Fanfic: Além do Bosque - Portinon- (adaptada) -Finalizada- | Tema: portinon

Anahí acordou primeiro pela manha, se espreguiçou como se tivesse tido um sonho bom, olhou para o lado e viu Dulce ainda dormindo, sentiu aquela mesma sensação de anos atrás, de quando dormiram pela primeira vez naquela casa, sentiu felicidade, amor, carinho. Os cabelos de Dulce estavam como ela mais gostava, solto, bagunçado, espalho pelo travesseiro. Um leve sorriso de canto no rosto da outra, algo como permanente… Amélia sentou-se a cama tirando o lençol de cima delas, deixando as costas e a bunda de Dulce a mostra. Com um sorriso gostoso a loira foi em direção a outra, beijando suas costas com muita calma e delicadeza. 

- Huum… – Dulce murmurou sorrindo.

- Já é dia meu amor… – Anahí disse e continuou a beijar seus costas.

- Eu to cansada… – Ela disse ainda de olhos fechados, sem mover um músculo.

- Quer que eu faça essa canseira passar? – Anahí parou de beijá-la sentando sobre suas costas, encaixando seu sexo em sua bunda. – Posso fazer você nunca mais querer dormir. – Ela disse ao pé do ouvido beijando seu pescoço no final.

- Anahí… – Ela disse meio rindo. – Você esta brincando com fogo!

- Eu gosto de me queimar… – Anahí disse ao passar a língua em sua orelha.

- Você esta ferrada… 

Dulce em um movimento rápido e meio brusco virou, fazendo Anahí cair ao lado dela, ficando por cima da loira e sorrindo com o sorriso mais safado do mundo. 

- Bom dia… – Dulce disse meio cafajeste.

- Bom dia… – Anahí disse do mesmo jeito que ela.

- Quer ver eu te deixar maluca? – Dulce sorriu de canto.

- Quero… – Anahí disse baixinho.

Diana beijou sua boca com pressa, depois abaixou seus beijos para o queixo, pescoço, colo, seios, barriga e umbigo. Anahí já se encontrava de olhos fechados, entregue a ela, completamente entregue… Dulce beijou sua coxa, lambendo até sua virilha, que foi onde ela parou e olhou com seu sorriso torto para a outra, fazendo-a olhar também. Dulce levantou ainda sorrindo, como se tivesse achando graça de alguma coisa e colocou uma calcinha que estava em cima do gaveteiro.

 - Hey, o que você esta fazendo? – Anahí sentou-se com pressa.

- Indo tomar café… – Dulce ainda sorria.

- Não vai não, você vai ficar aqui… – Anahí se ajoelhou na cama sentando segurar em seu braço, mas Diana se afastou.

- Vamos tomar café da manha minha loira, vamos curtir esse lugar, passamos o dia todo aqui dentro ontem… – Ela falava da porta.

- Não acredito que você esta falando serio… – Ela disse meio irritada.

- Sim, eu disse que ia te deixar maluca! – Dulce disse ao rir.

- Você não presta Dulce, não presta. – Ela levantou da cama meio irritada, mas com um certo sorriso no rosto. – Se é assim que você quer brincar é assim que vamos brincar. – Ao terminar de falar ela abriu uma gaveta pegando uma calcinha lá dentro e a colocando.

 Tomaram café na varanda, alguns biscoitos com café preto, mas a todo momento elas se provocavam, se implicavam, era como ter dezesseis anos outro vez. Chegaram a se beijar algumas vezes, mas uma sempre parava dizendo que era hora do café, hora do descanso e outras bobeiras mais. Terminaram o café, Dulce recolheu as coisas enquanto Anahí foi até o antigo toca disco e colocou um para tocar. Dançaram aos risos, pisando uma no pé da outra, se beijaram mais algumas vezes, mas do mesmo jeito de antes uma sempre parava dizendo alguma bobeira como ‘esta na hora da dança’ ‘esta na hora de pisar no pé’… Estavam brincando e se amando o tempo todo, o tempo parecia não existir para elas para fora, elas não tinham nem noção de horas eram e a quanto tempo elas já estavam naquela casa… Depois de Anahí empurrar Dulce no sofá e sair correndo casa a fora começou a brincadeira outra vez. A morena correu atrás da outra até agarrá-la por trás, encostá-la em uma árvore e fazer amor com ela ali mesmo…

 Lá estavam elas, deitadas em baixo de uma árvore como dois animais sem pudor algum…

- Estou toda suja… – Anahí disse sem fôlego.

- Não seja por isso!

Dulce levantou em um salto puxando a mão de Anahí fazendo-a levantar do mesmo jeito. E como uma criança feliz puxou a loira correndo até o lago, entrando junto a ela. Se beijaram e se amaram mais uma vez. Era como se mesmo cansada a energia delas nunca acabasse, nunca era o suficiente para ficarem totalmente satisfeitas. Sempre queriam mais e mais…

 - Anahí… – Dceu disse depois de um longe tempo em silencio ainda dentro do lago.

- Oi… – Ela olhou em seus olhos.

- Como você vai dizer ao seu noivo que não vai mais se casar com ele.

 Anahí pareceu ficar pálida, era uma pergunta que ela não esperava, e para falar a verdade ela nem tinha uma resposta.

 - Dulce… – Ela hesitou antes de continuar. – Eu não sei o que fazer… Ainda estou confusa.

- Como assim confusa Anahí? – Ela a olhou séria. – Você deixou tudo para trás, veio atrás de mim, me procurou e esta comigo aqui agora…

- Sim eu estou com você aqui agora, e se eu estou é porque eu quero, porque eu te amo, mas não posso simplesmente chegar nele amanha e dizer: Oi Poncho, depois desses dez anos eu estou te largando para ficar com a Dulce esta bem?

- E qual o problema de dizer isso? – Ela estava ficando irritada.

- Todos Dulce, todos, ele é meu amigo em primeiro lugar, eu tenho que pensar no que vou fazer…

- Não acho que tenha que pensar nada, acho que no momento em que decidiu vir para cá comigo você fez a sua escolha..

- Não Dulce, eu não fiz, se eu vim é porque eu ainda tinha duvidas, eu vim para ter certeza do que eu queria. – Elas estavam uma de frente para outras, falando em um tom mais alto, ainda dentro do lago.

- Ah, então é isso? – Dulce disse com raiva. – Foi tudo um teste para você foi, para você ver se era bom ou não… E pelo visto não foi como você pensava já que ainda tem duvidas. – Dulce deu as costas indo em direção a casa saindo do lago, mas parou e voltou a olhar para ela. – Eu pensei que você ainda era a mesma Anahí, pensei que ainda gostava de mim, mas agora eu vejo que estou enganada, vejo o quanto idiota eu fui todos esses anos… Você não presta… E agora que teve suas horas de rebeldia, que teve seu prazer e sua prova acho que já pode voltar para aquele cara… – Ela terminou de dizer e continuou o caminho.

- Calma Dulce, espera, não é desse jeito… – Ela foi atrás.

 Anahí tentou alcançá-la, mas Dulce logo entrou em casa indo direto ao quarto. A loira entrou logo atrás vendo a outra andar de um lado para o outro sem saber o que fazer.

 - Você entendeu tudo errado Dulce, tudo errado, não tem nada haver isso que você esta pensando! – Amélia disse parada a porta.

- Tudo errado Anahí, tudo? Mas foi você quem disse, foi você quem falou, e não eu! – Ela parou de andar olhando para ela, falando quase aos gritos.

- Sim Dulce, posso ter me imposto de uma maneira errada, mas isso não quer dizer que você seja só um teste para mim. Você é muito mais que isso, na verdade você é tudo… Aqui com você eu me sinto viva, me sinto eu, me sinto livre… 

Dulce não disse nada, abaixou a cabeça e pareceu refletir sobre o que havia acabado de ouvir.

 - Quem você quer Anahí? Eu ou ele? – Ela disse seria e firme.

- Eu… – Ela abaixou a cabeça. – Eu não sei…

- Ta vendo… – Ela gritou. – Sai Anahí, sai! Não quero mais ser seu passa tempo, vai embora daqui! Eu já me machuquei de mais nessa vida, não quero mais perder tempo te amando sozinha…

- Não Dulce… – Ela disse chorosa. – Não diz essas coisas… Eu amo você…

- Não ama nada, para de mentir para mim, para de fingir!

- Eu não to fingindo Dulce, eu amo você, eu quero você… – Ela disse chorando e se aproximando dela.

- Se você me quer vai ficar só comigo, e vai terminar com ele hoje. – Ela disse olhando em seus olhos.

- Não posso fazer isso… Vê se me entende Dulce, por favor… – Anahí tentou segurar na mão da outra, mas ela a rejeitou.

- Não… – Dulce disse meio falhada pelas lagrimas que começavam a querer descer. – Vai embora daqui… Vai embora…

- Dulce… – Anahí a chamou de frente para ela, mas ela não disse nada, estava de olhos fechados parada. – Dulce… – Ela a chamou mais uma vez. – Olha para mim Dulce… – Ela dizia com o choro na voz. 

Dulce abriu os olhos lentamente, olhando para os azuis mais lindos e molhados que ela já havia visto na vida. Anahí sorriu de canto para ela, colocou a mão no rosto da outra e selou sua boca entre lagrimas. Dulce não mexeu um músculo se quer, nem piscar ela piscou, parecia que tinha petrificado.

- Se é para terminar assim… – Anahí disse tentando não deixar a foz falhar. – Que eu pelo menos guarde o gosto de sua boca para sempre.

Foi a ultima cosia que ela disse antes de pegar uma toalha em cima da cama, se enrolar nela e sair pela única porta de saída da casa