Fanfic: Irresistível | Tema: Light

Camila - Mientes

Dulce deu um grande bocejo enquanto colocava leite em uma tigela rosa pink. Empurrou o cabelo para trás da orelha, atravessou a cozinha e colocou o sucrilho na mesa.

-Onde está Ucker? - (Alex perguntou, pegando a colher)

-Não sei - (Dul respondeu mecanicamente)

Dulce  sentou-se em uma cadeira na frente da filha e colocou os pés sobre a cadeira, se encolhendo. Estava exausta e os músculos da coxa doíam. Não sentia tanta dor desde as aulas de aeróbica que fizera três dias por semana no ano passado.

-Ucker provavelmente está correndo de novo - (Alex disse)

Alex pegou uma porção de sucrilhos com a colher e enfiou na boca. Dormira com o cabelo com as duas trancinhas e agora ele estava crespo e frisado. Uma letra "O" verde caiu em seu pijama da princesa Jasmine e Alex jogou-a de volta na tigela.

-Provavelmente - (Dul respondeu, imaginando...)

Tinham feito amor em diversos locais, com o grand finale na jacuzzi. Dulce o ensaboara por inteiro e ía beijando as partes que enxaguava . Ucker dera o troco lambendo as gotas de água da pele dela. Dulce diria que os dois tinham feito um trabalho completo.

Dulce, fechou os olhos e viajou naquele corpo...naqueles braços fortes e no peito esculpido. Imaginou-se passando as mãos nas costas e na bunda musculosa..., suas mãos e língua percorrendo aquele abdômen duro e seu pênis ereto..., ela prensada por entre os lençóis dele com aquele perfume masculino e as mãos grandes dele a agarrando...Dulce sentiu um frio no estômago e sua calcinha começou a molhar...

-Talvez Ucker volte logo - (Alex disse, mastigando o sucrilhos)

Dulce sobressaltou-se na cadeira, e abriu os olhos  rapidamente. A visão de Ucker nu evaporou substituída pela filha comendo, a boca cheia de "OS COLORIDOS" sucrilhos.

-Por favor Alex, mastigue com a boca fechada - (Dul lembrou automaticamente, revirando os olhos)

Quando olhou para o rosto da filha, sentiu-se uma descarada. Ficar tendo aqueles viagens na frente de uma criança inocente era idecente e, em algum lugar no mundo, Dulce tinha certeza de que era considerado imoral ou no mínimo falta de educação, visualizar um homem nu antes do café da manhã.

Dulce voltou para a cozinha e abriu o armário para pegar um café e o filtro de papel. Ucker a fazia sentir-se viva de uma maneira que não sentia havia muito tempo. Ucker olhava pra ela com desejo queimando seus olhos amendoados e fazia com que se sentisse desejada. Deslizava as mãos por sua pele como se ela fosse feita de uma delicada seda e a fazia sentir-se linda.

O sexo com Ucker era maravilhoso. em seus braços, Dulce se transformava em uma mulher confiante da própria sexualidade. Pela primeira vez, desde a puberdade, sentia-se confortável com o próprio corpo. E sentia-se segura como amante pela primeira vez na vida.

Mas não importava quanto fora maravilhoso, fazer sexo com Ucker, fora um erro. Soube disso quando estava na porta do quarto de hóspedes e Ucker lhe dera um beijo de boa noite. Sentiu isso no apelo faminto do próprio coração. Ucker não amava e estava surpresa com a dor que sentia.

Dulce sabia disso desde o início que Ucker não a amava. Ele nunca tinha dito ou insinuado que nutria por ela algo além de desejo. Não o culpava. A dor era culpa só dela, e teria de lidar com isso sozinha.

Dulce encheu o reservatório de água na cafeteira e apertou o botão. Encostou-se no balcão e cruzou os braços de baixo dos seios. Achara que podia amá-lo com o corpo, mas não com o coração. Agora, todas as ilusões tinham desaparecidos, consumidas pela luz da manhã.

Dulce sempre amaria Ucker. Podia admitir para si mesma, mas não sabia o que fazer em relação a isso. Como conseguiria vê-lo regularmente e fingir que não sentia nada mais do que uma leve amizade??? Não sabia como. Só sabia que era o que tinha de fazer.

O telefone tocou, assustando Dulce. A secretária eletrônica bipou duas vezes e atendeu...