Fanfic: Apenas um beijo (Damon e você) | Tema: The vampire diaries

Querido diário

Eu me sinto a pessoa mais estupida no mundo perdendo meu tempo expressando no papel meus sentimentos. Mas eu necessito fazer isso. Eu necessito escrever o que eu sinto por dentro, senão eu acho que sou capaz de explodir. Mas agora penso que seria uma boa ideia explodir nesse momento, assim eu não necessitaria ver a Damon Salvatore outra vez.

Em nesse maldito momento eu ñ quero falar sobre ele, eu tenho coisas mais importantes que fazer do que escrever o seu lindo nome. (querido diário ñ se engane por favor, eu só estou sendo irônica)

Agora estou num quarto pequeno e sem graça, a Sr. Flores pode ser muito simpática mas tem um terrível mal gosto para a decoração de um quarto. A janela é tao pequena que quase ñ entra aire nesse quarto, e é por isso que cheira um pouco a mofo.

Ao principio o único que eu queria era tomar um bom banho, coisa que eu fiz. Mas agora, eu estou sentada nessa cama com desenhos florais, e o sono ñ chega. Eu acho que o árvore foi mais eficaz na hora de me dar sono. Porque quando eu estava embaixo dele dormi na hora, e nessa cama eu já estou esperando a quase meia hora e o sono ñ vem de jeito nenhum.

Mas bem la no fundo eu sei quem é o causante do me insonio, Damon Salvatore. DEMÔNIOS, EU ESCREVI SEU NOME OUTRA VEZ!

Bem...eu tenho que deixar de pensar nele, e começar a analisar o que a Sheriff Forbes me contou.

O que mais me estranha disso tudo foi o fato das bruxas ñ me haverem dito nada sobre Lucy Bennett haver salvado Bonnie e Stefan.

Em realidade, as bruxas só dizem o que elas querem e isso algumas vezes me fazem ficar furiosa.

Cada dia que passa, eu me pergunto porque essas malditas bruxas me perseguem, e porque me deram o poder de Bonnie Bennett.

Eu quando era mais jovem, tentava entender porque elas me escolheram a mim para ser a portadora de tanto poder, e algo me dizia que isso ñ seria uma boa sorte, senão mais bem uma mala, e das bem pesadas.

Eu sabia isso muito bem, porque de uns tempos pra cá eu tinha visto que bonnie tinha mudado muito, e por mais que eu fosse uma menina sem experiencia, eu era capaz de ver isso na cara dela. E agora isso estava acontecendo a mim também.

Desde aquela noite faz 10 anos atrás, quando eu ainda tinha 13 anos e estava fugindo as escondidas sem saber de que o de quem com a minha vó e minha prima, algo me havia acontecido.

Ainda me resulta difícil de explicar-lo, mas eu necessito liberar isso que tem dentro de mim.

Eram já a meia noite, e eu ñ entendia porque a minha vó tinha tanta pressa de sair de Mystic Falls, mas qualqueira que tivesse olhos podiam ver que ela estava assustada e com medo de algo.

Minha prima Cristina já ñ estava para nada bem, e sempre me falava coisas estranhas como, "o monstro que me seduziu, seduzirá você também."

Mas a diferença da minha prima e a minha avó eu ñ tinha medo, senão pesar.

Eu ñ queria abandonar Mystic Falls, eu ñ queria deixar o lugar que durante 13 anos tinha sido meu lar. Mas minha vó era como uma mãe para mim, e eu a seguiria a onde quer que ela vaia, menos é claro, para o céu, ou talvez outro lugar mais cálido e melhor que este maldito mundo.

Mas eu acho que por mais que minha avó tinha tentado fugir, já tarde demais. Porque quando estávamos no ponto da estação para pegar o trem que tardava em vim, algo aconteceu, e isso mudou a nossa relação para sempre.

Uma luz que vinha de longe me atingiu de golpe. Ao principio eu só pude sentir dor, e incluso se podia dizer que eu sentia que estava morrendo, como se alguém me estivesse tirando o aire para respirar. Eu podia ver em momentos lúcidos a cara da minha vó desesperada e ao mesmo tempo submissa ao que me estava acontecendo, como se soubesse que já era tarde demais para eu ser salva.

E depois... a dor parou de golpe, e tudo o que eu senti foi paz, e uma estranha força interior que me fazia pensar com clareza e concisão como nunca antes tinha pensado.

Algo me dizia que essa força era minha por direito, mais do que a qualquer pessoa do mundo, e era todo meu agora.

Dois dias depois de haver recebido tanto poder, começou os pesadelos. Eu via morte, eu via bruxas queimando vivas, e pior ainda, eu sentia a dor de cada uma delas como se fosse eu que estivesse queimando naquelas fogaças das trevas. Era assim como a minha vó a chamava fogaças das trevas.

Foi horrível ver pessoas desconhecidas morrendo e ñ poder fazer nada para ajudar-las, isso chegava a ser insuportável. Até que depois de um mês de pesadelos, os sonhos pararamcomo arte de magica.

Mas então, eu comecei a sonhar com as pessoas que eu conhecia e as via correndo perigo, e sentia que devia salvar-las a tempo, e isso foi o que eu fiz durante esses 10 anos. Algumas vezes eu maldizia esse poder por ñ haver chegado a tempo de eu ter salvo a minha prima das mãos de Damon Salvatore. Por mais que eu ñ sequeira soube o que ele fez a ela.

Até que um dia tive um sonho que uma terrível criatura com cara de anjo destruía Mystic Falls inteira sem que ninguém pudesse fazer nada. E esse foi o pior sonho que eu tive depois das mortes daquelas bruxas.

E naquele momento eu soube qual era o meu trabalho, avisar aos vampiros de Mystic Falls para que se preparem para a batalha, e ajudar com os meus poderes que em realidade ñ eram meus, e que com toda certeza teria que devolver-los para a mulher a quem eles pertencem, Bonnie Bennett.

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Então, deixei de escrever no diário e me levantei daquela cama cheia de desenhos florais. Eu nunca antes tinha pensado em escrever um diário, mas desde ontem,quando cheguei em Mystic Falls as minhas lembranças também voltaram junto comigo para me atormentarem. E o único modo de acalmar-las era expressar-las no papel.

Peguei minha maleta de mal jeito, e vi sem vontade alguma as roupas que tinham dentro. Hoje fazia calor, assim que resolvi por o meu vestido de crochê que a minha vó tinha feito pra mim um ano antes dela partir para a outra vida, a qual eu conhecia tao bem como minhas próprias mãos. Porque ao final de contas, eu tinha morto 101 vezes em sonhos contando também com a morte de Bonnie Bennett.

Mais logo deixei de pensar nisso, porque morrer não era nada confortável, pensei com ironia ao lembrar da dor que passei anos atrás.

Peguei minhas sandálias Ipanema, e baixei pelas escadas que davam a cozinha da Sr.Flores. Com toda certeza a sua cozinha sempre olia de maravilha, pois essa mulher sempre teve mão para cozinhar.

"Ola querida!! você já se sente melhor?" eu a olhei com um pequeno sorriso na cara.

"Com certeza Sr.Flores!! esse banho quente me veio de maravilha!"

"Eu sabia que te iria bem querida. Antes você parecia tao molenga...E agora, com toda certeza esta mais revigorada" Eu sorri pra ela outra vez.

Algumas vezes essa mulher parecia uma adivinha, pois ela sempre acertava como era o meu estado de ânimo. Isso algumas vezes podia chegar a ser incômodo. Mas ela sempre fala com doçura, e isso a faz unica. Ainda me pergunto se alguém foi capaz alguma vez de odiar-la.

"Sr.Flores...eu tenho que ir agora, okay?"

"Mas porque tao cedo? você ainda não comeu nada querida."

"Eu tenho que fazer algo importante primeiro. Depois nos sentamos naquelas poltronas ali fora, e eu prometo te contar tudo o que eu fiz em São Francisco. TODOS OS DETALHES" Falei brincalhona ,

Mas a Sr,Flores não sorriu, ela parecia preocupada, como se soubesse que eu não voltaria tao cedo pra cá.

Eu sorri para ela como dizendo que eu sei cuidar de mim muito bem sozinha, e ela voltou a assentir com a cabeça.

"Adeus Sr.Flores!!!" gritei quando já estava saindo da pensão, e ela simplesmente moveu a sua pequena cabecinha que parecia de porcelana de tao pequena que era. Algo me dizia que isso era um sinal, mas eu fui muito tonta para não enxergar-lo.

Caminhei como meia hora antes de conseguir ver uma mansão enorme ao longe. Mas quando faltava uns 100 metros para chegar,eu tive um mau pressentimento.

Todos os meus sentidos me diziam "Corre, Corre,Corre!!" mas eu não podia deixar de caminhar até aquela casa. Mystic Falls devia ser salva, e eu também devia ter coragem o suficiente para me afrentar ao dono daquela casa. Aliás, se ele tentasse fazer algo, eu o faria sofrer com os meus poderes. E ele teria que me pedir de joelhos para que eu pare de fazer a ele sofrer.

Então, pisei os primeiros degraus que dão a porta de entrada daquela casa.

E ainda me culpo pela minha estupidez de não haver sentido o olhar de alguém me vigiando antes.

De repente ,senti que alguém me puxava e me prensava contra uma parede, ao principio só fui capaz de ver estrelas pela rapidez que foi tudo.

Mas depois de um momento, quando fiquei um pouco mais lucida fui capaz de ver um par de olhos azuis mais frios que um iceberg. E nesse momento não foi necessário olhar outra coisa mais para saber quem ele era. Eu sabia incluso antes de olhar-lo aos olhos. Ele era Damon Salvatore.