Fanfic: Irresistível | Tema: Light

 Música tema - Luis Fonsi - Aqui Estoy Yo

Dulce caminhou pelo corredor, passou por um pequeno banheiro até chegar ao seu quarto. Tirou o fraque e jogou-o.

Ucker não sabia sobre Alexandra. Não tinha como. Dulce tinha exagerado e ele provavelmente estava achando que ela era uma lunática, mas vê-lo novamente foi um choque. Sempre tivera o cuidado de evitá-lo Não andava no mesmo círculo social e nunca assistia a um jogo dos Chinooks, o que não era difícil, pois achava o hóquei um jogo violento.

Com medo de encontrar Ucker ou Pablo Lyle nunca servia em festas esportivas o que também  não aborrecia Maite, pois ela não gostava de atletas. Nunca em um milhão de anos, imaginaria que pudesse encontrá-lo em um evento de caridade para um hospital.

Dulce afundou-se na cama. Não gostava de pensar em Ucker, mas esquecer totalmente dele era impossível. Ocasionalmente, ía até o mercado e via seu lindo rosto em alguma capa de revista. Seattle era louca pelos Chinooks e Christopher "Paredão" Uckermann.

Durante a temporada de hóquei, ele podia ser visto no noticiário noturno, jogando os outros atletas nas bordas. Dulce o via nos comerciais da TV e via seu rosto nos outdoors, de tudo quanto era coisa.

Às vezes, o cheiro de determinada colônia ou som das ondas batendo a faziam lembrar em quando deitara na praia e olhara dentro daqueles olhos amendoados. A memória não a machucava mais como antes. Já não era uma dor aguda no coração. Mesmo assim, sempre afastara as imagens daquele tempo e daquele homem. Não gostava de revivê-las.

Sempre achara que Seattle era grande o bastante para os dois. Achara que,se fizesse um esforço para evitá-lo, nunca o veria pessoalmente. No entanto, embora não acreditasse que algum dia aconteceria, havia uma parte dela que sempre ficava imaginando o que ele diria se a visse de novo. É claro que ela sabia o que ela diria. Sempre se imaginara agindo com indiferença. Então diria algo tão frio como: "Ucker? Que Ucker? Sinto muito, não me lembro de você. Não é nada pessoal".

Isso não acontecera. Dulce ouvira alguém a chamando e quando olhou que era ele seu coração disparou. Durante as batidas do coração seu cérebro não funcionou. Então entrou em choque completo. O instinto do "lute ou fuja" surgira, e  ela fugiu.

Mas não antes de olhar nos olhos amendoados dele e acidentalmente tocar na sua mão. Ela sentira a textura quente da pele de Ucker sob seus dedos, vira o sorriso curioso nos lábios dele e lembrara-se do toque de sua boca pressionando a dela. VIAGEM DULCE MARIA!!!!

Ele lhe parecia maior do que ela se lembrava, mas ainda era extremamente belo de olhar, e, por breve segundos, ela esquecera que o odiava.

Dulce levantou da cama e caminhou até a frente do espelho, desabotou  vagarosamente a camisa. As pessoas geralmente falavam que Alexandra era muito parecida com Dulce, mas na verdade era muito parecida com o pai. Tinha os mesmos olhos amendoados, os cílios longos e espessos. O nariz tinha o mesmo formato e tinha o mesmo sorriso, e as mesmas bochechas.

Alexandra era a coisa mais importante na vida de Dulce.Era o coração dela, e perdê-la era inconcebível. Dulce estava com medo. Mais amedrontada do que estivera muito tempo antes. Agora que Ucker sabia da existência dela, que ela vivia em Seattle, poderia encontrar Alex. Só precisava perguntar a alguém na Fundação Harrison e poderia descobrir seu endereço.

Mas porque Ucker a procuraria??? Ele a largara no aeroporto havia sete anos, deixando seus sentimentos dolorosamente óbvios. E, ainda mesmo que descobrisse sobre a filha, provavelmente não iria querer nada com ela. Era um jogador de hóquei famoso. O que poderia querer com uma garotinha?

Estava sendo paranóica. DULCE MARIA RELAXE!!!!!