Fanfic: Irresistível | Tema: Light

Dulce estava perdida em seus pensamentos auto depreciativos enquanto olhava para sua mão. Olhou para o lindo anel de noivado que Pablo Lyle havia lhe dado era um solitário um diamante de cinco quilates na mão esquerda e sentiu vontade de chorar.

Adorava aquele anel, mas sabia que não podia ficar com ele. Era uma sedutora e talvez uma aliciadora, mas tinha escrúpulos. Fugiu do compromisso com o velhote teria que devolver o diamante, mas não agora. Agora precisava acalmar os nervos antes que desabasse.

E Ucker não ajudava em nada para essa tarefa.

Dulce sentiu um arrepio quando se esticou para vislumbrar o oceano azul e as ondas espumantes.

Ucker guiava o Porsche pela entrada de uma trivial casa cinza com venezianas brancas.

Um velho de camiseta branca sem mangas, short de poliéster cinza e chinelos de borracha estava parado na varanda.

Assim que o carro parou, Dulce abriu  a porta do carro e saltou. Não esperou que Ucker a ajudasse. Não que acreditasse que ele a ajudaria, mas depois de uma hora e meia sentada no carro, o aperto do corpete no corpo tornara-se tão doloroso que achou que fosse realmente passar mal.

Puxou o vestido rosa para baixo e pegou a valise e os sapatos. A armação de metal em seu corpete fincou-lhe as costelas quando se inclinou para enfiar os pés nos sapatos rosa.

-Meu bom Deus, filho - (o homem na varanda murmurou com uma voz grave) - Outra dançarina?

Um franzido surgiu na testa de Ucker enquanto guiava Dulce pela porta da frente.

-Luis, quero apresentar a Srta. Dulce Saviñón. Dulce, este é meu avô, Luis Uckermann. (Ucker)

-Muito prazer, senhor - (Dul ofereceu a mão e olhou para o rosto do idoso que não parecia nada satisfeito, Ô família difícil de agradar)

-Sulista...humm - (O idoso resmungou e entrou na casa)

Ucker segurou a porta pra Dulce e ela entrou em uma casa mobiliada com elegantes tons claros de azul e verde, que davam a impressão de que a paisagem externa da grande janela panorâmica fora trazida para dentro da sala de estar. Tudo parecia ter sido escolhido para misturar-se com o oceano e a areia da praia, exceto dois tacos de hóquei quebrados colocados em forma de X acima de uma cristaleira cheia de trófeus.

Ucker tirou os óculos escuros e jogou-os na mesinha de madeira e vidro.

-Tem um quarto de hóspedes no final do corredor, última porta à esquerda. O banheiro fica à direita (disse Ucker enquanto passava por trás dela e caminhava para a cozinha)

Ucker pegou uma garrafa de cerveja na geladeira e girou a tampa. Ao levar a garrafa aos lábios, inclinou-se encostando os ombros na porta fechada da geladeira. Desta vez, metera os pés pelas mãos de maneira grave. Nunca deveria ter concordado em ajudar Dulce e, certamente, nunca deveria tê-la trazido com ele. Não queria, mas ela o olhava parecendo toda vulnerável e assustada. Ele não conseguiu deixá-la no meio da estrada. Apenas desejava com toda sua força que Lyle nunca descobrisse.

Bem feito, Uckermann, quem manda você pensar com a cabeça de baixo e estar sempre de ressaca.

Afastou-se da geladeira e voltou para a sala. Luis sentou-se em sua poltrona reclinável, a atenção fixa em Dulce. A garota estava parada ao lado da lareira com o cabelo bagunçado pelo vento e o vestido rosa todo amassado. Parecia exausta, mas pelo olhar de seu avô Luis, ele a achara mais apetitosa do que um bufê de comida à vontade.

-Algum problema, Dulce? - (Ucker perguntou e tomou um gole da cerveja) - Por que não foi se trocar?

-Tenho um pequeno dilema (Dul respondeu meio sem jeito e o encarou) - Não tenho roupa.

-O que tem na valise? - (Ucker apontou com a garrafa)

-Cosméticos. (Dul)

-Só isso? ( Ucker parecia incrédulo)

-Não - (Dul olhou de relance para Luis) - Tenho algumas roupas íntimas e minha carteira.

-Onde estão suas roupas? (Ucker insistiu)

-Em quatro malas na limousine de Pablo Lyle (Dul)

É Ucker parecia que você teria que alimentá-la, dar abrigo e ainda roupas, bela tacada garanhão...

-Venha - (disse Ucker, colocando a cerveja na mesinha e a guiando pelo corredor até seu quarto, de onde tirou uma camiseta velha e um short verde de cordão. Quando estava saíndo do quarto ela o chama...)

-Uckerrr? (Dul)

O nome dele nos lábios de Dulce o fez parar, mas ele não se virou. Não queria ver aquela expressão assustada nos olhos dela.

-O que? (Ucker temeroso)

-Não consigo sair sozinha deste vestido. Preciso da sua ajuda. (Dul)

Ucker olhou para ela pra ver se ela estava mesmo falando a sério. Com olhos arregalados, mas sem deixar transparecer nenhuma tensão.

-Tem alguns botõezinhos na parte de cima (ela apontou meio sem jeito) - São difíceis de abrir, escorregam - (Dul explicou)

É Ucker ela estava falando a sério. Dulce não queria apenas as suas roupas, ela quer que você, cabeção, a dispa. Que o inferno comece.