Fanfics Brasil - 4 As lembranças sempre voltam, mas o passado não 7 dias para te amar

Fanfic: 7 dias para te amar | Tema: The vampire diaries


Capítulo: 4 As lembranças sempre voltam, mas o passado não

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Terça-feira pela manhã... cont.


 


 


 


Hoje o tempo parecia estar a meu favor. Pensei sentada no banco do jardim do asilo com um ventinho fresco bagunçando meus cabelos brancos, que algum dia foram pretos.


 


Antes eu levava cabelo curto estilo Vitória Beckham, mas com o tempo ele cresceu e eu ñ tive vontade de corta-lo.


 


 


 


Olhei ao redor para ver se Mery vinha, e nada. Essa menina sempre gostava de chegar tarde pensei sorrindo.


 


 


 


E foi então que eu senti que estava sendo observada, e me girei na direção que acreditava ser a certa, mas me encontrei com o olhar de um corvo mais grande do normal que me olhava profundamente.


 


 


 


"Eu acho que incluso o corvo sabe que todos daqui vamos morrer em algum momento." Falei sorrindo, mesmo estando triste. Mas quando voltei a olhar, o corvo já tinha desaparecido. Isso foi estranho.


 


O paisagem ao meu redor era lindo. Por mais que o lugar ñ era de grande beleza.


 


E de repente, me invadirão vários sonidos pelo ouvido. O ruido do vento, um chirriar da cadeira velha, o toque, toque do meu dedo contra o banco e muitos mais. Mas o que mais me emocionou foi um sonido diferente do quotidiano. Foi um sonido de despedida, foi o canto celestial de uma cigarra se preparando para morrer. Muitos pensam que as cigarras são bichos molestos, que fazem aqueles ruídos terríveis. Mas eu penso o contrario, eu acho que aquele ruido terrível é uma linda canção cujo poucos conseguem entender, é a sua canção da despedida, é a sua canção do adeus. Então, prestei toda a minha atenção naquela pequena cigarra que cantava a plenos pulmões sem parar.


 


Ela estava pousada em um arvore ñ muito longe meu, e cantava com orgulho sabendo que morreria feliz de ter feito seu trabalho seja ele o que fosse. E eu tive vontade de cantar junto com ela, porque eu sabia que por mais que ñ tivesse vivido o suficiente minha vida, ela já estava por um fio. Assim que comecei a tatarear uma velha canção que qualquer ser vivente conhecia.


 


"Se essa rua, se essa rua fosse minha


eu mandava, eu mandava ela brilhar


com pedrinhas, com pedrinhas de brilhantes


só pro meu, só pro meu amor passar...."



"A senhora canta muito bem." Mery falou chegando de repente com uma taça de café e meus comprimidos.


 


"Eu só estava ajudando a cigarra para que ela ñ tenha medo de partir sozinha. É um caminho assustador as estradas dá morte." Falei ainda escutando o som do cantar da cigarra.


 


Mery ficou me olhando por um bom tempo, e eu ñ soube interpretar seu olhar. Logo depois se sentou a meu lado e me ofereceu só o café, porque jogou meus comprimidos longe.


 


"Eu ñ acho que você queira tomar-los realmente, verdade?" Mery me perguntou sem esperar uma resposta. E eu sorri.


 


Eu acho que bem lá no fundo ela já sabia que eu estava morrendo de todas as maneiras, então porque me fazer tomar aquelas porcarias de remédios?


 


"Você adivinha meus pensamentos." Falei sorrindo sentindo um vento cálido passar entre as mechas do meu cabelo e abrir um pouco meu casaco.


 


"Eu acho que sirvo pra ser vidente. Que tal uma segunda Raven?"


 


"Quem é Raven?" Perguntei sem intender.


 


"Wow! é aquela série da canção que você gostou...Se você quer ver o futuro, o futuro." Mery cantou o começo da canção.


 


"AH! agora eu me lembro, você esta falando da série as visões da Raven." E Mery assentiu sorrindo.


 


"Você quer que eu comece a ler agora?" Mery me perguntou e eu fiz com a mao para que calasse a boca por um momento.


 


"Você escuta isso?" perguntei.


 


"Isso que?" Mery falou ñ intendendo.


 


"A cigarra deixou de cantar...." Falei. "Ela esta em paz agora." sussurrei dessa vez me girando e a vendo estirada no arvore e imóvel.


 


"Que vivas para sempre na memoria dos arvores, por que eu jamais te esquecerei pequena." Falei mentalmente me despedindo, e Mery me olhou sem expressão alguma na sua cara.


 


"Pode começar agora, Mery" Falei me recostando no banco e fechando meus olhos. Como se estivesse me preparando para ñ só reviver o passado, senão voltar nele e fazer tudo outra vez.


 


"Querido diário...." Mery começou, e o passado voltou a ganhar vida outra vez. Eu podia sentir meus cabelos ficando curtos e minha pele arrugada rejuvenescendo enquanto Mery dizia cada palavra do meu diário. Meu camisolão se transformava em um jeans apertado com uma camisa laranja que dizia "Bite me" na


frente. Meu sorriso já sem brilho começava a ter aquele mesmo toque sério e sonhador de antes.


E quando me dou conta. Estou em Nova York, olhando um bar fedorento e de aparência assustadora, e nojenta.


 


"Senhora Gabriela?" Mery deixa de ler por um momento me olhando preocupada.


 


"Continua, ñ pares por favor." Falei emocionada.


 


"Esta bem..." Mery continuou. "Entrei em um bar no qual jamais esquecerei..." Mery continuou lendo e eu voltei no meu mundo no qual eu era a Gabriella de antes.


 


Entrei no bar um pouco assustada, eu nem sabia que demônios estava fazendo ali. Eu só tinha seguido meu coração, e foi então que o vi. Ele estava sentado perto do caixa acabando com todas as bebidas do estoque do Barmen. E vi como ninguém fazia nada para para-lo.


Quando caminhei até ele, um velho tinha piscado pra mim, e eu tive vontade de vomitar. Eu era invisível para os homens mas descobri naquele dia que ñ era para os velhos.


Me sentei do seu lado e pedi uma coca-cola. Mas ele nem sequer me olhou na cara. Eu ñ era demasiado bonita para ele levantar seu olhar da estupida bebida. Assim que falei.


 


"Beber demais ñ vai mudar as coisas companheiro." Falei o vendo tomar um copo de uísque de um só gole.


 


"Se eu quisesse uma puta, já a haveria chamado." O desconhecido me falou sem nenhuma edução.


 


"E se eu quisesse um bêbado, o teria pegado em uma esquina, seu mau educado." Falei querendo quebrar sua cara por me haver chamado puta.


 


"Bem...olha só como é a vida. Nós dois ñ nos buscamos o um ao outro, assim que ou vai pra merda ou pega uma bebida e bebe. " O desconhecido falou sorrindo pra mim. Ele parecia verdadeiramente um pobre desgraçado, e eu estava sozinha no apartamento com meus amigos de ressaca me enchendo o saco.


 


"Eu ñ bebo." Falei tomando minha coca-cola.


 


"Pois você esta perdendo o paraíso, boneca." O desconhecido me falou sorrindo satisfeito.


 


" Se você acha que ter uma ressaca ao dia seguinte é o paraíso, que aproveite senhor alcoólico." Falei a proposito. E ele me olhou com mala cara.


 


Mas antes que ele fizesse algo, alguém colocou uma canção inapropriada para um lugar cheio de homens machistas como esses. E o pior foi quando tocou o estribilho


 



 


♪ It`s raining men


 


Está chovendo homens


 


Hallelujah it`s raining men, Amen


 


Aleluia Está chovendo homens, Amém


 


I`m gonna go out


 


Eu vou sair


 


I`m gonna let myself get


 


Eu vou pegar um para mim


 


Absolutely soaking wet


 


E com certeza beber muito 



 


 


 


 


 


Eu comecei a rir sem parar, sem saber que todos os homens do bar me olhavam com caras hostis. Eu acho que eles pensarão que foi eu que coloquei essa canção. E descobri tarde demais que um deles vinha pra cima de mim se preparando para lançar um soco, quando de repente uma mão o impediu a tempo com uma rapidez incrível. E eu descobri que quem foi o salvador de eu ñ ficar com uma cara roxa foi o bêbado que me chamou de puta agora pouco.


 


 


 


Eu fiquei um pouco em choque mais me contive e indaguei um agradecimento.


 


 


 


"Obrigado.." Falei sem jeito.


 


 


 


"Cala a boca e sai daqui." O desconhecido falou me puxando pra fora do bar, e encarando a todos os homens que me olhavam raivosos.


 


 


 


Assim que saímos pra fora ele soltou uma maldição.


 


 


 


" Ñ entre em bares como esse, garota. Você ñ vai encontrar a outro bêbado disposto a te salvar de uma boa surra." O desconhecido falou voltando a entrar no bar sem eu saber seu nome. Mas eu queria que ele soubesse o meu.


 


 


 


"Ñ é garota, senão Gabriela. E PUTA É A SUA MÃE!" Falei em auto e bem som para que ele escutasse. Mas ele ñ se girou, simplesmente bateu a porta do bar com força sem olhar pra trás.


 


 


 


"E essa foi a primeira vez que o vi, desejando jamais poder voltar a ver sua cara..." Mery terminou de ler sorrindo.


 


 


 


 


 


E eu abri meu olhos sorrindo também.


 


 


 


"Ele era um filho da puta." Mery falou e eu concordei.


 


 


 


"Eu diria que um boca suja. E nesse dia eu só fiquei chateada de ñ ter lavado a sua boca com sabão." Falei tocando meu cabelo, e vendo que estava branco e grande outra vez. Eu queria que ela continuasse lendo, mas eu sabia que isso seria abusar da sua hospitalidade.


 


 


 


Mery gargalhou e eu senti que alguém me olhava outra vez. Mas só que dessa vez eu tive certeza de quem era: Damon.


 


 


 


Ele também estava escutando a nossa história. Pensei pedindo que Mery me ajudasse a levantar do banco e me levasse pra dentro outra vez.


 


 


 


"Você ñ quer que eu continue?" Mery perguntou desapontada.


 


 


 


"Isso já foi suficiente por hoje. Verdade?" Perguntei me girando e encarando o corvo que apareceu outra vez. Isso já havia sido o suficiente.Falei pra mim mesma enquanto Mery fechava o portão do jardim e o corvo se perdia da minha vista.



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Autor(a): mmm123577

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