Fanfic: Irresistível | Tema: Light

Música tema - Reik - Noviembre Sin Ti

-Maite, olhe pra mim!!! - (Alex passou correndo e gritando)

Maite desviou o olhar dos guardanapos cuidadosamente dobrados em suas mãos, enquanto Alex corria carregando uma pipa rosa em suas mãos da Barbie atrás dela.

-Você está indo bem!!! - (gritou May)

Maite arrumou os guardanapos e afastou-se para olhar a mesa de piquenique com olhar crítico. No centro da mesa havia um boneco da Alex, era um porco coberto de grama que usava óculos escuros e uma echarpe rosa brilhante no pescoço???????????

-O que está tentando provar, Dul? - (questionou May, quando ela se aproximou da mesa)

-Não estou tentando provar nada - (Dul respondeu enquanto depositava em uma das pontas da mesa uma bandeja de trouxinhas de salmão e aspargos, patê de anchovas defumadas e torradinhas redondas)

May observou a grande variadade de comidas que ainda tinha. Ainda tinha panquecas de queijo e o pão chalá tradicional do bar mirzvah de Michell Wiseman. Os bolinhos de caranguejo, os canapés, e ainda tinha o frango assado e as minicosteletas com molho de ameixa, que foram apresentados no churrasco que serviram na noite anterior.

-Bem parece que você está tentando provar a alguém que sabe cozinhar - (disse May sarcástica)

-Apenas limpei nosso freezer, só isso - (Dul respondeu indiferente ao comentário da amiga)

Maite sabia que não era só isso . A fruteira estava habilmente arrumada, parecia que era para um banquete e não para um simples piquenique. Estava habilmente polida e não viera do trabalho. As maçãs, peras e bananas estavam perfeitas. Os pêssegos e as cerejas tinham sido arranjados com esmero e as uvas roxas e verdes estavam brilhantes.

-Dul, você não precisa provar a ninguém que é uma mulher bem sucedida ou uma boa mãe. Sei que você é e você sabe disso também. E, como nós duas somos as únicas adultas que contam, porque se matar para impressionar um jogador de hóquei imbecil? - (May disse indignada)

-Eu disse a Ucker que trouxesse um amigo, portanto não acho que venha sozinho. E não estou tentando impressioná-lo. Com certeza não me importo  com o que ele pensa - (Dul contrapôs)

Maite não quis argumentar. Pegou uma pilha de copos plásticos e colocou-os na mesa perto do chá gelado. Intencionalmente ou não, Dulce havia arrumado tudo para impressionar o homem, que a largara no aeroporto que nem um pacote, que não servia mais a sete anos atrás. Maite compreendia a necessidade de Dulce de provar que fora bem sucedida na vida. Era sua auto-estima que estava em jogo. Embora  Maite achasse que os brownies em formato de cachorros fossem um pouco demais.

E Maite também observou a aparência de Dulce enquanto ela estava esportiva de jeans cortado e camiseta regata, Dulce estava perfeita demais para um dia no parque. O cabelo estava preso em um rabo de cavalo alto com uma franja de lado, as argolas de ouro brilhavam em suas orelhas e a maquiagem estava impecável. O vestido era verde-esmeralda sem alças, o que a deixava mais sexy, ele era justo em cima e com caímento nos quadris. Ía até a altura das coxas, deixando as belas pernas da amiga a mostra, ela estava descalça e no terceiro dedo brilhava um anel de ouro.

Um pouco perfeita demais para uma mulher que não se importava em impressionar o pai de sua filha, pensou Maite.

-Que horas são? - (Dul perguntou, servindo-se de chá)

-Onze e quarenta - (May disse)

-Temos ainda vinte minutos então. Talvez tenhamos sorte e Ucker não apareça - (Dul disse com um sorrisinho)

-O que você disse a Alex? - (May quis saber enquanto colocava cubos de gelo no copo)

-Só isso, que Ucker talvez viesse ao nosso piquenique - (Dul disse simples)

Dulce ergueu a mão até a sombrancelha e observou Alex correr com a pipa.

Maite pegou a jarra de chá e serviu-se.

-Você disse a Alex que "talvez" ele viesse? - (May questionou)

Dulce deu de ombros.

-Uma pessoa não pode sonhar. E além do mais, não estou convencida de que Ucker realmente desejará ser parte da vida de Alex para sempre. Não posso evitar pensar que cedo ou  tarde ele se cansará de ser pai. Apenas espero que aconteça mais cedo do que mais tarde, porque se ele a abandonar depois de ela começar a gostar dele, ela vai ficar com o coração partido. Você me conhece e sabe como sou protetora e, obviamente, algo assim acionaria minha irritação. E eu naturalmente me sentiria impulsionada a matá-lo - (Dul disse cínica)

Dulce era uma das mulheres mais gentis que Maite já conhecera, exceto quando ficava irritada.

-O que você fará? - (May riu)

-Bem a ideia de colocar cupins na casa flutuante dele é certamente atraente - (Dul disse divertida)

Maite balançou a cabeça. Era intensamente leal às duas, mãe e filha, e as considerava sua família.

-Muito pouco - (May sorriu)

-Atropelá-lo com meu carro? - (Dul riu)

-Está esquentando - (May riu)

-Passar de carro atirando? - (Dul alargou o sorriso)

Maite sorriu, mas mudou de assunto, pois Alex vinha na direção delas, arrastando a pipa atrás. A garotinha despencou no chão aos pés de sua mãe. Havia pedaços de grama presos nas sandálias de plástico transparente.

-Não consigo mais correr - (Alex falou ofegante)