Fanfic: Irresistível | Tema: Light

 Maite Perroni - Tu y yo

(PARA ENTRAR NO CLIMA - RSRS)

-Está de matar - (Maite, disse depois de levar o Kahlúa, "licor feito a base de café mexicano", com creme aos lábios e tomar um bole)

Uma sandália preta e brilhante pendia em seus dedos, enquanto balançava o pé direito. Por cima do copo, May viu um Chevy rebaixado passar lentamente, com o grave da música bombando, vomitando gases tóxicos.

Acenou com a mão e ficou imaginado se não tinha cometido um erro ao escolher sentar-se na parte da frente do bar de jazz. Mas, da mesa do Bristô, tinha uma visão clara de qualquer um que se dirigisse ao local. O som melodioso do saxofone atravessava as portas abertas e saía para o pôr do sol poeirento do centro da cidade.

Ao redor, casais conversavam sobre o que interessava a maioria das pessoas, sobre Seattlee: chuva, café e microsoft.

Maite colocou a bebida de volta na mesa e olhou o relógio.

-Ele não vem - (May resmungou a si mesma e arrumou a sandália em seus pés)

Era sexta à noite. May não precisava trabalhar e não usara batom e rímel para nada. Até mesmo colocara um vestido. Um belo vestido justo preto sem nada por baixo. Estava congelando e seu último amante, Ted, lhe dera o cano.

Ted provavelmente foi detido pela mulher, pensou, pegando a bolsa. Maite normalmente não carregava bolsa, mas nesta noite não tinha nenhum lugar para colocar o dinheiro, nem mesmo a calcinha. Tirou uma nota de vinte dólares e colocou na mesa. Não ía esperar mais. Não estava assim tão desesperada.

-Ora, o que uma gatinha como você está fazendo aqui sozinha? - ( uma voz masculina falou com May)

Maite olhou para cima e abriu a boca para dizer para o cara sumir. Porém, franziu a testa.

-Bem, quando eu achava que a noite não podia ficar pior - (May disse irônica)

Christian Chavez riu e virou-se para os homens que estavam com ele. 

-Vão na frente - (Fercho disse, puxando uma cadeira na frente de May) - Encontro vocês em um minuto

Maite viu os homens entrarem e pegou a bolsa.

-Eu já estava saíndo - (May disse sarcásticamente)

-Não pode ficar para mais uma bebida? - (Fercho ofereceu)

-Não - (May disse séria)

-Por que não? - (Fercho quis saber)

"Porque estou congelando", pensou Maite.

-Por que eu iria querer? - (May provocou)

-Porque eu estou pagando - (Fercho respondeu rindo)

Bebida grátis nunca foi incentivo para Maite, mas neste momento uma garçonete de cabelo rosa veio até a mesa e se fez de boba. Sussurrou, esfregou-se no ombro de Christian e fez tudo, exceto abaixar-se e dar a ele um prazer oral. Era bonita, de olhos azuis e tinha um corpo legal, onde pediu que Christian autografasse, mas para crédito dele, ele recusou.

-Vou dizer uma coisa para você, Mandy - (Fercho dirigiu-se a garçonete) - Se trouxer uma Beck`s e... (fez uma pausa e virou-se para May) - O que está bebendo? - (perguntou)

Maite não tinha como ir embora. Não neste momento. Não quando Mandy a fuzilava com olhos de ciúme. Normalmente, outras mulheres não tinham ciúmes de Maite Perroni.

-Kahlúa com creme - (May disse com voz sedosa)

-Se me trouxer uma Beck`s e um kahlúa com creme, ficarei muito grato - (Fercho disse piscando um olho para garçonete)

-Quão grato? - (a garçonete olhou ao redor, inclinou-se e sussurrou ao ouvido dele)

Christian riu silenciosamente.

-Mandy...Mandy... - (Fercho disse) - Não estou interessado . O que você está me pedindo é contra a lei em alguns estados. Mas ouça, vim aqui hoje com Derick James. Ele é estrangeiro e não sabe que pode ser preso pelo que você está sugerindo. Talvez ele tope fazer isso com você - (Fercho disse com uma voz macia)

Enquanto Mandy ria e se afastava, Christian se inclinou para trás e grudou os olhos na bunda da garçonete.

-Achei que não estivesse interessado - (May provocou)

-Olhar não tem nada de mais - (Fercho disse, e voltou-se para May) - Mas ela não é tão linda quanto você (e piscou um olho)

Maite tinha certeza de que Christian dizia isso para todas  as mulheres que conhecia que nem se sentiu lisonjeada.

-O que ela queria fazer com você? - (May perguntou irônica)

Christian balançou a cabeça e os olhos castanhos brilharam.

-Isso seria contar vantagem - (Fercho disse provocador)

-E você nunca conta? - (May rebateu)

-Neca - (Fercho sorriu)

Christian tirou a jaqueta de couro e estendeu a Maite por cima da mesa. Os ombros dele pareciam mais largos sob a camisa creme.

-Meu arrepio é visível do outro lado da mesa? - (May perguntou e aceitou a jaqueta agradecida em pensamentos)

A jaqueta era enorme e o calor envolveu seus ombros. Tinha um cheiro masculino almiscarado.

-Seus arrepios estavam bem notáveis, sim - (Fercho sorriu para ela)

Maite não precisou perguntar quais arrepios e era experiente o bastante para ficar nervosa ou envergonhada.

-Vai responder à minha pergunta? - (Fercho perguntou)

-Que pergunta - (May confusa)

-O que uma gatinha como você está fazendo aqui sozinha? - (Fercho perguntou)

-Como eu? - (May apontou para si mesma)

-Sim - (Fercho riu através de um sorriso) - Doce. Charmosa. Imagino que muitos homens são atraídos por sua personalidade quente

Maite não achou engraçado.

-Você quer mesmo saber porque estou aqui? - (May provocou)

-Eu perguntei - (Fercho respondeu)

Maite poderia mentir ou inventar algo. Porém, decidiu chocá-lo com a verdade. Envolveu os punhos com a jaqueta e inclinou-se na mesa.

-Vou encontrar meu amante casado e vamos fazer sexo selvagem  a noite toda no Marriot (motel). - (May disse)

-Tá brincando? - (Fercho disse)

Maite o chocara. Perfeito. Agora esperava ofensas de um homem que ela tinha certeza estar praticamente arruinado no quesito moralidade.

-A noite toda? - (Fercho disse com um sorriso malicioso)

Maite desapontada com a reação dele, sentou-se para trás.

-Bem, íamos fazer sexo selvagem, mas ele não apareceu. Acho que não conseguiu sair - (May disse entediada)

A garçonete se aproximou trazendo as bebidas. Quando serviu a cerveja de Christian, sussurrou-lhe algo no ouvido. Ele balançou a cabeça e pegou a carteira no bolso de trás , então entregou à garota duas notas de cinco.

-O que ela queria desta vez? - (May perguntou, mal a garçonete se afastou)