Fanfic: Irresistível | Tema: Light

DulceMaria & Christopher - Blanco & Negro

(http://youtu.be/BsAtSgfoFgQ)

Simplesmente AMO esse Vídeo...

Pena que não se tornou

uma WEB....

As luzes azuis e verdes giravam no gelo como um redemoinho, no estádio dos Chinooks, enquanto seis animadoras de torcida com pouquíssimas roupas dançavam um rock que saía do sistema de som.

Dulce podia sentir o baque do grave pesado em seu peito e imaginou como Luis estava se saindo. Por cima de Alex, que estava com as mãos no ouvido, olhou para o avô de Ucker. Ele não parecia aborrecido com o barulho.

Luis Uckermann parecia o mesmo que ela conhecera sete anos atrás com seu cabelo grisalho com corte militar e a voz grave de locutor esportivo. A única diferença real era que, agora os olhos cor de amêndoas olhavam por trás de um par de óculos de armação preta e ele tinha uma aparelho auditivo na orelha esquerda.

Quando Dulce e Alex pegaram seus lugares, ela ficou surpresa de vê-lo esperando por elas. Dulce não sabia o que esperar do avô de Ucker, mas ele rapidamente a deixou confortável.

-Olá, Dulce. Você está mais linda do que me lembrava - (Luis disse, ajudando-a tirar o casaco, depois ajudando Alex)

-E o senhor, Sr. Luis Uckermnn, duas vezes mais bonito - (Dul declarou com um  de seus sorrisos sedutores)

Luis riu.

-Sempre gostei de uma garota do sul - (Luis disse sorrindo)

De repente, a música parou e as luzes do estádio se apagaram, exceto pelos enormes logos dos Chinooks iluminados nas duas extremidades do gelo.

-Senhoras e senhores, os Seatlle Chinooks - (uma voz masculina anunciou dos alto-falantes sobre um enorme placar)

Os fãs foram à loucura e, em meio aos gritos animados, o time da casa patinou no gelo. As camisas brancas eram bem visíveis no escuro. De onde estava, várias fileiras acima da linha azul, Dulce analisou as costas de cada camisa até encontrar o nome UCKERMANN impresso em azul acima do número 10.

O coração dela flutuava com orgulho e amor. Aquele homem grande com capacete branco abaixado na testa pertencia a ela??? Era tudo tão novo que estava com dificuldade de acreditar que Ucker a amava. Ela nem mesmo falara com ele depois do beijo de despedida e, depois então, passara por momentos horríveis temendo ter sonhado durante a noite.

Mesmo distante, Dulce podia ver que ele usava enchimentos nos ombros e debaixo das meias reforçadas que cobriam as pernas e desapareciam debaixo da bermuda. Ucker segurava o taco de hóquei com as grandes luvas almofadadas. Parecia impenetrável como o nome que recebera, tão sólido quando uma parede.

Os Chinooks patinaram de gol a gol e pararam na linha reta no meio do rinque. As luzes se acederam e os Phoenix Coyotes foram anunciados. Mas, quando entraram patinando, foram recebidos com vaias e xingamentos pelos fãs dos Chinooks. Dulce sentiu-se mal pelo outro time que, se não temesse pela própria segurança, teria aplaudido.

Cinco jogadores de cada time ficaram no gelo e assumiram suas posições. Ucker deslizou para o círculo central, apoiou o taco no gelo e esperou.

-Chutem algumas bundas gordas, garotos!!! - (Vô Luis gritou assim que o disco foi jogado e a batalha começou) 

-Vovô Luis!!! - (Alex arfou) - Você disse uma palavra feia

Ou Luis não escutou ou escolheu ignorar a repreensão da bisneta.

-Você está com frio? - (Dul perguntou a Alex)

Estavam vestidas com golas altas de algodão, jeans e botas curtas de lã.

Alex mantinha os olhos grudados no gelo e balançava a cabeça. Apontou Ucker, que pegava velocidade no gelo na direção delas e o olhar furioso direcionado para um jogador do outro time que tinha o disco. Ucker empurrou-o tão forte contra as bordas que o acrílico de proteção do rinque balançou e tremeu, e Dulce soube que íam atravessar o obstáculo e abrir caminho na multidão.

Dulce ouviu o ruído pesado do ar  saindo dos pulmões dos dois homens e estava certa de que, depois dessa batida, o outro homem teria que ser carregado. Mas ele nem mesmo caiu. Os dois homens se acotovelavam e golpeavam e, finalmente, o disco deslizou para o gol dos Coyotes.

Dulce viu Ucker patinar de uma ponta à outra, esmagar alguém no gelo e roubar o disco. As colisões eram geralmente brutais, como colisões de carros, e ela pensava na noite anterior e esperava que Ucker não machucasse nada vital.

A multidão estava agitada, bombardeando o ar de palavrões pesados. Ela lembrou, que Ucker havia avisado, no dia em que telefonou de Detroit, as convidando para ir ao jogo, que a linguagem poderia ficar pesada. Mas nada a preparava para isso. Os fãs pareciam possuídos.

Enquanto vovô Luis preferiu direcionar grande parte de seu descontentamento aos juízes.

-Abram seus malditos olhos e prestem atenção ao jogo - (Luis gritava) - Puta que pariu!!! - (colocava a mão na cabeça)

Alex apenas colocava as mãozinhas no ouvido e seus olhinhos grudados no jogo.

Dulce nunca ouvira tanto palavrão em tão curto período de tempo, nem vira tanto cuspe em sua vida. Além dos palavrões e dos cuspes, cada time distribuía socos, patinava rápido e batia nos goleiros.

Dulce lembrou de Christian Chavez, ele também parecia impenetrável. Com sua máscara de proteção. Era outra pessoa, parecia um personagem de filme de terror. Não aquele cara brincalhão e apaixonado que casou  com sua melhor amiga.

Dulce não avistou Maite nas arquibancadas, com certeza ela não veio, May odeia jogadores que usam força bruta, por causa do irmão, ela criou uma espécie de barreira. Que foi quebrada quando se casou com Christian...May sempre a surpreenderia...

No final do primeiro tempo, nenhum  time tinha marcado ponto.