Fanfic: Irresistível | Tema: Light

Dulce apoiou as mãos nos ombros dele e os músculos rígidos a fizeram lembrar da força que ele tinha.

Mas Ucker não fora pra cima dela como o tipo de homem que força uma mulher, mas afinal ela estava na casa dele. Por si só, esse fato poderia dar a qualquer homem uma idéia equivocada.

Antes, quando ele parecia nem sequer ir com a cara dela, não lhe ocorreu que Ucker pudesse esperar mais que gratidão. Só agora a ideia passou à sua cabeça e a apavorou.

Não, mas ele não faria nada com seu avô em casa.CERTO???

-Nunca fui atacada antes. Isso funciona para você normalmente? (Dul perguntou interessada)

-Qual o problema? Não gostou? (Ucker quis saber)

Dulce sorriu, encarando-o.

-Bem, eu poderia sugerir uma outra coisa - (Dul respondeu)

Ucker ergueu-se e ficou de joelhos.

-Aposto que sim - (Disse Ucker enquanto se levantava)

Dulce se ressentiu com a perda do contato do corpo quente de Ucker e sentou-se, contrariada.

-Flores. São mais sutis, mas transmitem a sua mensagem da mesma forma - (disse Dul romântica)

Ucker ergueu a mão para Dulce e ajudou-a a ficar de pé. Nunca mais enviara flores a nenhuma mulher, desde o dia em que encomendara dúzias de flores para ser colocadas sobre o caixão de Camila.

Largou a mão de Dulce e tratou de afastar as lembranças antes que ficasse doloroso demais.

Concentrou sua atenção em Dulce, observou-a virar o tronco para limpar a areia do traseiro. Parabéns Dul que bunda, deliciosa!!! adoraria colocar minhas mãos nesse belo traseiro.

Continuou sua análise e desviou o olhar pelo corpo dela. Apesar de estar suja de areia e os cabelos grudados davam um ar de quem acabava de dar uma boa trepada.

O short estava colado nas coxas, e novamente, nota máxima, para você garota, do jeito que eu gosto, são daquelas que quando a gente aperta enche a mão com carne, muito gostosa, no ponto.

A camiseta moldava os seios, e Deus, tenha piedade da minha alma, porque estes peitos fazem um homem querer ir para o inferno sem data pra voltar.

Os bicos dos seios estavam duros e eram firmes. Debaixo dele, ela aparentemente se sentira muito bem.

E ele teria permanecido muito mais pressionando aquele corpo macio que só fazia ele pensar em besteira... e olhando para aquela boca que tava querendo uma boa chupada.

CALMA UCKER!!! VIAJOU LEGAL!!!! VOLTA PRA TERRA!!! SAI DO INFERNO!!!! Risos internos. 

Puxa um assunto broxante RÁPIDO seu pau tá se animando seu idiota irracional.

-Falou com sua tia? - (Ucker perguntou enquanto se abaixava para pegar seu óculos)

-Hã...ainda não (disse Dul tentando desconversar)

Ucker endireitou-se e virou-se para cruzar a praia em direção à casa.

-Vou tentar - (disse Dul, acompanhando as passadas largas dele) - Mas é a noite de bingo da tia Lolly, não sei se estará em casa nas próximas horas

Ucker olhou-a e colocou o Ray-Ban.

-Quanto tempo dura um jogo de bingo? (Ucker falou sem humor)

-Bem, depende de quantos cartões ela comprar. Se decidir jogar no velho salão da fazenda, não vai jogar muito tempo porque eles permitem que as pessoas fumem e a tia detesta cigarros. E, obviamente, Doralee joga na fazenda desde 1979. quando ela roubou a receita das totinhas de amendoim da tia Lolly e disse que era sua. As duas...

-Aqui vamos nós de novo - (Ucker suspirou de saco cheio) - Ouça Dul - (e parou para olhá-la) - ...nunca terminaremos esta noite se você não parar com isso

-Parar com o que? (Dul não entendeu)

-De falar muito, de tagarelar, parece uma matraca - (Ucker falou respirando fundo pedindo paciência)

-Eu tagarelo? (Dul colocou a mão no peito, inocente)

-Sim e isso me irrita, me dá  nos nervos. Não dou a mínima para a gelatina de sua tia, as igrejas que sei lá ou as tortinhas de amendoim. Será que você não pode conversar como uma pessoa normal? - (disse Ucker visivelmente irritado)

Dulce baixou o olhar, mas não sem que ele notasse que a tinha magoado.

-Você não acha que converso como uma pessoa normal? (disse Dul chateada)

Uma pontada de culpa invadiu a consciência de Ucker. Não queria magoá-la, mas também não queria ficar horas ouvindo aquela papagaiada.

-Não, não é isso. Mas quando faço uma pergunta que requer uma resposta de três segundos, recebo três minutos de besteirol que não tem nada a ver com nada. (disse Ucker como se estivesse explicando para uma criança)

-Não sou burra, Ucker (Dul disse mordendo o lábio inferior)

-Nunca disse que era - (retrucou Ucker, embora não achasse que Dulce tivesse sido a oradora na Universidade onde disse que estudara) - Olha Dul - (acrescentou pois ela parecia ofendida) - Vamos combinar, se você não tagarelar, tentarei não ser um imbecil (Ucker propôs)

A expressão de dúvida dela era evidente.

- Não acredita em mim? (Ucker perguntou)

-Eu disse que não sou burra (Dul debochou, balançando a cabeça)

Ucker riu. Maldição, estava começando a gostar dela.

-Vamos - (Ucker fez sinal com a cabeça em direção a casa) - Parece que você está congelando

Cruzaram a areia fria até chegar a casa, chegando nos degraus Dulce parou e olhou para Ucker.

-Eu não tagarelo - (Dul inconformada)

-Dul, você fala demais (levou a mão aos óculos e colocou-o na cabeça) - Mas se você conseguir se controlar, nos daremos bem. Acho que por uma noite, conseguiremos ser... (Ucker parou para pensar) - Amigos - (Não achara uma palavra melhor, embora soubesse que isso seria impossível)

-Gostaria disso - (Dul disse com um sorriso sedutor) - Mas eu pensei que você tinha dito que não era um cara legal

-Não sou - (Ucker respondeu sem mentir)

Dulce estava tão perto que os seios quase tocavam o peito dele. Quase. E ele ficou imaginando se ela estaria de novo brincando de provocar.

-Como podemos ser amigos se você não for legal comigo? (Dul perguntou sedutora)

Ucker baixou os olhos para os lábios dela. estava tentado a mostrar como podia ser "legal". Tentado a inclinar-se só um pouco e roçar a boca contra a dela, a provar aqueles lábios carnudos e explorar a promessa daquele sorriso sedutor, tentado a erguer a mão alguns centímetros até os quadris dela e puxá-la firme contra ele. E descobrir até onde ela deixaria as mãos dele passearem por aquele corpo que já estava lhe tirando a sanidade.

Estava tentado, mas não estava completamente louco, ainda.

-Fácil - (Ucker disse) - Vou sair

Ucker colocou as mãos nos ombros dela e a tirou de sua frente.

-Me leva junto - (Disse Dul seguindo-o de perto)

-Não - (Ucker falou simples)

Não haveria a menor chance de ele ser visto com Dulce Saviñón em público. Nenhuma chance.