Fanfic: Além do Bosque - Portinon- (adaptada) -Finalizada- | Tema: portinon

Ali na varanda da pequena casa no bosque, Anahí e Dulce se beijavam entre lagrimas que escorriam dos olhos de ambas. Se abraçavam com tanta força, que pareciam apenas uma pessoa. Mas era isso que elas queriam, que virassem uma só e nunca mais se separassem…

O plano idiota que Anahí teve de brigar com Dulce para que ela sentisse raiva dela e logo a esquecesse foi em vão, e depois de tudo que ela havia passado na ultima hora apenas uma coisa vinha em sua mente… Aos poucos Anahí foi parando o beijo e com as duas mãos ela segurou no rosto de Dulce olhando fixamente em seus olhos que ainda se abriam… Elas se encararam por alguns segundos até que a loira pegou em uma das mãos da outra e foi levando-a até o quarto, onde parou próxima a cama a abraçando com força.

- Faz amor comigo? – Anahí cochichou no ouvido de Dulce.

Dulce não disse nada, apenas apertou o abraçado como um sinal de sim. E mesmo sem nenhuma delas nunca ter feito nada parecido, e nem saber realmente como se fazia algo do tipo, elas começaram a se beijar com carinho e amor… Um beijo longo e gostoso que foi o suficiente para fazer com que algo dentro delas acendesse. Ainda de pé próximas a cama Anahí começou a tirar a blusa de Dulce, mas sem deixar de beijá-la um só segundo, beijava seu ombro, seu braço, seu pescoço, sua orelha, cada pedacinho do corpo da outra. Aos poucos ela despiu a menina dos olhos verdes por completa, deixando-a do mesmo jeito que mais cedo, na hora do banho. Após tirar toda a roupa de Dulce, Anahí beijou seus lábios e passou a mão em toda a suas costas sentindo a pele macia e quente em contato com a dela… Por suas vez, Diana fez o mesmo ritual que a loira, tirando cada pedacinho de roupa que cobria seu corpo, o beijando o tempo todo, o admirando… Estava sendo como tinha que ser, sem pressa, com medos, receios, e muita vontade de descobrir o novo… Anahí sentou-se a cama, se arrastando até o meio dela, fazendo com que a outra subisse sobre seu corpo já beijando sua boca…

Dali tudo aconteceu ao comum, fizeram amor com tanta magia e pureza, que qualquer ser na face da terra, teria parado para assistir a dança linda que aconteceu entre elas. Tudo se encaixou perfeitamente, e mesmo com todos os medos, foi a coisa mais perfeita que elas fizeram… E ali elas tiveram a certeza de que eram sim, um o amor da vida da outra, como duas almas que foram separadas… Verdadeiras almas gêmeas.

Depois de fazerem amor até cansarem, elas ficaram ali, deitadas, nuas, abraçadas, se olhando, se acariciado, se amando, mas nada era dito, na verdade nada precisava ser dito. Muitas vezes, gestos e atitudes falam mais que mil palavras… E do jeito que estavam adormeceram tentando esquecer todo o mal que havia acontecido, toda a dor que estavam sentindo… Era só isso que elas realmente queriam, ficar juntas para sempre, naquela casa pequena, na clareira distante…

Na outra manha Dulce acordou sentindo-se a pessoa mais feliz do mundo, parecia que ia levitar de tanta felicidade. Abriu os olhos já sorrindo e olhou para o lado, mas assim que viu a cama vazia e um bilhete no travesseiro que Anahí havia dormido, seus olhos se encheram de lagrimas… A morena sentou-se, pegou o bilhete já sentindo seu coração em mil pedaços, e mesmo antes de começar a ler as lagrimas transbordaram de seus olhos.

“Dulce  ... Me desculpe por ter ido assim, sem ao menos dizer adeus te olhando nos olhos… Mas vocês estava dormindo tão bem, com um sorriso tão gostoso nos lábios, que não tive coragem de te acordar, sabendo que o seu sorriso iria se transformar nas suas e nas minhas lagrimas… Sei que estou sendo egoísta, mas prefiro que seja assim, quero que lembre de mim sorrindo e não chorando, assim como quero lembrar de você desse jeito, com a cara emburrada ou com as bochechas coradas… Eu te amo de mais meu amor e te peço que nunca se esqueça de mim, que se por um acaso começar a não lembrar mais, venha até o lago, veja nossos nomes gravado na árvore, entre em nosso quarto, feche os olhos e lembre da noite mágica que tivemos juntas… Me espera esta bem? Porque eu prometo, um dia eu volto para te buscar. Te amo, beijos da sua Anahí.”

Foi como se tivessem esfaqueada o coração de Dulce. A dor que ela sentia era tanta, que ela faria qualquer coisa para fazer aquilo parar de dor… E como um furação ela largou a carta sobre a cama, colocou apenas roupa o mais rápido possível, correu descalça pelo bosque como uma louca. As lagrimas eram tantas que quase a cegava fazendo-a quase cair varias vezes… Dulce  correu tão rápido que pareceu chegar à casa de Anahí como um piscar de olhos… Mas já era tarde, a casa estava fechada e a única pessoa que ela encontrou foi sua própria mãe, que estava desesperada atrás dela, indo com o policial para o ultimo lugar que ainda não havia procurado pela filha, no IML.