Fanfic: A Maldição de Perséfone | Tema: Percy Jackson Abandono
Quando olhei, já era tarde demais.
Eu dei uma trombada espetacular com a pessoa a minha frente, e minhas coisas se esparramaram todas pelo corredor.
— Me desculpe. — Eu falei, embora não fosse exatamente minha culpa. Uma pessoa não podia simplesmente parar no meio do corredor pra conversar àquela hora, perturbava completamente o delicado equilíbrio do sistema de trânsito do nosso corredor.
— Ah, olá, Pierce. — A voz veio de cima. Eu já estava toda encurvada tentando recuperar meus livros e cadernos antes que fossem pisoteados.
Aquele era Julian Keener, o capitão do time de futebol.
Aposto que por essa você não esperava, hã?
Mas enfim.
Julian rapidamente transformou meu pequeno acidente num desastroso congestionamento, alertando as pessoas que olhassem por onde andavam para não pisarem nas minhas coisas, e me ajudou a juntá-las.
— Here you go. — Ele disse, com seu sorriso perfeito, acrescentando uma pequena pilha de apostilas à que eu já tinha em meus braços. — Me desculpe por isso, by the way.
— Sem problemas. — Falei, olhando para baixo ao sentir meu rosto esquentar.
Julian é um daqueles caras legais que conseguem continuar sendo legais mesmo andando com todas as pessoas chatas.
Eu tinha certeza de que ele só falava comigo porque nós dois éramos monitores do laboratório de biologia – ele, assim como eu, tinha problemas com notas, e o programa de monitorias era uma alternativa fornecida pela escola para conseguir créditos extras – mas ele falava comigo, mesmo quando não tinha nada importante pra dizer, e era legal com Sten, o que por si só já seria razão suficiente para que eu gostasse dele.
Mas eu tinha outros motivos.
Primeiro que, se não fosse por Julian, eu provavelmente teria sido morta no incêndio do laboratório no primeiro ano – ou pior, teria sido expulsa.
Tudo começou com aquele garoto do último ano que costumava ser monitor com ele, – e que eu substituí no ano seguinte – Patrick Davis, sendo um pouquinho atencioso demais comigo quando eu estava cursando a disciplina.
No começo, eu achava que ele estivesse me azarando, mas depois descobri que Patrick, na realidade, estava armando pra cima de mim.
No meu primeiro dia de aula, ele acidentalmente derrubou o contêiner de um ácido fortíssimo em cima da minha bancada, que só não respingou no meu rosto todo porque eu estava usando máscara e óculos de proteção.
Depois, me pediu pra pegar um pote de algodão no almoxarifado, onde costumava ficar o aquário de cobras. De alguma forma, o aquário virou, assim, milagrosamente, sem que eu sequer tivesse tocado nele, derrubando todas as cobras em cima de mim. Nenhuma me picou, mas o zelador continuou encontrando cobras perdidas pelo prédio pelos dois anos seguintes, e, é claro, eu fui culpada por isso.
Por fim, quando Patrick “se cansou de ser bonzinho”, ele me trancou no laboratório com um vazamento de gás.
Eu imagino que ele não estivesse esperando que algum aluno fosse ter deixado um bico de Bunsen acesso, mas deixaram, e foi isso que causou o incêndio que quase me matou – de novo – no primeiro ano. Em contrapartida, foi também o que levou Julian a verificar o que estava acontecendo e me encontrar lá dentro.
Mais uma vez, tentaram colocar a culpa em mim.
E foi Julian que livrou a minha cara.
Foi ele que disse que não tinha como eu me trancar lá dentro, porque ele e Patrick eram os únicos que tinham acesso ao armário de chaves além do professor, e foi ele que assumiu a culpa pelo vazamento e pelo bico de Bunsen acesso, admitindo ter se esquecido de verificar se o registro de gás estava fechado antes de sair do laboratório naquele dia – embora isso fosse responsabilidade do professor, e, é claro, o culpado na verdade fosse Patrick.
Então você pode ter certeza de que eu era muito grata a ele.
Patrick desapareceu depois de tudo isso, ninguém nunca mais o viu, e eu peguei sua vaga de monitor – mas só porque minha mãe ameaçou processar a escola pelo que acontecera se eles não me deixassem ficar com ela.
Mas o fato de Julian ter salvado a minha vida não era a única razão pela qual eu gostava dele.
Eu gostava dele porque Julian era a pessoa mais calma que eu conhecia, e tê-lo por perto geralmente me tranquilizava – quase a ponto de me deixar meio sonolenta.
E também porque ele tirava sonecas em lugares públicos esdrúxulos, como, por exemplo, debaixo da arquibancada do campo de futebol, ou atrás do armário do almoxarifado.
Mas eu gostava dele, principalmente, porque ele tinha dislexia, como eu – eu sei, é um motivo estúpido, mas é verdade.
E eu sei disso porque, numa das vezes que o encontrei dormindo no almoxarifado, ele estava com um livro no colo, e em uma de suas mãos havia um daqueles scanners eletrônicos portáteis de leitura, daqueles que você passa por cima das frases e uma voz de google tradutor diz o que está escrito pra você.
Eu também tinha um daqueles.
Diferente de mim, que já saio contando pra Deus e o mundo que sou disléxica, Julian tentava esconder isso. É claro que ele dava algumas brechas, vivia dizendo que tinha hipermetropia, mas nunca trazia os óculos pra escola – quando tinha que ler alguma coisa, falava simplesmente “ah, droga, eu esqueci meus óculos, lê aqui pra mim”.
E todo mundo caia na dele.
Então, sim, por uma simples questão de semântica, você poderia dizer que eu tinha uma pequena quedinha por ele. Coisa pouca, nada tipo MEU-DEUS-COMO-VOCÊ-É-GATO-VEM-ME-TER.
A propósito, foi ele que me disse que eu parecia uma boneca.
Bem, na verdade, o termo que usou foi “bonequinha”, e imagino que não tenha dito isso de uma forma que incomodaria John, já que nunca parou de falar comigo.
Mesmo porque, ele tinha uma namorada, e “bonequinha” não seria de forma alguma o termo para descrevê-la, então...
— Aliás, vamos ser cavalheiros. — Ele disse, pegando toda a pilha dos meus braços. — Pode deixar que eu levo isso.
— Hm... Você não precisa, hum... — Falei, toda eloquente e tudo mais.
— Imagina. Qual é a graça de ter amigos se você não pode deixar carregarem as coisas pra você? — Ele continuou dizendo. E então deu um chute atrás do joelho de um dos garotos do seu time e entregou metade da pilha a ele. — Aqui, seja útil e ajude a dama a carregar seus livros.
— Você é um veadinho, sabia disso? — O amigo respondeu. Mas, apesar da minha desfeita, pegou os livros mesmo assim. — Só queria saber como você tem uma namorada e eu não.
— Me surpreende que você ainda não saiba. — Julian rebateu, e os dois foram seguindo seu curso, com meus livros, até que eu conseguisse gritar alto o bastante para que ouvissem que a minha aula era no andar de baixo, e que eles podiam deixar que eu mesma levasse. — Então tá. Até depois, bonequinha.
E foram embora.
— Essa é sua cara de acasalamento? — Perguntou Sten, chegando sorrateiramente por trás de mim.
Eu quase dei um chute na cara dele.
— Cale a boca.
E nós fomos pra aula.
Na hora do almoço, Sten e eu pegamos nosso lugar de perdedores nas mesas do pátio. Ele se sentou à sombra e começou a jogar Pokémon Black Version 2, e eu fiquei tomando sol, alisando minha gargantilha mística, sem realmente acreditar que ela estivesse lá.
Pela primeira vez em seis anos, existia uma evidência física de que tudo aquilo tinha sido real. Eu tinha provas. Bem, uma prova, mais precisamente.
E ela era real. Eu sabia disso, porque já tinha perguntado a Sten umas oitenta e quatro vezes se ele podia vê-la.
É claro que eu também podia ter ganhado aquilo de qualquer um dos convidados da minha mãe, e simplesmente imaginado a conversa com John, como tinha imaginado o moço doidão do Central Park.
Mas, sei lá, eu tinha esse... Sentimento de mudança no ar. Aquela sensação de expectativa, como se alguma coisa importante já estivesse em andamento, e que muito em breve eu saberia o que era.
E eu nunca estive tão certa.
Depois de terminarmos a monitoria, Julian me chamou para tomarmos um frozen. O professor Hollyer, nosso supervisor do laboratório, deixou escapar que no dia anterior tinha sido meu aniversário, e Julian se encheu de remorso, se desculpando por ter esquecido completamente, e insistiu em sairmos para comer alguma coisa que eu quisesse.
O que teria sido bem bom, ótimo até, se sua namorada, Ellen Holtz, não tivesse interceptado o movimento conspiratório da união rebelde e não tivesse se convidado para ir conosco.
Não que houvesse qualquer chance de rolar alguma coisa se ela não tivesse ido, veja bem, Julian e eu erámos, como ele próprio tinha colocado mais cedo, amigos.
Mas, assim como toda boa paixonite não correspondida envolvendo um terceiro elemento, a namorada dele me detestava.
E eu nem dava tanta bandeira assim. A única pessoa que sabia do meu fraco por certo capitão do time de futebol era Sten, porque eu tinha contado a ele.
Mas Ellen alimentava um velho ressentimento contra mim.
Parte disso se devia ao fato de eu ser bonitinha e a grande maioria dos integrantes do corpo estudantil concordar com isso, – inclusive o seu namorado – mas principalmente por causa da minha “insubordinação” a ela e a sua pequena gangue de bullies bem vestidas.
Assim que eu entrei na escola, todo mundo logo me taxou de “tipo de garota da Ellen”. Quando eu fiquei sabendo disso, a única coisa que me veio à mente foi que a tal de Ellen devia ser lésbica.
Poucos dias depois, ela veio me “recrutar”.
Eu recusei com toda a educação, disse que não tinha nada contra a opção sexual dela, mas que não jogava naquele time.
E ela se sentiu insultadíssima.
Tipo, eu sei que foi mancada minha chamá-la de lésbica sem nem mesmo conhecê-la, mas não entendi sua reação exagerada àquilo. Quer dizer, eu já fui chamada de lésbica, aliás, acontecia com certa frequência, e eu nunca pratiquei meu Bullying em ninguém por causa disso.
Mas enfim.
Desde que Julian salvou a minha vida e eu decidi fazer monitoria com ele, Ellen não podia nos ver conversando no corredor sem ficar toda possessiva.
E eu nem sabia por que, afinal, embora pudesse até ser o tipo de garota dela, eu obviamente não era o tipo de garota dele.
Mesmo assim, lá estava ela, fazendo de tudo para manter seu namorado na coleira, se agarrando com ele no meio da lanchonete na minha frente.
Apenas ignore, eu disse a mim mesma, olhando para fora da vitrine e sugando meu smoothie com o canudinho.
Foi então que eu o vi.
Era ele. O malucão do Central Park.
E estava olhando pra mim.
Tentei lembrar seu nome... Alguma coisa do desespero...?
Apógnos.
Ele estava do outro lado da rua, com uma mão no bolso e a outra erguida acima da cabeça, um enorme sorriso no rosto.
E, então, abaixou a mão.
Eu não vi o que ele jogou, mas não tive a menor dúvida.
— Todo mundo pro chão! — Gritei, e me joguei em cima de Julian e Ellen.
O que restou da lanchonete depois disso não poderia nem ser chamado de destroços.
Eu me levantei. De alguma forma, ainda estava viva, embora não completamente ilesa, e, quando olhei de novo para o lado de fora, meu “desespero” foi absoluto.
Ele ainda estava lá.
— Pierce... — Disse Julian, pegando minha mão. Ele estava desnorteado, mas parecia bem... Mais ou menos.
— Fique aí. — Falei. — Chame ajuda. Eu preciso... Eu tenho que ir.
— Não... Pierce... Você...
E saí correndo.
O cara não ligava tanto assim se aquele lugar era aberto ou não, e, pelo jeito, não dava a mínima pras testemunhas.
Eu tinha que sair de lá. Sabia que Apógnos continuaria jogando bolas pretas gigantescas em mim até que não sobresse mais da minha pessoa do que tinha sobrado da lanchonete. E eu ainda podia ouvir a risada dele. Não nos meus ouvidos, mas na minha cabeça. Era uma risada grave, fria e maligna, exatamente como eu imaginava que seria um tubarão branco rindo de sua presa encurralada.
Eu corri pela Primeira Avenida, resistindo à tentação de virar à direita na Rua 68, o que certamente tornaria muito tentador a ele me empurrar pra dentro do Parque St. Catherine’s, cheio de criancinhas àquela hora, e dobrei à esquerda, transformando a mim mesma num alvo fácil.
Ele lançou outra bola na minha direção, e essa passou direto por cima da minha cabeça, indo destruir o letreiro do Instituto Sloan Kettering.
Eu tinha me esquecido completamente de que aquilo era um hospital.
Sem poder fazer nada além de chorar pelos leitos derramados, eu me levantei, e continuei correndo até o fim do quarteirão.
Então parei.
Se eu continuasse em frente, eu passaria por outro hospital.
Se virasse à direita, continuaria contornando o Instituto pela Avenida York.
Se virasse à esquerda, colocaria a escola de medicina na linha de fogo.
Eu tinha corrido para um péssimo lugar, e, muito embora fosse eu na mira daquele louco alucinado, não conseguia pensar em outra coisa senão nas pessoas que colocaria em perigo se continuasse correndo dele pela cidade.
Eu me virei para encará-lo.
Apógnos andava pela calçada como se estivesse fazendo um passeio tranquilo num dia ensolarado, brincando com uma de suas bombas malucas – essa tinha o tamanho de uma bola de beisebol – e olhando pra mim com uma expressão divertida.
— Cansou de fugir, princesa?
— Dobre a língua, seu moleque! — Eu me ouvi dizer. — Com quem você pensa que está falando?
Por um momento, ele pareceu hesitar. A confiança foi drenada do seu rosto como a água de um poço no Saara, e ele precisou recuar.
No entanto, foi apenas por um momento.
— Era isso que eu queria ouvir. — Disse. A bomba em sua mão levitou um pouquinho e foi ficando maior e mais escura, até chegar ao tamanho de uma bola de basquete.
E, então, ele jogou aquilo na minha direção.
Eu apenas me defendi.
Eu não sei por que fiz aquilo. Não sei como eu fiz aquilo. Tudo que eu sei é que parei aquela coisa com a minha mão, e ela desapareceu quando eu a fechei.
Isso o deixou possesso.
Mas, enquanto ele se preparava para jogar bolas ainda maiores na minha cabeça, um ruído agudo de pneus cantando veio de trás de mim, e, quando eu vi, um Camaro 78 estava em cima da calçada, com o para-choque a uns dois centímetros do meu abdômen.
Aquela foi por muito pouco.
— Graças aos deuses, finalmente te encontramos! — Berrou o motorista, um rapaz de mais ou menos uns dezoito ou dezenove anos, com uma barbicha rala e comprida e cabelos castanhos encaracolados. Ele se inclinou sobre o banco do passageiro e abriu a porta pra mim, acenando freneticamente. — Entre aqui! Rápido!
Eu nem discuti. Não via a probabilidade de arranjar outro veículo de fuga assim tão cedo, então entrei.
— Olá, Pierce. — Saudou-me o outro garoto, sentado no banco de trás, sorrindo como se fossemos velhos amigos. — Há quanto tempo, hã?
— Eu conheço vocês? — Perguntei, mas logo parei de falar. O rapaz no volante tinha dado uma arrancada poderosa com o Camaro, esquivando-se por pura sorte das bolas negras ao derrapar pela rua, e desceu a Av. York.
O garoto do banco de trás foi dando orientações a ele, como, “tire o pé do freio”, “tá, agora passe a terceira marcha”, “você vai entrar à primeira esquerda”.
E, ignorando as plaquinhas de orientação de trânsito, o menino da barbicha entrou à primeira esquerda.
Totalmente na contramão.
— Espera, freia! Você entrou na errada! Isso é a embreagem, Grover! Tira o pé da embreagem, tira o pé da embreagem, Grover, GROVER! Tira o pé da embreagem!
Grover?
Ele não tirou o pé da embreagem.
Quando olhei pra baixo, eu percebi por quê: Grover não tinha pés, ele tinha cascos.
— Você é o menino bode!
Mas ele nem me deu atenção, apenas olhou para a mureta que tinha atropelado e se lamentou, desolado:
— Sua mãe nunca mais vai me deixar dirigir o carro dela...
Nesse momento, detectei de relance outra bola gigante vindo pelo retrovisor, e não pensei duas vezes: meti o pé no acelerador.
Grover teve que tomar uma decisão importante: ou ele desviava dos carros, ou desviava das muretas, e, antes que nós três soubéssemos, já estávamos flutuando no Rio Leste.
— Ótimo, — ele relinchou — simplesmente perfeito.
— Calma, cara, vai dar tudo certo.
— Vai dar tudo certo? Eu destruí o carro da sua mãe, ela vai me matar!
Nós estávamos afundando mais rápido do que um submarino naufragado, o que me fez questionar como essa podia ser a maior preocupação dele, e como o outro parecia estar feliz com isso.
— Vocês têm problema?! — Eu perguntei, tentando forçar a porta, que estava totalmente presa pela pressão da água.
— Relaxa, garota, — disse o menino de trás, pousando uma mão apaziguadora no meu ombro — a gente vai viver.
A gente não ia viver.
Aquilo era tudo que eu queria. Escapar de ser morta pelo malucão do Central Park pra morrer afogada naquele rio fedorento.
Devia ser o karma. Afinal, até onde eu sabia, ser a Rainha dos Mortos podia muito bem consistir numa infração grave, já que tinha sempre alguém querendo me pegar por isso.
A gente afundou.
Mas, de alguma forma mágica, isso não impediu que o carro seguisse em frente, e nem uma gota de água entrou pela janela.
— Como isso é possível? — Eu indaguei, encarando a barreira de água suja que se formara paralelamente à porta, sem ter certeza de qualquer coisa.
Talvez eu não tivesse saído com Julian depois da escola. Talvez eu tivesse ido ao Central Park e tirado uma soneca.
Isso explicaria as coisas.
— Viu? Não foi tão ruim assim, foi?
Eu olhei pro garoto.
— Eu conheço você também... — Pensei. E então reformulei o que eu queria dizer. — Digo, já te vi no noticiário.
— Ah, sim. Ossos do ofício. Bem, você não deve se lembrar mais dos nossos nomes, não é? Esse é Grover Underwood, e eu sou Percy Jackson. Nós nos conhecemos no palácio do deus do submundo, seis anos atrás.
E ele falou isso como se dissesse “nós nos conhecemos naquela loja outro dia”.
E eu fique, tipo: ah, tá.
Autor(a): ookamipuppy
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
... e ficar de castigo num acampamento cheio de crianças meio deusas, tudo no mesmo dia. — Certo... — Eu disse. — Então imagino que vocês estejam mortos e que eu possa falar com fantasmas agora. Fantástico, por que nunca pensei nisso antes? — Você não está morta, está? — Percy retrucou. &md ...
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