Fanfic: JUSTICEIRAS | Tema: REBELDE

1. EXT. RUA/BECO ESCURO - NOITE.

RAPAZ caminha em direção ao beco. Uma mulher aparece atrás dele.

MAITE: Hey!

Rapaz se vira. Maite aponta uma arma e antes que ele possa responder ela dispara um tiro certeiro acertando a testa. Outras duas mulheres se aproximam de Maite.

DULCE: Com perfeição, como sempre.

MAITE: Andei treinando.

ANAHÍ: Podia pelo menos ter dado tempo dele dizer as últimas palavras.

As três seguem pelo beco conversando e rindo.

Do outro lado da cidade...

2. EXT. RUA/FRENTE DA CASA - NOITE.

Várias viaturas de policia estacionadas em frente a casa. DR. VELÁZQUEZ desce de um carro preto.

VELÁZQUEZ: O que houve?

POLICIAL: Os vizinhos estranharam a falta de movimento na casa e chamaram a policia.

VELÁZQUEZ: Por favor, são duas da manhã policial, qual a situação dentro da casa?

POLICIAL: Encontramos a familia morta, senhor.

VELÁZQUEZ: Poderia ter dito antes.

O Dr. Velázquez entra na casa, e a princípio encontra tudo normal.

POLICIAL: Os corpos estão nos quartos, senhor.

VELÁQUEZ: Eu imaginei.

3.INT. CASA/QUARTO CASAL - NOITE.

O Dr. Veláquez observa o quarto e os corpos.

Um casal de idosos na faixa dos sessenta anos, deitados ambos de bruço, cada um com um único tiro nas costas.

VELÁZQUEZ: Há quanto tempo vocês chegaram?

POLICIAL: Chegamos vinte minutos antes do senhor.

VELÁZQUEZ: Não toquem em nada, esperem o legísta chegar. Onde é o outro quarto?

POLICIAL: No final do corredor.

Velázquez entra no quarto. Percebe o corpo de um garoto no chão, ele caminha pelo quarto olha algumas fotos na cômoda, uma em especial chama a atenção do doutor.

4. EXT. RUA/FRENTE DA CASA - NOITE.

VELÁZQUEZ: Como eu disse antes, não toquem em nada, esperem o legísta, esvaziem a casa e não deixem ninguém entrar.

LEON: Agora está dando ordens aos meus policiais, doutor?

VELÁZQUEZ: Alguém tem que cordenar eles, já que o chefe de policia chega com uma hora de atraso.

LEON: É sexta ou melhor sábado, doutor, alguém tem que se divertir, não acha?

VELÁZQUEZ: Acho que três corpos não são divertidos.

LEON: Qual a situação, policial?

VELÁZQUEZ(*interrompendo): São três pessoas mortas, um garoto na faixa dos doze anos, e um casal de idosos.

LEON: Com certeza foi assalto.

VELÁZQUEZ: Deixe as conclusões para mim, a você só cabe garantir a segurança do lugar. Meu legísta esta á caminho, quando a perícia levar os corpos, fechem a casa e garantam que ninguém entre, para não comprometer o local, preciso dar a noticia a alguém.

Volto daqui á uma hora.

LEON: Dar a noticia a quem, se a familia toda já sabe? Garanto que o doutor vai se divertir um pouco.

VELÁZQUEZ: Eu não devo explicações á você, mas já que insiste, vou visitar alguém que conhecia a familia, e pode me dar melhores informações para o caso.

LEON: Sim, senhor, doutor, senhor.(*ri)

Velázquez entra no carro.

VELÁZQUEZ: Só o que faltava, ter que aguentar esse pentelho.

5. INT. APARTAMENTO/PORTARIA - NOITE.

VELÁZQUEZ: O doutor Chavéz está?

PORTEIRO: Sim, mas o doutor pediu para não ser encomodado.

VELÁZQUEZ: Eu preciso falar com o doutor Chavéz, é urgente.

PORTEIRO: O senhor não está entendendo, o doutor Chavéz disse que ficaria muito furioso se eu o acordasse, olha senhor é o meu primeiro dia e eu não quero me encomodar com o doutor.

VELÁZQUEZ(sorri): Só podia ser novato. Eu vou te contar uma pequena história, ou melhor vou fazer uma comparação: se o Christian está em cima de um burro e ele empaca no meio do caminho, o Christian vai rir, fazer piadas, vai fazer carinho no burro, vai seguir a pé, vai da muita risada disso contando para os amigos, mas se eu estiver em cima do burro eu até posso seguir a pé, mas só depois de ter esganado ele.

Agora pega esse intefone e diz para o doutor Chavéz que César Velázquez precisa falar com ele.

PORTEIRO(*um pouco amedrontado): Sim senhor.

6.INT. APARTAMENTO/QUARTO - NOITE.

(*interfone tocando)

CHRISTIAN(*atendendo o interfone): É melhor que alguém tenha morrido, José.

VELÁZQUEZ(*falando no interfone): E morreu, agora diz para o seu porteiro me deixar subir.

CHRISTIAN(*falando no interfone): José deixa o doutor Velázquez subir, por favor.

PORTEIRO: Pode subir doutor, desculpa, mas as ordens do...

VELÁZQUEZ: Tudo bem, eu já perdi tempo demais aqui.

7. INT. APARTAMENTO - NOITE.

Christian espera por Velázquez escorado na porta de seu apartamento.

Velázquez caminha pelo corredor pára e fica olhando Christian, ele sorri, Christian retribui o sorriso um pouco cansado.

CHRISTIAN: Só uma morte para fazer o grande doutor César Velázquez visitar o seu púpilo. Então quem morreu?o presidente?

VELÁZQUEZ: Sempre com suas gracinhas, você não muda mesmo.

CHRISTIAN: Ás quatro da manhã, só com bom humor. Mas então o que aconteceu? Você não venho atrás de um rostinho bonito, por que se venho melhor voltar mais tarde.

VELÁZQUEZ: O assunto é sério.

CHRISTIAN: Eu imagino, entra.

VELÁZQUEZ: Christian você conhece um menino chamado Martin Vega?

CHRISTIAN: Claro, é meu paciente, por que?

VELÁZQUEZ: Além de ser seu paciente, você tem algum outro grau de intimidade com o menino?

CHRISTIAN: César abre o jogo, eu já trabalhei no INC, e sei que essas são típicas perguntas de investigação, me fala o que aconteceu.

VELÁZQUEZ: A familia Vega foi encontrada morta.

Christian, que antes estava sorrindo, por mais que cansado, procurava levar tudo no bom humor, agora estava sério, não chorava apenas encarava César. Os dois estavam sentados um de frente para o outro, apenas separados pela mesa, o ambiente era quase que propício, a casa toda estava escura, somente a luz da cozinha ou melhor uma única lâmpada em cima dos dois estava acesa.

CHRISTIAN: Como foi que você chegou em mim?

VELÁZQUEZ: No quarto do garoto havia uma foto de vocês abraçados e na foto estava escrito "Meu Pai"

CHRISTIAN(*meio atordoado): Martin nasceu com uma doença rara no pulmão, na verdade esse garoto é um sobrevivente.

VELÁZQUEZ: Como assim?

CHRISTIAN: Martin não chegaria aos quatro anos. Por um milagre ele chegou aos doze, mas...

VELÁZQUEZ: Mas o quê?

CHRISTIAN: Não, nada importante.

VELÁZQUEZ: Christian, pode confiar em mim, sabe disso.

CHRISTIAN: É sigilo profissional, desculpa César, mas eu não posso falar.

VELÁZQUEZ: Olha Christian aquela familia foi morta, e não foi assalto, o meu instinto me diz que alguma coisa muito estranha aconteceu ali e eu preciso saber de tudo sobre eles.

CHRISTIAN: O garoto não chegaria aos dezoito, César.

Velázquez e Christian ficam conversando.

VELÁZQUEZ: Eu tenho que ir e você precisa descansar.

CHRISTIAN: Eu preciso ir lá, César, por favor.

VELÁZQUEZ: Vamos fazer o seguinte, você descansa e daqui há quatro horas eu passo aqui e te levo lá.

CHRISTIAN: Você vem mesmo?

VELÁZQUEZ: Alguma vez eu faltei com a minha palavra?

CHRISTIAN: Tudo bem, eu vou te esperar. Até

VELÁZQUEZ: Descansa.

CHRISTIAN: Vou tentar.