Fanfic: Irresistível | Tema: Light

 Música tema - Maite Perroni Tu Y Yo

A caminho de casa , Alex adormeceu no banco de trás do Range Rover. Ucker carregou-a para dentro de casa. Ele gostaria de segurá-la por mais tempo mais não o fez. Gostaria de ficar, enquanto Dulce a preparava para dormir, mas sentiu-se meio esquisito e saiu.

Dulce observou Ucker sair e tirou os sapatos de Alex. Vestiu-lhe o pijama e colocou-a na cama. Em seguida foi procurar por Ucker.

Queria pedir-lhe uma pinça para tirar a lasca de seu dedo e precisava conversar sobre o dinheiro que ele estava gastando com as duas.

Queria que parasse. Ela podia pagar para si. E podia pagar para Alex, também.

Encontrou-o em pé junto às janelas, olhando para o mar. As mãos estavam enfiadas nos bolsos da frente da calça jeans. As mangas da camisa de sarja tinham sido enroladas. 

Quando Dulce entrou na sala, ele voltou-se para ela.

-Preciso falar com você, Ucker - (Dul disse, indo na direção dele, segurando-se para não se irritar)

-Sei o que vai falar, e se isso for tirar o franzido de sua linda testa, pode ficar com a conta da próxima vez - (Ucker se adiantou)

-Puxa... - (Dul parou na frente dele. Ela ganhara antes de começar e sentia-se de alguma forma vazia) - Como você sabia que era sobre isso que eu queria falar? - (completou)

-Você está franzindo a testa pra mim desde que a garçonete colocou a conta ao lado do meu prato. Por alguns segundos, pensei que fosse realmente saltar sobre a mesa e lutar comigo - (Ucker disse)

Por alguns segundos Dulce também achara.

-Nunca lutaria em público - (Dul comentou)

-Bom ouvir isso - (Ucker respondeu)

No acizentado da noite que se aproximava, Dulce viu um sorriso de canto de boca erguer-se de leve nele.

-Porque eu poderia ganhar - (Ucker completou)

-Talvez - (Dul disse sem querer admitir) -Você tem uma pinça? 

-O que você vai fazer? - Arrancar minhas sobrancelhas? - (Ucker disse divertido)

-Há!,muito engraçado!!. Não. Tenho uma farpa no dedo - (Dul disse simples)

Ucker caminhou até a sala de jantar e acendeu a luz acima da mesa.

-Deixe eu ver - (Ucker pediu)

Dulce não o seguiu.

-Não foi nada - (Dul disse)

-Deixa eu ver - (Ucker repetiu)

Com um suspiro, Dulce desistiu e foi até a sala. Estendeu a mão e mostrou-lhe o dedo.

-Não está ruim - (Ucker disse)

Dulce se inclinou para olhar melhor e as cabeças quase se tocaram.

-É imenso - (Dul disse)

Um franzido baixou as sobrancelhas de Ucker.

-Já volto - (Ucker disse e saiu da sala, voltando em seguida com uma pinça) - Senta

-Posso fazer sozinha - (Dul disse)

-Sei que pode - (Ucker virou uma cadeira de costas e sentou-se com as pernas abertas) - Mas eu posso usar as duas mãos, tiro mais fácil - (colocou os braços no encosto e sinalizou a outra cadeira) - Prometo que não vou machucá-la - (completou)

Dulce sentou-se cautelosamente e estendeu a mão para Ucker, mantendo a extensão do braço entre eles de propósito.

Ucker reduziu a distância aproximando a cadeira até que os joelhos dela tocassem o assento de madeira, tão perto que Dulce teve que comprimir as pernas para que não roçassem a parte interna da coxa dele.

Dulce se inclinou para trás o máximo que pode. Ucker pegou a mão dela e apertou o dedo.

-Ai... - (Dul reclamou)

Dulce tentou puxar a mão, mas Ucker segurou mais forte.

-Isso não doeu, Dulce - (Ucker disse)

-Sim, doeu - (Dul reclamou)

Ucker não discutiu, mas também não soltou. Baixou o olhar e cutucou a pele com a pinça.

-Ai... - (Dul reclamou de novo)

Ucker a encarou.

-Criança - (Ucker a provocou)

-Idiota - (Dul rebateu)

Ucker riu e negou com a cabeça.

-Se você não fosse tão patricinha, não seria tão ruim - (Ucker a provocou)

-Patricinha? -O que é uma patricinha? - (Dul confusa)

-Olhe-se no espelho - (Ucker a provocou)

Isso não disse muito a Dulce. Tentou puxar a mão de volta.

-Apenas relaxe - (Ucker disse, continuando a buscar a farpa) - Parece que vai pular da cadeira. O que acha que vou fazer? -Golpear você com uma pinça?

-Não - (Dul disse séria)

-Então relaxe, está quase saindo - (Ucker disse simples)

Relaxar? Ucker estava tão próximo que ocupava todo o espaço. Ali estava Ucker com sua enorme mão segurando a dela e a cabeça loira inclinada sobre seus dedos. Estava tão perto que ela podia sentir o calor de suas coxas através da calça jeans.

Ucker tinha uma presença tão forte que relaxar com ele ali tão próximo, era impossivel.

Dulce ergueu o olhar e observou a sala de estar. Luis e o grande peixe azul "olhavam" para ela. As lembranças que tinha do avô de Ucker eram de um senhor idoso e agradável. 

Ficou se perguntando sobre o que Luis achava do fato de Ucker ser pai de Alex. Decidiu perguntar.

Ucker não ergueu o olhar, apenas deu de ombros.

-Ainda não contei pro mei avô nem pra minha mãe. Ainda. - (Ucker disse)

Dulce estava surpresa sete atrás, ela pensara que Ucker e Luis eram muito próximos.

-Por que? - (Dul confusa)

-Porque os dois andam me incomodando pra casar de novo e começar uma família. Quando descobrirem sobre Alex, virão para Seatlle como dois foguetes. Quero tempo para conhecer Alex primeiro antes de ser atacado pela minha família. Além disso, concordamos em esperar para contar a Alex, lembra? -E, com minha mãe e Luis cercando e pressionando, Alex pode sentir-se desconfortável - (Ucker disse simples)

Casar de novo???? Dulce não ouviu nada do que Ucker disse depois dessas palavras.

-Você foi casado? - (Dul com cara de interrogação)

-Sim - (Ucker disse simples)

-Quando - (Dul quis saber)

Ucker soltou a mão de Dulce e colocou a pinça na mesa.

-Antes de encontrar você - (Ucker disse simples)

Dulce olhou para o dedo e a lasca de madeira se fora. Ficou imaginado a qual encontro ele se referia.

-Da primeira vez que nos encontramos? - (Dul perguntou)

Ucker agarrou o encosto da cadeira, inclinou-se para trás e franziu um pouco a testa.

-Sim. -Os dois casamentos - (Ucker disse simples)

-Dois casamentos? - (Dul estava confusa)

-Sim. Mas não acho que o segundo realmente conte - (Ucker deu de ombros)

Dulce não pode evitar. Sentiu as duas sobrancelhas se erguerem e o queixo cair.

-Você foi casado duas vezes? - (Dul ergueu dois dedos) - Duas vezes?

-Duas não é tanto assim - (Ucker se defendeu)

Para Dulce, que nunca fora casada, duas soava como muito.

-Como eu disse, a  segunda vez não contou, de qualquer forma. Fui casado apenas o tempo de pedir o divórcio - (Ucker explicou)

UAU!!! Dulce não sabia de nenhuma vez. Começou a imaginar as duas mulheres que tinham se casado com Ucker, o pai da sua filha. O homem que partira seu coração. Ela não podia ficar sem saber.

-Onde estão essas duas mulheres agora? -  (Dul quis saber)

-Minha primeira mulher, Camila, morreu - (Ucker disse)

-Sinto muito - (Dul pronunciou) - Como ela morreu? -(Dul perguntou)

Ucker olhou para Dulce por um bom tempo.

-Apenas morreu - (Ucker disse, assunto encerrado) - E não sei por onde anda DeeDee Delícia.- Eu estava muito bêbado quando me casei com ela. Quando me divorciei também, a propósito - (completou)

DeeDee Delícia? Dulce olhou séria pra Ucker, completamente perdida. DeeDee Delícia? Como assim? Precisava perguntar. Não ía conseguir resistir.

-DeeDee era uma...uma...dançarina? - (Dul cautelosa)

-Era uma stripper - (Ucker disse indiferente)

Embora Dulce tivesse deduzido era chocante ouvir Ucker confessar que fora casado com uma stripper. Era chocante demais!!!!!

-Mesmo? - Como ela era? - (Dul curiosa)

-Não lembro - (Ucker deu de ombros)

-Sei... - (Dul disse, com a curiosidade insatisfeita) - Nunca me casei, mas acho que lembraria. Você deveria estar muito bêbado - (Dul disse)