Fanfic: Além do Bosque - Portinon- (adaptada) -Finalizada- | Tema: portinon

Dulce puxou Anahí até a árvore mais próxima e sem dizer nada começou a escrever seu próprio nome. Amélia apenas a olhava, atentamente, tentando entender o porque daquilo.

- Dulce, qual o seu problema? – Ela perguntou olhando para a árvore. – Porque ta escrevendo seu nome ai?

- Estou escrevendo o meu, e já já escreverei o seu. – Ela parou por um segundo e olhou para Anahí. – Uma vez eu li que quando dois nomes são escritos em uma árvore, o amor dessas duas pessoas nunca morre. – Ela sorriu meio tímida e voltou a escrever o seu nome.

- Nossa Dulce, as vezes fico assustada com tamanha é o seu romantismo. – Ela sorriu feliz deixando a outra ainda mais corada.

- Não quero que o nosso amor morra, não quero que você vá embora, não quero que tudo acabe se mal começou. – Ela disse parando mais um vez com um rosto bem triste.

- Não vai acabar, nunca vai acabar. – Ela segurou o rosto de Dulce com as duas mãos, olhando fixamente em seus olhos. – Eu te amo Dulce!

- Eu também te amo Anahí. – Ela disse quase chorando a abraçando em seguida.

Elas ficaram abraçadas por um tempinho, deixando algumas lagrimas voltarem a tona, mas dessa vez quem chorava mais era Dulce e não Anahí… A loira limpou as lagrimas da morena e beijou sua boca com doçura sorrindo para ela depois.

- Vai, termina de fazer nossas vidas serem unidas para sempre. – Anahí disse engolindo o choro vendo que a outra estava começando a ficar desesperada.

- Sim, é claro… – Ela tentou sorri e voltou a marcar a árvore.

Elas ficaram em silencio em quanto terminava. Dulce só conseguia pensar em uma coisa, que por mais que ela quisesse acreditar, ela sabia que iria perder aquilo que mais amava. Que depois de passar todos os anos de sua vida sozinha, ela ia ter que voltar a ser quem era, e o pior, saber se acostumar com a ausência de Anahí… Já Anahí ainda não havia tirado a ideia idiota de sua cabeça, mas dessa vez parecia tomar coragem para colocá-la em pratica. E foi vendo Dulce daquele jeito, tão vulnerável e frágil, que ela tirou a coragem que precisava.

 Dulce terminou de escrever seus nomes na árvore, um em baixo do outro com um coração entre eles. E ela se virou sorrindo feliz por ter feito aquilo, já Anahí começou a colocar seu plano idiota em pratica, saindo de lá sem dizer nada, entrando na casa como um furacão… A menina dos olhos verdes com a faca não mão, ficou sem entender nada e sem pensar nem uma vez, largou a faca ali mesmo e correu atrás dela.

- Anahí, Anahí? – Ela disse entrando em casa. – O que foi? O que aconteceu? – Ela perguntou assim que a viu próxima a estante com a cabeça encostada à mesma.

- Não foi nada… – Ela disse sem se virar.

- Como assim não foi nada… – Ela se aproximou colocando a mão em seu ombro. – Você saiu correndo, esta passando mal?

- Já disse que não foi nada. – Ela disse seria e se virou bruscamente tirando a mão dela de seu ombro.

- Porque esta mentindo para mim… – Ela perguntou com cara de choro. – Não to entendo essa sua atitude…

- Não to mentindo Dulce, só que… – Ela respirou fundo. – Não da para ficar fingindo que isso aqui é para sempre. Não da para ficar escrevendo nomes em uma árvore se eu vou embora pela manha… Não tem mais eu e você… Não existe mais isso, eu vou embora Dulce, eu vou embora. – Ela se segurava para não chorar.

- Para, porque ta dizendo essas coisas… – Ela deixou as lagrimas rolarem. – Você não precisa ir, pode ficar aqui… Ficar na minha casa…

- Para de ser inocente Dulce… – Ela disse em tom alto passando a mão nos cabelos. – Eu vou, e não volto mais… Meus avós moram do outro lado do pais, e minha mãe já havia me dito que se meu avó fosse para casa nós iríamos morar com eles para sempre…

- Mas porque eles não vem morar aqui com vocês? – Ela estava mesmo desesperada.

- Porque não da, a casa deles é toda equipada, custou uma fortuna para fazer todas as obras, e lá tem um quarto para mim, um para os meus pais e ainda sobra uns dois ou três.

- Não Anahí, você não precisa ir… Por favor… Fica na minha casa, minha mãe te adota como filha.

- Para Dulce, para! – Ela quase gritou. – Para com isso, aceita… Aceita que acabou, foi maravilho o tempo que passamos juntas, mas acabou, daqui para frente vai ser como antes, você sozinha e eu sozinha… – Anahí estava sentindo seu coração ser pisoteado por elefantes.

- Não… – Ela chorava com vontade. – Não acabou nada… Não tem que ser assim… – Ela tentou de aproximar de Anahí, mas ela recuou.

- Aceita… Acabou! – Ela gritou e foi em direção a porta.

Dulce estava cega, e uma dor tão grande tomava seu coração, que ela seria capas de fazer qualquer coisa para fazê-la amenizar. E sem pensar nenhuma vez ela foi atrás de Anahí segurando seu braço ainda na varanda.

- Não acabou Anahí… – Ela disse olhando nos olhos da outra, que estavam completamente marejados. – Está apenas começando!

Dulce a puxou para mais perto, fazendo seus corpos colarem um no outro. Encararam uma os olhos da outra e em seguida os lábios. Anahí estava imóvel e sabia que se Dulce a beijasse ela se renderia, e tudo que ela havia feito nos últimos minutos iria por ralo a baixo… Mas não foi diferente. Dulcea beijo com vontade, como se quisesse engoli-la para não ter que perdê-la… A loira por sua vez não resistiu e a beijou do mesmo jeito, com a mesma vontade. E a abraçava com tanta força que parecia querer fazer delas uma só. O beijo acabou pela falta de ar, e ainda abraçadas, grudadas, com as bocas próximas e de olhos fechados Dulce perguntou…

- Acabou mesmo? – Ela sussurrou com a voz ofegante

- Não… – Ela respirou antes de prosseguir. – Esquece tudo que eu falei e me beija de novo…