Fanfic: Irresistível | Tema: Light

-Acho que gosta dela - (disse o avô caminhando em direção à sala de estar) - Vi a maneira como olha pra garota quando ela não está percebendo. Você pode não querer gostar dela, mas está atraído e isso o deixa  louco. - (disse Luis rindo)

Em seguida Luis foi até o quarto e colocou algumas coisas dentro de uma sacola de lona.

-Aonde vai? - (perguntou Ucker da porta)

-Vou ficar com Dickie por uns dias. Estou indo pra lá. - (disse o avô simples)

-Não vai não - (disse Ucker para o avô negando com a cabeça)

Luis olhou para o neto.

-Eu disse, vi o jeito como olha pra ela (disse Luis certo)

Ucker enfiou uma mão no bolso dianteiro de sua calça jeans e encostou-se no batente da porta. Com a outra mão, batia impacientemente a garrafa de cerveja contra coxa.

-E eu digo a você que não farei sexo com a noiva de Pablo Lyle - (disse Ucker olhando para o avô)

-Espero que você esteja certo e eu errado - (Luis disse e fechou a sacola, pegou as alças e colocou no ombro) - Porque você vai acabar machucando essa garota e prejudicando sua carreira

-Também não planejo fazer isso, minha carreira, está  na minha lista de prioridades e mulheres vem e vão - (disse Ucker)

-Espero que não - (disse Luis sem estar muito convencido, e andou até a porta da frente) - Espero que não

Luis não sabia se ao ir embora estava fazendo a coisa certa. O primeiro instinto era ficar e ter certeza de que o neto não faria nada de que pudesse se arrepender no dia seguinte. Mas já tinha feito sua parte. Ajudara a criar Ucker. Não havia nada que pudesse fazer agora. Não havia nada que pudesse fazer para salvar Ucker dele mesmo. 

Ucker observou o avô ir embora e voltou para a sala. Os pés descalços afundaram no expesso tapete, enquanto seguia até a janela panorâmica. Era dono de três casas; duas na Costa Oeste. Adorava o mar, os sons e o cheiro dele. Poderia perder-se na monotonia das ondas. Aquela casa era um refúgio. Ali não precisava se preocupar com contratos ou patrocínios ou qualquer coisa relacionada ao fato de ser um dos jogadores principais e mais comentados na NHL. Encontrara ali uma paz que não conseguira em nenhum outro lugar.

Até agora.

Olhou pela janela para a mulher que estava à beira da arrebentação, à leve brisa balançava seus cabelos vermelhos. Dulce Maria definitivamente o pertubava. Tomou um longo gole de cerveja.

Um sorriso surgiu em um canto de sua boca enquanto a observava andar cuidadosamente na ponta dos pés sobre a água.

Sem dúvida, Dulce Saviñón era uma tentação ambulante. Tirando aquele hábito irritante de falar sem parar, mas que ele conhecia um método eficaz de ela ficar com aquela boca carnuda aberta, mas muda, riu de seus próprios pensamentos pervertidos. 

E ainda tinha o fato de ela ser a noiva fugitiva de Lyle, se não fosse este último detalhe, Ucker não estaria com pressa de livrar-se dela.

Mas Dulce estava envolvida com o dono dos Chinooks e Ucker tinha que tirá-la da cidade o mais rápido possível. Pensava em levá-la ao aeroporto ou a rodoviária pela manhã, o que significa uma longa noite.

Não estava preocupado em terminar na cama com Dulce. Porque ao contrário do que seu avô acreditava, Ucker pensava com a cabeça e não com o pau. Enquanto levava a cerveja novamente á boca, sua consciência aproveitou-se para lembrá-lo do casamento estúpido com Dee Dee Delícia.

Baixou a garrafa lentamente e olhou de volta para Dulce. Nunca teria feito uma coisa tão estúpida quanto casar-se com uma mulher que conhecia havia poucas horas se não estivesse tão bêbado, mesmo que fosse uma gostosa. E o corpo de Dee Dee era bom pra caralho.

Os lábios se tornaram uma careta ao lembrar da stripper. Olhou novamente para Dulce brincando no mar e, em seguida, soltou mais um palavrão e foi até a cozinha onde derramou todo o conteúdo da cerveja na pia.

A última coisa de que precisava era acordar pela manhã com uma dor de cabeça esmagadora e casado com a noiva de Pablo Lyle.