de beijar mulheres — explicou com a maior cara-de-pau. — Sem dúvida, sabe que eu faço mais do que isso, mas não chegamos a discutir minha vida sexual em detalhes. — Deu uma outra mordida na torrada, enquanto estudava as feições de Anahi. — Ela quer conhecer você. Se continuarmos neste ritmo de trabalho, poderemos acabar no mês que vem. Que tal se eu a levasse até Londres?
— Eu não estou acostumada a famílias, Alfonso. — Ia pegar a xícara, mas ele segurou-lhe a mão, esperando pacientemente até que ela voltasse a encará-lo.
— Eles são pessoas fáceis, Anahi. São importantes para mim. Você também é importante. Eu quero que eles a conheçam.
Anahi sentiu o estômago contrair-se e baixou os olhos.
— Anahi. — Alfonso soltou um suspiro exasperado. — Quando é que você vai conversar comigo?
De que adiantava fingir que não entendia o que ele queria dizer? Sacudiu a cabeça e evitou o assunto novamente. Quando voltassem para a Califórnia, seriam obrigados a enfrentar a realidade.
— Por favor, conte-me sobre a sua família. Isso vai ajudar quando eu estiver frente a frente com todos eles. O pouco que sei veio pelas colunas de fofocas. — Sorriu. Os olhos pediam a ele que sorrisse também e que não tentasse sondá-la por enquanto.
Alfonso desistiu. Embora frustrado, reconheceu que precisava dar-lhe tempo. Ergueu os ombros e, com um suspiro desanimado, começou:
— Eu sou o mais velho dos cinco. — Apontou para os retratos sobre a lareira. — Michael é aquele que está sorrindo ao lado de uma loira, sua esposa. É procurador. — Sorriu, lemAlfonsoo-se do prazer que sentira ao enviar o irmão para uma boa universidade. Ele havia sido o primeiro da família a receber um diploma de nível superior.
— Não há nada que eu possa lhe dizer sobre a infância dele — observou —, a não ser que vivia metido em brigas.
— Parece-me que encontrou a profissão adequada como advogado — comentou ela. — Continue, por favor.
— Alison é a seguinte. Diplomou-se em Oxford como a primeira da turma. — Observou que Anahi olhava para a fotografia da irmã, loira, frágil e belíssima. — Um cérebro e tanto, o gênio da família — comentou, orgulhoso. — Ela faz coisas incríveis com um computador. Aliás, nesse ponto, ela e o marido têm muito em comum.
— O outro irmão é médico, suponho — deduziu ela ao ver um rapaz de branco num retrato em que a família aparecia reunida.
— Não, Shawn é veterinário. — Havia uma nota de afeição na voz de Alfonso.
— É o seu favorito?
— Se existem favoritos entre irmãos, então eu digo que sim. Ele é uma pessoa adorável, tem um coração de ouro. Quando menino, vivia trazendo animais para a nossa casa. Era sempre ele quem encontrava um passarinho com uma asa quebrada, um cachorro com a pata machucada... Bem, você conhece o tipo.
Não, ela não conhecia, mas não disse nada. A família de Alfonso começava a fasciná-la.
— E a sua outra irmã?
— Moira. — Sorriu. — Ela ainda está no colégio e diz que pretende fazer teatro ou economia. Ou talvez antropologia. Decidida, como você pode ver.
— Quantos anos ela tem?
— Dezoito. Ah, e é sua fã. Tem todos os seus discos. Diz que eles são "chocantes".
— Acho que vou gostar dela. — Percorreu novamente os olhos pelos retratos. — Seus pais devem ter muito orgulho de você. E o seu pai, o que faz?
— É marceneiro. — Alfonso perguntou-se se ela teria consciência do olhar tristonho com que acompanhava tudo o que ele dizia. — Ele ainda trabalha seis dias por semana, embora saiba que dinheiro não é mais problema. É muito orgulhoso e odeia depender dos filhos. — Fez uma pausa para tomar um gole de chá, os olhos pousados em Anahi. — Minha mãe ainda estende as roupas no varal, embora há dez anos eu tenha lhe dado de presente uma secadora. É assim que eles são, e não vão mudar nunca, eu sei disso.
— Você é um homem de muita sorte — comentou ela, com uma ponta de inveja. Pôs-se de pé e começou a andar pela sala.
— Sou mesmo. — Alfonso reparou no andar dela, um tanto agitado. Por que estaria nervosa? — Mas, quando era criança, nunca dei a eles o devido valor. — Fez uma pausa e acrescentou com cuidado: — Para você deve ter sido mais ou menos o mesmo. Sua mãe...
— Alfonso, vamos dar uma caminhada? — cortou Anahi, mudando de assunto. — O dia está tão bonito que é uma pena ficarmos tanto tempo trancados aqui.
Alfonso levantou-se e foi até ela. Segurou-a pelos ombros e obrigou-a a encará-lo.
— Viver é muito mais do que sobreviver, Anahi.
— Eu sobrevivi, intacta — ela lhe contou. — Nem sempre as pessoas conseguem isso.
— Anahi, eu sei que você liga para casa duas vezes por semana, mas nunca me conta nada a respeito. — Lançou-lhe um olhar afetuoso e compreensivo. — Converse comigo, confie em mim.
— Não, não quero conversar sobre isso agora. Não aqui. Estamos tão bem os dois... Para que estragar tudo? Aqui não existe nada que possa nos afetar: nada do passa do, nada do futuro. Oh, Alfonso, você não sabe quantas decisões eu tenho que tomar, responsabilidades que não escolhi. Não quero pensar em nada agora. Preciso de tempo. É tão errado assim? — Segurou-lhe os braços com força. — Esta não pode ser a nossa fantasia, Alfonso? De que não existe ninguém mais, a não ser nós dois? Apenas por enquanto — implorou.
Viu-o morder o lábio.
— Está bem, por enquanto apenas — concordou. — Mas lembre-se, Anahi: as fantasias acabam um dia. Eu quero enfrentar a realidade com você.
Anahi ergueu as mãos e segurou-lhe o rosto com carinho.
— Como Joe, o personagem do filme — lembrou-lhe com um sorriso. — Ele vai de encontro à realidade no final, não é?
Ele a beijou mais demoradamente do que devia. Então, afastou a cabeça e murmurou:
— Às vezes eu me sinto como um personagem de um filme, perseguindo um sonho até o final. Você é o meu sonho, Anahi.
— Não, Alfonso, não sou. Você me trouxe de volta à vida.
— Mas a magia não existe mais, estou certo?
— Por que está dizendo isso? — Ergueu as sobrancelhas. — Claro que existe. Estamos juntos, e isso é o que pode haver de mais maravilhoso, mais fantástico. Ele começou a desabotoar-lhe a blusa, sem despregar os olhos do rosto dela.
— Ainda quer caminhar? — perguntou com ar sugestivo.
— Caminhar? Com toda essa chuva? — Olhou para o sol que batia na janela. — Não. — Sacudiu a cabeça e olhou de novo para ele. — Acho que é melhor ficarmos aqui dentro, até que passe essa horrível tempestade.
Alfonso sorriu e pousou a mão sobre um dos seios, já descoberto.
— Acho que você tem toda razão. Como sempre. — E beijou-a com violência e paixão.



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Autor(a): ayaremember

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A Sra. Pengalley costumava limpar a sala de música primeiro, sempre que Anahi e Alfonso deixavam-na sozinha na casa. Era lá que eles passavam o tempo todo trabalhando — se é que aquilo podia ser chamado trabalho. Ela possuía uma outra opinião a respeito do assunto. Juntou as xícaras, como sempre fazia, e as cheirou. Chá. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 34



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  • traumadarbd Postado em 23/09/2013 - 15:05:30

    que historia mais linda, uma das mais lindas que já li aki na fanfics, arrasou, adorei tudo, Los As mais do que perfeitos

  • isajuje Postado em 10/09/2013 - 17:13:16

    Eu errei ''/ não teve nada de casamento, só o casamento que o Alfonso iria propor antigamente e que revelação, hein? É tão bom ler histórias assim em que tem os seus baixos, acontecem umas tragédias (inevitável na vida, né), mas eles conseguem superar e viver um amor. Obrigada por compartilhar mais esta história conosco <3

  • lyu Postado em 10/09/2013 - 00:42:31

    AMEEEI

  • isajuje Postado em 09/09/2013 - 14:29:10

    CASAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAMENTO KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK' estou apostando nisso, nem falo mais nada U_U

  • steph_maria Postado em 08/09/2013 - 13:41:20

    Kddddddddddddd vc???? morrendo por saber kd o Alfonsoo genteee????

  • lyu Postado em 08/09/2013 - 01:07:09

    ain eu tambem quero saber aonde ele ta, acho q ele nao encontrou o bilhete dela. UI HOT a proxima web

  • isajuje Postado em 06/09/2013 - 11:52:31

    Não vou tirar conclusões precipitadas sobre o Alfonso, mas eu quero saber... Onde está esse bendito desse homem? Será que ele sofreu algum acidente quando saiu com aquele carro? KKKKKKKKKKKKKK é, acho que não porque a mídia já teria conhecimento disso. Eu acho. Se eu fosse a Anahí eu teria pego já um avião de volta para lá U_U

  • steph_maria Postado em 05/09/2013 - 19:49:03

    Pelo amor de Deus kd o Alfonsooo?? muita covardia dele deixar a Anahi sozinha uma hora dessas =/

  • lyu Postado em 05/09/2013 - 02:46:05

    ain meu coração

  • isajuje Postado em 04/09/2013 - 11:43:02

    Posta mais u.u (via celular haha)


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