Fanfic: Irresistível | Tema: Light

 Música tema - Lily Allen- Smile

Quatro dias depois, Dulce se encontrou com Rodrigo em um bistrô, na Madison Street, fora preparada para contar sobre Uckermann, mas as coisas tomaram um caminho inesperado. Nos primeiros dez minutos do encontro, ele atingiu-a com uma proposta que a deixou sem fala.

-O que você acha de ter seu próprio programa de televisão ao vivo? - (Rodrigo perguntou eufórico) - Um tipo de Martha Stewart. Colocaríamos no espaço de sábado entre meio dia e meia e uma da tarde. É logo após logo após a Garagem da Margie e antes da nossa programação esportiva da tarde. Você teria liberdade de fazer o que quisesse. Poderia cozinhar e em seguida fazer um arranjo com flores secas, ou mudar os azulejos de uma cozinha - (Rodrigo conclui entusiasmado com a ideia)

-Não posso mudar os azulejos de uma cozinha - (Dul sussurrou visivelmente chocada)

-Foi só uma ideia, Dulce. Confio em você. Você tem um talento natural e ficaria ótima no vídeo - (Rodrigo continuava a estimulá-la)

-Eu? - (Dul exclamou com a voz falhando e com a mão no peito)

-Sim, você. Quando falei com a minha gerente, ela achou um ótima ideia - (Rodrigo sorriu encorajando)

Dulce quase acreditou que poderia ficar diante de uma câmera de TV e apresentar seu próprio show. A oferta de Rodrigo lhe agradava pelo lado criativo, mas a realidade era outra. Ela era disléxica. Aprendera a lidar com suas limitações, mas se não fosse cuidadosa, ainda errava na leitura das palavras quando ficava nervosa, precisava parar e pensar qual era o lado esquerdo e qual era o lado direito.

E havia o peso. Uma câmera supostamente acrescentava uns três quilos a uma pessoa. Bem, se acrescentasse mais uns três quilos a ela, não apenas apareceria na TV lendo palavras que não existiam, como paraceria uma baleia. Além disso tinha que considerar Alex já se sentia péssima pela quantidade de horas que a filha ficava na creche ou com babás.

Olhou nos olhos negros de Rodrigo.

-Não, Obrigado - (Dul disse simples)

-Não vai pensar a respeito? - (Rodrigo quis saber)

-Já pensei - (Dul na verdade não queria pensar nas possibilidades ou na oportunidade que acabara de recusar)

-Não quer saber quanto paga? - (Rodrigo insistiu)

-Neca - (Dul pensou, o governo ficaria com a metade e ela ficaria parecendo uma idiota gorda)

-Gostaria que pensasse um pouco mais - (Rodrigo não se deu por vencido)

-Vou pensar então - (Dul disse porque Rodrigo parecia desapontado)

Mas Dulce sabia que não mudaria de opinião.

Depois do almoço, Rodrigo levou-a até o carro e, quando pararam ao lado do Hyunday preto dela, ele pegou a chave de sua mão e colocou na fechadura.

-Quando a verei de novo? - (Rodrigo quis saber)

-Neste fim de semana é impossível - (Dul disse sentindo-se culpada por não ter mencionado Ucker na conversa) - Por que você e Amber não vem na próxima terça para jantar comigo e Alex?

Rodrigo pegou o pulso de Dulce e fez uma leve mansagem com suas mãos.

-Uma boa ideia - (Rodrigo disse enquanto massageava os braços dela) - Mas quero vê-la sozinha com mais frequência - (disse com charme)

Em seguida, Rodrigo, tocou os lábios de Dulce com os seus.

O beijo foi como uma pausa no dia turbulento. Um "Ah..." relaxante ou um mergulho em uma piscina morna. Qual o problema se os beijos dele não a enlouqueciam??? Dul não queria um homem que a fizesse perder o controle. Não queria nunca mais o toque de nenhum homem que a transformasse em uma ninfomaníaca. Já passara por isso com Ucker, e ficara ferida por um longo tempo.

Dulce tocou a língua de Rodrigo com a sua e sentiu a respiração dele. A mão livre de Rodrigo encontrou sua cintura e puxou-a mais para mais perto. Ele queria mais dela. Se não estivessem parados em um estacionamento no centro de Seatlle, Dul poderia ter lhe dado o que ele queria.

Dul gostava de Rodrigo e, com o tempo, talvez se apaixonasse por ele. Já haviam se passado anos desde que fizera amor. Anos desde que se entregara a um homem, que roubou sua alma. Christopher Uckermann. Quando deu um passo para trás  e olhou nos olhos pesados dele, pensou que poderia ser o momento de mudar isso. Talvez fosse o momento de tentar de novo.