Fanfic: Irresistível | Tema: Light

 Música Tema - Y No Puedo Olvidarte -RBD

Alex olhou de volta para a pipa no alto.

-Você possui filhos? - (Alex curiosa)

A pergunta pegou-o de surpresa e Ucker esperou um momento antes de responder.

-Sim - (Ucker receoso)

Ucker não ía mentir para Alex, mas ela não estava pronta para a verdade e, obviamente, ele prometera a Dulce.

-Eu tinha um garotinho, mas ele morreu quando era bebê - (Ucker comentou pensando em Toby)

-Como? - (Alex quis saber)

Ucker olhou para a pipa.

-Ele nasceu muito cedo - (Ucker comentou, lembrando-se que Toby tinha nascido prematuro)

-Puxa, que horas? - (Alex perguntou curiosa)

-O que? - (Ucker confuso)

Ucker olhou para o rostinho tão próximo ao dele.

-Que horas ele nasceu? - (Alex questionou de novo)

-Por volta das quatro da manhã - (Ucker chutou, pois não saberia como explicar o que é nascer prematuro)

Alex balançou a cabeça como se aquilo tivesse dito tudo.

-Sim, muito cedo. Todos os médicos estavam dormindo. Eu tive sorte nasci mais tarde - (Alex concluiu com sabedoria)

Ucker soltou uma gargalhada, divertindo-se com a lógica de Alex. Ela era obviamente uma figura.

-Qual era o nome dele? - (Alex continuou)

-Toby - (Ucker disse e sentiu um aperto no coração)

"E ele era seu irmão", foi o que Ucker imediatamente pensou.

-É um nome estranho - (Alex fez uma careta engraçada)

-Eu gosto - (Ucker disse, e sentiu-se relaxado pela primeira vez desde que entrara no parque)

Alex deu de ombros.

-Quero ter um bebê, mas mamãe diz que não - (Alex comentou)

Ucker com cuidado, a acomodou melhor em seu peito e tudo parecia se encaixar como um ponto de jogada única: deslizar, bater, marcar. Colocou as mãos nas pontas da madeira do carretel e relaxou mais um pouco. O queixo dele tocou o topo da sua cabecinha loira.

-Bem, você é muito pequena para ter um bebê - (Ucker disse simples)

Alex riu e sacudiu a cabeça.

-Não eu!! -Minha mãe. Quero que minha mãe tenha um bebê - (Alex disse divertida)

-E sua mãe disse não, certo? - (Ucker disse)

-Sim, porque ela não tem marido, mas ela poderia ter um se tentasse mais - (Alex disse certa)

-Um marido? - (Ucker disse confuso)

-Sim, e daí ela poderia ter um bebê também. Minha mãe disse que foi ao jardim e me colheu como se eu fosse uma cenoura, mas eu sei que não é verdade. Bebês não vem de jardim - (disse Alex falando séria)

-E de onde eles vem, Alex? - (Ucker perguntou divertido,  sua filha realmente era uma figura)

Alex soltou uma mão do carretel e bateu na cabeça de Ucker para chamar sua atenção. Olhando depressa para ele chocada e os olhos arregalados.

-Você não sabe? - (Alex estava incrédula)

Ucker já sabia há muito tempo com se faziam bebês, e como sabia!!!!!!!!!!!!!!!

-Não, Alex, não sei, porque não me conta? - (Ucker perguntou achando sua filha uma comédia)

Alex deu de ombros e voltou a olhar para a pipa, pensativa e séria.

-Bem, um homem e uma mulher se casam e, então, vão para casa e deitam na cama. Fecham os olhos, bem apertados mesmo, mas bem forte, e pensam bem forte. Então, um bebê vai para a barriga da mãe - (Alex conclui sabiamente)

Ucker soltou uma gargalhada, não conseguiu se controlar. A mente da sua filha trabalhava de um jeito   autêntico. Pensou rapidamente em Fercho. Se seu amigo escutasse essa história da sua filha, os dois teriam muito que rir, mas é claro que ele não contaria, era história da cabecinha da sua filha, e não para marmanjos. 

E cenoura Dulce??? Não tinha uma história melhor não????????????????????????????????? Ucker pensou...

-Sua mãe sabe, que você acha, que os bebês são concebidos por telepatia? - (Ucker quis saber)

-Hã?? - (Alex fez uma careta)

-Deixa pra lá - (Ucker disse calmamente)

Ucker tinha ouvido, ou lido em algum lugar, que os pais deveriam conversar com os filhos sobre sexo ainda cedo. 

-Talvez seja melhor dizer a sua mãe que você sabe que os bebês não nascem em jardins - (Ucker concluiu)

-Não minha mãe gosta de contar essa história à noite, às vezes - (Alex disse depois de pensar um pouco) - Mas eu disse pra ela que já estava muito grande para acreditar no coelhinho da Páscoa

Ucker tentou parecer chocado com a revelação da pequena garota.

-Você não acredita no coelhinho da Páscoa?! - (Ucker fez cara de espanto)

-Não - (Alex disse séria)

-E porque não? - (Ucker ficou curioso)

Alex olhou para Ucker como se ele fosse um idiota.

- Porque os coelhinhos possuem patas pequenas e não podem pintar os ovos - (Alex fez cara de óbvio)

-Ah, é verdade... - (Ucker fez que sim com a cabeça)

Novamente, ficou impressionado com a lógica dos seis anos da sua pequena, Alex.

-Então, aposto que você é muito velha para acreditar em Papai Noel?! - (Ucker concluiu)

Alex engasgou, e o olhou escandalizada.

-Mas Papai Noel é de verdade, ora!! - (Alex disse óbvia, com a mão na cintura)

Ucker deduziu que o mesmo raciocínio que determinava que os coelhos não podiam pintar ovos não se aplicava a renas voadoras, um homem gordo descendo pela chaminé ou pequenos elfos animados que se dedicavam a fazer brinquedos.

É Ucker!!! você tem muito que aprender sobre a lógica infantil...

-Solte mais um pouco de fio da pipa, Alex! - (disse Ucker relaxando em seguida)